III Oficina: ODS / Urbanização Sustentável Diálogos sobre a Agenda Pós-2015 4 e 5 de maio de 2015



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Transcrição:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Subchefia de Assuntos Federativos III Oficina: ODS / Urbanização Sustentável Diálogos sobre a Agenda Pós-2015 4 e 5 de maio de 2015 Auditório do Anexo I do Palácio do Planalto Brasília/DF Participantes: RELATÓRIO Subchefia de Assuntos Federativos (SAF/SRI/PR): Paula Ravanelli, Antonio Francisco Cruvinel, Ana Carolina Lorena, Bruno Sadeck, Crislene dos Santos, Marcos Henrique Oliveira Silva, Crislaine do Nascimento, Ana Carla Marques, Svetlana Haspar, José Evaldo Filho, João Navarro Secretaria-Geral (SG/PR): Fabrício Prado, Thais Lemos Ribeiro, Laurencio Korbes, Ubirajara José Augusto Ministério das Relações Exteriores: Mário Mottin, Everton Frask Lucero, Paulo Elias Martins Ministério do Meio Ambiento: Fernando Coimbra, Karen Cope, Lúcia Lopes, Pedro Christ, Carlos Hugo Soares Ministério das Cidades: Claúdio Trinchão, Gláucia Hassler Sugai, Bruna Chie Yin Tse, Flavio Dolabella, Geniana Ferreira, Amanda Olalquiaga, Sérgio Maurício Pinto Ministério da Fazenda: Daniel R. Couto Silva, Arlete da Silva Ministério da Previdência Social : Célia Medeiros Ministério de Pesca e Agricultura: Leticia Canton Ministério do Turismo: Luis Vanucci Cardoso Ministério do Planejamento: Álvaro Pontes, Breno Figueiredo, Raduan van Vethen Meira, Rafael Cerqueira Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA): Renato Balbim, Roberta Monteiro Prefeitura de Belo Horizonte/MG: Stephania Aleixo (FNP) Prefeitura Municipal de São Paulo/SP: Ivy Moraes (FNP) Prefeitura Municipal de Osasco/SP: Luciano Costa (FONARI) Prefeitura Municipal Taquaritinga do Norte/PE: José Evilásio de Araújo (Prefeito) Prefeitura de Barcarena/PA : Patrícia Menezes Prefeitura de São Luis/MA: Thaís Grandez Paim de Andrade Governo do Estado do Rio de Janeiro: Joan Ferreira

Governo do Estado da Bahia: Caúra Damasceno, Jonas Paulo, Cristiane Abreu, Everli Almeida Governo do Distrito Federal: Barbara Maria, Emiliano Almeida EMPRAPA: Rodrigo Valadares EMBRATUR: Honório Rocha, Luciano Nass, Walter Luis Ferreira Fundação Nacional de Saúde (FUNASA): Sheila Rezende INMETRO: Cristiane Lima Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI): Cesar Rech Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (CODESUL): Vicente Bogo Associação Brasileira de Municípios (ABM): Samuel Porto Confederação Nacional de Municípios (CNM): Tatiane Vieira de Jesus, Helvisney dos Reis Cardoso, Karla França Frente Nacional de Prefeitos (FNP): Silvia Toso Instituto Pólis: Rodrigo Faria G. Iacovini Fundação Avina: Glaucia Barros Fundo Mundial para o Desenvolvimento das Cidades (FMDV): Mariana Nascimento Collin ICLEI: Jussara Lima Carvalho nrg4sd Network of Regional Goverments for Sustainable Development: Rodrigo Messias Objetivos: Dar continuidade aos debates iniciados nas Oficinas de 2 de Junho e 2 de Julho de 2014. Incorporar debate entre os entes subnacionais, entidades nacionais de representação dos munícipios e outros atores representativos, e assim conferir maior legitimidade à posição nacional. Colaborar com a posição brasileira em três grandes negociações de cunho global realizadas pela ONU: Adis Abeba, em julho, sobre Financiamento ao Desenvolvimento; Agenda de Desenvolvimento Pós 2015 que lançará em setembro os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis; e a COP21, em dezembro, na cidade de Paris, sobre mudanças climáticas. Tratar sobre a agenda brasileira e aglutinar informações que serão levadas a cabo na cúpula Habitat III, em 2016, no Equador sobre desenvolvimento urbano. MEMÓRIA Início: 4 de Maio às 14h30 Abertura Olavo Noleto (SAF) Deu início à Oficina, agradecendo a parceria dos órgãos federais, em especial à Secretaria Geral da Presidência, à SAF e ao Itamaraty, destacando também a importância de fortalecer a cultura de cooperação federativa.

