TEMAS ATUAIS EM DIDÁTICA



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Transcrição:

RESENHA TEMAS ATUAIS EM DIDÁTICA TEIXEIRA, Adla Betsaida Martins (Org.). Temas atuais em Didática. Belo Horizonte: UFMG, 2010. Por Daniela Ribeiro Medeiros Batista 1 Cláudio Pinto Nunes 2 Publicado em 2010, pela Editora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) o livro Temas atuais em Didática é um convide à reflexão sobre conteúdos contemporâneos pertinentes ao campo da educação como um todo e da Didática de forma especial. Organizado por Adla Batsaida Martins Teixeira e com prefácio de Ilma Passos Alencastro Veiga, a obra é composta por oito capítulos, os quais apresentam a perspectiva de professores pesquisadores sobre as discussões mais recentes ao abordar questões relevantes para o ensino, para a aprendizagem e para a constituição prática de uma Didática necessária para os contextos sócio-educacionais da atualidade. A 1 Graduada em Pedagogia, estudante da Especialização em Políticas Públicas, Gestão e Práticas Educacionais. Professora da Educação Básica e membro do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacionais (Gepráxis). E-mail: danieladela@hotmail.com 2 Doutor em Educação, professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e membro do Grupo de Pesquisa em políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacionais (Gepráxis). claudionunesba@hotmail.com Práxis Educacional Vitória da Conquista v. 7, n. 11 p. 237-241 jul./dez. 2011

238 Daniela Ribeiro Medeiros Batista e Cláudio Pinto Nunes disposição dos capítulos favorece um aprofundamento sistemático nos mais variados subtemas da Didática. O primeiro capítulo, intitulado A relação Pedagógica no processo escolar: sentidos e significados, de autoria de Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben e Elza Vidal de Castro, toma a relação pedagógica como foco da Didática. Para tanto, as autoras fazem um passeio pelas tendências pedagógicas evidenciando como se deu a relação pedagógica no contexto de cada uma das tendências, tanto na dimensão da escola como no espaço mais amplo abrangendo a dimensão social, além de tomar a relação pedagógica também na perspectiva da educação a distância. Colocado como primeiro capítulo, o texto é ideal para quem quer começar a compreender os temas atuais da Didática sem perder de vista a sua incursão histórica na formação do professor. O segundo capítulo tem como título A Didática e suas representações: conceitos e preconceitos e é de autoria de Darsoni de Oliveira Caligiorne, Diva Souza Silva e Vândiner Ribeiro. Nesse capítulo as autoras procuram constituir conceitos e preconceitos que estudantes das licenciaturas elaboram para a Didática tendo como referência suas representações e percepções sobre esse campo de conhecimento. De forma incisiva, fica evidente de onde partem, ou seja, o lugar das contradições, das incertezas e, do mesmo modo, o lugar da clareza. Ou seja, o texto nega e rejeita qualquer Didática como adestramento do professor e do aluno. Desse modo, ressalta que a Didática não pode ser tomada puramente como técnicas, sem contextualização social e política. O terceiro capítulo, escrito pela organizadora do livro, Adla Betsaida Martins Teixeira, sob o título Distinção de gênero e seus reflexos na rotina escolar de docentes e discente, discute as identidades construídas por homens e mulheres a respeito dos papéis e funções exercidos por homens e mulheres no contexto escolar. Para isso a autora questiona as razões por que homens quase sempre são professores de Educação Física, porteiros etc., e mulheres são professoras de Arte, merendeiras etc. O foco desse capítulo recai sobre os reflexos dessa distinção por sexo na formação do educando acostumado à

