PARLAMENTO EUROPEU ALTERAÇÕES 1-8. Comissão dos Assuntos Externos 2008/2153(INI) 12.11.2008. Projecto de parecer Bastiaan Belder (PE409.



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Transcrição:

PARLAMENTO EUROPEU 2004 Comissão dos Assuntos Externos 2009 2008/2153(INI) 12.11.2008 ALTERAÇÕES 1-8 Bastiaan Belder (PE409.775v01-00) sobre a política agrícola comum e a segurança alimentar mundial (2008/2153(INI)) AM\750940.doc PE415.151v01-00

AM_Com_NonLegOpinion PE415.151v01-00 2/7 AM\750940.doc

1 Csaba Sándor Tabajdi N.º 1-A (novo) 1-A. Considera que a PAC é um elemento importante das políticas de segurança alimentar a nível mundial; 2 Csaba Sándor Tabajdi N.º 1-B (novo) 1-B. Considera que a PAC deveria desempenhar um papel importante nas políticas externa e para o desenvolvimento da UE, colocando particular ênfase na política externa de segurança alimentar; considera que, para além de assegurar a produção alimentar na UE, a PAC pode contribuir para satisfazer a procura crescente de alimentos a nível mundial; 3 Csaba Sándor Tabajdi N.º 1-C (novo) 1-C. Sublinha que a PAC e a política da UE em matéria de biocombustíveis não AM\750940.doc 3/7 PE415.151v01-00

têm repercussões no aumento do preço dos alimentos de base, ao contrário da produção de bioetanol nos Estados Unidos; considera que a PAC não contribui para a crise alimentar a nível mundial; 4 Alojz Peterle N.º 3 3. Considera fundamental evitar movimentos perigosos de luta por recursos alimentares escassos; como tal, exorta a UE a conseguir uma coordenação mais eficaz com organizações não governamentais, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e outras agências internacionais, a nível técnico; e com a ONU, a nível político, a fim de promover um acesso equitativo aos recursos alimentares mundiais e aumentar a produção alimentar nos países em desenvolvimento de relevância máxima; 3. Considera fundamental evitar movimentos perigosos de luta por recursos alimentares escassos; como tal, exorta a UE a conseguir uma coordenação mais eficaz com organizações não governamentais, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e outras agências internacionais, a nível técnico, e com a ONU, a nível político, a fim de promover um acesso equitativo aos recursos alimentares mundiais e aumentar a produção alimentar nos países em desenvolvimento de relevância máxima, tendo em conta de forma coerente a biodiversidade e os critérios em matéria de desenvolvimento sustentável; Or. sl 5 Alojz Peterle N.º 4 PE415.151v01-00 4/7 AM\750940.doc

4. Exorta a UE a auxiliar os países em risco de conflito a desenvolverem políticas agrícolas sólidas assentes no acesso fácil às matérias-primas, ao ensino de qualidade e a financiamento adequado, assim como na fiabilidade das infra-estruturas; considera que o apoio da UE pode resultar numa auto-suficiência alimentar melhorada nos países em desenvolvimento beneficiários, e assim numa melhor segurança alimentar regional e num melhor acesso à alimentação por parte dos estratos mais pobres da sociedade; 4. Exorta a UE a auxiliar os países em risco de conflito a desenvolverem políticas agrícolas sólidas assentes no acesso fácil às matérias-primas, ao ensino de qualidade e a financiamento adequado, assim como na fiabilidade das infra-estruturas; considera que o apoio da UE deveria ser usado para melhorar a auto-suficiência alimentar nos países em desenvolvimento beneficiários, melhorando assim a segurança alimentar regional e o acesso à alimentação por parte dos estratos mais pobres da sociedade; Or. sl 6 Nirj Deva N.º 5 5. Constata que algumas economias em crescimento podem estar a planear arrendar grandes áreas de terreno nas zonas mais pobres da África e da Ásia com o objectivo de as cultivarem e colocarem as colheitas nos seus mercados, a fim de melhorarem a sua própria segurança alimentar; considera que, conjuntamente com a FAO, a UE deve considerar este fenómeno uma séria ameaça à segurança alimentar e a uma política agrícola eficaz nos países de acolhimento. 5. Constata que algumas economias em crescimento podem estar a planear arrendar grandes áreas de terreno nas zonas mais pobres da África e da Ásia com o objectivo de as cultivarem e colocarem as colheitas nos seus mercados, a fim de melhorarem a sua própria segurança alimentar; solicita um estudo mais aprofundado sobre a possibilidade de este fenómeno constituir uma séria ameaça à segurança alimentar e a uma política agrícola eficaz nos países de acolhimento; salienta que a escassez de alimentos em África se deve mais à guerra, à corrupção e à falta de infra-estruturas do que a qualquer capacidade máxima actual de produção de alimentos; sugere que, caso os países terceiros tenham mais êxito no cultivo de terras africanas, os países de acolhimento AM\750940.doc 5/7 PE415.151v01-00

poderiam considerar a possibilidade de negociar uma forma de "dízima", com base na qual uma percentagem acordada da colheita seria devolvido ao país de acolhimento para apoiar as suas próprias necessidades internas, para além do rendimento retirado do arrendamento de terras. 7 Alojz Peterle N.º 5-A (novo) 5-A. Considera que o aumento dos preços dos alimentos e o desenvolvimento acelerado no domínio da biotecnologia não deve conduzir a uma posição menos sensível em termos ambientais no que se refere à utilização de alimentos geneticamente modificados. Or. sl 8 Johan Van Hecke N.º 5-B (novo) 5-B. Sublinha a necessidade de reduzir os subsídios agrícolas nos países desenvolvidos, de modo a permitir a expansão do sector agrícola nos países em desenvolvimento, dado que tal aumentará a produtividade em benefício das suas economias em geral e da segurança PE415.151v01-00 6/7 AM\750940.doc

alimentar; solicita, por conseguinte, à Comissão que avance mais na reforma da PAC. AM\750940.doc 7/7 PE415.151v01-00