Reconheceu o protagonismo do Brasil nas conferências vindouras, na formulação de politicas a nível mundial e expressou que conta com os estados e municípios na construção da posição brasileira. Desejou um bom encontro a todos e passou a palavra ao Sr. Fabrício. Fabrício Prado (SG) Agradecimento ao convite da SAF e também a participação da SRI e da Vice Presidência. Alegou que essa agenda apresentará desafios exigindo muita criatividade, diálogo e esforço. Com os ODS, as soluções não estão tão claras como quanto era com os ODM, o que aumenta a necessidade da participação de novos atores como as entidades de âmbito local e regional. Além do ODS específico às cidades, os outros também exigirão empenho dos gestores municipais e estaduais. Parabenizou a iniciativa da SAF, o Itamaraty, destacou o papel de liderança do Brasil nas negociações e que os negociadores em NY fazem uso do material gerado nesse tipo de evento. Lembrou os dois grandes debates realizados ano passado sobre os ODM que tiveram os resultados divulgados de maneira pública e sugere o acesso ao Portal Participa Brasil, que é um canal aberto à sociedade civil. Reiterou a importância do evento e se colocou à disposição dos participantes. Paula Ravanelli (SAF) Cumprimentos e agradecimentos. Reiterou que o evento tem caráter mais informal e de reunião. Destacou os próximos eventos que tratarão do novo modelo de desenvolvimento (Conferência de Financiamento ao Desenvolvimento, Assembleia Geral da ONU, Conferência do Clima, Habitat III). O objetivo do diálogo é trazer elementos para que a posição brasileira expresse as demandas dos governos locais e regionais e da sociedade, não só do governo federal. Essa é a terceira oficina, as duas primeiras trataram mais sobre os ODS, mas essa tem uma amplitude maior ao abordar todo o fio condutor/contexto da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015. Informou que a oficina está sendo transmitida pela internet uma vez que muitos municípios não puderam participar presencialmente, agradecendo aos espectadores. Abertura encerrada. MESA 1 - A III Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento / Economia local como motor do desenvolvimento das cidades Ana Carolina Lorena (SAF) Convidou à mesa os palestrantes e introduziu o tema do Financiamento ao Desenvolvimento, que vem sendo desenvolvido desde a Conferência de Monterrey em 2002. Destacou que apesar da complexidade da agenda, os novos atores a nível local que passaram a integrá-la a partir de 2008 vêm se inteirando e contribuindo, se mostrando parte importante do processo. Paulo Elias (MRE) Agradeceu o convite para participar e iniciou dizendo que Conferência de Adis Abeba em julho é o primeiro desse ciclo de grandes eventos e tem uma relação muito próxima da cúpula que vai adotar a Agenda pós-2015 em setembro, pois é ela que oferecerá os meios de financiamento. É uma Conferência que trata da arquitetura financeira internacional e como podem ser mobilizados recursos de diferentes fontes para os ODS. O processo de Adis Abeba tem linguagem conceitual, fornece o marco conceitual e geral enquanto o de setembro tem metas específicas. Trata de governança econômica, comércio internacional, entre outros temas. É a conferência de seguimento de Monterrey e Doha que implementaram a meta de ajuda oficial ao desenvolvimento (ODA). Ao longo dos últimos anos, AL e Caribe tem recebido mais remessas/transferências internacionais e investimentos, ainda que permaneçam recebendo ODA. O que esperar de Adis Abeba: contexto difícil com muitas economias passando por ajuste fiscal e há pressão dos países em desenvolvimento para que os países desenvolvidos cumpram a meta

de porcentagem de ODA. Do ponto de vista dos países desenvolvidos, eles podem pedir melhorias no ambiente regulatório, combatendo evasão fiscal e na arrecadação fiscal. Parcerias público privadas são utilizadas pelo Brasil, com as concessões mas ainda há reticência de outros países da AL e Caribe e provavelmente o texto de Adis Abeba deve tratar desse tema substancialmente. Interesses Brasileiros: que os desenvolvidos cumpram com a meta de ODA, os que podem devem ir além da meta mínima, que não haja hierarquia artificialmente criada entre os diferentes tipos de desenvolvimento, que se trate de comércio internacional no texto, e que o resultado das negociações não interfira na autonomia dos países de desenvolver/implementar suas politicas de desenvolvimento e seus meios de mobilização de recursos. Cobrança dos países desenvolvidos para que as economias médias participem mais da cooperação internacional: muitas vezes a cooperação dos países em desenvolvimento é na forma técnica ou humanitária, não necessariamente de forma financeira. Apesar do crescimento da economia de países em desenvolvimento como o Brasil, ainda temos vários desafios internos que talvez impeçam essa ajuda financeira. De 13 a 17 de abril foi realizada a II PrepCom onde os co-facilitadores não negociaram a redação durante a sessão, simplesmente recolhendo as propostas e recomendações das delegações, o que foi alvo de crítica. Haverá sessões adicionais com as delegações em NY para negociar o texto, culminando na III PrepCom de 15 a 19 de junho. O Itamaraty, junto com outros órgãos como a SAF, tem se reunido para formar instruções gerais para o processo e ainda podem receber insumos adicionais. A posição brasileira é coordenada com o G77, e a posição deve ser negociada com o resto do grupo, é feito um esforço para defender as posições nacionais. Mariana Nascimento (FMDV) Agradecimento à SAF pelo convite. O FMDV é uma rede governos e entidades locais, especializada em financiamento do desenvolvimento urbano e negocia várias parcerias internacionais para implementação de politicas inovadoras. Vem atuando através da Global Task Force da CGLU que reúne entidades municipalistas, como CNM e FNP que faz advocacy junto as Nações Unidas, também fazem articulação da posição internacional da Frente. Explica que Carlos Freitas irá prosseguir com a apresentação via vídeo. Carlos Freitas (FMDV) Sublinha o nível local como o mais importante no desenvolvimento da agenda pós 2015. Indica que hoje o nível subnacional ainda não faz parte especificamente dos textos oficiais das Conferências como ator de políticas de desenvolvimento. Nas discussões sobre buscar financiamento existe a preocupação com a mobilização de recursos domésticos, mas ainda não se dá a devida atenção ao papel do governo local nesse processo. Entretanto é possível agregar instrumentos de financiamento que façam com que os governos locais sejam parceiros do financiamento ao desenvolvimento. Isto é, o impacto das decisões internacionais serão enormes sobre as politicas publicas locais, por isso os municípios devem ter um mínimo de controle e de capacidade de proposição para essa pauta. Um exemplo de ferramenta útil aos governos locais é a criação de um observatório mundial sobre finanças locais entre outros mecanismos operacionais permitindo fomento a mobilização de recursos locais. Fortalecer os bancos de desenvolvimento. Mariana (FMDV) Reforça o convite a todos os atores a participarem das atividades de advocacy e as mais concretas como a criação de aliança internacional sobre a mobilização de recursos domésticos, e a serem mais proativos nas atividades relativas a financiamento como um todo. Perguntas Antônio Carlos Bettega (CODESUL/PR): a minuta zero já está acessível e é possível visualizar o que já foi delineado para fazer contribuições?

