ESTUDO ESTRUTURAL DE PIRONAS POR RMN

Documentos relacionados
Ressonância Magnética Nuclear

Métodos Físicos de Análise - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR. Métodos Físicos de Análise. Métodos Físicos de Análise

Aula 1. Organic Chemistry 4 th Edition Paula Yurkanis Bruice. Espectroscopia de RMN

ANÁLISE INSTRUMENTAL RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR EXERCÍCIOS/RESPOSTAS 2º SEMESTRE 2018

Análise de Compostos Orgânicos RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR. Acoplamento Spin-Spin Espectro do etanol em baixa resolução

Identificação do candidato UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

Resolução de Matemática da Prova Objetiva FGV Administração

Revisão do conceito de acoplamento indireto spin-spin

Estudos Sobre a Síntese de Heliangolidos pela Reação de Diels-Alder

(Às Co missões de Re la ções Exteriores e Defesa Na ci o nal e Comissão Diretora.)

EXAME DE SELEÇÃO DO MESTRADO EM QUÍMICA 2009/01

Identificação do candidato UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DPTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

Espectroscopia no IV

121,8 127,6 126,9 131,3. Sb Te I Xe. In Sn 69,7 72,6 74,9 79,0 79,9 83,8 112,4 107,9 85,5 87,6 88,9 91,2 92,9 95,9 (98) 101,1 102,9 106,4 140,1

4001 Transesterificação do óleo de mamona em ricinoleato de metila

RIBECÁNCER. Tiago J. Bonomini

Fundamentos da Ressonância Magnética Nuclear

Correção da fuvest ª fase - Matemática feita pelo Intergraus

Somente identifique sua prova com o código de inscrição (não coloque seu nome);

NPQV Variável Educação Prof. Responsáv el : Ra ph a el B i c u d o

Identificação do candidato. Exame de Seleção Mestrado em Química Turma I CANDIDATO: RG:

121,8 127,6 126,9 131,3. Sb Te I Xe. Pb Bi Po At Rn 69,7 72,6 74,9 79,0 79,9 83, Ga Ge As Se Br Kr. In Sn 114,8 118,7.

QUÍMICA ORGÂNICA. Prof. Jorginho GABARITO SÉRIE AULA - PILHAS 1. C 2. A 3.

Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2013 II CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 11 1B. 26 Fe 55,8 44 Ru 101,1 76 Os 190,2

Com muito carinho para minha querida amiga e super profissional. Ale Del Vecchio

AVALIAÇÃO 05 QUÍMICA III UNIDADE Valor = 10,0 (Dez)

1024 Eliminação de água do 4-hidroxi-4-metil-2-pentanona

Material Suplementar. Quim. Nova, Vol. 33, No. 10, S1-S9, 2010

RMN em proteínas pequenas

1-propanol. 2-propanol

121,8 127,6 126,9 131,3. Sb Te I Xe 27,0 28,1 31,0 32,1 35,5 39,9 69,7 72,6 74,9 79,0 79,9 83, Ga Ge As Se Br Kr. In Sn 114,8 118,7.

Exame de Seleção Mestrado em Química Turma 2014 I. Candidato: RG:

2017 Obtenção da amida do ácido cinâmico através da reação do cloreto do ácido cinâmico com amônia

Resolução feita pelo Intergraus! Módulo Objetivo - Matemática FGV 2010/

QUÍMICA. Questões de 09 a 12

Universidade Federal do Ceará Coordenadoria de Concursos - CCV 2ª ETAPA PROVA ESPECÍFICA DE QUÍMICA PROVA ESPECÍFICA DE QUÍMICA

Química Orgânica. Química orgânica: Estrutura das moléculas. Grupos funcionais. Estereoquímica. Reatividade..

4006 Síntese do éster etílico do ácido 2-(3-oxobutil) ciclopentanona-2-carboxílico

œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ αœ œ œ œ œ œ œ œ Υ Β œ œ œ œ αœ

Introdução à Química Orgânica. Ana Clara Vasconcelos Helber Cardoso Heloísa Miranda Edirley Maruzo Costa Michelle Rodrigues Thaís Andrade

4028 Síntese de 1-bromodecano a partir de 1-dodecanol

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE QUÍMICA CONCEITOS BÁSICOS DE ESPECTROSCOPIA

Jesus, o Buscador. Cristo, o Salvador. trechos traduzidos do livro. Jesus the Seeker, Christ the Saviour

QFL (a) Aqui se trata de mero uso de fórmula e uso da constante magnetogírica do próton. 2πν

COLÉGIO OBJETIVO JÚNIOR

OLIMPÍADA BRASILEIRA DE QUÍMICA Fase VI (final)

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA SOBRE OS ESPECTROS DE RMN DE

Quantos compostos orgânicos existem atualmente? São milhões de compostos orgânicos.

Classificação Periódica dos Elementos

Química II 1º Teste Modelo- 2011/2012

Comentários sobre a 3a Prova

Interpretação de Espectros de Infravermelho

E v o lu ç ã o d o c o n c e i t o d e c i d a d a n i a. A n t o n i o P a i m

4013 Síntese de benzalacetofenona a partir de benzaldeído e acetofenona

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR CURSO BÁSICO

Figura 41: Espectro de RMN 13 C da 2,6 -diidróxi-3 -metil-4 -metóxichalcona, acetonad

Análise Estrutural. José Carlos Marques Departamento de Química Universidade da Madeira

ESTUDO DO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO E FRACIONAMENTO DA LIGNINA PROVENIENTE DE RESÍDUOS LIGNOCELULÓSICOS

3003 Síntese de 2-cloro-ciclohexanol a partir de ciclohexeno

4004 Síntese de γ-decalactona a partir de 1-octeno e éster etílico do ácido iodoacético

1011 Síntese do 1,4-di-terc-butil benzeno a partir do terc-butil benzeno e cloreto de terc-butila.

NOME: QFL ª Prova (15 pontos) Tabela de deslocamentos químicos de 13 C em sistemas orgânicos

4023 Síntese do éster etílico do ácido 2-cicclopentanona carboxílico a partir do éster dietílico do ácido adípico

Somente identifique sua prova com o código de inscrição (não coloque seu nome);

Universidade Federal de Goiás Instituto de Química Coordenação de Pós-graduação

MODALIDADE EM2. 3 a Olimpíada de Química do Rio de Janeiro 2008 EM2 1 a Fase

Universidade Federal do Ceará 2ª ETAPA PROVA ESPECÍFICA DE QUÍMICA PROVA ESPECÍFICA DE QUÍMICA. Data: Duração: 04 horas CORRETOR 1

O Sacrifício da Cruz

GABARITO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO FARMACOQUÍMICA

Ac esse o sit e w w w. d e ca c lu b.c om.br / es t u dos e f a ç a s u a insc riçã o cl ica nd o e m Pa r t i c i p e :

Questionário sobre o Ensino de Leitura

4024 Síntese enantioseletiva do éster etílico do ácido (1R,2S)-cishidroxiciclopentano-carboxílico

Funções Orgânicas: Fontes: Hidrocarbonetos. Classificação: Principais aplicações: 10/08/2010. Petróleo Hulha Xisto

1023 Isolamento de hesperidina da casca da laranja

2029 Reação do trifenilfosfano com o éster metílico do ácido bromoacético originando brometo de (carbometoximetil) trifenilfosfônio

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE QUÍMICA. Prova 3 Química QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 4

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE QUÍMICA. Prova 3 Química QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 3

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE QUÍMICA. Prova 3 Química QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 1

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE QUÍMICA. Prova 3 Química QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 2

Classificação de cadeias

Universidade Federal do Ceará Coordenadoria de Concursos - CCV Comissão do Vestibular

Anexo 1. Tabela de constantes. g = 10 m s -2. Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3, m s -1

RESULTADOS DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DO USUÁRIO EXTERNO COM A CONCILIAÇÃO E A MEDIAÇÃO

Medley Forró 4 Tenho Sede Dominguinhos e Anastácia

MÓDULO 6 MATRIZ DA PROVA

QFL-306 Prof. Luiz F. Silva Jr 1. Aldeídos e Cetonas - Parte 1

Medley Forró. Ú80 œ œ œ œ œ œ œ œ. œ œ œ œ. œ œ œ œ œ. œ œ œ œ œ œ

ESCOLA SECUNDÁRIA FERREIRA DIAS AGUALVA - SINTRA QUÍMICA (12º ANO) MÓDULO 2 MATRIZ DA PROVA

Cap. 5 Espectroscopia Molecular ESPECTROSCOPIA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 SUMÁRIO. T í t u l o I C a p í t u l o Ú n i c o D a s D i s p o s i ç õ e s P re l i m i n a res

Hymnarium von Mestre Irineu. O Cruzeirinho

URBANISMO COMERCIAL EM PORTUGAL E A REVITALIZAÇÃO DO CENTRO DAS CIDADES

Rio 40 Graus Fernanda Abreu/F.Fawcett/Laufer Û Û Û Û Û Û Û Û Û

rs r r ã tr ê s 1 t s rt t t át Pr r Pós r çã t t s t át s t s s s 1 r ê s ã ís

Reações em Aromáticos

4002 Síntese de benzil a partir da benzoína

2005 Síntese da acetonida do meso-1,2-difenil-1,2-etanodiol (2,2- dimetil-4,5-difenil-1,3-dioxolana)

Divisão silábica e acentuação 7º ano. Professora: Allana Rauana Almeida Cortez.

QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE QUÍMICA. Prova 3 Química QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 4

Transcrição:

XWXS-Bfl *4* UNIVERSIDADE DE SAO PAULO M3TITUTO DE QUfcflGA ESTUDO ESTRUTURAL DE PIRONAS POR RMN DARIO GARCIA MANDARINO Dissertação de Mestrado MS**.*, SAO PAULO 1985

ABREVIATURAS RUN de RMM de PF Lit. s si d dd ddd dddd da dt ddt t td tm q EM CCDC CCDP h "c - ressonância magnética nuclear de proton - ressonância magnética nuclear de carbono - ponto de fusão - literatura - multipleto - singleto singleto largo - dubleto - duplo dubleto - duplo duplo dubleto - duplo duplo duplo dubleto - duplo multipleto - duplo tripleto - duplo duplo tripleto - tripleto triplo dubleto - triplo multipleto - quarteto - -cpectro de massas - cromatografia em camada delgada comparativa - cromatografia em camada delgada preparativa.

ÍNDICE ^4 QJ4 Pt- I. Introdução «... 1 II. A Planta a Alguna da saua Constituintaa Qulaicos 53 III. Alguns Dados Físicos das Substancias Isoladas 58* IV. Discussão dos Dados Espactronátricos das Pironas Isoladas 67 IV. 1. Aniba-SA 67 IV. 1.1. RMN da *H 67 IV.1.2. RMN da 13 C 73 IV. 1.3. Substância SA-2... S3 IV.2. Aniba-SB 92 IV.2.1. RMN da 1 H 92 IV.2.2. RMN da 13 C 97 V. Proposiçio Biossintftica para as 2-Pironas Monoclclicas Aronaticas 106

Pt- VI. Tentativa da Identificação Botânica da Aniba-SA a Aniba-SB, Através da seus Constituintes Químicos 100 VII. Espectros 111 VIII. Parte Experimental VIII.1. Especificação dos Materiais e Instrumentos Utilizados 4.34 VIII.2. Aniba-SA 136 VIII.2.1. Prí-Tratamento da Matéria Prima Vage - tal e Preparo do Ex trato 136 VIII.2.2. Fracionamento do Extrato 136 VIII.3. Aniba-SB 140 VIII.3.1. Fracionanento do Extrato 140 IX. Considerações Finais 144 Resumo 147 Summary 149 X. Referências Bibliográficas. 151

I. INTRODUÇÃO / Entre as varias classes de substancias en centradas na natureza, a classe constituída pelas 2-piro nas moaocíclicas, aparece como una das que desperta inte resse aos pesquisadores do mundo inteiro, tanto do ponto de vista químico, como farmacologico. Os primeiros de rivados de 2-pirona isolados datam do século passado, *e desde então, tem crescido muito a quantiôadc de trabalhos publicados relativos a essas substâncias, O motivo que levou aos primeiro* isolamen tos de 2-pironas, foi o fato de nativos da Polinésia uti lixarem raizes de Piper methj/stiewn Fornt» (também conhe cida como cava ou cava-cava) no preparo de uma bebida,que ingerida durante festas e rituais causava um efeito esti mulante (Kreig, 1968, p. 398). Por outro lado, estes na tivos mastigavam as raizes e os caules da mesma planta, para obter um efeito narcótico (Mcrs et ai» 1962). 0 in teresse dos pesquisadores pelos constituintes de Pipe? m thyetiaum aumentou, com o conhecimento desses efeitos an tagônicos: estimulante de- uma forma e narcótico de outra. Além dessas propriedades, o extrato de cava era usado na Europa, no inicio deste século, no tratamento das inflama ções crônicas 4as vias urinaria* (Mors et ai, Í562). Cuxent, 1860 isolou das raizes da Piper /»

thystieum, una substância que foi denominada nethysticina (38), sendo esta a primeira 2-pirona natural isolada. Posteriormente a identificaçio da nethysticina, outras 2-pironas foram isoladas e identificadas das raises de Pipmr mtthybticwn, entre elas a iangonina (21), a dihidro methysticina (44}, a kawaina (35) e a dihidrokawaina (39)L Mais recentemente con o aprimoramento dos métodos âe iso lamento e das técnicas de identificação, novas 2-pironas foram isoladas de Pipmr mtthysticum e de outras espécies do gênero Pip*r. Devido as atividades biológicas apresenta das por esta planta, começaram a ser feitos ensaios fama cológicos tanto dos extratos, quanto das substâncias pu ras isoladas. Schfibel, 1924 estudou os efeitos de duas resinas de cava-cava sobre rãs e descobriu algumas ativi dades, como analgesia local, narcose, paralisia, além de efeitos sobre o coração, atividades glandulares e apare lho digestivo. Foi atribuído por Veen, 1938 o efeito nar cõtico do extrato de cava, a um único constituinte quimi co, a dihidrokawaina (39), quando aplicada na forma de e muisão. Isto lavou ã compreensão dos controvertidos efei tos causados nos nativos da Polinésia. A bebida, por eles produzida, sofria um processo de fermentação, e, os produtos da fermentação eram responsáveis pelo efeito * *Este número é relativo a localização da substância no Quadro I.

3. timulante apresentado, ao passo que na mastigação das rai^ zes e do caule frescos, evidentemente não ocorre a fermen tação, mas formação de uma emulsão que torna a absorção""" rápida, causando o efeito narcótico, devido a dihidroka waina contida nas partes vegetais. A procura por 2-pironas de ocorrência na tural aumentou na medida em que os resultados apresenta dos acima começaram a ser publicados. Jobst, 1876 isolou das raizes de falso coto, uma substância que foi denomina^ da paracotoina (3) Esta planta é proveniente da Bolívia, e foi levada para a Europa, para substituir o coto genul no, também proveniente da Bolívia, que começava a se ex tinguir. As cascas deste coto genuíno eram utilizadas ra fins medicinais, como antisseptico ou adstringente pa no tratamento de indisposições intestinais, além de sua ação como anti-sudorífico. Estas atividades biológicas apresen tadas pelo coto genuíno foram atribuídas a cotoína (2,6- dihidroxi-4-metoxi-benzofenona) presente entre seus cons tituintes químicos. Nas cascas do falso coto, a substân cia que conferia a esta planta atividades similares ãs do coto genuíno, foi identificada como sendo a paracotoina. Posteriormente, coto foi classificada como Aniba coto (Rusby) Kosterm. e falso coto como Aniba peeudoooto (Rus_ by) Kosterm.. Recentemente, novas atividades farmacológi cas tem sido relatadas sobre as 2-pironas de Piper me thy tiaum (cava-pironas), entre elas, proteção aos ratos con

t 4. tra convulsões e mortes causadas por doses tóxicas de es tricnina, atividades anti-lr>flamatôria, anti-pirêtica, es pasmolítica, anti-tetânica e anti-fibrilatõria. / Além destes ensaios farmacolôgicos, inte ressantes estudos correlacionando atividades farmacólôgl cas e estrutura das subp* -»***** --* analisadas, tem sido rela tadas (Kretzschmar e Meyer, 1968; Kretzschmar e Meyer, 1969; Kretzschmar et ai, 1969a; Meyer e Kretzschmar,1969; Schultz e Reimerdes, 1973). Kretzschmar et ai, 1969 rela taram as observações obtidas ao comparar as variações nas atividades espasmolltica e anestêsica local de kawaina (:35), dihidrokawaina (39), methysticina (_38), dihidrome thysticina (4_4_), iangonina (2_1) e desmetoxi-iangonina (17) em relação as suas estruturas. Como conseqüência das interessantes pro priedades desta classe de substâncias,foram desenvolvidos muitos trabalhos em busca de 2-pironas. Com a finalidade de conhecer a distribuição desses derivados na natureza, foi feito um levantamento bibliográfico. Atualmente encontram-se na literatura mais de cento e cinqüenta trabalhos publicados sobre tos e determinações estruturais de 2-pironas de cia natural, abrangendo quase duas centenas de isolamen ocorrên substân cias, que constam, em cua maiorja, no Quadro I. No Quadro T censtam cs nomes das pironas, as' estruturas, as origens de ontfe foram isolados e as re ferências. Na coluna referente a origem, são apresentados

