MÓDULO FOLHA DE PAGAMENTO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO 5.4

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Transcrição:

MÓDULO 5 FOLHA DE PAGAMENTO 5.4 FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS SUMÁRIO ASSUNTO PÁGINA 5.4. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO...3 5.4.1. INTRODUÇÃO...3 5.4.2. OPÇÃO PELO FGTS...3 5.4.2.1. EMPREGADO DOMÉSTICO...3 5.4.3. DEPÓSITO PARA O FGTS...3 5.4.3.1. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL...3 5.4.3.2. PARCELAS EXCLUÍDAS DA REMUNERAÇÃO...4 5.4.3.3. PARCELAS QUE COMPÕEM A REMUNERAÇÃO...4 5.4.3.4. DEMAIS SITUAÇÕES EM QUE O DEPÓSITO É DEVIDO...5 5.4.3.4.1. Base de Cálculo...5 5.4.3.4.2. Mandato Sindical...5 5.4.3.4.3. Cargo de Direção...5 5.4.3.4.4. Diretor não Empregado...5 5.4.4. PRAZO PARA RECOLHIMENTO...6 5.4.5. FORMA DE RECOLHIMENTO...6 5.4.5.1. LOCAL DE RECOLHIMENTO...6 5.4.5.1.1. Centralização do Recolhimento...7 5.4.5.2. FINALIDADE DA GFIP...7 5.4.5.3. QUEM DEVE PREENCHER A GFIP...7 5.4.5.3.1. Empregador Doméstico...7 5.4.5.4. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO...7 5.4.5.5. COMPROVANTES DA ENTREGA...8 5.4.5.6. PRAZO DE GUARDA DA GFIP...8 5.4.5.7. PENALIDADES...8 5.4.5.7.1. Limite das Multas...9 5.4.5.8. CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA...9 5.4.5.9. FORMA DE PREENCHIMENTO DA GFIP/SEFIP...9 5.4.5.10. RETIFICAÇÃO DE INFORMAÇÕES...43 5.4.5.10.1. Local de Entrega...43 5.4.5.10.2. Comprovante de Entrega...43 2 FASCÍCULO 5.4

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL 5.4. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO 5.4.1. INTRODUÇÃO O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi instituído, com vigência a partir de 1-1-67, com os seguintes objetivos: substituir a indenização por tempo de serviço devida aos empregados; suprimir a estabilidade que estes alcançavam ao completar 10 anos de serviço; e gerar recursos para impulsionar os programas habitacionais e de saneamento básico. Quando foi instituído, o FGTS era optativo; o empregado manifestava-se por escrito para aderir ao referido regime, ou seja, ele poderia ser optante, logicamente amparado pelo FGTS, ou não optante com direito à indenização por tempo de serviço após 12 meses de trabalho. Com a Constituição Federal de 1988, o FGTS deixou de ser optativo, passando a ser obrigatório para todos os empregados regidos pela CLT e para os trabalhadores rurais. 5.4.2. OPÇÃO PELO FGTS A partir de 5-10-88, o regime do FGTS foi assegurado a todos os trabalhadores urbanos e rurais, exceto aos domésticos, não havendo a formalidade de se firmar o termo de opção. A opção pelo FGTS somente será processada para os empregados que antes de 5-10-88 não eram optantes. Estes empregados podem continuar fora do regime do FGTS até 4-10-88 ou fazer a opção retroativa. Caso desejem optar retroativamente, isto se dará em relação ao tempo de serviço até 1-1-67 ou da data de admissão, se posterior a esta. Assim, exemplificando, se o empregado foi admitido em 1-9-65, ele somente poderá fazer a opção retroativa até 1-1-67. Se um determinado empregado foi admitido em 1-7-72, ele somente poderá fazer a opção até 1-7-72. O tempo de serviço anterior à opção pode ser transacionado entre empregador e empregado, respeitado o limite mínimo de 60% da indenização simples ou em dobro, conforme o caso. Nessa hipótese, a transação deve ser homologada pelo sindicato da categoria profissional, mesmo quando não houver extinção do contrato de trabalho. No caso de rescisão de contrato de trabalho, de empregado com período como não optante pelo FGTS, a empresa deverá indenizar o tempo de serviço anterior à opção. O pagamento de indenização por tempo de serviço foi analisado no Fascículo 10.1. As empresas sujeitas ao regime da CLT poderão equiparar seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS, estendendo a eles os depósitos em conta vinculada. Considera-se diretor aquele que exerça cargo de administração previsto em lei, estatuto ou contrato social, independentemente da denominação do cargo. 5.4.2.1. EMPREGADO DOMÉSTICO É facultativa a extensão do regime do FGTS ao empregado doméstico. Cabe ao empregador doméstico optar ou não pela integração do seu empregado no regime do FGTS. O depósito somente será obrigatório a partir do momento em que o empregador doméstico fizer a opção pelo FGTS. Enquanto ele não fizer a opção, os depósitos não serão devidos. 5.4.3. DEPÓSITO PARA O FGTS Os empregadores são obrigados a depositar, em conta bancária vinculada, importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida ao empregado, no mês anterior. As parcelas que compõem a remuneração são as de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT e o 13º Salário. Os empregados contratados por tempo determinado com base na Lei 9.601/98 tiveram direito ao depósito com base na alíquota de 2%, sendo esta aplicável até 21-1-2003. As normas sobre o contrato com base na Lei 9.601/98 foram analisadas no Fascículo 2.2. No caso de menor aprendiz, o depósito do FGTS será de 2%. 5.4.3.1. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Desde a remuneração relativa ao mês de competência janeiro/2002 até o mês de competência dezembro/2006, estava em vigor a Contribuição Social de 0,5% calculada sobre a remuneração devida ao trabalhador, inclusive sobre o 13º salário, quando pago. Assim sendo, entre as referidas competências o depósito mensal do FGTS passou a ser de 8,5% ou 2,5%, conforme o caso. Estavam isentos da Contribuição Social de 0,5%, no período citado, os seguintes empregadores, constantes no quadro a seguir: EMPREGADOR FATURAMENTO ANUAL CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Optante pelo Simples Até R$ 1.200.000,00 Isento Superior a R$ 1.200.000,00 0,5% Não Optante pelo Simples Qualquer valor 0,5% Rural Pessoa Física Até R$ 1.200.000.00 Isento Superior a R$ 1.200.000,00 0,5% Doméstico Qualquer valor Isento Contudo, pelas novas disposiçôes, desde de janeiro/2007 deixou de ser recolhida a Contribuição Social de 0,5%. FASCÍCULO 5.4 3