Paulo Elias (MRE): o documento é público e recomenda que quem tem contribuições que se concentre em ideias e não no texto em si pois ele já sofreu diversas modificações. Silvia Toso (FNP): posição brasileira quanto à mobilização de recursos domésticos? Representantes dos governos locais no evento de Adis Abeba e nas discussões anteriores a ele? Paulo Elias (MRE): respondeu que não é um tema que preocupa muito o Brasil pois o pais tem arrecadação suficiente, só preocuparia caso a decisão seja prescritiva e reduza o instrumental. Evasão fiscal e combate a corrupção são temas de forte participação do Brasil, dos quais o Brasil já é signatário de acordos. O que se enfatiza agora é o ambiente internacional, a reforma das instituições financeiras internacionais.quanto a participação na delegação de Adis Abeba, havendo pedidos específicos podem ser encaminhados ao Itamaraty. Tatiane Jesus (CNM): como formular a contribuição ao posicionamento dos municípios para o MRE? Como foi feita a consulta aos governos locais sobre a minuta zero e quais foram as entidades consultadas? Paulo Elias (MRE) disse que fica a cargo dos municípios a forma de contribuição, ideia ou conceito para agregar à posição brasileira, seria ver quais as necessidades dos municípios e estados e encaminhar a eles. Ana Carolina (SAF) respondeu que o documento da minuta zero será circulado. Joan França (Governo do Estado do Rio de Janeiro):há discussão de financiamento ao desenvolvimento no banco dos BRICS? Couto Silva (SAIN/Ministério Fazenda) explicou que o banco se chama Novo Banco de Desenvolvimento e prevê que financiara projetos públicos e privados, empréstimos, garantias, investimentos em ações, e há a possibilidade de que entidades subnacionais sejam financiadas. MESA 1 encerrada. MESA 2 Da Rio-92 à COP 21 / O papel dos governos locais na agenda do desenvolvimento sustentável Antonio Cruvinel (SAF) Foi verificada a necessidade de ampliar a discussão quanto ao clima e estendê-la aos estados e municípios e o papel dos atores locais está sendo subjugado visto que um número cada vez maior de países está delegando maiores responsabilidades aos entes subnacionais, mas muitas vezes esses não têm as ferramentas para realiza-las. É preciso desenvolver mecanismos e apoiar as cidades e as autoridades locais na implementação da infraestrutura resiliente e que leve em conta as preocupações climáticas. Nesse sentido, esclareceu que o governo falaria da caminhada brasileira desde a Rio 92 a COP 21 e em seguida os representantes das entidades de representação das cidades. Pedro Christ (MMA) Contribuição dos entes subnacionais para o processo de mitigação de gases de efeito estufa e na adaptação e como é a relação desses entes com o tema do clima. Em mitigação, os planos setoriais tem gerado resultados favoráveis principalmente na emissão relacionada a mudança do uso da terra e florestas, com a queda das taxas de desmatamento, fenômeno que teve contribuição relevante dos governos locais. O foco histórico antes de 2010 na atuação sobre clima era em mitigação. A partir de que a ciência demonstrou que já existe impacto do clima na sociedade, a adaptação à mudança do clima ganhou relevância. Os entes subnacionais podem cooperar dentro dos planos setoriais de adaptação. Alguns desafios para

promover a mitigação e a adaptação são melhorar os mecanismos de governança federativa, melhorar o diálogo e promover a troca de experiências além da participação e articulação federativa. Everton Lucero (MRE) A Convenção do clima que surgiu no Brasil com a Rio-92 hoje tem 195 partes, uma das conferências mais universais que existem. Ela também tem grande valor pelos princípios e pelo tema. Destacou a necessidade de diferenciar compromissos que advêm do reconhecimento pela Convenção uma vez que alguns países que emitiram mais gases de efeito estufa historicamente devem tomar a dianteira nas politicas de combate à poluição. É importante que a Convenção continue sendo a espinha dorsal da agenda climática. Lembrou-se da proposta do Brasil em 2013 na COP 19 (Varsóvia) de que os países deveriam iniciar amplo processo de consulta interna (sociedade civil, academia, entes subnacionais, governo federal) para definir o grau de esforço que estaria disposto a fazer no tema, sinalizando uma iniciativa de baixo para cima, diferente de como foi desenvolvido o protocolo de Kyoto. É possível acessar o resultado da consulta, e essa irá servir como insumo para direção da posição brasileira. Foco na adaptação à mudança climática, que a medida que a temperatura mundial cresça será uma necessidade. A resistência é sobretudo dos países desenvolvidos pois envolve compromissos financeiros. ONGS e sociedade civil especialmente gostariam que o Brasil passasse a assumir meta absoluta de redução das emissões em relação ao ano base, ou de redução relativa ao PIB.Destacou que é preciso aumentar o diálogo com os entes subnacionais. Jussara Lima (ICLEI) Importância de aproximar governo nacional e governo local. Embora as cidades ocupem 2% do território mundial, são responsáveis pelo consumo de 70% da energia, e com a urbanização brasileira atual de 80% é crucial o momento para retomar a discussão do clima e incluir os entes subnacionais na discussão e nos esforços. O ICLEI vem trabalhando com as cidades, buscando a utopia de cidades sustentáveis, biodiversas, inteligentes etc. São mais de mil cidades associadas, incluindo regiões metropolitanas e tanto cidades grandes e quanto pequenas, buscando mostrar o protagonismo dos governos locais na agenda de desenvolvimento sustentável e clima, buscando financiamento junto à COP e trazendo em cada Convenção 100 ações inovadoras das cidades. Plataforma Carbon: estabelecer uma coleta de dados transparente das cidades e mostrar a disposição das cidades. Até agora foram reportadas 1514 ações de mitigação de adaptação de 400 cidades e centenas de entidades subnacionais. Deixou a proposta que o governo federal leve a participação dos entes subnacionais, constando um plano de ação ou implementação que envolvesse todos os níveis de governo. Rodrigo (nrg4sd) Atualmente a rede nrg4sd tem mais de 50 membros e atua por meio de parcerias e contatos para aproximar governos subnacionais gerando cooperação, com prioridade aos temas de mudanças climáticas, biodiversidade e agenda pós-2015. A rede é sócia organizadora do Grupo Principal de Autoridades Locais, participa a da reestruturação do PNUMA e apoia o Grupo de Trabalho de Indicadores Subnacionais. Chamou atenção para o espaço reduzido para os atores não estatais nas Convenções do Clima, que por vezes não podem sequer acompanhar apenas como ouvintes. É fundamental estabelecer mecanismos concretos de inclusão das autoridades locais no debate. Abordou o compacto de estados e regiões que traz dois objetivos subnacionais: compromisso com meta pública de redução de emissões de gases de efeito estufa ou adoção em ate dois anos e inventario publico das emissões de GHC com base anual, ou compromisso em relatar inventario em ate dois anos. Destacou a ferramenta do portal Nazca da UNFCC que permite o envio de dados relativos ao clima pelos entes não estatais. Perguntas