5. o gênero e a espécie em itálico, a família a que pertence é colocada entre parentesis e a seu lado as letras B, E, F, I ou P, conforme seja bactéria, esponja, fungo, inseto^ -. ou planta, respectivamente. O grande interesse pelas pironas, apresen tado por este grupo de pesquisa de Produtos Naturais, de ve-se a ocorrência destas substâncias em espécies do gene ro Aniba, que pertence a família Lauraceae, e da qual o Brasil ê rico em representantes. Dentro da família Lauraceae, os derivados de 2-pironas ocorrem em quase todas as espécies de Aniba e desde hã muito vem sendo usados como marcadores qui miossistematicos. Em poucas espécies do gênero Aniba, co mo Aniba burohelli e Aniba guianensis, tais compostos não foram isolados, sendo que nestas espécies foi constatada a presença de neolignanas. Além de 2-pironaseneolignanas, outras classes de substâncias tem sido isoladas em espé cies de Aniba, como arilpropanõides, ésteres de ácido ben zõico e derivados deste ácido, flavonõides, benzofenonas e l-nitro-2-feniletano. As 2-pironas, apesar de terem sido extensa mente estudadas, ainda apresentam novos campos a serem in vestigados, com o objetivo de ampliar os conhecimentos so bre esta classe de substâncias. Nesta dissertação foram obtidos espectros de RMN, sobretudo de C, das pironas isoladas de duas espécies de Aniba, com o intuito de afe rir os deslocamentos químicos aos carbonos, dados esses

6. raros na literatura, e ainda, espera-se contribuir para a guimiossistemâtica da família Lauraceae. /

QUADRO I - Derivados de 2-pirona de ocorrência natural N9 Nome Origem Referência 001 Fenilcoumalina Aniba ooto Aniba paeudoooto (Lauraceae) - P Ciamician e Silber, 1894 Ciarcician e Silber, 1895 002 4-Netoxifenilcoumalina OM«Aniba duokei Aniba fvagrana Aniba heringerii Aniba gardneri (Lauraceae) - P Gottlieb et ai, 1959 Mora et ai, 1960 Mora et ai, 1962 et ai, 1971 003 Paracotoina Aniba ooto Aniba paeudoooto (Lauraceae) - P Ciamician e Silber, 1894 Ciamician e Silber, 1895

N9 Nome Origem Referência 004 4-Metoxiparaootoina O Aniba duokei Gottlieb et ai, 1*59 Aniba roaaedora Gottlieb et ai,.'959 Aniba parvi flora Gottlieb et ai, 1964 Aniba firmula Gottlieb e Mors, 1959 Aniba fragrana Mors et ai, 1960 Aniba gardneri Rezende et ai, 1971 Aniba permollia Rezende et ai, 1971 Aniba mas Diaz et ai, 1977 (Lauraceae) - P 005 4 f 5-Dinetoxiparacx)toina Tiaorea pediaellata Bévalot et ai, 1983 (Rutaceae) - P 006 2', 4-Dinetoxiparaootoina "^ ^O^O O Tiaorea pediaellata Bivalot et ai, 1983 (Rutaceae) - P v

N? Nome Origem Referência 007 2 *, 4,5-TrinetcBCiparacotoina Tieorea pedioellata Bévelot et al, 1983 (Rutaceae) - P 008 Aloenina Aloe Boponavia Yagi et al, 1977 Aloe arboreaoena Hirata e Suga, 1977 (Liliaceae) - P Hirata e Suga, 1978 R=B-D-glioopiranosila 009 Anibina Aniba duokei Gottlieb et al, 1959 Aniba roaaedora Gottlieb et al, 1959 Aniba fragrana Mors et al, 1960 Aniba gigantifolia Franca et al, 1973 Aniba aoto CiamLcian e Silber, 1894 (Lauraceae) - P v 010 Psilotina R=&-D-glioapiranosila Pailotum nudum Mclnnes et al, 1965 Tmeaipteria tonnenaia Tse e Towers, 1967 «, (Psilotaceae) - P i I

N? Nane Origem Referência Oil 6-Efcttril-piran-2-ona 'VV^o' Aniba aylindriflora Dias et al f 1977 Aniba parviflora Gottlieb et al, 1964 (Lauraoeae) - P Bittencourt et al, 1971 012 6-[4Mhidroad)estiril]- -piran-2-ooa jyjx Aniba parviflora Rezende et al, 1971 (Lauraceae) - P Rezende et al, 1971a 013 6-[3, 4 - (dihidrcod) estiril] -piran-2-ona Aniba parvi flora Rezende et al, 1971 (Lauraceae) - P Rezende et al, 1971a 014 6-[4, -(hidn»ci)-3, -(metc»d.) estlril'l -plran-2-ona Aniba parvi flora Gottlieb et al, 1964 (Lauraoeae) - P Bittencourt^et al, 1971

N? Nome Origem Referência 015 6- [3*,4'- (dimetoxi)estiril] - -piran-2-ona Aniba oylincbriflora (Lauraceae) - P Diaz et al, 1977 016 6-[3\4'Hineti:tenodicod.)estiril] -piranr2-ona Aniba aylindriflora Aniba parvi flora (Lauraoeae) - P Diaz et al, 1977 Gottlieb et al, 1964 Bittencourt et al, 1971 017 6-estlril-4-raBtoxi-piranr2-ona QpAX Aniba mas Aniba firmula Aniba htringerii Aniba gardneri Aniba p+mollis (Lauraoeae) - P Alpinia kumatahe Alpinia sptoioaa (Zingiberaceae) - P Hpp«r mthyttiom (Piperaoeae) - P DidymooarpuB aurantiaaa (Gesneriaoaae) ~ P Diaz et al, 1977 Gottlieb e Mars, 1959 Mors et al, 1962 Rezende et al, 1971 et al, 1971 Kimura et al, 1966 Kimura et a3* 1966 Ytokawa et al, 7J81 Young et al, I960?~ Mityachsudhuzy e Dtm,^M A f / * * * i ^ ^ >*

N? Nome Origem Referencia 018 Mundulealactona MunduUa aubaroaa Lalitha et al, 1966 (Leguminosae) - P 019 Bisnoriangonina 020 4-Meto^-6-[4Mhidroxi) estirilj-piran-2-cna O^o Polyporua kiapidua Perrin e Tower», 1973 (Polyporaceae) - F Pholiota equarroso-adipoaa Brady e Benedict, 1972 Gimnopilua deourrena Hatfield e Brady, 1968 Gimnopilua apeotabilia Hatfield e Brady, 1969 (Agaricaceae) - F Aooamiun aubalagana Paulino Filho et ai, 1977 (Leguminosae) - P Anophalia adnata Talapatra et al, 1976 Anaphalia aubunbellata Talapatra et al, 1981 Heliohryaitn drdhanabarganaa Bohlmmn e Suwita, 1979 (Ccnpositae) - P 021 Iangonina 'o^o Piper mathyatioum Young et al, 1966 (Piperaoeae) - P Dutta et al, 1972 Di Banzo, 1972 Ronunoulua qualpoartanaia Shibata et al, 1972 J (Ranunculaceae) - P I l

NP Nome 0 r i g e ai Referencia 022 Panamina Saaatia panamtnaia (LegumLnosae) - P Reno et al, 1972 R * glicosila 023 Hispidina Espade de Hymenoohaat* (Thelephoraoaae) - F Espécies da Jnonotm Espécies de Onnia Phaaolu» aohwainitaii (Hyimnochaetaceae) - F Espécies de Phallinua Phallinua pomaoaua Phallinua igniariua Polyporua aohuainitaii Polypoma hiapidua (Polyporeceae) -F Pholiota aquatvoao-adipoaa Espécies de Qvmopilm (Agaricaceae) - F Fiasson, 1982 Fiasson, 1982 Fiasson, 1982 Fiasson, 1982 Fiasson, 1982 Klaar a Steglich, 1977 Kirk at al, 1975 Hatfield a Brady, 1973 Bu'Lock a Smith, 1961 Bu'Lock a Smith,.962 Edwards at al, 1S61 Brady a Benedict, 1972 Hatfield a Brady, 1971 Hatfield e Brady, 1971

N9 Nome O r i g i n Rtftrinoii 024 3,14 '-Bihispidirdl Phallinua pcmaoaua Klair m Staglich, 1977 Espéci* àm Phallinua Fiaason, 1982 (PdypcnoiM) - F Inonotua hiapidu» FlJUMOn, 1982 (H^NWIOCiUMtMMS) *" F 025 Fasciculina A Hypholom faaoioulara Flanon «t al, 1977 (AgarlcaoaM) - F 026 Fasciculina B Hypholoma faaoioular* Fiaascn «t «1, 1977 (Agaricacaae) - F >. t Í

N9 None Origem R i f i r i n c i i 027 Hyphokwdna A Hypholom fascicular* (Agaricaceae) - F Fiasson at «1, 1977 028 Hypholoudna B Hypholoma fascicular* (Agaricaceae) - F Espécies de Inonotue Espécies de Onnia (Hynenochaetaoeae) - F Espécies de Phellinus Phylloporia ribia (Verrucariaceae) - F Fiasson at al, 1977 Fiasson, 1982 Fiasson, 1982 Fiasscn, 1982 Fiasson, 1982 029 Leuco-derivado de Hymenoquinona Hymenoohaete mougeottii (Theleforaceae) - F Klaar e Steglich, 3977a HO'

