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V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de RECURSO ORDINÁRIO, provenientes da 2ª VARA DO TRABALHO DE CASCAVEL, sendo recorrente JOSÉ CARLOS ALVES DA MOTA e recorrida ADVOCACIA BELLINATI PEREZ. I - RELATÓRIO Trata-se de recurso ordinário interposto pelo autor, manifestando inconformismo com a r. sentença de fls.., proferida pelo Exmo. Juiz Daniel Rodney Weidman, que acolheu parcialmente os pedidos iniciais. A pretensão recursal do autor José Carlos Alves da Mota é de reforma do julgado no tocante à função exercida - violação do disposto no anexo II da NR 17 - horas extras e reflexos. às fls. 177/184. Contrarrazões apresentadas pela ré Advocacia Bellinati Perez Trabalho, ante a desnecessidade de seu pronunciamento. Os autos não foram enviados ao Ministério Público do É o relatório. fls.1

II - FUNDAMENTAÇÃO ADMISSIBILIDADE Conheço do recurso ordinário interposto, por atendidos os pressupostos legais de admissibilidade, bem como das contrarrazões, por regulares e tempestivas. MÉRITO Assevera o recorrente ter restado provado que o trabalho realizado pelo autor na constância do contrato de trabalho enquadra-se no disposto na Portaria 9, que integra o anexo II da NR 17, que dispõe sobre o trabalho em teleatendimento e telemarketing, na qual, entre várias das regras trazidas, há previsão de jornada de seis horas, incluídas as pausas. Argumenta que restou incontroverso que trabalhava sempre na função de operador de cobrança, via telefone, executando as mesmas atividades, entrando em contato com o devedor para negociação do débito sob recuperação, fazendo juz à jornada reduzida de seis horas, postulando pela condenação da ré as horas excedentes da 6ª diária, como extras, com os reflexos, conforme exordial. Colhe-se da r. sentença: "3. Da violação do disposto no anexo II da NR 17 - horas extras e reflexos Trata-se de pedido sucessivo. fls.2

O autor almeja a aplicação do limite de jornada previsto no anexo II da NR 17, o que não pode prosperar. A norma regulamentadora em questão não se aplica ao caso dos autos, tendo em vista não se tratar a atividade do autor de teleatendimento/telemarketing. Como se depreende dos elementos probatórios, o autor realizava atividades de cobrança, de negociação, de emissão e encaminhamento de boletos e outras correlatas. Para tanto, utilizava aparelho telefônico e também computador. Porém, a atividade de atendimento telefônico não se desenvolvia de forma ininterrupta, de modo que se pudesse configurar a previsão da norma regulamentadora. E, como demonstrou o depoimento da testemunha inquirida, não havia necessariamente a utilização simultânea do telefone e do computador, podendo o trabalho desenvolver-se também com apenas um desses equipamentos. Além disso, não era necessário que o autor atendesse constantemente a todas as ligações telefônicas, podendo dedicar-se à realização de alguma outra atividade ou ao cumprimento de outra tarefa. Assim, não caracterizado o serviço de teleatendimento/telemarketing, não faz jus o obreiro à jornada prevista na norma em cotejo. Rejeita-se." Analiso. A única testemunha ouvida nos autos, de indicação da ré, Sr. Douglas Antonio de Lima, declarou que o autor realizava as seguintes atividades: "4) em 2007 o depoente verificou que o autor já prestava serviços para a ré e no cargo de negociador interno e assim permaneceu até a rescisão do contrato; [...] 6) como negociador interno o autor tinha as seguintes atividades: localização de clientes, negociação, negociação de valores com os clientes, envio de boletos por fax e fazia negociação de entrega amigável de bens (devolução de bens quando o cliente não conseguia pagar) ; 7) o autor utilizava computador e telefone para as atividades; [...] 12) durante o dia os negociadores internos permanecem no máximo 01h ao telefone para ligações com clientes e de forma descontínua; 13) o autor não necessitava atender sequencialmente todas as ligações telefônicas de clientes, podendo a ligação seguinte ser atendida por colega de trabalho enquanto o autor tomava outras fls.3