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS 5.4.3.2. PARCELAS EXCLUÍDAS DA REMUNERAÇÃO Para fins de incidência do depósito, a legislação determina que serão excluídas as mesmas parcelas excluídas do salário-de-contribuição apurado para a Previdência Social. Assim, não serão computadas na remuneração do empregado, para fins de incidência da contribuição, as seguintes parcelas: os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade; as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei 5.929/73; a parcela in natura recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego; as importâncias recebidas a título de férias indenizadas com o terço constitucional, e o valor da dobra da remuneração de férias concedida fora do prazo; a importância referente à indenização compensatória devida sobre o montante do FGTS; a indenização por tempo de serviço, anterior a 5-10-88, do empregado não optante pelo FGTS; a indenização devida pela rescisão antecipada do contrato por prazo determinado; a indenização devida na extinção do contrato de trabalho do empregado safrista; a importância recebida a título de incentivo à demissão; o valor recebido como abono de férias; a importância recebida a título de ganho eventual e os abonos expressamente desvinculados do salário, por força de lei; o valor recebido a título de licença-prêmio indenizada; a indenização devida ao empregado dispensado sem justa causa nos 30 dias que antecedem a data-base de sua correção salarial; a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação; a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado; as diárias para viagens, desde que não excedam 50% da remuneração mensal; a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário; a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica; o abono do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Assistência ao Servidor Público (PASEP); os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego; a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa; as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira; o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes; o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso-creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas; a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até 14 anos de idade; os valores recebidos em decorrência de cessão de direitos autorais; o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do artigo 21 da Lei 9.394, de 20-12-96, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo; o valor da multa devida ao empregado pelo pagamento das verbas rescisórias fora do prazo. 5.4.3.3. PARCELAS QUE COMPÕEM A REMUNERAÇÃO Como a legislação especifica as parcelas que não compõem a remuneração do empregado, conforme relacionamos no item 5.4.3.2, em princípio todas as demais irão integrá-la para fins de incidência dos depósitos. Dentre as parcelas mais comuns que integram a remuneração, podemos destacar as seguintes: horas extras; 4 FASCÍCULO 5.4

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL adicionais de insalubridade, periculosidade e do trabalho noturno; adicional por tempo de serviço; adicional por transferência de local de trabalho; salário-família, no que exceder o valor legal obrigatório; salário-maternidade; gratificação de férias, de qualquer valor; abono ou gratificação de férias, no valor que exceder 20 dias do salário, concedido em virtude de cláusula contratual, regulamento da empresa, convenção ou acordo coletivo; valor das férias acrescidas de 1/3 constitucional; comissões; diárias para viagem, pelo seu valor global, quando excederem 50% do salário do empregado; etapas (marítimos); gorjetas; gratificação de natal (13º salário); gratificações ajustadas, expressas ou tácitas (tais como de produtividade, de balanço, de função ou cargo de confiança); retiradas de diretores não empregados, quando haja deliberação da empresa, garantindo-lhes os direitos decorrentes do contrato de trabalho; licença-prêmio, inclusive quando convertida em pecúnia; repouso semanal e feriados civis e religiosos; aviso prévio, trabalhado ou não; quebra de caixa. 5.4.3.4. DEMAIS SITUAÇÕES EM QUE O DEPÓSITO É DEVIDO O depósito também será devido nos casos em que o empregado, por força de lei ou acordo entre as partes, se afastar do serviço, mas continuar percebendo remuneração ou o período de afastamento contando como o tempo de serviço efetivo, tais como: serviço militar obrigatório; primeiros 15 dias de licença para tratamento de saúde; licença por acidente de trabalho; licença-maternidade e licença-paternidade; gozo de férias; demais casos de ausências remuneradas. 5.4.3.4.1. Base de Cálculo Nas situações apresentadas no item 5.4.3.4, o depósito incidirá, durante o período de afastamento, sobre o valor da remuneração mensal contratual, inclusive sobre a parte variável. A remuneração deverá ser atualizada sempre que ocorrer aumento geral na empresa ou para a categoria a que pertencer o empregado. 5.4.3.4.2. Mandato Sindical No caso de licenciamento do empregado para exercer mandato sindical, sem ser remunerado pela empresa, passando a remuneração a ser paga pelo sindicato, a contribuição passará a incidir sobre o valor que o empregado estaria percebendo na empresa, caso não estivesse licenciado. Nesta hipótese, a entidade sindical deverá ser informada pelo empregador das variações salariais que forem ocorrendo no curso da licença para o exercício do mandato. 5.4.3.4.3. Cargo de Direção Quando o empregado passar a exercer cargo de diretoria, gerência ou outro cargo de confiança imediata do empregador, a contribuição do FGTS incidirá sobre a nova remuneração percebida, salvo se a do cargo anterior for maior. 5.4.3.4.4. Diretor não Empregado No caso de diretores não empregados, como analisado no item 5.4.2 anterior, o depósito incidirá sobre a remuneração, sendo consideradas para este efeito as retiradas deliberadas pela empresa. FASCÍCULO 5.4 5