N9. Nome Origem Referencia 030 Hyxnenoquincna Hym«noohaete moug«otii Hymnoahaete pinnatifida (Iheleforaoeae) - F Klaar e Steglich, 1977a Fiaaaon, 1982 031 3'-Metcoà-iangonina MtO' Aniba kappleri Aniba oanelilla Aniba permolli* Aniba ma» Aniba fragrant (Iauraceaa) - P Santos et al, 1982 Rezende et ai, 1971 Rezende et ai, 1971 Diaz et ai, 1977 Mora et ai, 1960 032 4-MBta>d-6-&^4, - (ueulenodioxi)estirilj- -piran-2-cna Aniba kappltri Aniba permollia Aniba mas Aniba haringtrii (Lauraaaae) - P Santo» et ai, 1982 Rezende et ai, 1971 Diaz et ai, 1977 Moca et ai, 1962 N. 033 4,5-Din»etOKi-6-[3\4, - - (metilenodloxi) est iril]- -çdran-2-ona Piptr aanotm (Piparaceae) - P Hansel et ai, 1973 /

N9 Nome Origem Rifirinoli 034 Goniothalandna 035 Kawaina Cryptooarya oalontura Hlubuo* Robtrtson, 1967 (UuraoM*) - P Goniothalmu» andtraonii Jmma «t «1, 1972 GoniothaUmu* maarophylluê Japan «t al, 1972 Goniothatam» malaywmê Jawars at «1, 1972 (Amonaoaaa) - P Miywr, 1979 Pip«r m»thy»tioum Young at «1 # 1966 (Piparacaaa) - P Dutta at «1, 1972 Di Ranso, 1972 Snatska Hfcwal, 1966 036 5-Hidrcocl-6-i»toaci-kawaina Pipar sano turn HlnMl Sehuls, 1982 (Piparacaaa) - P 037 S-teetOKi-6-netoxi-kawaina QMt OH? 0 Piper tanotm Hanaal at al. 1976 (Piparacaaa) - P ^ l

N9 Nome Origim R i f i r t n c i i 038 Methysticina Piper methyatiaum (Piperaceae) - P Young et «1, 1966 Dutta et al, 1972 Dl Renzo, 1972 Snatzke Haneel, 1968 039 DiMdrokawaina 040 5-Hidroxi-dihidrokawaina Piper mihyetioum (Piperaoeae) - P Aniba gigantifolia (Lauraoeaa) - P Polygonum nodosum (Polygonaceae) - P Piper methystioum (Piperaceae) - P Young et al, 1966 SnaUkee Hàtael, 1968 Franoa et al, 1973 Kuroyanagi et al, 1982 Achenbach e Wittmann, 1970 041 Tetrahidroiangcnina QMt Piper methyatiaum (Piperaoeae) - P Aniba gigantifolia (Lauraceae) - P /v Achenbach et al, 1971 Franca et al, 1973 J

N9 Nome Origem Referência 042 Tetxahidro-3'-hidraxi-ianga(vlna Piper methyatioum (Piperaoeae) - P Achenbach et al, 1972 043 Tetrahidro-3'-nieta>d.-iangonina Piper methyatioum (Piperaceae) - P Aniba gigantifolia (Lauraceae) - P Achenbach et al, 1972 Franca et al, 1?73 044 Dlhicbraneth/sticina Piper mthyetiawn (Piperaceae) - P Aniba gigantifolia (Lauraceae) - P Young et al, 1966 Snatzke e Hansel, 1968 Franca et al, 1973 045 4-tetoxi-6-[2-fenlletil]- 1 -piran-2-ona Alpinia epeoioea Alpinia kumatahe (Zingiberaceae) - P Kiroura et al> 1966 Ytokawa et al, 1981

Nv Nome Origem Referência 046 4-Metoxi-6-[2-(3\4'- metilenodioxi fenll) eti 1J - -piran-2-ona Piper sanctum (Piperaoaae) - P Langhaotner et al, 1972 047 7,8-Epaxi-5,6-dehidrokawaina Didymoaarpua aurantiaoa (Gesneriaceae) - P Adityachaudhury et al, 1976 048 6-Pentil-piran-2-ona Prunua peraioa (Bosaceae) - P Triohoderma viride (Moniliaoeae) - F Sevenants e Jennings, 1971 Collins e Halim, 1972 049 Sibirinona Hypomyoea sentitranaluoena (Hypocreaceae) - F Nair e Carey, 1977 050 6-[pent-l-enii] -piran-2-ona Triohoderma viride (Moniliaceae) - F» Moss et al, 1975 hi

N9 Nome Origem Referência 0S1 Micidona occr Espécie de Streptomyo«8 Sipma et ai, 1972 (Streptonycetaceae) - B 052 "fôiwapirona Cerooapora taiuanensie (Dematiaceae) - F Assante et ai, 1977 053 Iactona triacêtica Penioillium patulum Penioillium stipitatwi (Aspergillaceae) - F Harris et ai, 1966 Benthey e Zwitkcwitz, 1967 Benthey e Zwitkowitz, 1967a 054 Conrauanalactona 13 Garoinia oanruuana (Guttiferae) - P Watexman e Crichton, 1980 x M H

N9 Nome Origem Referência 055 6-n-Heneicx3Sil-4-hidrooci- -piran-2-ona Azotobaoter vinelandii Su et al, 1981 (Azotobacteriaceae) - B 056 4-Hidroxi-6-n-trioosil- -piran-2-ona Azotobaoter vinelandii Su et al, 1981 (Azotobacteriaceae) - B 057 Lactona tetraoitica OH ^ v^oai o""o Penioillium stipitatum Benthey e Zwitkcwits, 1967 (Aspergillaoaae) - F Benthey e Zwitkowtts, 1967a 058 4-Hidroxi-6-(2-oxotri<XBil)- OH -piran-2-ona ^ka^ao^j Azotobaoter vinelandii Su et al, 1981 (Azotobacteriaceae) - B /

N9 Nome Origem Referência 059 4-Hi<*noxi-6- (2-oxopentar3Sil) -piran-2-ona -^-^v^o^b Azotobacter vinelandii Su et al, 1981 (Azotcbacteriaceae) - B 060 Lactona 3-metil-triaoética Penicilliwi stipitatum Brenneisen et al, 1964 (AspergtUaceaa) - F Acker et al, 1966 Benthey e Zwitkowitz, 1967 Benthey e Zwitkowitz, 1967a 061 4-Hidroxi-3-isoprenil--6- -pentadeoanil-piran-2-ona Garcinia conrauana Huasain e Waterman, 1982 (Guttiferae) - P 062 Pogostona (Dhelwangina) &~r Pogostemon aablin Rwangtung e Cam^xi, 1977 (Labiatae) - P \ I

N9 Nome Origem Referência 063 Aszonapirona Aspergillus zonatus Kixiura et al, 1982 (Aspergillaoeae) - F 064 Elasnina Streptomyaee noboritoemie Nakagawa et al, 1980 (Streptartycetaoeae) - B Qnura et al, 1979 065 Sesquicillina SeaqvLoillium globuliapox%n Thiele e Tscherter, 1973 (Hyphomicetes) - F 066 Arenol Haliohxyaum arenorivm Vrkoc et 81^1971 (Cotpositae) - P Vrkoc et al, 1973»>i

MP Nome Origem Referência 067 Horooarenol Heliahryaum arenarium Vrkoc et al f 1971 (Ccnpositae) - P Vrkoc et ai, 1973 068 Desnetil-auricepirona Heliohryaum odoratiaaimum Hànsel et ai, 1980 (Ccnpositae) - P 069 Auricepirona Heliohvyaum auricepa Bohlmann e Zdero, 1980 Heliohruaum oephalcidem Bohlinann e Zâero, 1980 (Ccnpositae) - P

N9 Nome Origem Referência 070 Derivado dideshidro- -tridesmetil da auricepirona Heliohryaw. italicum (Ccnpositae) - P Hansel et al, 1980 071 Derivado hidroxilado- HO. -dideshidro-tridesmetilda aurioepirona Heliahryaum plioatum (Ccnpositae) - P Hansel et al, 1980 072 Derivado dideshidro - -desnetil da auricepircna Heliohrysum aephaloideum (Ccnpositae) - P Hansel et al, 1980 0»

N?' Name Origem Referência 073 3"-Metildesraetoxi- -auricepircna Helichryaum odoratiaaimum Hansel et al, 1980 (Ccnpositae) - P 074 23-Metil^uriaeplrcna Heliohryaum aurioepa Bohlmann e Zdero. 1980 Heliohryawn oephaloideun Bohlmann e Zdero, 1980 (Conpositae) - P 075 Derivado dideshidro- -âesmetil da 23-roetil -auricepirona Haliohryeum aephaloidaum Hansel et al, 1980 (Ccnpositan) - P

N9 Nome Origem Referência 076 Achyroclinepirona Aohyroolin* alata (Ccnpceitae) - P Bohlmann et al, 1980 077 3"-Metilachyroclinepirona Aohyroolina alata (Ccnpceitae) - P Bohlmann et al, 1980 078 Derivado dideshidro- -tridesmetil da Achyroclinepirona Heliahruaum atoeohoa (Ccmpceitae) - P Harwel et al, 1980 M