Temas atuais em didática 239 segregação de funções sociais a despeito das possibilidades dos seres humanos, estudantes nesses contextos escolares, assumirem amplas e diferentes atividades na sociedade. Este capítulo, de modo especial, é leitura obrigatória para quem se interessa pelas discussões sobre gênero e educação. O quarto capítulo, Reflexões sobre a interdisciplinaridade na sala de aula na educação de jovens e adultos, partindo da experiência na formação de professores para a educação de jovens e adultos de sua autora, Carmem Lúcia Eiterer, sintetiza importantes reflexões acerca da especificidade dessa modalidade de ensino. Assim, são discutidos o surgimento da educação de jovens e adultos, sua natureza e seus desafios. O eixo norteador do capítulo é a noção de interdisciplinaridade, o que fez a autora focalizar a organização do currículo e as estratégias de ensino em sala de aula, não perdendo de vista, nesse contexto, as funções e os critérios de avaliação. Sem dúvida, o texto constitui relevante oportunidade para provocar e/ou aprofundar a reflexão sobre uma Didática para educação de jovens e adultos. O quinto capítulo, Imaginário organizacional e relação pedagógica, de Gildo Scalco, trata de utopias pedagógicas que se concretizam em práticas inovadoras propostas pela Didática. Nessa perspectiva o autor situa a noção de imaginário organizacional diante de uma realidade chamada por ele de cambiante e imprevisível em face das relações sociais em todas as dimensões do processo educativo. Em seguida, são apresentados os conceitos de imaginação formal, imaginação material e imaginação criadora, além da mobilidade do imaginário. Depois disso Scalco expõe algumas práticas inovadoras no trabalho pedagógico e conclui o capítulo evidenciando o quanto a Didática ainda carece de estudos, trabalhos e práticas que possibilitem transformações pedagógicas. Defende a cooperação e a solidariedade como estratégias para se compreender e resolver problemas, colocando, nesse contexto, o papel organizacional do imaginário humano. O sexto capítulo, de autoria de Rosilene Horta, tem como título A Didática crítica frente ao Toyotismo e às tecnologias informacionais.

240 Daniela Ribeiro Medeiros Batista e Cláudio Pinto Nunes Toma como referencial epistemológico o materialismo histórico, a concepção dialética de interpretação da realidade e a crítica à racionalidade instrumental, o que é chamado pela autora de marxismo do tipo heterodoxo. O texto destaca a importância da continuidade do aprofundamento teórico da Didática crítica tendo como referência a prática cotidiana de educadores na sociedade atual. Para tanto, a autora chama a atenção para as tecnologias da informação e da comunicação presentes nos espaços escolares e fora deles, o que, segundo ela, reabre a necessidade de novas análises críticas da relação dessas tecnologias com a educação, procurando desvelar mitos da sociedade da informação e do conhecimento. O sétimo capítulo, Didática e juventude: um estudo a partir dos significados atribuídos por estudantes às práticas pedagógicas inovadoras de seus professores, escrito por Analise de Jesus da Silva, além de contribuir para a construção de um olhar acadêmico e social sobre a juventude estudantil pobre, dá vozes a ela (a juventude), oportunizandolhe analisar a Didática prática de seus professores. Nessa perspectiva de estudo, o texto contribui também para situar a importância da Didática na formação de professores, pois traz elementos para se compreender as razões de situações enfrentadas por professores, estudantes e gestores educacionais no cotidiano escolar. Além disso, ao dar voz aos jovens estudantes para se expressarem sobre a Didática prática de seus professores, o texto indica pistas para a superação dos problemas apresentados. O oitavo e último capítulo tem como título Avaliação da aprendizagem: um compromisso do professor e do aluno com o diálogo e é de autoria de Maria de Lourdes Rocha de Lima. A temática é tratada sob três aspectos: a) os significados da avaliação, pensando numa conceituação para o termo; b) as funções da avaliação do conhecimento, entendida como diagnóstica formativa e somativa; e c) os direitos do aluno ao vivenciar a avaliação, apresentados e discutidos como direito à dúvida, ao erro, a novas oportunidades, além do direito de o aluno envolver-se no registro dos resultados e na comunicação deles, direito

Temas atuais em didática 241 a conhecer a visão do professor sobre sucesso acadêmico e o direito a partilhar juízos de valor entre professores e alunos. A avaliação é, portanto, tomada como compromisso do professor e do aluno e assume certas categorias como mediadora, emancipatória, dialógica, participativa e cidadã, o que define, segundo a autora, uma nova qualidade para a relação professor e aluno e um novo padrão para a escola e a prática pedagógica formativa. Em todos os oito capítulos o livro Temas Atuais em Didática, além de atualizar o leitor sobre as discussões contemporâneas da disciplina, possibilita reflexões que favorecerão novos olhares sobre as próprias práticas pedagógicas. É sem dúvida, leitura obrigatória para estudantes de Pedagogia, das licenciaturas em geral e da pósgraduação em Educação. É também um referencial indispensável para os professores que atuam e estudam a formação de professores. Artigo recebido em: 29/09/2011 Aprovado para publicação em: 23/11/2011