Jonas Paulo Neres (representante do Governo da Bahia em Brasília): como se colocar no debate? Rodrigo Messias (nrg4sd): INBCs brasileiras que ainda não foram entregues, pretendem incluir a participação dos atores subnacionais? Everton Lucero (MRE) explicou que o Brasil está aberto a todos os stakeholders subnacionais. No entanto, como os governos subnacionais não são personalidades jurídicas não podem assumir compromissos no âmbito de negociações internacionais, isso teria que ser debatido dentro de cada país. Ele esclareceu que será o documento será entregue antes da Convenção em dezembro e que está sendo elaborada com cuidado e sem pressa, é um processo em curso com tempo de aprimorar o texto. Antonio Cruvinel (SAF) agradece os palestrantes, encerra a mesa e informa que amanhã a mesa 3 será iniciada às 9h30. Inicio: 5 de maio às 9h30 Mesa 3: O Brasil no processo de negociação ODS e as propostas dos entes subnacionais Bruno Sadeck (SAF) Com o fim do prazo dos ODM em 2015, a ONU está trabalhando com os governos, a sociedade civil e outros parceiros para aproveitar o impulso gerado pelos ODM e continuar com uma agenda de desenvolvimento pós-2015 ambiciosa. Os países reunidos na Conferência Rio+20 concordaram com a necessidade de estabelecer novas metas de desenvolvimento humano que serão traduzidas por meio dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ou ODS. O documento final, O futuro que queremos, propôs a criação de um Grupo de Trabalho Aberto (GTA) intergovernamental para desenvolver uma proposta levada à Assembleia Geral da ONU. Os Estados-membros da ONU estão conduzindo um processo de consultas abertas e inclusivas sobre a Agenda Pós-2015, numa construção democrática que deverá resultar em um maior envolvimento na execução de políticas públicas alinhadas em prol do desenvolvimento sustentável e da redução da pobreza. A Secretaria de Relações Institucionais, por meio de sua Subchefia de Assuntos Federativos, organizou oficinas para discutir o texto resultante das discussões do GTA da ONU, com o objetivo incorporar ao debate os entes subnacionais, entidades nacionais de representação dos municípios e outros atores representativos dos entes da Federação brasileira nesse processo e contribuir com a formação da posição brasileira nas negociações. A incorporação ao Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) de órgãos técnicos com larga experiência na construção e monitoramento de indicadores, como o IBGE e o IPEA, reflete a importância que o Governo Federal está dando ao tema. As negociações intergovernamentais na ONU prosseguirão até o mês de julho, quando será finalizado o documento que será submetido à Assembleia Geral em setembro de 2015. Após um ano e meio, as negociações na ONU resultaram em uma ambiciosa proposta de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Em 2015, o debate nacional deverá ser aprofundado para discutir temas como os meios de implementação da Agenda e o acompanhamento dos ODS, assuntos que serão tratados nesta oficina. Fernando Coimbra (MMA) Agradeceu o convite e enfatizou que não faria uma apresentação, mas um diálogo. Considera esta uma etapa mais avançada do processo, colocando a discussão em outro patamar visando definir os produtos que serão levados às conferências. Ressaltou a importância da discussão sobre o financiamento ao desenvolvimento, relacionada aos ODS, e teceu comentários para reflexão e debate.

Os ODS serão um dos resultados mais importantes que a comunidade internacional produzirão. Considerando o significado dos ODM em termos de estruturação das ações, os ODS representarão um grande avanço na mobilização dos diferentes atores e na elaboração. O conjunto dos objetivos e metas representa um amplo consenso internacional e um caminho a ser percorrido. Está sendo dada grande centralidade à questão ambiental, referida nos Objetivos números 6, 12, 13, 14 e 15, diretamente associados a desafios ambientais. Outros objetivos têm estreita ligação com a agenda ambiental, como o de cidades e o de educação. Um dos 3 eixos da Rio+20 é a erradicação da pobreza nos próximos 15 anos. Outro consenso trata da transição para um modo de produção sustentável como base para uma vida mais sustentável. Mário Mottin (MRE) Comentou sobre o extenso processo de negociação desde a Rio+20, lembrando que a AG/ONU debate o tema há 3 anos em um processo complexo e inovador de negociação, totalmente aberto e transparente. Uma minoria de países gostaria de reduzir os objetivos e metas, mas a proposta final deverá ser bem próxima à atual, com pequenos ajustes técnicos em poucas metas. Numa 2ª fase, de implementação, deve-se discutir como se dará o acompanhamento dos objetivos e indicadores, pois trata-se de peça-chave desse modelo, que deverá ser flexível para moldar-se às diferentes realidades locais. Destacou o desafio de se passar de um modelo teórico de meios de implementação para a prática, que dependerá de transferência de tecnologias capazes de apoiar a implementação dos ODS. Bruno Sadeck (SAF) Agradeceu as falas dos representantes do MMA e do MRE e chamou as entidades municipalistas presentes para apresentarem suas considerações. Tatiane de Jesus (CNM) Avanços a nível Mundial: Ressaltou a importância e a contribuição do Rio+20 para desenvolvimento de estratégias para entes subnacionais; Desafios: Convergência de agenda, destacou a importância de troca de informações entre agendes municipalistas, entes subnacionais e o governo federal. Discurso: Razões para envolvimento municipal: A criação de uma Nova Agenda mundial afetará o âmbito municipal; Os gestores locais são implementadores da agenda local; Os prefeitos e prefeitas são agentes políticos do processo; Atenção à capacidade dos governos locais para cumprir essas responsabilidades; Os governos locais são atores chaves para o desenvolvimento local sustentável, seja ele urbano ou rural; Municípios como espaços de tradução dos objetivos em desenvolvimento local sustentável: Baixo alcance de metas em nível mundial está fortemente relacionado com a falta de fundos dirigidos aos governos locais; Municipalização favoreceu o alcance das regiões mais vulneráveis, além de ser considerado diferencial brasileiro. Movimento Municipalista Internacional:

Os Municípios brasileiros não estão sozinhos nessa atuação. Há toda uma rede internacional atuando em prol dos interesses dos governos locais nos ODS: Organização Mundial de Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU); Global Taskforce GTF 2016. ODS Urbano: É nas cidades em que se ganhará ou perderá a batalha pelo desenvolvimento sustentável (Irina Bokova, Diretora Geral da UNESCO); Apoio do movimento brasileiro ao ODS urbano: CNM, 9 entidades e 18 Municípios brasileiros aderiram ao Documento de Apoio a esse objetivo; Presidente Ziulkoski e presidente de várias entidades municipalistas estaduais participaram da campanha da CGLU em prol do ODS Urbano Atuação da CNM: Oficinas dos ODS; Documento de posicionamento sobre ODS urbano à SAF - Reflexões sobre metas e meios de implementação do ODS urbano ; Compartilhamento dos Documentos da Global Taskforce com MRE; Análise de Indicadores apresentados pelos governo federal. Avanços alcançados: Rio+20 O futuro que queremos: aponta explicitamente para o papel estratégico dos governos locais; Presidente da CGLU integrou o Painel de Alto Nível de pessoas eminentes sobre a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 das Nações Unidas Uma nova parceria global ; Comitê Consultivo de Autoridades Locais das Nações Unidas UNACLA; Seção especial para tratar da cooperação descentralizada no Fórum sobre Cooperação para o Desenvolvimento. Próximos passos / desafios: Um processo de construção mais abrangente resultará também em um maior envolvimento na execução desses novos objetivos que se traduzirão em políticas públicas; Desafios para adaptação e implementação ; Melhoris dos indicadores ; Necessidade de convergências de várias agendas internacionais ; Implementação de canais de financiamento; Fortalecimento de capacidade técnica; Necessidade de levar em conta à realidade local; A atuação junto aos Municípios permite o alcance de metas de maneira menos dispare entre as diferentes regiões do Brasil. Sthephania Aleixo (FNP) Destacou a importância dos governos locais nas agendas internacionais. Linha de trabalho: estabelecer parcerias estratégicas: ABONG, agenda pública, GIF. Papel da plataforma ODS que fomenta o desenvolvimento de estratégias nos entes subnacionais. Experiência: Belo horizonte observatório do milênio, ligado aos ODS. Monitoramento dos indicadores; Plataforma online; fomentar o processo de internacionalização; G100 restrito aos municípios com mais de 80 mil habitantes para melhorar a gestão. Discurso: Formas de Atuação de FNP e Parcerias Estratégicas O processo de definição dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável é talvez o onde com mais evidência se impõe a presença e participação dos Governos Locais pelo impacto efetivo que a implementação dos objetivos terá ao nível local, não apenas na implementação do Objetivo 11 mas de todos os ODS. Os prefeitos que compõem a diretoria de FNP se expressaram mais vezes em prol da importância dos governos locais se envolverem no processo desde a criação, implementação e monitoramento dos ODS com posicionamentos oficiais (por meio da Carta aos presidenciáveis no agosto de 2014, durante a Reunião Geral de Campinas em Novembro do mesmo ano, onde teve uma mesa especificamente dedicada aos ODS com a presença dos Prefeitos Lacerda e Haddad, e também com a Carta final do III EMDS em Abril de 2015).

Em vista da Assembléia Geral da ONU de Setembro 2014 em parceria com o Fundo Mundial de Desenvolvimento das Cidades (FMDV), FNP realizou uma consulta aos municípios sobre a introdução e a manutenção do objetivo 11 e FNP se posicionou oficialmente de forma favorável na carta também assinada pelos demais parceiros, entidades municipalistas e cidades envolvidas. Nesse sentido a introdução do objetivo 11 Fazer das cidades e dos assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis foi um importante reconhecimento do papel dos Governos Locais. Ao nível internacional, em parceria com FMDV e CGLU, FNP entrou a fazer parte do Global Task Force na atuação sobre a Agenda Pós-2015 como um todo e nacionalmente em parceria com o Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Relações Internacionais (FONARI), FNP incentivou o envolvimento dos municípios com atuação internacional FNP também reconheceu a indispensável correlação entre governos locais, sociedade civil e setor privado para que a implementação dos objetivos seja efetiva, e não se restrinja ao alinhamento das ações em curso com os objetivos, para tanto em parceria com Agenda Pública, ABONG e GIFE, FNP está contribuindo a estreitar os laços entre governos locais, sociedade e empresa por meio da participação na Plataforma Estratégia ODS. A Plataforma será um instrumento para debater estratégias de implantação dos ODS. FNP em colaboração com Prefeitura de São Paulo e demais prefeituras que queiram contribuir estão elaborando a parte do site que diz respeito aos Governos Locais. Também será possível abrir para exemplos de políticas indutoras exitosas realizadas a nível municipal. Importância da Atuação dos Governos Locais na Nova Agenda do Desenvolvimento A contribuição das cidades e governos locais como atores privilegiados para solucionar localmente e de forma eficaz problemas globais, foi reconhecida oficialmente durante a Rio+20 e tem que ser efetivada na aplicação da Nova Agenda do Desenvolvimento e dos ODS. Os Governos locais poderão ser aliados para a difusão em escala local e regional do modelo de desenvolvimento sustentável por ser atores indispensáveis para uma construção realmente multi-nível, multi-stakeholders e integrada das agendas globais pós-2015, para isso a importância do trabalho local em estreita conexão com sociedade civil, setor privado e demais atores, numa ótica de transparência e participação cidadã na gestão do interesse comum. È importante ressaltar como o protagonismo dos governos locais nacional e internacionalmente seja um elemento indispensável para que os recursos sejam direcionados lá onde as políticas executadas podem ter mais efeito. Por fim vale a pena destacar como a municipalização dos ODS também pode ser considerada como uma oportunidade para a atuação territorial integrada com municípios circunvizinhos e consórcios, onde é mais possível provocar mudanças de paradigma não apenas restritas ao território municipal. Queremos aqui destacar a experiência da Prefeitura de Belo Horizonte na implementação dos Objetivos do Milênio e com a criação da Rede ODM para o acompanhamento da implementação dos objetivos. Nesse sentido a cooperação intermunicipal (nacional e internacional) dos Governos Locais pode contribuir de forma concreta para a redução das desigualdades subnacionais e subregionais aplicando também ao nível nacional uma ótica de cooperação técnica entre pares.