N9 Nome O r i g in R i f i r i n c i i 079 Cbtusifolina Gnaphalium obtuaifolium (Caipositae) - P Gpitz Htnsel, 1970 080 Heliohryaum italioum (Conpositae) - P Hansel et al, 1980 081 Heliohrysum italioum (Conpositae) - P Hansel et al, 1980 V,

N9 Nome Origem Referência 082 Bisnorhelipirona (Colletopirona) Heliohryaum arenarium (Compositae) - P Colletotriohum niootianae imelanconiaceae) - F Vrkoc et al, 1975 Gohbara et al, 1976 083 Norhelipirona OH OH s o^t> o^o-^ Heliohryaum arenarium (Conpositae) - P Vrkoc et al, 1975 084 Itelipirona OH VX^)^ Q'^cAsX' Heliohryaum arenarium Heliohryaum italioum Anaphalia araneoaa (Conpositae) - P Vrkoc et al, 1975 Cpitz e Hansel, 1970 Ali et al, 1982 085 Opuntiol OMt HO >NJL 0 Í 0 Opuntia elatior Opuntia polyaoantha (Cactaoeae) - P Ganguly et al, 1965 Telang, 1973

N? Nome Origin Referência 086 LL-P880Y OM» Panioillium ap. (Aaperçillaceae) - F MoGahren et el, 1973 087 Cltreqpirona o OM«Panioillium oiirao-virida Niwa et al, 1980 ^JCJC (AapergilUoaae) - P 088 Nectriaplrona 9Mt Gyroatrvma miaaourianaa Nair e Carey, 1975 1 (Discellaceae) - F «-^C^ 089 Luteoreticulixta i*. Straptomyoaa lutaoratiouli Kcyama et «1, 1975 (Streptoayceteceae) - B ojyyy^ w

N? Nome Origin Rifirincia 090 Citxwunontanina Penioillium pedtmontanum (Aspargillacaaa) - F Brassy «t «1, 1982 Rabuffat at «1, 1980 091 Citreo-viridina Penioilliun oohroaalmoneum Penioillium oitreo-virid* Eupenioillium oohroaalmoneum Penioillium oharleaii Ptnioillium pedemontonum Penioillium fellutanum Ptnioillium pulvillorum (Aaparglllaoaaa) - F Sakaba at al, 1977 Sakaba at al, 1977 Uano a Uano, 1972 Gola at al, 1981 Nano at al, 1976 Cardan!, 1968 Nagal at al, 1972 Stain at al, 1982 092 Asteltoxina Aspergillus ate I la tua (AspargillaoMaj - F Kruaar at al, 1979

N9 Nome Origem Referência 093 Aurovertina B Caloariaporium arbuaoula Steyn at al, 1979 (Moniliaoeae) - F Steyn et al, 1981 094 Aurovertina D Calcariaporium arbuaoula Steyn et al, 1981 (Moniliaceae) - F 095 Rosellistna OMt fiypomyoea roaellua Nair e Carey, 1975a (Hypocreaceae) - F Nair, 1976 OMt 096 Rosellisina aldeido Hupcmycea roaallua Nair, 1976 (Hypocreaceae) - R

N9 Nome Origem Referência 097 Ácido parasõrbico yfo\ Sorbue aucuparia (Rosaceae) - P Dean, 1963 Adityachautiury e Das, 1979 098 Massed lactona /v^^v^j-o^b Cryptooarya maaeoia (Lauraceae) - P Coonponotua sp. (Formicinae) - I Crcntoie, 1955 Mori, 1976 Gottlieb, 1972 Cavill et ai, 1968 099 Tuberolactona o^o Polyanthea tube rosa (Agavaosae) - P Kaiser e Lamparsky, 1976 100 5,6-Dihidro-6-hepti 1- -piran-2-ona Cryptooarya maesoia (Lauraoaae) - P Cavill et ai, 1968 Gottlieb, 1972 >s 101 Argentilactona Ariatoloohia argentina (Aristolcchiaceae)»- P Priestap et ai, 1977 < u»

N9 Nome Origem Reference a 102 Deacetilumurawnfcolido Iboza riparia (Labiatae) - P Van Puyvelde, 1979 OH 103 ttnurawmbolido OAc O^O Iboza riparia (Labiatae) - P Van Puyvelde et al, 1979 Achenbach e Witzke, 1980 104 Desacetil-boronolido Iboza riparia (Labiatae) - P Van Puyvelde, 1979 105 Boronolido Tetraderda frutiaoea (Labiatae) - P Franca e Polcnsky, 1971 Van Puyvelde, 1979 OAe OAc X 106 Hyptolido Hyp tia pectinata (Labiatae) - P Birch e Butler, 1964 OAe OAe

Np Nome Origem Referência 107 Anamarina OAc gac >AcOAe Hyptia ap. (Labiatae) - P Alemany et al, 1979a 10b Phaoelocarpua labillavdieri Kazlauskas et al, 1982 (Sphaerococaeaeae) - P 109 Eupatoriwi piloaum Herz e Ramakrishnan, 1978 (Oonposltae) - P 110 Eupatoriwi piloaum Herz e Ramakrishwn, 1978 (Conpositae) - P s H < t

N9 Nome Origem Referência 111 Furodendina ct^xx Phylloapongia E dendyi Kazlauskas et al, 1980 112 Cryptocaryalactcna Cryptocarya bourdilloni (Lauraceae) - P Govindachari e Parthasarathi, Govdndachari et al, 1972 113 Isoranunculina ROv xx Helleborus foetidus (Ranunculaceae) - P Tschesche et al, 1981 iml-d-glicopiranosila 114 Phcmalactona ^ Phoma miniapora Espécies de Phoma (Sphaeropsidacaae) - F Espécies de Nigvospofa (Dematiaceae) - F Yaroano et al, 1971 Yamamoto et al, 1970 Evans et al, 1969

NÇ Nome O r i gero Referência 115 Aoetilphcnalactona ^V^oAa Aspergillus oaespitosus Mlzuba et ai, 1975 (Aspergillaceae) - F 116 Osmundalina x^c^b R=0- D-glicosila Osmunâa japonioa Hallenbeak e Kuehne, 1974 Oamunâa regalia (Osmundaceae) - P Angiopteris lygodiifolia Hseu, 1981 (Angiopteridaoeae) - P 117 U-13 f 933(asperlina) «Aspergillus oaespitosus Mlzuba et ai, 1975 Aspergillus oarneus Yamamoto et ai, 1970 Aspergillus melleus Yamamoto et ai, 1970 Aspergillus nidulans Yamamoto et ai, 1' 70 (Aspergillaceae) - F Argoudelis e Zieserl, 1966 118 Diastereoisômero da Asperlina Aspergillus oaespitosm Mizuba et ai, 1975 (Aspergillaceae) - F v i

N? Nome Origem Referência 119 Olguina AeO ^«PÉ AeO» H Hyptis sp (Labiatae) - P Alanany et al, 1979 120 5,6HHhidro-4-metoxi- -piran-2-ona OM«Penioillium italioum (Aspergillaceae) - F Gorst-Allman et al, 1982 121 Pestalotina (LL-P880a) QM«Penicillium sp, (Aspergillaoeae) - F Fungos não identificados Pestalotia aryptomeriaeoola (Melanccniaceae) - F Ellestad, 1972 Strunz et al, 1974 Kimura et al, 1971 Kimura e Tamura, 1972 Tanura e Kimura, 1973 122 4-Metoxi-6- (2-cxqpentil) -piran-2-ona Fungos não identificados Strunz et al, 1974

N9 Nome Origem Re ferência 123 U.-P880B OM, Peniailliwn sp. (Asperglllacsae) - F MoGahren et al, 1973 124 <?ts-crassinodina R Dendrobium oraseinode (Qrchidaaeae) - P Dahmen et al, 1976 ^T^O^C H R= i? -D- g licopiranosila 125 trans -Crass inodina Dendrobium oraeainode (Orchidaceae) - P Dahmen et al, 1976 H R=B-D- glioopiranosila 126 Hebeclinolido Hebeolinium maerophyllum (Ccnpositae) - P Bohlmann e Greqz, 1977

N? Nome Origem R e f e r ê n c i a 127 Ichthyouleolido Iohthyothere ulei (Ccmpcsitae) - P Bohlmarm et al, 1982 o-^o 128 10-Acetoxi- -ichfchyouleolido Iohthyothere ulei (Ccnpositae) - P Bohlmann et al, 1982 129 15-Peroxi- -13,14t- -dehidro- -14,15- -dihidro ichthyculeolido Iohthyothere ulei (Conpositae) - P Bohlroann et al, 1982 130 15-Hidroxi- -13,14t- -dehidro- -14,15- -dihidro ichthyouleolido HO >^ i^^r^^^n^ lohthyothexv ulei - P Bohlmann et al, 1982 v