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS 5.4.4. PRAZO PARA RECOLHIMENTO O depósito para o FGTS deve ser realizado até o dia 7 de cada mês, em conta bancária vinculada. Se no dia 7 não houver expediente bancário, o recolhimento deverá ser antecipado para o dia imediatamente anterior em que haja expediente. O dia 7 será o do mês seguinte ao da competência. Como competência, entendem-se o mês e o ano a que se refere a remuneração. Assim, o depósito referente à remuneração devida em relação ao trabalho executado no mês de março/2007 será recolhido até o dia 5-4-2007. No caso das férias, a competência será o mês de gozo das mesmas, independentemente de o seu pagamento ter sido realizado no mês anterior. Se, por exemplo, o empregado gozou férias de 1 a 30-3-2007, a contribuição será recolhida até o dia 5-4-2007, independentemente de as mesmas terem sido pagas no dia 27-2-2007. Com relação ao 13º Salário, a incidência ocorrerá quando da primeira e segunda parcelas. Neste caso, a competência corresponderá ao mês em que for efetuado o pagamento de cada parcela. Havendo pagamento de diferenças salariais decorrentes de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa, a competência para fins de recolhimento são o mês e o ano da homologação. Portanto, o recolhimento se dará até o dia 7 do mês seguinte ao da homologação. 5.4.5. FORMA DE RECOLHIMENTO O depósito para o FGTS deve ser efetuado utilizando-se da Guia de Recolhimento do FGTS (GRF), gerada obrigatoriamente pelo aplicativo Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência (SEFIP). O SEFIP é um aplicativo desenvolvido pela CAIXA por meio do qual o empregador/contribuinte consolida os dados cadastrais e financeiros da empresa e trabalhadores para a geração da GRF e do arquivo de informações, a serem repassados ao FGTS e à Previdência Social. Para gerar o arquivo SEFIP e a GRF o empregador/contribuinte deve obter o Manual dos Usuários da GFIP/SEFIP, bem como o aplicativo SEFIP, nos seguintes sites: da CAIXA (www.caixa.gov.br); e do MPS (www.previdenciasocial.gov.br ). A CAIXA desenvolveu um Canal de relacionamento eletrônico, denominado Conectividade Social, para troca de arquivos e mensagens por meio da Rede Mundial de Computadores, Internet, para uso gratuito por todas as empresas ou equiparadas que estão obrigadas a recolher o FGTS e/ou a prestar informações ao FGTS e à Previdência Social. Para estarem aptas a utilizar o canal Conectividade Social, todas as empresas ou equiparadas devem providenciar a certificação eletrônica. Desde março de 2005, os arquivos gerados pelo SEFIP em meio eletrônico deverão, obrigatoriamente, ser transmitidos, por meio do Conectividade Social. Quando da transmissão do arquivo SEFIP pelo Conectividade Social, deverá ser informado o município de recolhimento da GRF. Somente após a transmissão do arquivo SEFIP pelo Conectividade Social será liberada a geração da GRF, pelo SEFIP, para a sua efetiva quitação. O empregador deve buscar transmitir o arquivo SEFIP com antecedência mínima de dois dias úteis da data de recolhimento. A Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) em meio papel ainda pode ser apresentada, excepcionalmente, sob duas formas, para uso exclusivo de recolhimento de empregado doméstico e recolhimento recursal: GFIP avulsa pode ser utilizada alternativamente a GRF, gerada pelo SEFIP, para recolhimento relativo a empregado doméstico. Está disponível no comércio para total preenchimento pelo empregador e no site da CAIXA com os formulários parcialmente preenchidos. A GFIP avulsa pode também ser utilizada alternativamente à Guia de Recolhimento para Fins de Recurso Junto à Justiça do Trabalho, gerada pelo SEFIP, para recolhimento referente a depósito recursal. GFIP pré-impressa utilizada exclusivamente para recolhimento do FGTS aos empregados domésticos, cadastrados nos sistemas da CAIXA. A GFIP pré-impressa facultará o cadastramento de novos trabalhadores. Contudo, excedido o espaço disponível, deverá ser utilizada a GFIP avulsa. 5.4.5.1. LOCAL DE RECOLHIMENTO O recolhimento do FGTS deve ser realizado em agências da CAIXA ou bancos conveniados de livre escolha do empregador no âmbito da circunscrição regional onde está sediado o estabelecimento, à exceção dos empregadores optantes pela centralização dos recolhimentos, que devem observar o disposto no item 5.4.5.1.1. No caso dos empregadores rurais o recolhimento pode ser efetuado no município do seu domicílio. Com relação ao recolhimento recursal, este deve ser efetuado no local onde a empresa centraliza os recolhimentos mensais ou no local onde for impetrada a ação. Para que se efetive o recolhimento, o empregador deverá transmitir o arquivo SEFIP, pelo Conectividade Social, escolhendo o município de apresentação onde a guia de recolhimento do FGTS será quitada. 6 FASCÍCULO 5.4

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL A transmissão com informação divergente entre o efetivo município de recolhimento e o informado via Conectividade Social acarreta a não individualização dos valores recolhidos. Para os recolhimentos efetuados através dos terminais de auto-atendimento e internet, é considerado como efetivo município de recolhimento o domicílio da agência bancária de vinculação da conta corrente. Para fins de quitação da GRF, que é impressa em uma única folha, a parte superior corresponde à via do empregador e a parte inferior com código de barras ao banco arrecadador. 5.4.5.1.1. Centralização do Recolhimento O empregador/contribuinte que possua mais de um estabelecimento pode, sem necessidade de autorização prévia da CAIXA, definir-se pela centralização dos depósitos do FGTS quando da geração do arquivo SEFIP, mantendo, em relação àquelas unidades, o controle de pessoal, os registros contábeis também centralizados, a Relação de Estabelecimentos Centralizados (REC) e a Relação de Empregados (RE). No caso de centralização dos recolhimentos de dependências localizadas em Unidades Regionais de Administração do FGTS distintas, o empregador deve informar à CAIXA, mediante expediente específico, o nome, o CNPJ e o endereço da unidade centralizadora e das centralizadas, bem como apresentar formulário de Pedido de Transferência de Conta Vinculada (PTC), disponível nas Unidades da CAIXA. A opção pela centralização condiciona o empregador à realização dos recolhimentos rescisórios no âmbito da mesma circunscrição regional onde são efetuados os recolhimentos mensais. Não é possível a centralização dos recolhimentos ao FGTS quando se tratar de: a) empresa obrigada a informar a GFIP/SEFIP por tomador de serviço/obra de construção civil; b) contribuintes equiparados a empresas com inscrição no CEI; c) depósito recursal. 5.4.5.2. FINALIDADE DA GFIP Para o FGTS, a GFIP é o conjunto de informações composto pela Guia de Recolhimento do FGTS (GRF) e pelo arquivo SEFIP. A GRF é gerada e impressa pelo SEFIP após a transmissão do arquivo SEFIPCR.SFP pelo Conectividade Social. GFIP também é o formulário papel utilizado para recolhimento do FGTS em caso de depósito recursal e empregador doméstico. Para a Previdência Social, a GFIP é o conjunto de informações cadastrais, de fatos geradores e outros dados de interesse da Previdência e do INSS Instituto Nacional do Seguro Social, que constam do arquivo SEFIPCR.SFP e de outros documentos que devem ser impressos pela empresa após o fechamento do movimento no SEFIP. 