Analise dos Indicadores Pelos debates mantidos até agora no Brasil emerge a necessidade que os indicadores globais escolhidos devam ser especificamente pensados ou estreitamente relacionados aos objetivos, nesse sentido nosso anseio é que a ONU oriente os estados membros para a construção / aprimoramento dos indicadores nacionais especificamente relacionados com os 17 ODS de forma a garantir que o acompanhamento da implementação possa ser feito e registrado pelos estados membros de forma a garantir as diferenças da organização dos estados e ao mesmo tempo de restituir uma fotografia verdadeira dos avanços obtidos com a aplicação da Nova Agenda do Desenvolvimento. Pela analise feita da implementação dos ODM também resulta evidente a necessidade de que os indicadores possam ser o mais possível desagregáveis, tanto ao nível de tipo de grupo vulnerável (Gênero, cor, etnia, orientação sexual, pessoas com deficiência) como em termos territoriais e salientamos aqui a importância de chegar no máximo nível de desagregação (até o nível de áreas metropolitanas), para reduzir ao mínimo as desigualdades locais. Em nível nacional, será começado um processo de definição dos indicadores e aprimoramento dos indicadores existentes a partir do mês de Junho: Em termos gerais salientamos como nenhum dos indicadores existentes é dispensável podendo, todos eles representarem as diferentes realidades locais do Brasil na sua complexidade. Por essa razão é importante salientar a necessidade de adaptar esses indicadores de forma participativa com a contribuição dos municípios desde o começo do processo. É, portanto, necessário prever instrumentos e dispositivos que permitam a participação dos municípios brasileiros nas suas diferenças e complexidades. Nesse sentido queremos trazer a experiência de FNP com o grupo de Municípios g100 municípios populosos com baixa receita per capita e alta vulnerabilidade sócio-econômica. Trata-se de uma base de relativamente restrita de 380 municípios que, porém, representam uma população muito importante tendo todos eles população superior aos 80mil habitantes. Estes municípios representam realidades muito diferentes entre si podendo ser tanto municípios hiper-conurbados de áreas metropolitanas de grandes metrópoles, assim como municípios pólos de regiões deprimidas. Os indicadores referentes ao critério g100 vêm sendo tabelados e identificados com a participação dos representantes municipais e a apropriação dessa agenda pelos gestores públicos. Salientamos como seja indispensável que, assim que a nova agenda for adotada o Governo Federal e os governos subnacionais construam um instrumento político para o acompanhamento dos ODS que consiga ter conta da diversidade entre tipologia de municípios. Um instrumento de tal tipo apenas pode ser fruto de um processo participativo em que os municípios, de diferente tipologia e experiências possam dar própria contribuição e nesse sentido abrimos para as demais instituições e para o Governo Federal para pensarmos de maneira conjunta um instrumento desse tipo. È necessário inserir entre os indicadores alguns que consintam avaliar o aprimoramento das capacidades técnicas municipais para a implementação e fortalecimento das parcerias globais em sintonia com o objetivo 17. De forma a poder monitorar os avanços nas capacidades técnicas de acompanhamento dos indicadores. Nesse sentido é importante

construirmos modalidades de multiplicação de práticas exitosas tanto na internacionalização dos municípios como no acompanhamento de indicadores. Por fim, queremos já colocar aqui que após a definição dos indicadores, será necessário alinhar os meios de aplicação utilizáveis pelos municípios, por exemplo, pensando em articulações com os diferentes ministérios para a disciplina de recursos federais para o acompanhamento dos indicadores. Renovamos nossa disponibilidade a continuar os debates em espaços participativos e propositivos como este e outros que poderemos conjuntamente contribuir a construir. DEBATE Ubirajara José Augusto (SG/PR) Municipalização de mais de 1000 municípios trabalhando com ODS. Gestão: ressaltou a idéia de aproveita aquilo que já esta em andamento, colocar atores da saúde, educação em ação com o ODS. Joan Ferreira (Estado do Rio de Janeiro) Destaca a importância de basear-se em dados para constituição dos indicadores. Em que há possibilidade de bases estatísticas proporcionarem desenvolvimento de políticas publicas em estados e municípios; Mario Mottin (MRE) Destaca a necessidade de trocar informação com órgãos estatístico da ONU e com IBEGE para formulação de indicadores MESA 4: Habitat III uma nova agenda global para o desenvolvimento urbano em debate Paula Ravanelli (SAF) Inicia abertura da mesa quatro. Ressaltou a importância da contribuição de todos os atores envolvidos para o fomento das agendas internacionais através de plataformas como, por exemplo, o ParticipaBR. Passa a palavra para Cláudio Trinchão para dar inicio aos debates Claúdio Trinchão (Conselho das Cidades) Eixos de ação: grupos de trabalho para elaboração de subsídios para Habitat III; plataformas online com a contribuição da sociedade civil, ministérios vinculados as temáticas e parceria com pesquisadores do IPEIA ; Anuncia, que através de esforço em conjunto, será publicado em no máximo 30 dias, um documento sobre o Habitat III. Parabeniza a constituição do documento, em que reforça que através deste modelo, houve a participação de ministérios, entes municipalistas e a própria sociedade civil; Renato Balbim (IPEA) Definição do trabalho do IPEA: etapas pactuadas e revistas; formulação participativa de indicadores para permitir um diagnostico da politica urbana nos últimos vinte anos > o conteúdo do relatório contem programas e metas de governo, diretrizes e premissas do GT, entrevistas com atores-chave e participantes da Habitat II, debate participativo, seminários técnicos do IPEA, seminário Participa Brasil, etc. O que uma nova agenda urbana deveria trabalhar: sobreposição da agenda pós-2015 e dos ODS; monitoramento e avaliação e participação social.