N9 Nome Origem Referencia 131 14-Peroxi-15,17- -dehidrorl4,15- *** -dihidro ichthyouleolido lohthyothere ulei (Compoaitae)' - P Bchlmann et al, 1982 132 14-Hidroxi-15,17-. -dehidro-14,15- -dihidro ichthyouleolido. lohthyothere ulei (Coropoaitaa) - P Bohlmann et al, 1982 133 Aspyrona xc Aspergillus sp. Aspergillus oahraaeus Aspergillus elegans Aspergillus nidulans Aspergillus malleus (Aapergillaceae) - T Roeenbrook e Carney, 1970 Moore et al, 1974 Yamamoto et al, 1970 Yamunoto et al, 1970 Hotter e Simpaon, 1981 Mill» e Turr»r, 1967 134 Ácido altemârlco ^r^r Alternaria solani (Damatiaceae) - F Dean, 1963 Mityechaudhury e DM, 1979 hi

N9 Nome Origem Referência 135 9H ^^w^-o-^o Podophyllum peltatm (Podqphyllaceae) - P Miyakado et al, 1982 136 Podophyllum peltatum (Podcphyllaceae) - P Miyakado et al, 1982 ^v^o^o 137 Podophyllum peltatum (Podqptyllaceae) - P Miyakado et al, 1982 ^ N ^ O ^ Q 138 Dloscorlna ta DioBoorea hiepida (Dioscareaoeae) - P Dean, 1963 Adityachaudhury-e DAs, 1979

NÇ» N o m e Origem Referencia 139 Withanolido E Phyaalia peruviana (Solanaoeae) - P Glotter et ai, 1977 Frolcw et ai, 1981 140 4B~Hidroxiwithanolido E Phyaalia peruviana (Solanaceae) - P Kincn et ai, 1976 Frolow et ai, 1981

N? Nome Origem Referência 141 Withanolido S Phytali* peruviana Glotter et ai, 1977 (SolanaoMB) - P Frolow et ai, 19S1 142 4-0eoxiphysalo lactona "" Phy$ali peruviana Prolow et al, 1981 (Solanaeeaa) - P

N9 Nome Origem Rifirineli 143 Withaperuvina PhyaaUê peruviana (SolanaotM) - P frolow «t «1, 1991 1.4 Phyaalolactona Phy ali» peruviana (SolanacMa) - P Ray at al, 1978 Prolcw «t «1, 1981

N.9 Nome Origin Rifirinoii 145 Costatolldo Plooamium ooetatum (Plocaniaceaa) - P Stierl» «t ai, 1976 146 Chrysanthemum floeaulceum (Conpoaitae) - P Bohlmann Grenz, 1969 147 Tetrahidro-6- -penti1-piran- -2-ona Polyanthee tube rosa (Agavaceae).- P Kaiaer Lanparsky, 1976 148 Jasmim Lactona ^~^ X Polyanthea tuberoaa (Agavaoeae) - P Gardenia jaaminoides (Rublaceae) - P Jasminum grandiflorum (Oleaceae) - P Chá Preto do Oeylão Kaiaer Lanparaky, 1976 Hattori et ai, 1978 v Winter et ai, 1962 Yamaniahi et ai, 1973

N? Nome Origem Referencia 149 v^vto^b Veapa I orientalie Ikan et al, 1969 150 Ttetrahidro-6- -heneicosil- -piran-2-cna N^IoX Heliotropium auraaaaviaxm (Baraginaaeae) - P Subramanlan et al, 1977 151 Nodolidato Casava nodosa (Legundnosae) - P Rizvi et al, 1972 152 cts-tetrahictro- -3,6-dinetil- -piran-2-ona Xilooopa hirutiaaima Wheeler et al, 1976

N Nome Origem Referência 153 Greuia aaiatioa Lakshmi et al, 1976 (Tiliaceae) - P 154 Cassia nodosa Rizvi e Sultana, 1972 (Leguminosae) - P 155 Mevalcnolactena R - P-Rutinosila Phyllo8tiot>x maydcs Aranda et al, 1982 (Sphaercpsidaoeae) - F 156 Mevalosido Mespilus gexmanioa (Rcsaceae) - P TBchesche et al, '971a f R=8-D- glioopiranosila

N9 Nome Origem Referência 157 Tetrahidro- -4-hidroxi- -6-pentil- -piranr2-ona Cephaloaporium reoifei (Moniliaceae) - F Vescnder et al, 1971 158 VXdkortia sygonpha (Plakinidae) - E Faulkner e Ravi, 1980 ^oao 159 Naucleol OH Naualea didemiohii (Naucleaceae) - P McLean e Murray, 1972 160 Secocrispiolido Puliaaria ariapa (Conpositae) - P BohLnann et al, 1979 o

N? Nome Origem Referência 161 ML-236C PenCaillium oitrinum Endo et al, 1976 (Aspergillaoeae) - F 162 ML-236A Peniaillium aitrinun Endo et al, 1976 (Aspergillaosae) - F 163 MLr-236B PeniailViwn bvevicompaotxm Brown et al, 1976 Penicillitm eitrinwn Endo et al, 1976 (Aspergillaceae) - F Endo, 1976 164 Cadabalona Cadaba fruotiaoaa Garg et al, 1981 (Capparidaceae) - P v 0*^0

N? Nome Origem Referência 165 Parasorbosido QR Sorbus auouparia Tscdiesche et al,.1971 (Rceaaeae) - P R=B-D- glioopiranosila H

53. II. AS PLANTAS E ALGUNS DE SEUS CONSTITUINTES QUÍMICOS Durante o presente trabalho foram analisa dos dois materiais botânicos, pertencentes ao gênero >in ba (Lauraceae). Este material foi escolhido em função da existência de derivados de 2-pirona entre seus constituin tes químicos, que foram identificados através de um ensa io preliminar efetuado em seus extratos brutos. * Um dos especimens de Aniba analisado foi coletado nos arredores de Humaitá, pelo Prof. Hipólito Ferreira Paulino Filho (UNESP), e, o material botânico ne cessãrio para a identificação foi enviado ao Prof. Klaus Kubitzki (Universidade de Hamburgo, Alemanha). Como a es_ pécie encontra-se em fase de identificação, denominou-se Aniba-SA. Do extrato hexânico das cascas e da madei^ ra do tronco de Aniba-SA, foram isoladas cinco pironas de signadas SA-1, SA-2, SA-5, SA-7 e SA-8. Destas pironas, a SA-2 é um produto de fotodimerização de SA-1, e a SA-8 é inédita. Além das pironas foram isolados benzoato de benzila (SA-3), salicilato de benzila (SA-4) e sitosterol (SA-6).

SA-1: 6-[(E)-estiril]-piran-2-ona / SA-2: Dímero de 6-[(E) -estiril] -piran-2-ona O0- SA-5: 6-[3',4'-dimetoxi-(E)-estirilj-piran-2-ona

33. SA-7: 6-(3',4'-metilenodioxifenil)-piran-2-ona SA-8: 6-(3',4 '-dimetoxifenil)-piran-2-ona 0 extrato de outro espécimen foi preparado no INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Ma naus) e veio classificado como Aniba parviflora (Meissn.) Mez. Este espécimen será designado por Aniba-SB, pois a sua classificação é duvidosa*. O extrato benzênico da madeira de Aniba-SB, apôs isolamento de seus constituintes químicos apresentou a ocorrência de cinco pironas que foram designadas SB-1, SB-3, SB-4, SF-5 e SB-6. Foi tanbéro isolado o sitosterol (SB-2).

1: (6S)-(B-3,4'-metilenodioxifeniletil)-4- -»etoxi-5,6-dihidropiran-2-ona OMi V_ò 3: (6S) 6-(0-feniletil)-4-metoxi- -5,6-dihidropiran-2-ona OMe ^ 4: (6S) 4-metoxi-6-(6-4'-metoxifeniletil) -5,6-dihidropiran-2-ona OM MeO

57. SB-5: (6S) 4-«etoxi-6-(B-3,,4, -din>etoxifeniletil)- -5,6-dihidrop* ^an-2-ona / OMc MeO SB-6: 4-metoxi-6-(8-piridil)-piran-2-ona (Anibina)

58. III. ALGUNS DADOS FlSICOS DAS SUBSTÂNCIAS ISOLADAS / III.l Aniba-SA - SA-1: 6-[(E)-estiril]-piran-2-ona cristais amarelos; PP: 115-117 C (acetona), Lit. - PF: 116 C (Bittencourt et ai, 1971). RMN de H (80MHz, CDCl 3# TMS,6): 6,15(H-5, d, J 6,6Hz); 6,19(H-3, d, J 9,2Hz); 6,60(H-7, d, J 15,9Hz); 7,21-7,58(H-4, H-2\ H-3', H-4', H-5', H-6\ m); 7,48(H-8,d, J 15,9Hz). RMN de 13 C (20MHz, CDCl 3 -solvente e referenda interna, 6): 105,0(d, C-5); 114,2(d, C-3); 119,0(d, C-7); 127,4 (d, C-2\C-6')? 128,9(d, C-3',C-5'); 129,4 (d, C-4') ; 135,l(d, C-8); 135,4(s, C-l'); 143,6(d, C-4); 159,7(s, C-6); 161,4 (s, C-2). SA-2: Dlmero de 6- [(E)-estiril] -piran-2-ona cristais incolores; PF: 198-200 C (acetona), Lit. - PF: 201-202 C (Pinho, 1973).