5.4.5.3. QUEM DEVE PREENCHER A GFIP A GFIP deve ser preenchida por todas as pessoas físicas e jurídicas que estejam sujeitas ao recolhimento do FGTS, bem como a informação à Previdência Social, à exceção do contribuinte individual sem segurado que lhe preste serviço, do segurado especial, dos órgãos públicos em relação aos servidores filiados a regimes trabalhista e previdenciário próprios e segurado facultativo. 5.4.5.3.1. Empregador Doméstico O empregador doméstico que optar por incluir seu empregado no regime do FGTS, recolherá o depósito para o FGTS, utilizando-se da GFIP avulsa, adquirida no comércio e GFIP pré-impressa. As normas para opção pelo empregador doméstico, bem como sobre o recolhimento dos depósitos para os empregados domésticos e preenchimento da GFIP, foram analisados de forma exemplificada no Fascículo 8.7. 5.4.5.4. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO Inexistindo recolhimento ao FGTS e informações à Previdência Social, a empresa deve transmitir pela Conectividade Social um arquivo SEFIPCR.SFP com indicativo de ausência de fato gerador (sem movimento), que é assinalado na tela de abertura do movimento, para o código 115. O arquivo deve ser transmitido para a primeira competência da ausência de informações, dispensando-se a transmissão para as competências subseqüentes até a ocorrência de fatos determinantes de recolhimento ao FGTS e/ou fato gerador de contribuição previdenciária. Esse entendimento não é unânime, uma vez que a Previdência Social obriga os contribuintes a informarem todo mês as SEFIP S. FASCÍCULO 5.4 7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS Isto porque as empresas que não transmitem a ausência de fato gerador mês a mês, ao solicitarem Certidão Negativa de Débito (CND) junto ao INSS, ficam com restrições, tendo que enviá-las para liberação da mesma. Devem apresentar GFIP/SEFIP com o indicativo de ausência de fato gerador: a) as empresas que, mesmo em atividade, não tiverem fatos geradores a declarar à Previdência Social ou FGTS a recolher, nem sofreram retenção sobre nota/fiscal fatura; b) todas as empresas cujos números de inscrição (CNPJ e CEI) não estejam devidamente encerrados junto à Previdência Social, como, por exemplo, firma individual, obras de construção civil, produtor rural ou contribuinte individual com segurados que lhe tenham prestado serviço, caso estejam com suas atividades paralisadas; c) as empresas que, em janeiro/99, estavam com suas atividades paralisadas ou sem fatos geradores relativos ao FGTS e à Previdência Social. Quando o início da atividade não ocorrer simultaneamente com a abertura da empresa ou com a matrícula da pessoa física equiparada a empresa junto à Previdência Social, deve ser entregue uma GFIP/SEFIP com ausência de fato gerador (sem movimento) para a competência da abertura ou da matrícula. Quando a primeira competência da ausência de fato gerador é a 13, é necessária a transmissão de uma GFIP/SEFIP sem movimento para a competência janeiro do ano seguinte, tendo em vista que a competência 13 se destina exclusivamente à Previdência Social. 5.4.5.5. COMPROVANTES DA ENTREGA O recolhimento e a prestação de informações para o FGTS são comprovados com os seguintes documentos: a) GRF com a autenticação mecânica ou acompanhada do comprovante de recolhimento bancário ou o comprovante emitido quando o recolhimento for efetuado pela Internet; b) Protocolo de Envio de Arquivos, emitido pelo Conectividade Social; c) Confissão de não Recolhimento de valores de FGTS e de Contribuição Social; d) Retificação/Protocolo de Dados do FGTS; e) Comprovante/Protocolo de Solicitação de Exclusão; A entrega de GFIP/SEFIP para a Previdência Social é comprovada com os seguintes documentos: a) Protocolo de Envio de Arquivos, emitido pelo Conectividade Social; b) Comprovante de Declaração à Previdência; c) Comprovante/Protocolo de Solicitação de Exclusão. 5.4.5.6. PRAZO DE GUARDA DA GFIP Os comprovantes da entrega da GFIP devem ser arquivados pelo prazo de 30 anos. 5.4.5.7. PENALIDADES A falta de apresentação da GFIP, independentemente do recolhimento das contribuições previdenciárias, ou a apresentação com dados não correspondentes aos fatos geradores, ou, ainda, com erro de preenchimento nos dados relacionados aos fatos geradores, acarretará as seguintes penalidades administrativas: a) multa equivalente a um multiplicador da tabela a seguir, pelo valor mínimo de R$ 1.195,13, em função do número de segurados, pela não apresentação da GFIP: 0 a 5 segurados 1/2 valor mínimo 6 a 15 segurados 1x o valor mínimo 16 a 50 segurados 2x o valor mínimo 51 a 100 segurados 5x o valor mínimo 101 a 500 segurados 10x o valor mínimo 501 a 1000 segurados 20x o valor mínimo 1001 a 5000 segurados 35x o valor mínimo Acima de 5000 segurados 50x o valor mínimo b) multa de 100% do valor devido relativo à contribuição previdenciária não declarada, limitada aos valores previstos na letra a anterior, pela apresentação da GFIP com dados não correspondentes aos fatos geradores, seja em relação às bases de cálculo, seja em relação às informações que alterem o valor das contribuições, ou do valor que seria devido se não houvesse isenção ou substituição, quando se tratar de infração cometida por pessoa jurídica de direito privado beneficente de assistência social em gozo de isenção das contribuições previdenciárias ou por empresas cujas contribuições incidentes sobre os respectivos fatos geradores tenham sido substituídas por outras; e 8 FASCÍCULO 5.4