Proposições à agenda: direito à cidade como noção fundadora da ação publica; política de desenvolvimento urbano integrada com as politicas de desenvolvimento regional; sistema nacional de desenvolvimento urbano; aprofundamento das relações republicanas e federalistas (diminuição das desigualdades regionais e intraurbanas) e promover cidades inclusivas, solidárias e sustentáveis, tendo especial atenção aos grupos historicamente excluídos. Lucianara Fonseca (MRE) Breve histórico das Conferências ONU Habitat. A última reunião (II PrepCom em Nairóbi) contou com a Plenária. A participação é muito importante para o documento final, mas houve alguma resistência por parte das delegações de contar com participação das autoridades locais. As regras de procedimento e credenciamento ainda não foram aprovadas, discute-se a possibilidade de uma PrepCom extraordinária para tratar dos temas para os quais não houve tempo, inclusive a ampliação. Ivy Moraes (FNP) Fortalecer a participação local; o principal canal de participação é via Global Task Force, FONARI, CGLU, Instituto Pólis, que são movimentos estratégicos que visam promover envolvimento dos municípios e regiões além de troca de experiências; outra maneira de participação é no GT interno ConCidades; outra frente é uma parceria de mobilização dos governos locais com FMDV e FONARI. Enriquecer os governos locais em nível de full partners; com relação ao relatório ela destacou o seu caráter participativo, reconhecido internacionalmente, uma inovação no sentido de ser um relatório menos técnico. Reiterou em relação à crítica do processo das Nações Unidas; as regras de procedimento que os governos locais tiveram posicionamentos diversos e se a participação dos govs locais deve passar por autorização dos governos federais; discurso do governo brasileiro no II PrepCom que falou da importância dos governos locais não deve ficar só na teoria mas ser aplicado na prática. Trouxe um vídeo da FNP de chamamento para as cidades à ação. Discurso: Contextualização Habitat III no âmbito da Agenda Pós2015 A Agenda Pós2015 é um processo das Nações Unidas com abrangente diálogo global e envolve temas com conexões transversais, por isso há necessidade de uma abordagem multinível e multistakeholder. Deve ser única e integrada e contar com o envolvimento dos governos locais em todas suas dimensões e desde o início do processo, para que as cidades possam ser protagonistas, juntamente com os governos centrais. Para isso, é preciso fortalecer a participação e inclusão; a capacitação técnica e institucional; as parcerias nacionais e internacionais; os mecanismos de financiamento (por exemplo, via descentralização fiscal e novas formas de obtenção de recursos), de monitoramento e de avaliação. Dessa forma será possível facilitar o planejamento integrado e efetivo das cidades para a implementação local da agenda internacional. Nesse sentido, destaca-se a importância da localização ou municipalização dos ODS, enquanto incorporação da dimensão desagregada territorialmente e por grupos vulneráveis. Formas de atuação de FNP e Parcerias Estratégicas A FNP reconhece a importância da atuação em redes de cidades, organizadas temática ou regionalmente, e tem como principal canal de participação aglobal TaskForce, mas também atua em conjunto com o FONARI (Fórum Nacional de Secretários e Gestores

Municipais de Relações Internacionais), a CGLU (Cidades e Governos Locais Unidos), e outras organizações como a FMDV (Fundo Mundial para o Desenvolvimento das Cidades) e a Plataforma Internacional de Direito à Cidade. As parcerias realizadas representamum movimento estratégico que visa tanto incentivar o envolvimento dos municípios quanto promover um ambiente colaborativo e troca de experiências que resultem emconsensos a nível local e metropolitanoque,inclusive, podem contribuir de forma concreta para a redução das desigualdadessubnacionais. Destacam-se as declarações dos prefeitos que compõem a diretoria de FNP em prol da importância dos governos locais se envolverem no processo de criação da Nova Agenda Urbana e da participação na Habitat III com posicionamentos oficiais (Carta aospresidenciáveis, agosto de 2014, Reunião Geral de Campinas, novembro de 2014, Carta final do IIIEMDS, abril de 2015). Ademais, ressalta-se a participação no Grupo de TrabalhoHabitat III, no âmbito do ConCidades, no qual o Município de São Paulo é membro observador. Nesse sentido, colaborou-se tanto como palestrante no Seminário Nacional Habitat III em fevereiro de 2015 como foram enviadas observações ao IPEA para o relatório nacional brasileiro. Também,a parceria FNP/FONARI/FMDV mobilizou gestores locais naplataforma ParticipaBR com o fórum Governos locais e a Nova Agenda Urbana. Importância da Atuação dos Governos locais no processo Habitat III É importante ressaltar a posição privilegiada dos governos locais dada pela proximidade com o cidadão e a sociedade civil organizada, ouvindo suas demandas e fornecendo respostas imediatas. As cidades se apresentam na linha de frente da implementação da futura agenda e têm que responder com soluções locais aos desafios colocados em nível global. Ao mesmo tempo, as novas definições da Agenda Urbana se propõem a acompanhar as mudanças e dinâmicas da urbanização enfrentadas em nosso locus de atuação: as cidades. É oportuno também ressaltar como a atuação territorial integrada entre municípios pode provocar mudanças positivas de paradigmas não restritas ao território municipal. Deve-se distanciar da dicotomia rural-urbano incentivando a coesão entre os territórios e reconhecendo o processo de metropolização em curso. Portanto, é necessário ir além dos comprometimentos da Habitat II (em Istambul,Turquia, em 1996). Nela, consagrou-se a temática da descentralização e do poder local, superou-se a simples presença e pouca capacidade de incidência da Habitat I (em Vancouver, Canadá, em 1976) e houve um salto qualitativo no reconhecimento do protagonismo das cidades na execução de políticas nacionais: com canais formais de participação, empoderamento das redes e plataformas de cidades e governos locais, e a realização da I Assembléia Mundial das Cidades e Autoridades Locais. Entretanto, também é preciso reconhecer suas limitações, especialmente quanto aos means of implementation e apoio na mobilização das capacidades e potenciais locais. A Conferência Habitat III de Quito em 2016 deve ir além do foco setorial, buscando uma urbanização sustentável, alinhada com a Nova Agenda de Desenvolvimento, especialmente por ser o primeiro evento global após a adoção dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e trazer consigo grandes expectativas. Salienta-se o objetivo 11 de tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis que além de dar visibilidade à questão urbana, explorando seu caráter

