APRESENTAÇÃO O seminário Logística para o Desenvolvimento do Nordeste, realizado no âmbito do CONSEPLAN/NE, no dia 14 de maio de 2012, na cidade de Salvador/BA, teve por objetivo identificar projetos e programas considerados prioritários para o desenvolvimento da região Nordeste do Brasil e definir ações relacionadas à inserção desta região nos planos nacionais de logística de transportes, infraestrutura energética e redes de dados e comunicação. Integração física e econômica da região
AVANÇOS DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO RECENTE E A CONTRIBUIÇÃO DO NORDESTE PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL Número de pessoas pobres O Brasil intensifica uma rota de crescimento baseada na expansão do mercado interno e maior integração internacional, mas não deixa de lado questões relativas à inclusão social: Redução da taxa de juros; Expansão do crédito Geração de empregos; e Aumento real do salário mínimo. 70.000.000 Número de pessoas pobres, Brasil, 2002-2009 (IPEADATA, 2012) 60.000.000 50.000.000 40.000.000 30.000.000 20.000.000 10.000.000 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Ano Brasil Região Centro-Oeste Região Norte Região Nordeste Região Sul Região Sudeste Isto possibilitou a inclusão de uma importante parcela da população na classe média e a diminuição das taxas de pobreza.
INTEGRAÇÃO INTER-REGIONAL E INTRA-REGIONAL DO NORDESTE As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste apresentaram aumento na participação do PIB nacional. Entretanto, quando somadas, sequer representaram 1/3 do PIB nacional. As regiões brasileiras que apresentam maiores taxas de crescimento estão esgotando suas condições de infraestrutura, que passam a ser limitadoras da sua competitividade e do seu crescimento regional. É preciso uma aliança entre os Estados nordestinos, pactuando um planejamento regional no qual todos sejam beneficiados.
OS 10 EIXOS LOGÍSTICOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE A inserção nacional e internacional da região Nordeste exigem projetos estruturantes em infraestrutura de transportes, energia e telecomunicações: No sentido Leste-Oeste, as articulações concentram-se no modal ferroviário (Ferrovia Transnordestina e FIOL-FICO), dada a necessidade de transporte de alta capacidade para escoamento de produtos de baixo valor agregado, tais como grãos e minérios. No sentido Norte-Sul, as articulações ocorrem pelas malhas rodoviária federal (BRs 101, 116, 122, 135 e 407) e ferroviária (FCA e FNS), para escoamento de produtos industrializados e cargas gerais. Logística completar e multimodal; navegação de cabotagem; revitalização da malha hidroviária; integração com a rede de aeroportos; oferta de energia elétrica; expansão da rede de dados e comunicações; e capacitação da mão-deobra.
OS 10 EIXOS LOGÍSTICOS DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE
RODOVIAS LITORÂNEAS Adequação das rodovias federais responsáveis pela integração intraregional e inter-regional, tais como as BRs 101 e 116. As principais cargas transportadas pela BR-101 são: As principais cargas transportadas pela BR-116 são: Madeira Bens de consumo Frutas Papel e celulose Veículos Autopeças Combustíveis Açúcar Álcool Produtos siderúrgicos Bens de consumo Produtos químicos Veículos Produtos siderúrgicos Graneis minerais Alimentos e bebidas Rodovias que articulam fluxos de mercadorias e pessoas entre as regiões Nordeste e Sudeste do país, com grande capacidade de estímulo ao turismo e ao transporte de cargas na região Nordeste.
RODOVIAS DO SEMIÁRIDO Adequação das rodovias federais responsáveis pela integração intra-regional e inter-regional, tais como as BRs 122 e 407. As principais cargas transportadas pela BR-122 são: Grãos Frutas As principais cargas transportadas pela BR-407 são: Produtos siderúrgicos Frutas Conectam as regiões de maior vulnerabilidade socioeconômica às áreas de maior dinamismo econômico, reforçando as articulações entre distintos polos regionais.
RODOVIAS DO CERRADO NORDESTINO Adequação da BR-135. As principais cargas transportadas pela BR-135 são: Madeira Bovinos Soja Mandioca Milho Fosfato Serve de conexão do sistema rodoviário com as ferrovias Nova Transnordestina e FIOL.