59. RMN de H (80MHz, CDC1., IMS,6): 4,32-4,46(H-7, H-8,«); 5,94(H-3, d, CT <*,7Hz); 5,94 (H-5, d, J 7,4Hz)/ 6.96-7,29(H-4, H-2', H-3', H-4\ H-5', H-S',*). RMN de C (20MHz, CDCl^-solvente e referência interna, 5): 43,7(d, C-8); 44,9(d, C-7); 104,l(d, C-5); 113,2(d, C-3); 127,0(d, C-2',C-6'); 127,l(d, C-4'); 128,3( d, C-3',f 5'); 137,2(s, C-l'); 142,7(d, C-4); 161,5( s, C-2); 163,4(s, C-6). - SA-3; Benzoato de Benzila (Scattone, 1974) óleo. RMN de *H (60MHz, CC1 4, TMS,fi): 5,33(CH 2 -oxi-benzilico, s); 7,13-7,66(ROjCArH- 3,A,S, m); 7,40(ArCOjCHjArH, s); 7,96-8,23 (R0 2 CArH-2,6_, m). - SA-4: Salicilato de Benzila (Scattone, 1974) óleo. HO o RMN de l H (60MHz, CC1 4, TMS,6)s 5,33 (CHj-oxi-benzilico, - S); 6,58-6,97(R0 2 CArH-3,5,ra); 7,40(ArC0 2 CH 2 ArH,s); 7,85 (R0 2 CArH-, dd, J 8,0Hz e 2,0Hz)y 7,2-7,5(R0 2 CArH-4,m).

60. - SA-S: 6-[3 (,4*-dimetoxi-(B)-estiril]-piran-2-ona o. cristais amarelos: PP: 100-102"C (CHCl,), Lit, - PP 101-103 C (Pinho, 1973) - j r* x RMN de *H (80MHz, CDC1 3, THS,Í): 3.88 (3*-OCH-j, s) ; 3,90 (4'HXH 3, s); 6,11(H-5, d, J 6,5Hz); 6,14(H-3, d, J 9,3HZ); 6,48(H-7, d, J 16,1Hz); 6,84(H-5', d, J 8,4Hz); 7,01-7,50(H-4, H-2', H-6*, ); 7,40(H-8, d, J 16,1Hz). RMN de C (20MHz, CDCl.-solvente e referência interna, d): 55,2(q, 3'-OCH 3, 4'-OCH 3 ); 103,8(d, C-5); 108,8( d, C-2'); 110,6(d, C-5')í 112,7(d, C-3); 116,1( d, C-7); 121,0(d, C-6')? 127,7(s, C-l 1 ); 134,3(d, C-8); 143,3(d, C-4); 148,5(s, C-4'); 149,8(s, C-3'); 159,3(s, C-6); 161,l(s, C-2). SA-6; Sitosterol cristais incolores em agulha; PP: 136-138 C (metanol), Lit. - PP: 132-134 C (Ribeiro, 1978). A substância foi identificada por comparação direta do espectro de RMN de H com o de uma amostra autêntica de Sitosterol.

61. - SA-7; 6-(3',4'-»etilenodioxifenil)-piran-2-ona cristais amarelos; PP: 148-151 C (CHClj), Lit. - PF : 149 C (Devon e Scott, 1975). RMN de *H (80MHz, CDC1 3, TMS,6): 6,01(0 2 CH 2, s); 6,19 (H-3, dd, J 9,3 e 0,7Hz); 6,50(H-5, dd, J 6,8 e 0,7Hz); 6,83(H-5',d, J 8,2Hz); 7,21-7,48(H-4, H-2', H-6', m). - RMN de C (20KHz, CDCl^-solvente e referência interna, 6): 99,8(d, C-5); 101,6(t, OJCHJ); 105,5(d, C-2') ; 108,4(d, C-5'); 112,8(d, C-3); 120,4(d, C-6*); 125,4(s, C-l f ); 143,7(d, C-4); 148,2(s, C-4'); 149,8(s, C-3 1 ) ; 160,7(s, C-6); 161,7(s, C-2). - SA-8: 6-(3,,4 t -dimetoxifenil)-piran-2-ona cristais amarelos; PF: 158-161 C (CHC1-). RMN de A H (80MHz, CDClj, TMS,6): 3,91P'-OCHj, s); 3,92 (4'-OCH 3, s); 6,19(H-3, dd, J 9,3 e 0,6Hz); 6,56(H-5, dd, J 7,1 e 0,6Hz); 6,89(H-5\ d, J 8,4Hz); 7,29r7,50 (H-4, H-2',H-6', ro).

RMN de C (20MHz, CDCl 3 -solvente e referência interna, fi): 55,6(q, 3'-OCH 3, 4'-OCH 3 ); 99,6(d, C-5); 108,C'i, C-2'); 110,8(d, C-5'); 112,2(d, C-3); 118,7(d/ C-6'); ~~ 123,7(s, C-l'); 143,7(d, C-4); 148,9(s, C-4'); 151,1 (s, C-3'); 160,8(s, C-6); 161,8(s, C-2). III.2 Aniba-SB - SB-1: (6S) 6-(B-3',4, -metilenodioxifeniletil)-4-metoxi- -5,6-dihidropiran-2-ona cristais incolores em forma de agulha; PF: 116-118 C Cetanol/êter-de-petrõleo), Lit. - PF: 114-116 C(Suârez, 1973), PF: 117-118 C (Mors et al, 1962); a D + 30 (CHC1 3, c 111,1); Lit. - a] D = +20,57 (Mors et al, 1962). RMN de *H (80MHz, CDC1 3, TMS,6): 1,78-2,85(Hj-5, H,-7, H 2-8, m); 3,72(OCH 3, s); 4,16-4,60(H-6, m); 5,13(H-3,d, J 1,1Hz); 5,89(0 2 CH 2, s); 6,67 (H-2', H-5*, H-6', s). RMN de C (20MHz, CDCl.-solvente e referência interna, 6): 30,l(t, C-8); 32,4{t, C-5); 35,9(t, C-7); 5S,5(q, 4-OCH 3 ); 74,2(d, C-6); 89,7(d, C-3); 100,3(t, OjCHj) ; 107,7(d, C-5'); 108,3(d, C-2'); 120,7(d, C-6'); 134,1 (s, C-l'); 145,3(s, C-4»); 147,l(s, C-3'); 166,6(s, C-2); 172,3(s, C-4).

63. SB-2; Sitosterol ^ados idênticos a substância denominada SA-6. / SB-3; (6S) 6-(B-feniletil)-4-metoxi- -5,6-dihidropiran-2-ona cristais incolores em forma de agulha; PF: 55-57 C (CHCl 3 /iter-de-petróleo), Lit. - PFs 54-57 C (Suarez, 1973), PF: 56-58 C (Mors et al, 1962). OMe RMN de ^ (80MHz, CDC1_, TMS,6): 1,74-2,92(^-5, H 2 ~7, H 2-8, m); 3,69(OCH 3, s); 4,16-4,60(H-6,m); 5,12(H-3, d, J 1,1Hz); 7,21{H-2', H-3',H-4',H-5',H-6', s). RMN de C (20MHz, CDCl,-solvente e referência interna, 6): 30,5(t, C-8); 32,5(t, C-5); 35,8(t, C-7); 55,6(g, 4-OCH 3 ); 74,4 (d, C-6); 89,8(d, C-3); 125,9(d, C-4»); 128,0(d, C-2 1, C-3', C-5', C-6'); 140,4(s, C-l'); 166,7 is, C-2); 172,4(s, C-4). SB-4; (6S) 4-metoxi-6-(8^4, -metoxifeniletil)- -5,6-dihidropiran-2-ona cristais incolores em forma de lâminas; PF: 96-98 C (acetona ; Lit. - PF: 98-100 C (Suirez, 1973); PF: 98- I01 c (Hans et al, 1971).

64. RMN de X H (80MHz, CDCl 3, TMS,6): 1,75-2,87(H 2 ~5, H 2 ~7, H 2-8, m); 3,72(4-OCH 3, s); 3,78(4'-OCH^, s); 4,17-4,55 (K-6, m); 5,13(H-3, d, J 1,2Hz); 6,83(H-3', H-5, d, J 8,7Hz); 7,11(H-2', H-6', d, J 8,7Hz). 13 PMN de C (20MHz, CDC1,-solvente e referencia interna, 6): 29,8(t, C-8); 32,8(t, C-5); 36,4(t, C-7); 55,l(q, 4'-OCH 3 }; 55,8(q, 4-OCH 3 ); 74,6(d, C-6); 90,2(d, C-3); 113,8(d, C-3', C-5'); 129,2(d, C-2», C-6'); 132,6(s, C-l*); 157,8(s, C-4'); 167,0(s, C-2); 172,5(s, C-4). SB-5; (6S) 4-metoxi-6-(6-3',4 -dimetoxifeniletil)- -5,6-dihidropiran-2-ona cristais incolores; PF: 118-120 C (benzeno); Lit. - PF: 121-123 C (Suárez, 1973).