transversal, reconhece a natureza local do desenvolvimento e empoderaos governoslocais a tornar a agenda real. A Habitat III será uma oportunidade de discutir os desafios que a dimensão urbana traz à implementação dos novos objetivos e estabelecer um ambicioso pacto em torno da Nova Agenda Urbana Global que corresponda às necessidades verdadeiras das cidades. Deverá reconhecer e empoderar os governos locais como full partners (atores protagonistas) e promover a colaboração entre todos os níveis de governo, fomentando também sinergias entre as agendas de desenvolvimento urbano internacionais, nacionais e locais, de atores públicos, privados e associativos. Uma Agenda efetiva demanda estruturas institucionais e legais apropriadas e quedefinam claramente os papéis, responsabilidades e recursos para todos os níveis degoverno. Análise do Relatório Nacional Brasileiro É preciso destacar o caráter participativo, internacionalmente reconhecido, do Relatório Nacional Brasileiro, se comparado a outros relatórios que trazem apenas a visão do Governo nacional ou que foram realizados por meio da contratação de consultores internacionais (de forma mais burocrática e tradicional). Também, é necessário que o Governo Federal aponte um novo prazo para a publicização do relatório, que contenha alterações sobre as menções aos governos locais sugeridas, especificamente nos pontos 10 e 16, da última versão disponibilizada. II Comitê Preparatório para Habitat III (PrepCom2) O PrepCom2 ocorreu em Nairóbi entre 13 e 17 de abril de 2015. As Prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro, assim como no PrepCom1 em Nova York, Estados Unidos, em setembro de 2014, compuseram a delegação brasileira. Houve forte crítica ao processo das Nações Unidas. Na discussão sobre os 22 issue papers e policy units apresentados, o Governo brasileiro, endossado por outros países, questionou o pouco tempo de reação dado e ressaltou que a Habitat III é um processo intergovernamental e as principais decisões e inputs devem ser dos governos, ou seja, o foco deve ser no comprometimento político e não apenas técnico, sendo necessário o envolvimento dos Estados-membros em todo o processo. Também foram discutidas as regras de procedimento para a Habitat III e o espaço dado aos governos locais. Apresentarem-se posicionamentos divergentes quanto ao credenciamento das autoridades locais. Nossa opinião é que este deva ser específico, e não classificado como major group. Não houve evolução nessas decisões e ficou estabelecidaa ocorrência de um Comitê Preparatório Extraordinário em Nova York, Estado Unidos, com data a definir. Por último, é importante ressaltar que o discurso do Governo Brasileiro foi aberto às contribuições dos governos locais presentes e novamente mencionou a necessidade de participação dos governos locais e da sociedade civil em todo o processo, especialmente dos governos subnacionais como atores cruciais da implementação da Nova Agenda Urbana, e, portanto,com garantia de papel ativo na Conferência. Conclusões

A implementação da Nova Agenda Urbana depende da ação e liderança local, em coordenação com todos os níveis de governança. O que aponta para muitos dos desafios discutidos nessa III Oficina Diálogos sobre a Agenda Pós-2015, como os mecanismos de financiamento, capacitação e monitoramento. Por fim, os governos locais reiteram total interesse de seguir colaborando neste processo que constitui um importante marco para o fortalecimento do compromisso internacional com a urbanização sustentável. Tatiane Jesus (CNM) Governos locais como implementadores da agenda: os prefeitos são agentes políticos do processo. Ações da CNM: elaboração da Carta Aberta aos Municípios com contribuição de mais de 60 municípios, que elencava a importância do fortalecimento dos municípios e da troca de experiências; CNM participou do Seminário Nacional Participa Brasil, chamando atenção p/ importância da descentralização entre outros temas, além de elaborar o documento de posição ao Concidades e contribuir com o Relatório Brasileiro à Habitat III (ConCidades); Global Task Force. Próximos Passos: contribuição para o posicionamento brasileiro; apoio às ações das associações regionais e mundiais; participação dos atores locais na Conferência. Eduardo Tadeu (ABM) Destacou as seguintes ideias: sustentabilidade que implica em desenvolvimento econômico e equilíbrio ambiental; direito à cidade como eixo fundamental; vínculo entre o direito à cidade e os direitos humanos; direito à participação como sendo a gênese da democracia e da cidadania; papel do governo local de construção do direito à cidade e de desenvolver a cultura de participação. Perguntas Rodrigo Iacovini (Instituto Pólis) Breve explicação sobre a Plataforma Global do Direito à Cidade, que busca avançar na discussão desse tema. Alegou o papel fundamental do Brasil no aprofundamento dessa discussão. Conclamou as organizações subnacionais a se unir à Plataforma e fazer a pauta avançar. Divulgou o site www.righttothecityplataform.org.br/ e se dispôs a disponibilizar documentos que possam interessar aos presentes. Rodrigo Messias (nrg4sd): Como os palestrantes veem a participação dos governos estaduais? A delegação brasileira está apoiando a participação local? Jonas Paulo Neres (BA) No Nordeste o desenvolvimento sustentável já um dos temas centrais. Falou da participação dos estados pela matriz do território-identidade e do problema do financiamento às cidades e das cidades divididas entre área da população pobre (negra) e da população rica (branca). Tatiane Jesus (CNM): Como pretendem incluir as contribuições encaminhadas ao IPEA? Lucianara Fonseca (MRE): respondeu que há referência à participação de governos regionais, não só governos locais. Renato Balbim (IPEA) falou que a política regional é autonomia dos estados e que ocorre um esvaziamento delas no Brasil, uma vez que muitos estados não tem ou não implementam suas políticas regionais. Esclareceu também que o IPEA assumiu todas as contribuições recebidas, exceto as antagônicas.

Considerações Finais/Encaminhamentos Claudio Trinchão (MCidades) O Ministério está aberto aos estados e municípios. O direito à cidade e todos os apelos feitos hoje estão no núcleo de atuação do Ministério. Pôs-se à disposição, inclusive para tratar das capacitações oferecidas pelo Ministério e parabenizou a iniciativa da SAF. Luciano Jurcovichi (FONARI) Falou da capacitação disponível no FONARI por meio de cursos de cooperação técnica gratuita e de participação aberta. É preciso ampliar e aprofundar o numero de pessoas interessadas e participantes no processo que antecede a Habitat III, incluindo a sociedade civil organizada. O documento brasileiro deve ir com vigor para a Conferência, pois pode haver esvaziamento de participação dos municípios uma vez que estarão em época de eleição. Pôs-se à disposição e parabenizou a SAF. Tatiane Jesus (CNM) Dentro do âmbito da Marcha dos Prefeitos haverá arena sobre a questão internacional no dia 25/05 às 16h. Silvia Toso (FNP) Espera a possibilidade de que os diálogos sobre a elaboração de indicadores possam ser abertos à participação de estados e municípios Encaminhamentos Paula Ravanelli (SAF) Lembrou que os documentos, em inglês, pertinentes a cada um dos eventos importantes dos próximos meses serão disponibilizados no blog Diálogos Federativos. Lembrou da Cúpula Social do Mercosul no mês de julho na qual a SAF está propondo um painel sobre desenvolvimento. Além dela, haverá reunião do FCCR. Desse modo, é preciso que os municípios e estados se articulem também de forma internacional dentro do Mercosul para construir regionalmente uma posição consensual. Possibilidade de marcar uma reunião da Secretaria Técnica Internacional do CAF com as demais redes de representação de entidades subnacionais para ouvir suas demandas e ideias. O Itamaraty tem sido sensível às demandas da SAF, que pode colher as informações e levá-las aos grupos de trabalho com o Ministério. Fez um chamado aos estados para também participarem.