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL c) multa no valor de 5% de R$ 1.195,13, por campo com informações inexatas, incompletas ou omitidas, limitada aos valores previstos na letra a anterior, pela apresentação da GFIP com erro de preenchimento nos dados não relacionados aos fatos geradores. 5.4.5.7.1. Limite das Multas Os limites a que se referem as letras b e c do item 5.4.5.7 são os correspondentes à faixa em que se enquadra a empresa, em função do número de segurados, por estabelecimento, de acordo com a letra a. A multa prevista na letra a do item 5.4.5.7 sofrerá um acréscimo de 5% por mês-calendário ou fração, a partir do mês seguinte àquele em que a guia deveria ter sido entregue. A correção da falta, antes de qualquer procedimento administrativo ou fiscal por parte do INSS, caracteriza a denúncia espontânea, afastando a aplicação de penalidades. 5.4.5.8. CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA As empresas prestadoras de serviço, mediante cessão de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverão elaborar GFIP/SEFIP única com as informações de cada empresa tomadora ou contratante de serviço. 5.4.5.9. FORMA DE PREENCHIMENTO DA GFIP/SEFIP O preenchimento, as informações prestadas, a entrega da GFIP/SEFIP e os recolhimentos para o FGTS são de inteira responsabilidade do empregador/contribuinte. A GFIP/SEFIP deve ser preenchida de forma distinta por: competência, inclusive competência 13; código de recolhimento; estabelecimento, identificado por CNPJ/CEI; FPAS do estabelecimento; tomador de serviço, nos códigos 130, 135 e 608; número de processo/vara/período da reclamatória trabalhista/dissídio coletivo. Apesar de as informações inseridas na GFIP avulsa serem as mesmas da GFIP apresentada por meio eletrônico, os campos desta requerem mais dados, diferindo da avulsa na forma de preenchimento. Após instalado o programa SEFIP, a empresa deverá preencher os campos, obedecendo a seguinte ordem: ENTRADA DE DADOS 1 RESPONSÁVEL Informar a inscrição (CNPJ ou CEI), a razão/denominação social ou nome, telefone, e-mail, o logradouro completo do detentor do certificado, responsável pela transmissão da GFIP/SEFIP pelo Conectividade Social, bem como o nome da pessoa para contato. A inscrição CPF deverá ser informada apenas para o código de recolhimento 418 (Recolhimento Recursal para o FGTS), nas situações em que não for possível identificar o CNPJ/CEI. O responsável pode ser um contador, uma empresa de contabilidade, ou o próprio empregador/contribuinte. A inscrição do fornecedor da folha de pagamento é uma informação requerida para a opção de importação do arquivo de folha de pagamento. Caso não seja utilizada a importação, repetir o CNPJ, CEI ou CPF do responsável. 2 EMPRESA Informar a inscrição (CNPJ ou CEI), a razão/denominação social ou nome, telefone e o logradouro completo do empregador/contribuinte. Contribuinte Individual 1. O segurado contribuinte individual não deve incluir seu próprio nome, como trabalhador, na GFIP/SEFIP em que constarem os segurados que lhe prestam serviços. Neste caso, seu nome deve constar do campo Razão Social. Base da Informação 2. Embora o tipo de inscrição informado neste campo seja 1 (CNPJ) ou 2 (CEI), o SEFIP atribui, na GRF, os tipos 0, e3a9, para guias com recolhimento, tomando por base a combinação das informações relativas ao código FPAS, SIMPLES, código de recolhimento e o tipo de inscrição informado. 2.1 CNAE-FISCAL IInformar o código de Classificação Nacional de Atividades Econômicas Fiscal CNAE-Fiscal, instituído pelo IBGE através da Resolução CONCLA nº 01, de 04/09/2006. A tabela de códigos CNAE-Fiscal pode ser consultada na Internet, no site: www.cnae.ibge.gov.br. FASCÍCULO 5.4 9

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2.2 FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social) Informar o código referente à atividade econômica principal do empregador/contribuinte, que identifica as contribuições ao FPAS e a outras entidades e fundos (terceiros). 3 TOMADOR DE SERVIÇO/OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL O cedente de mão-de-obra e o prestador de serviços (inclusive a cooperativa de trabalho) devem relacionar os trabalhadores e outros dados de forma distinta, por tomador, informando o CNPJ/CEI, a razão/denominação social e o endereço do tomador de serviço/contratante. Para prestar as informações distintas por tomador, deve ser utilizada a opção Alocação (na digitação dos dados diretamente no SEFIP) para cada trabalhador, ou identificar o tomador no registro do trabalhador (no caso de importação de folha de pagamento), associando cada trabalhador ao respectivo tomador para o qual prestou serviços na competência. Para informar o pessoal administrativo e operacional, bem como os dados não referentes a tomador, é necessário cadastrar/informar a própria empresa nos campos de identificação do tomador, e alocar/vincular os trabalhadores ao tomador própria empresa. Para os códigos 150 e 155, tanto os trabalhadores que prestaram serviços a tomador quanto os trabalhadores administrativos devem ser informados no mesmo movimento, compondo uma só GFIP/SEFIP, com informações distintas por tomador. Para os códigos 130, 135, 211 e 608, o pessoal administrativo deve ser informado em outro movimento, com código de recolhimento distinto. Em se tratando de obra de construção civil, também devem ser prestadas informações distintas por obra. A prestação das informações depende da forma de contratação e da responsabilidade pela matrícula da obra junto ao INSS. Os trabalhadores administrativos devem ser informados em GFIP/SEFIP com código 155, caso não haja GFIP/SEFIP com código 150 na mesma competência. Havendo GFIP/SEFIP com código 150, os trabalhadores administrativos devem constar da GFIP/SEFIP com código 150, obrigatoriamente. Nos dados cadastrais do tomador, no caso de: a) trabalhador avulso; b) cessão de empregado, informar os dados do órgão ou empresa contratante; c) prestação de serviço, informar os dados do estabelecimento da empresa onde o trabalhador está prestando serviço. Trabalhador cedido a vários tomadores de serviço A empresa cedente deve relacionar os trabalhadores ao correspondente tomador. No caso da cessão de um mesmo trabalhador para mais de um tomador no mês, este deve estar vinculado aos respectivos tomadores, com as correspondentes remunerações. O mesmo se aplica aos trabalhadores que prestam serviços a mais de uma obra de construção civil, bem como àqueles que prestam serviços a tomador/obra e à administração da empresa, na mesma competência. Entretanto, ocorrendo qualquer das situações especificadas a seguir, a empresa cedente (exceto a empresa de trabalho temporário) deve vincular à própria administração os empregados cedidos, juntamente com seu pessoal administrativo e operacional: a) Quando, comprovadamente, os mesmos trabalhadores forem utilizados para atender a várias empresas contratantes, alternadamente, no mesmo período, inviabilizando a individualização da remuneração desses trabalhadores por tarefa ou serviço contratado, nos termos da Instrução Normativa que dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação. Exemplos: 1. Atividades de transporte de valores e transportes de cargas e passageiros, se ocorrer a prestação de serviços a mais de uma empresa no mesmo período. 