São Paulo, 21 de Setembro de 2006. IARA RAMIRES DA SILVA DE CASTRO PRESIDENTE E RELATORA DESIGNADA

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Transcrição:

ACÓRDÃO Nº: 20060754146 Nº de Pauta:046 PROCESSO TRT/SP Nº: 01514200401602009 RECURSO ORDINÁRIO - 16 VT de São Paulo RECORRENTE: SINTRACON SIND DOS TRAB NAS IND DA CONST RECORRIDO: ANALISE PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÃO LTDA ACORDAM os Juízes da 8ª TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em: por maioria de votos, vencida a Juíza Relatora, conhecer do recurso ordinário interposto pelo sindicato-reclamante, e ao mesmo negar provimento, mantendo incólume a decisão de primeiro grau, inclusive quanto aos valores atribuídos à condenação e às custas. São Paulo, 21 de Setembro de 2006. IARA RAMIRES DA SILVA DE CASTRO PRESIDENTE E RELATORA DESIGNADA PROCESSO TRT S/P 01514200401602009-8ª TURMA 16ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO RECURSO ORDINÁRIO RECORRENTE:SINTRACON SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE S.P. RECORRIDO: ANALISE PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÃO LT. Adoto o relatório da MM. Juíza Relatora originária, "in verbis":

"Recurso Ordinário interposto pelo reclamante às fls. 98/119, contra a r. sentença de fls. 91/92 que julgou improcedente a reclamatória, sustentando que são devidas as contribuições assistenciais dos não filiados. Contra-razões às fls. 119/121. Manifestação do D. Ministério Público do Trabalho às fls. 106. É o relatório. V O T O Conheço do recurso ordinário interposto pelo autor, por presentes os pressupostos processuais de admissibilidade." DIVIRJO DA RELATORA ORIGINÁRIA: DAS CONTRIBUIÇÕES ASSISTENCIAIS Não merece prosperar a insurgência do sindicato. A única contribuição de natureza compulsória é o chamado imposto sindical, com previsão no artigo 545 do diploma consolidado, que determina aos empregadores a obrigação ao desconto anual dos salários de todos os empregados que integram a categoria, ainda que não filiados ao Sindicato. A imposição de ônus ao empregado, através de Convenção Coletiva é ilegal e implica em filiação indireta e forçada à entidade à qual não tem o trabalhador interesse em associar-se. Tal fere o princípio da autonomia sindical, consagrado nos artigos 5º, XX e 8º, V, ambos da Carta Magna. Esse, aliás, o teor do Precedente Normativo nº 119 do C. TST., pouco importando a existência ou não de prazo para manifestação de oposição aos empregados não sindicalizados na norma coletiva. O Sindicato, como associação de pessoas, só pode impor contribuições aos seus sócios. Desse modo, os descontos das contribuições assistencial e confederativa só podem ser feitos em relação aos associados do Sindicato. O empregado não sindicalizado já paga a contribuição compulsória independente da sua vontade. Não há previsão legal de contribuir para Sindicato do qual não seja associado. No caso em tela, não há provas nos autos de que os empregados da reclamada são sindicalizados. Nem se diga que a contribuição obriga todos os integrantes da categoria porque todos são beneficiados. Ao Sindicato compete a defesa de direitos coletivos e individuais por expressa ordem constitucional, que também dispõe sobre a criação de única organização sindical por categoria. Não são os empregados que escolhem quem vai representar sua categoria. Podem, porém escolher filiar-se ou não à entidade, privando-se assim, na condição de não associado, de gozar dos demais benefícios assistenciais. Vale lembrar que para financiar suas atividades o Sindicato já conta com a contribuição sindical.