providências com relação ao trabalho ou até mesmo se saísse para o banheiro, por exemplo; 14) é possível a realização de trabalhos só ao computador ou só ao telefone, sem que haja necessidade de utilização simultânea dos 2 equipamentos para o mesmo trabalho; 15) a atividade da ré é relacionada com cobrança de dívidas de financiamentos de clientes de diversos estabelecimentos (financeiras); [...] 18) a ré utiliza a internet, empregados externos como localizadores, sistema de cadastro de bancos, cadastro do Procob, telelistas, correios, como sistemas ou mecanismos de localização de clientes inadimplentes; 19) uma vez localizado o cliente o contato era via telefone; 20) em média, cada empregado fazia 50-60 ligações telefônicas diárias; 21) nem todas as ligações resultavam em contato com o cliente ou na realização de negociação; 22) no máximo 30 ou 40 ligações diárias resultavam em negociações; 23) cada ligação para negociação durava em média 3 a 4 minutos; [...] 26) o equipamento utilizado para as ligações telefônicas era do tipo heat-set. Nada mais." (destaquei) Ao que se denota, o autor trabalhava como negociador interno, realizando atividades de cobrança, de negociação de valores, de emissão e encaminhamento de boletos, utilizando, para tanto, telefone e computador, sendo que, porém, a atividade de atendimento telefônico demandava no máximo uma hora por dia, além de não ser realizada de forma contínua, permanente e exclusiva, mas sim intercalada com outras atividades, o que afasta a aplicação da NR-17 (Portaria MT nº 3.751/90). Acrescento que, ainda que fosse reconhecida a função de operador de telemarketing, o entendimento que prevalece nesta 4ª Turma é que o trabalho em teleatendimento ou telemarketing não se sujeita à jornada reduzida do art. 227 da CLT. Ressalte-se que a referida norma regulamentadora não se sobrepõe à previsão legal, observando-se a existência de disciplina específica no caso jornada reduzida, no artigo celetário acima referido. Neste sentido: OPERADORA DE TELEMARKETING - ATIVIDADES DIVERSAS ÀQUELAS DE TELEFONISTA - INAPLICABILIDADE DA JORNADA fls.4

REDUZIDA. Extrai-se, da prova oral produzida que, na função de "operadora de telemarketing", a autora laborava no computador com fones de ouvido, fazendo orçamentos para os clientes e vendas de anúncios. Portanto, não desenvolvia atividades típicas de telefonista. Não exercendo função exclusiva de telefonista, impossível o enquadramento da obreira nas hipótese do artigo 227 da CLT e Súmula 178 do C. TST. Sentença que se mantém. (18983-2005-003-09-00-3. pub. 30/11/2007. Rel. Des. Sérgio Murilo Rodrigues Lemos). OPERADOR DE TELEMARKETING - JORNADA REDUZIDA - INAPLICABILIDADE - A jornada reduzida prevista no artigo 227 da CLT não se aplica a empregado exercente da função de operador de marketing. Mencionado artigo refere-se ao serviço de telefonista de mesa que dedica todo o tempo de trabalho ao recebimento e transmissão de mensagens por telefone. O que não é o caso do trabalhador que labora efetuando vendas de produtos e serviços, alterações de planos de telefonia, esclarecendo dúvidas, recebendo reclamações de clientes, etc., mesmo que através de telefone. Negado provimento ao recurso do autor. (08015-2008-019-09-00-7. pub. 24/08/2010. Rel. Des. Sueli Gil El Rafihi). OPERADOR DE TELEMARKETING - TELEFONISTA - JORNADA REDUZIDA NÃO APLICÁVEL. A jornada reduzida prevista no artigo 227 da CLT é aplicável apenas ao telefonista, assim entendido o trabalhador que tem por obrigação específica e única operar mesa telefônica, recebendo, efetuando e passando ligações. Não trabalhando a Reclamante exclusivamente em transmissão de ligações e transferência de ramais e sequer vigiando sinalizações de painel, de modo contínuo e sucessivo, não faz jus à jornada especial de telefonista. Inteligência do artigo 227 da CLT e aplicação da OJ 273 da SDI-1 do TST. Recurso ordinário da Reclamante conhecido e não provido. (07105-2007-872-09-00-4. pub. 27/10/2009. Rel. Des. Luiz Celso Napp). Destarte, mantenho a decisão de primeiro grau. autor, nos termos da fundamentação. Posto isso, NEGO PROVIMENTO ao recurso ordinário do III - CONCLUSÃO fls.5

Pelo que, ACORDAM os Desembargadores da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, por unanimidade de votos, CONHECER do recurso ordinário do autor, assim como das respectivas contrarrazões, e, no mérito, por maioria de votos, vencido parcialmente o Excelentíssimo Revisor Desembargador Luiz Eduardo Gunther, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos da fundamentação. Custas inalteradas. Intimem-se. Curitiba, 14 de março de 2012. FRANCISCO ROBERTO ERMEL Relator #8 fls.6