FERROVIAS DO NORDESTE Viabilizar investimentos nas ferrovias para a integração intra-regional e interregional; Centro-Atlântica (FCA); Oeste-Leste (FIOL) e Malha nordeste da Transnordestina (antiga CFN). Agilizar o processo de negociação com os operadores das malhas ferroviárias de modo a viabilizar novos investimentos e concessões. As principais cargas transportadas pela ferrovia Norte Sul (FNS) são: As principais cargas transportadas pela ferrovia Transnordestina são: Soja Cimento e gesso Minério de ferro Óleo diesel e gasolina Milho em grãos Produtos siderúrgicos, minério de ferro, coque e alumínio As principais cargas transportadas pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) são: Cal, calcário e cimento Minério, bauxita, cobre e fosfato Milho
PORTOS DO NORDESTE Definir marco regulatório do setor portuário; Estimular a instalação de distritos industriais e ZPEs na proximidade dos portos nordestinos; Viabilizar a navegação de cabotagem entre os portos. As principais cargas movimentadas pelo porto de Suape/PE são: As principais cargas movimentadas pelo porto de Aratu/BA são: Contêineres Combustíveis,outros derivados de petróleo e minérios As principais cargas movimentadas pelo porto de Salvador/BA são: Celulose Contêineres Trigo As principais cargas movimentadas pelo porto de Itaqui/MA são: Manganês, cobre e níquel Combustíveis e produtos químicos As principais cargas movimentadas pelo porto de Pecém/CE são: Contêineres Combustíveis e derivados de petróleo Produtos siderúrgicos e minérios As principais cargas movimentadas pelo porto de Cabedelo/PB são: Ferro gusa, cobre e produtos siderúrgicos Trigo Soja Derivados de petróleo Combustíveis e óleos minerais Cimento Fertilizantes
HIDROVIAS DO NORDESTE Fortalecer o papel das hidrovias do São Francisco e do Parnaíba. A Hidrovia do São Francisco, desempenhar um forte papel de articulador entre as regiões Sudeste e Nordeste. A Hidrovia do Parnaíba desempe um importante papel para o escoamento de grãos do sul do Piauí e do Maranhão com os portos no Nordeste.
AEROPORTOS DO NORDESTE Fomentar a aviação regional e a articulação dos aeroportos nordestinos para a formação de hubs aeroviários no Nordeste do país, viabilizando: redução dos custos de transporte regional e sub-regional; melhoria da acessibilidade e mobilidade da população; criação de novas rotas de atendimento do turismo intra-regional; Criação de novas ligações internacionais com a região Nordeste.
REDE DE DADOS E COMUNICAÇÕES Implantação da infraestrutura de telecomunicações e transmissão de dados, bem como contemplar o desenho de uma malha de banda larga e infovias para a região Nordeste. Os estados do Nordeste deverão atuar nos seguintes eixos: atuação conjunta das bancadas estaduais e Governadores da região para que a ANATEL, em seus próximos leilões das faixas de frequência de alto desempenho, inclua condicionantes de atendimento às redes de cidades; Garantir que a infraestrutura estatal da Telebrás (e outras empresas governamentais) deve ser utilizada não só para serviços públicos, mas também para vender a preços reduzidos aos pequenos provedores; e divulgação das informações relativas aos cronogramas de investimentos públicos na áreas, o que facilita o planejamento e as parcerias entre os estados.
INFRAESTRUTURA ENERGÉTICA Garantir a disponibilidade de energia para a região Nordeste. O crescimento do consumo de energia elétrica no Nordeste será de 5,4% ao ano para o período 2010 a 2019; A demanda de energia elétrica do Nordeste só é atendida graças à capacidade de importação de outras regiões, notadamente do subsistema Norte; A energia no Nordeste deve ser abordada sob os aspectos de: eletricidade, petróleo e gás, eólica e solar, visando o fortalecimento da nossa matriz energética.
AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL Os investimentos na região Nordeste devem ser parte de um instrumento de política de desenvolvimento regional, com a perspectiva de inclusão social, produtiva e preservação ambiental, nas seguintes ações: Investimentos na infraestrutura logística Infraestruturação da rede de cidades; Fortalecimento das pequenas e médias empresas e da inserção das famílias da agricultura familiar no novo ciclo de desenvolvimento; Atenção ao ensino fundamental e básico; Instituição de uma rede de capacitação profissional, inovação e competitividade para a região Nordeste; Aprimoramento das políticas de desenvolvimento regional, através da SUDENE e do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE); Finalmente, a definição do Plano de Desenvolvimento para o Nordeste que integre física e economicamente a região no plano Nacional e Internacional.
Grato pela atenção Gustavo Nogueira Presidente do CONSEPLAN gmfnogueira@terra.com.br