2. Atividade de manutenção, quando comprovadamente a empresa prestadora utilizar o mesmo empregado para atender a vários tomadores. b) Quando o tomador de serviço for uma pessoa física desobrigada de matrícula CEI. Exemplo: pessoa física que contrata uma empresa de segurança para proteção de sua residência. 3.1 TRABALHO TEMPORÁRIO As empresas de trabalho temporário (Lei 6.019, de 3-1-74) devem prestar as informações relativas aos trabalhadores cedidos, incluindo datas e códigos de movimentação, sempre por tomador de serviço, e nunca no movimento do pessoal administrativo e operacional, em decorrência da diferenciação da contribuição destinada a outras entidades e fundos (terceiros). Por envolverem códigos FPAS diferentes, serão duas GFIP/SEFIP distintas: por tomador e para a administração. Para a GFIP/SEFIP do pessoal administrativo é permitida a utilização do código de recolhimento 115. 3.2 OBRA DE CONSTRUÇÃO As informações relativas a tomador de serviço/obra de construção civil são obrigatórias para os códigos de recolhimento 130, 135, 150, 155, 211, 317, 337 e 608. 10 FASCÍCULO 5.4

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL 3.3 SERVIÇOS PRESTADOS EXCLUSIVAMENTE PELOS SÓCIOS No caso de serviços prestados mediante mão-de-obra exclusiva dos sócios, sem empregados, deve-se informar os dados da empresa e as informações relativas aos sócios e suas respectivas remunerações (pro labore), por tomador. 3.4 CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA/COOPERATIVAS Na GFIP/SEFIP entregue pela empresa contratante (tomador do serviço) não deve constar qualquer informação relativa à mão-de-obra fornecida por empresa contratada (cedente de mão-de-obra), exceto no campo Valores Pagos a Cooperativas de Trabalho, quando for o caso. Os dados relativos aos cooperados que prestam serviços mediante a intermediação de cooperativa de trabalho são informados pela própria cooperativa em GFIP/SEFIP distinta por tomador (código 211). A responsabilidade de prestar as informações relativas aos trabalhadores cooperados não é do tomador. Neste caso, o SEFIP não gera cálculo de contribuições patronais; gera apenas, a partir de 04/2003, a contribuição a cargo dos segurados, cuja responsabilidade pelo recolhimento é da cooperativa de trabalho. A cooperativa de trabalho que presta serviços de transporte é responsável pela retenção e pelo recolhimento da contribuição devida ao SEST e ao SENAT pelos cooperados transportadores autônomos. Neste caso, os cooperados devem ser identificados com as categorias de trabalhador 18 ou 25, conforme o caso, e a GFIP/SEFIP código 211 apresentará o valor da contribuição previdenciária a ser recolhida pela cooperativa. Quando não for possível para a cooperativa de trabalho identificar o cooperado por tomador, observado que o serviço pode ser prestado a vários contratantes no mesmo período, ou quando o serviço for prestado a pessoa física, os campos destinados aos dados do tomador/obra devem ser informados com os dados da própria cooperativa, na GFIP/SEFIP com código 211. No entanto, o valor das faturas emitidas deve ser informado relativamente ao respectivo tomador. 4 TRABALHADOR 4.1 Nº PIS/PASEP/INSCRIÇÃO DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL Informar o número: a) do PIS/PASEP: para as categorias de trabalhador 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07,12, 19, 20, 21 e 26. b) da inscrição do contribuinte individual (CI) ou o número do PIS/PASEP: para as categorias de trabalhadores 11 e 13 a 18, 22 a 25. Formas de Inscrição Na ausência da inscrição do contribuinte individual, pode ser informado o número do PIS/PASEP. A inscrição de contribuinte individual pode ser solicitada na Internet, no site www.previdencia.gov.br ou pelo telefone 0800-780191. As categorias de trabalhador 22 a 25 somente podem ser informadas a partir da competência 04/2003, em decorrência do disposto na Lei 10.666, de 8-5-2003. Neste campo, o trabalhador também pode ser informado com o número de inscrição no SUS Sistema Único de Saúde. Inscrição pela Empresa As cooperativas de trabalho e de produção e a pessoa jurídica são obrigadas a efetuar a inscrição, no INSS, dos seus cooperados ou contribuintes individuais contratados, respectivamente, caso estes não comprovem sua inscrição na data da admissão na cooperativa ou na contratação pela empresa. 4.2 NOME DO TRABALHADOR Informar, por completo, o nome civil do trabalhador, omitindo-se títulos e patentes. Quando o campo não comportar o nome completo, manter o prenome e o sobrenome, e abreviar os nomes intermediários, utilizando-se a primeira letra. 4.3 CATEGORIA Informar os seguintes códigos, de acordo com a categoria de trabalhador: Cód. Categoria 01 Empregado; 02 Trabalhador avulso; 03 Trabalhador não vinculado ao RGPS, mas com direito ao FGTS; 04 Empregado sob contrato de trabalho por prazo determinado (Lei 9.601/98), com as alterações da Medida Provisória 2.164-41, de 24-8-2001; 05 Contribuinte individual Diretor não empregado com FGTS (Lei 8.036/90, art. 16); 06 Empregado doméstico; 07 Menor aprendiz Lei 10.097/2000; 11 Contribuinte individual Diretor não empregado e demais empresários sem FGTS; 12 Demais agentes públicos; FASCÍCULO 5.4 11