Tem-se, portanto, que em se tratando as contribuições pretendidas de caráter facultativo e voluntário e não tendo sido provado que os empregados da ré são sindicalizados, são as mesmas indevidas. Como se não bastassem os fundamentos acima, note-se que o sindicatorecorrente sequer arrolou os empregados da empresa, não havendo se desvencilhado de demonstrar o fato constitutivo de seu direito, consoante lhe competia (artigo 818 da CLT., em consonância com o artigo 333, inciso I do CPC.). Mantenho a sentença que julgou improcedente a ação. ISTO POSTO, conheço do recurso ordinário interposto pelo sindicato-reclamante, e ao mesmo, NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo incólume a decisão de primeiro grau, inclusive quanto aos valores atribuídos à condenação e às custas. IARA RAMIRES DA SILVA DE CASTRO Juíza Relatora Designada EVL PROCESSO TRT S/P 01514200401602009 (20050073430) 16a VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO RECURSO ORDINÁRIO RECORRENTE: SINTRACON SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE SÃO PAULO RECORRIDO: ANALISE PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÃO LTDA Recurso Ordinário interposto pelo reclamante a fls. 98/119 contra a r. sentença de fls. 91/92 que julgou Improcedente a reclamatória, sustentando que são devidas as contribuições assistenciais dos não filiados. Contra-razões a fls. 119/121 Manifestação do D. Ministério Público do Trabalho a fls. 106 É o relatório. V O T O

Vencida que fui pelos meus pares, no tocante ao conhecimento do recurso Ordinário interposto pela Entidade de Classe, eis que no meu entender, a devolução a destempo dos autos, atrai o disposto no artigo 197 do Código de Processo Civil, adoto suas razões de decidir no tocante ao conhecimento, passando ao exame do mérito. Conheço do Recurso Ordinário interposto pelo autor, por presentes os pressupostos processuais de admissibilidade. Em passado recente alterei meu posicionamento sobre a matéria, adotando o entendimento de que as contribuições assistenciais podem ser criadas pela Entidade de Classe e inseridas nas Convenções coletivas da categoria. As Entidades de Classe foram erigidas a condição de defensoras dos direitos coletivos e individuais pela Carta Magna de 1988; não bastasse a possibilidade de fixação de contribuições foi amplamente contemplado. ( artigo 7o, incisos III e IV) De resto, cumpre ponderar que as conquistas da Entidade de Classe, atingem indistintamente todos os membros da categoria, filiados ou não filiados. No entanto, a efetivação dos descontos está vinculada à não oposição (Precedente Normativo 74 do C. TST) No presente caso, a empresa demandada, documentou as oposições de seus empregados, que contudo, na grande maioria, foram firmadas em 2004, e portanto, posteriormente aos períodos envolvidos na presente reclamatória. Destarte, os efeitos da oposição, que resguarda a intangibilidade salarial, abrangerão apenas os empregados identificados nos documentos de fls. 41,42,51,52,53,57,58,59,65,69,70. Os documentos que em virtude da má qualidade da cópia, inviabilizam a constatação da data da oposição, são desprezados. Condeno a ré ao pagamento das contribuições assistenciais elencadas a fls. 18/19, no montante destacado na coluna denominada valor principal, e multas convencionais, respeitadas as exceções destacadas. Inoportuno o cálculo da correção monetária e juros, no momento da apresentação da inicial. A reforma da r. sentença, enseja o enfrentamento das questões

acessórias, por força do disposto no artigo 515 do Código de processo Civil. Correção monetária a partir da data em que o recolhimento deveria ser efetuado. Não incidem descontos previdenciários e fiscais, em virtude da natureza do título. Indevidos honorários advocatícios, por ausentes os pressupostos da Lei 5584/70. PELO EXPOSTO conheço do recurso Ordinário interposto pelo autor, e no mérito, dou-lhe provimento parcial, tornando Procedente em parte a reclamatória, condenando a demandada ao pagamento das contribuições assistenciais e multas normativas, nos moldes da fundamentação. Custas em reversão, no importe de R$ 200,00, calculadas sobre o valor arbitrado provisoriamente à condenação de R$ 10.000,00 ROSA MARIA VILLA JUÍZA RELATORA