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS Cód. Categoria 13 Contribuinte individual Trabalhador autônomo ou a este equiparado, inclusive o operador de máquina, com contribuição sobre remuneração; trabalhador associado à cooperativa de produção; 14 Contribuinte individual Trabalhador autônomo ou a este equiparado, inclusive o operador de máquina, com contribuição sobre salário-base; 15 Contribuinte individual Transportador autônomo, com contribuição sobre remuneração; 16 Contribuinte individual Transportador autônomo, com contribuição sobre salário-base; 17 Contribuinte individual Cooperado que presta serviços a empresas contratantes da cooperativa de trabalho; 18 Contribuinte Individual Transportador cooperado que presta serviços a empresas contratantes da cooperativa de trabalho; 19 Agente Político; 20 Servidor Público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão, Servidor Público ocupante de cargo temporário; 21 Servidor Público titular de cargo efetivo, magistrado, membro do Ministério Público e do Tribunal e Conselho de Contas; 22 Contribuinte individual contratado por outro contribuinte individual equiparado a empresa ou por produtor rural pessoa física ou por missão diplomática e repartição consular de carreira estrangeiras; 23 Contribuinte individual transportador autônomo contratado por outro contribuinte individual equiparado à empresa ou por produtor rural pessoa física ou por missão diplomática e repartição consular de carreira estrangeiras; 24 Contribuinte individual Cooperado que presta serviços a entidade beneficente de assistência social isenta da quota patronal ou a pessoa física, por intermédio da cooperativa de trabalho; 25 Contribuinte individual Transportador cooperado que presta serviços a entidade beneficente de assistência social isenta da quota patronal ou a pessoa física, por intermédio da cooperativa de trabalho; 26 Dirigente sindical, em relação ao adicional pago pelo sindicato; magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho; magistrado dos Tribunais Eleitorais, quando, nas três situações, for mantida a qualidade de segurado empregado (sem FGTS). Trabalhador Avulso O trabalhador avulso com vínculo empregatício a prazo indeterminado, registrado no OGMO, cedido a operador portuário em caráter permanente, é considerado segurado empregado, devendo ser informado com a categoria 01 na GFIP/SEFIP do operador portuário. Estrangeiro Enquadra-se na categoria 03 o empregado estrangeiro que trabalha no Brasil, com direito ao FGTS, mas vinculado ao regime de previdência do país de origem. Serviço Militar O trabalhador que se afastar para prestar serviço militar obrigatório não deve ter seu código de categoria de trabalhador alterado. Entretanto, o código de movimentação R deve ser informado durante todo o período de afastamento. Empregado contratado pela Lei 9.601/98 Para a categoria 04 (Lei 9.601/98), até a competência 01/2003, a alíquota do FGTS é de 2% sobre o valor da remuneração e, a partir da competência 02/2003, a alíquota do FGTS é de 8% sobre o valor da remuneração. Empregado Doméstico A categoria 06 somente deve ser informada a partir da competência 03/2000, inclusive. Categoria 26 A categoria 26 foi criada na versão 8.0 do SEFIP, podendo ser utilizada em qualquer competência, inclusive nas anteriores à data da implantação da referida versão. A categoria 26 substitui a categoria 01 informada em GFIP/SEFIP com código de recolhimento 903. 4.3.1 Contribuintes individuais a) A partir da Lei 9.876, de 26-11-99, os diretores não empregados (categorias 05 e 11), demais empresários (categoria 11) e trabalhadores autônomos (categorias 13 a 18, 22 a 25) receberam a denominação única de contribuinte individual. No entanto, para efeito de enquadramento na tabela de categoria, continua havendo distinção entre contribuintes individuais, respeitando-se as denominações diretor não-empregado com FGTS (categoria 05), diretor não-empregado e demais empresários sem FGTS (categoria 11), autônomo, transportador autônomo e cooperados (categorias 13 a 18, 22 a 25), com seus respectivos códigos de categoria, conforme a atividade desenvolvida pelo trabalhador. b) Em decorrência da revogação da LC 84, de 18-1-96, e das alterações na contribuição da empresa sobre a remuneração dos contribuintes individuais pela Lei 9.876/99, a opção pela contribuição de 12 FASCÍCULO 5.4

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL 20% sobre o salário-base dos autônomos deixou de existir a partir da competência 03/2000, passando a haver apenas a contribuição de 20% sobre a remuneração desses trabalhadores. Portanto, as categorias 14 e 16 somente podem ser utilizadas para competências até 02/2000, inclusive. A partir de 03/2000, os trabalhadores informados com categorias 14 e 16 passam a ser informados com categorias 13 e 15, respectivamente, observado o disposto no subitem 4.3.2, letra b. c) O contribuinte individual trabalhador autônomo e equiparado ou transportador autônomo, quando contratado por outro contribuinte individual equiparado à empresa ou por produtor rural pessoa física ou por missão diplomática e repartição consular de carreira estrangeiras, deve ser informado com as categorias 13, 14, 15 ou 16, até a competência 03/2003. A partir da competência 04/2003, deve ser informado com as categorias 22 ou 23. d) A partir da competência 04/2003, em razão do disposto na Lei 10.666/2003, o SEFIP passa a calcular a contribuição descontada dos segurados contribuintes individuais, aplicando a alíquota de 11% sobre o valor informado no campo Remuneração sem 13º Salário, para as categorias 05, 11, 13, 15, 17 e 18, já considerando a dedução a que se refere o art. 216, 20, 21 e 22, do RPS. e) Quando a entidade beneficente isenta da quota patronal (FPAS 639) contratar contribuintes individuais diretamente, e informá-los na GFIP/SEFIP com os códigos de categoria 13 ou 15, o SEFIP aplicará a alíquota de 20% referente à contribuição desses segurados. f) Quando o contribuinte individual, inclusive o cooperado, presta serviços a entidade beneficente isenta da quota patronal ou a pessoa física, a alíquota referente à contribuição do segurado é de 20%, conforme disposto no artigo 216, 26 e 31, do RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99, com as alterações do Decreto 4.729, de 9-6-2003. Por esta razão, os cooperados devem ser informados com as categorias 24 ou 25, na GFIP/SEFIP da cooperativa de trabalho. g) Para as categorias 22 e 23, não há cálculo da contribuição a cargo do segurado, sendo obrigação do próprio segurado o recolhimento da sua contribuição. h) As categorias de trabalhador 22 a 25 somente podem ser informadas a partir da competência 04/2003, em decorrência do disposto na Lei 10.666/2003. 4.3.2 Cooperativas de trabalho ou de produção Os cooperados associados à cooperativa de produção devem ser informados com a categoria 13 (ou 14, até a competência 02/2000), independentemente da competência constante da GFIP/SEFIP. a) Até a competência 02/2000, os cooperados associados à cooperativa de trabalho devem ser informados em GFIP/SEFIP com as categorias 13, 14, 15 ou 16, conforme o caso. A partir da competência 03/2000, os cooperados que prestem serviços, por intermédio da cooperativa de trabalho, devem ser informados com as categorias 17 ou 18. b) A partir da competência 04/2003, os cooperados que prestem serviços a entidade beneficente de assistência social isenta da quota patronal ou a pessoa física, por intermédio da cooperativa de trabalho, devem ser informados com as categorias 24 ou 25, relativamente à remuneração recebida em decorrência desses serviços. 4.3.3. Órgãos públicos a) Os contribuintes individuais contratados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de acordo com o disposto na Instrução Normativa que dispõe sobre normais gerais de tributação previdenciária e de arrecadação, devem ser informados em GFIP/SEFIP com os códigos de categoria 13, 14, 15 ou 16, conforme o caso. b) O servidor ocupante de emprego público, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e vinculado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), deve ser informado com a categoria 01. c) Enquadram-se como categoria 12, entre outros, o servidor estável por força do artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, não-titular de cargo efetivo; o escrevente e o auxiliar contratados antes de 21-11-94 por titular de serviços notariais e de registro, sem relação de emprego com o Estado. d) Observado o disposto na Instrução Normativa que dispõe sobre normais gerais de tributação previdenciária e de arrecadação, enquadram-se na categoria 19 o exercente de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, bem como ministros e secretários de Estado, Distrito Federal e Município, desde que não amparados por regime próprio de previdência social, nos termos do artigo 10, 1 e 3, do RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99 e alterações posteriores. e) Enquadram-se na categoria 20 o servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, bem como o servidor contratado por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal. f) Enquadram-se na categoria 21 o servidor ocupante de cargo efetivo, conforme previsto no caput do artigo 40 da Constituição Federal, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social, nos termos do artigo 10, 1 e 3, do RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99 e alterações posteriores; o Magistrado e o membro do Ministério Público e Tribunal e Conselho de Contas. FASCÍCULO 5.4 13

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS 4.4 ENDEREÇO Informar a localização completa do trabalhador (logradouro, bairro/distrito, CEP, Município e UF) para recebimento de correspondências da Previdência Social e da CAIXA, dentre elas, o extrato da conta vinculada do FGTS. 4.5 CBO Classificação Brasileira de Ocupação Informar o código CBO que está disponível na Internet, no site www.mte.gov.br. Este código deve ser ajustado para utilização no SEFIP, considerando apenas os quatro primeiros dígitos (Família) da tabela CBO, acrescentando zero à esquerda (0 + XXXX, onde XXXX é o código da família à qual pertence o trabalhador). A tabela com a especificação acima encontra-se nos sites www.previdencia.gov.br e www.caixa.gov.br. 4.6 CTPS (NÚMERO E SÉRIE) Informar o número e a série da Carteira de Trabalho e Previdência Social dos empregados, inclusive dos contratados por prazo determinado (Lei 9.601/98), do menor aprendiz e dos empregados domésticos incluídos no FGTS. 4.7 MATRÍCULA Informar o número de matrícula do trabalhador na empresa, caso possua. 4.8 OCORRÊNCIA No campo Ocorrência o empregador/contribuinte presta, ao mesmo tempo, duas informações: a) a exposição ou não do trabalhador, de modo permanente, a agentes nocivos prejudiciais à sua saúde ou à sua integridade física, e que enseje a concessão de aposentadoria especial; b) se o trabalhador tem um ou mais vínculos empregatícios (ou fontes pagadoras), ou ainda, se o trabalhador consta de mais de uma GFIP/SEFIP do mesmo empregador/contribuinte, geradas em movimentos diferentes, com a remuneração desmembrada em cada uma delas (GFIP/SEFIP de chaves diferentes). Para classificação da ocorrência, deve ser consultada a tabela de Classificação dos Agentes Nocivos (Anexo IV do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto 3.048/99 e alterações posteriores). Para a comprovação de que o trabalhador está exposto a agentes nocivos é necessário que a empresa mantenha perfil profissiográfico previdenciário, conforme disposto no artigo 58, 1º, da Lei 8.213/91. Para os trabalhadores com apenas um vínculo empregatício (ou uma fonte pagadora), informar os códigos a seguir, conforme o caso: (em branco) Sem exposição a agente nocivo. Trabalhador nunca esteve exposto. 01 Não exposição a agente nocivo. Trabalhador já esteve exposto. 02 Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho); 03 Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho); 04 Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho). Não devem preencher informações neste campo as empresas cujas atividades não exponham seus trabalhadores a agentes nocivos. O código 01 somente é utilizado para o trabalhador que esteve e deixou de estar exposto a agente nocivo, como ocorre nos casos de transferência do trabalhador de um departamento (com exposição) para outro (sem exposição). Para os trabalhadores com mais de um vínculo empregatício (ou mais de uma fonte pagadora), informar os códigos a seguir: 05 Não exposto a agente nocivo; 06 Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho); 07 Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho); 08 Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho). Exemplo: José da Silva é empregado das empresas refinaria A e comercial B. Na empresa A, está exposto a agente nocivo que lhe propicia aposentadoria especial após 15 anos de trabalho, enquanto que na empresa B não há exposição a agentes nocivos. Na GFIP/SEFIP da empresa A, o empregado deve ser informado com código de ocorrência 06, ao passo que na empresa B, o código de ocorrência deve ser o 05. NOTAS: Este campo somente deve ser informado em relação às categorias 01, 02, 04, 05, 07, 11, 12, 13, 15, 17 a 26. As categorias 05, 11, 13, 15, 17, 18, 22 a 25 somente podem ter informação no campo Ocorrência a partir da competência 04/2003, em decorrência do disposto na Lei 10.666/2003. Para os códigos de categoria de trabalhador 05 e 06, este campo deve ser informado, exclusivamente, com brancos ou com o código de ocorrência 05. 14 FASCÍCULO 5.4