RMN de H (80MHz, CDC1 3, TMS.5): 1,7 5-2,88 (H 2 ~5, H 2 ~7 f H 2-8,m); 3,72(4-OCH 3,s); 3, 84 (4 *-OCK_ 3, s) ; 3,85 (3 '-OCH_ 3, s); 4,17-4,50(H-6,m); 5,12(H-3, d, J 1,1Hz); 6,76 (H-2 1, - ~ H-5', H-6\ -s). RMN de C (20MHz, CDCl--solvente e referência interna, 6): 30,2(t,C-8); 32,7(t, C-5); 36,l(t, C-7); 55,6(q, 4-OCH 3, 3'-OCH 3, 4'-OCH 3 ); 74,5(d,C-6); 89,9 (d,c-3); lll,2(d, C-5'); lll,6(d,c-2'); 120,0(d, C-6'); 133,2(s, C-l»); 147,l(s, C-4'); 148,7(s, C-3'); 166,9(s, C-2)T 172,5(8, C-4). - SB-6; 4-metoxi-6-(g-piridil)-piran-2-ona cristais incolores; PF: 181-184 C (benzeno); Lit. - PF: 181-183 C (Suárez, 1973), PF: 179-180 C (Mors et al,. 1957). RMK de X H (80MHz, CDCl 3, TMS,fi): 3,88(OCK 3, s); 5,58 (H-3, d, J 2,1Hz); 6,49(H-5, d, J 2,1Hz); 7,40 5', dd, J 8,3Hz e 4,9Hz); 8,ll(H-4', dt, J 8,3Hz, *, e 1,9Hz); 8,68(H-6', dd, J -4,9 e -1,9Hz); 9,01(K-2\ si).

RKN de C (20MHz, CDC^-solvente e referência interna, 6): 56,0(q, 4-OCH.j) ; 89,0(d, C-3); 9l.*(d, C-5); 123,4 (d, C-5'); 126,9(8, C-3'); 132,9(d, C-4'); 146,7(d f C-2'); 151,3(d, C-6'); 157,4(s, C-6); 163,3(s, C-2); 170,6(s, C-4).

IV - DISCUSSÃO DOS DADOS ESPECTROMÊTRICOS DAS PIRONAS ISOLADAS A identificação das pironas isoladas efetuada baseando-se na análise dos espectros de RMN foi de 1 h e RMN de 13 C. 13 Trabalhos de RMN de C sobre pironas sao raros na literatura; sendo que os existentes não se re ferem ãs pironas aqui descritas (Banerji et ai, 1980; Turner e Pirkle, 1974). As correlações, dos deslocamentos químicos observados nos espectros de RMN de C aos ca bonos que constituem as pironas, foram feitos, utilizan do regras empíricas de adição e as multiplicidades ob servadas nos espectros totalmente acoplados (Tabelas I e II). 4.1. - Âniba-SA 4.1.1. - RMN de 1 H As pironas isoladas de Aniba-SA apresentam no espectro de RMN de K, absorções referentes a prótons aromáticos, prótons oleflnicos e em alguns casos prótons metoxílicos ou metilenodioxílícos ligadcs a anéis aromáti

TABELA I. RMN Je C das Pironas de Âniía-SA 1 i '-' i 1 c ' 3 f i j 1 : i t " C-5 161.4 dd 114.2 ddd 143,6 dd 1L'5,C dddd S»-' V H 3 Cj-H. C3-M3 Cj-H4 C3-K. C 4- H 160.4 4 :g 3,0 C5-H. 171.6 CS-H3 C5-K4 :.. - >1.2 1 70,õ 3.0 7.0 8.9 2.7 161.: dd 112.7 dd H3.3 dd ;o3.s ddd Sí-5 C.-K. v»«v N 3 V K 3 V"«3 V*5 C;-H. C5-H4 4.; 10.S!6o.3 4.0 161,1 1,9 167,6 4.1 2.3 161.7 dd 112.3 M4 143.7 dd y*.8 dd ÍA-7 V H 3 ' 8 C2-K4 11.3 Cj-H3 170.6 CJ-HJ 7.3 C3- K4 2.1,C4-H4 162.7 ou < 2.0 CJ-HJ Isi.S C5-H3 7.9 Ibl.S de 112.2 ddd 143.7 d SS.ê dd SA-S V: C.-H. C.-K. Cj-\ C.-H, C.-H, Cc-h. :5-h. 4.S 10.9 171.0 7.6 2.1 162.8 7.6 i 72.0 7.6 loi.s dd 113.2 oc 142.7 dd 104,1 da IA-2 C 6* H i n -* C6-K, 4.8 C3-M3 170.7 C.-H. 161.5 C 4- H J> ou }> 2.3 V H 5J CJ-HJ lõá.3 l C-6 159.7 dddd HÍ.O C5-H7 C fi- H S V M 4 V H 5 c 7-«7 2.7 7.6 7,6 7.3 7.3 10:,j 159.3 dddd 116,1 V K n =1-". c r M 5 C«-H7 C.-H- 7.9 7.9 6,4 6.4 161.6 160.7 B 160.8 dd h*< V H 5 5,7 3.3 153.4 c 44.9 C7-«7 144,0 C-7 ddd C7-H5 5.1 3.7 ddd C 7- K 8 C?-H5 6.4 2,8 d C-8 135,1 ddd C 8" H E V*7 154,8 4,5 4,5 134,3 ddd C fl- H fl V H 7 160.1 10,4 4,5-43,7 d Cg-He 141.2 * c-r c-z- C-3' 135,4 ia 1Í7.4 dddd 128,9 dd V*? c^ C f*f 155,1 4.5 4.5 4,5 161,1 5.0 127,7 dd 103,8 ddd 149,8 dd C,rHv C,rH 7 J C 7'V CjTHe, V K 8 C ^. C,*,. 7,8 6,0 156,2 6.5 6,5 7,5 2,7 124,4 ddd 105,5 dd 149.8 Cjthj, 7,2 ClTHz. 1,4 C,TH6. 1,4 Cjth2. 164,9 C?t H6. 8,0 123,7 d 103.0 dd 151.1 dd c i í( V C?TH?. C2,H6. C,*,. C3rHj. 8,8 161,1 7,3 7.3 2.7 137,2 127,0 dm 128.3 dd Z zr, r lie, C3TH,. 160,4 C3rM5, 5,0 C-4' 129,4 ddd C4rh4, V*? C4rH6. 159,4 7.9 7,9 148,5 dd 4 6' C4,HZ. 10,8 7,6 148,2 m 148,9 dd c4,hf. C4TK2. 4,7 4,7 127,1 «r C4Th4. 157,3 C-5-12Í.9 dd C^,, V H 3' 161,1 5,0 110,6 d V>V 159,0 108.4 dd CJTHJ, 166,6 C5TH6. 0,9 110,8 d C,Thv 160,1 128,3 dd C5TK5. 160.4 C5rHj, 5,0 C-í' 127,4 e:aí W 155,1 4,5 4,5 121,0 ou w 161,1 120.4 dd C6,H6. 163.5 C e* r 6.3 113,7 dí w Cjrr.,. 163,0 7.0 127,0 dm C6rK6, 152.3 4.5 :> e 55,2 1, J (CH) 145.: 1 55,6 ''(CM) 144.5 -liííj 101,6 lj (CHl 174 ' 5

As Tabelas I e II, apresentam deslocamentos químicos em 6, referentes ao CDC1- (solvente e referência ^ interna). Para cada substância os dados de RMN de C são apresentados em três colunas. Os deslocamentos químicos são apresentados na primeira coluna, com as multiplicidades espectro totalmente acoplado sendo colocados abaixo. acoplamentos entre Carbono e Hidrogênio são colocados segunda coluna, seguido por seus respectivos valores do Os na de J(Hz) na terceira coluna.

TABELA II. RMN de C das Pironas de Aniba-SB ~~ 58-1 S8-3 58-4 SB-S SB-6 C-2 ltt.6 t 1M.7 J lu.," % 166.9 1b3.3 s C-J dt 39.7 C3-H3 Cj-H, 167.1 2.2 dt 89.3 C.-H 3 16Í.9 CJ-HJ 2.6 90.2 C 3-H 3 167.1 dt CJ-HJ 2,6 S9.9 C 3-Hj 167,1 dt Cj-Hj 2.8».o C 3 -H 3 i6a.a dd Cj-Hj 3.4 C-«172.3 172.4 172.S 172.5 170.6 a 32.4 129.9 32.5 C 5-«5 130.8 32,8 C 5-«5 1Z9.5 32.7 C 5-H s 129.3 98.9 C 5-H 5 170.9 C-5 td Oi ta dd C s-h 3 5,1 i C-6 da 74.2 V H 6 147,0 d» 74,4 CJ-HJ 14S.4 da 74,6 Cg-Hg 145.8 d> 74,5 Cg-Hg 146.7 157,4 a C-7 OI 3S.9 tj-hj 120.3 ta 35.8 C ;-H 7 123.3 ta 36,4 C 7-H? 123.7 36,1 C 7-H? 121,4 n C-8 M 30.1 H-*» 12S.1 ta 30,5 Cg-Hg 12S.0 ta 29.8 Cg-Hg 125.5 ta 30,2 Cg-Hg 125.6 c-r 134.1 dd C,.-H 5. V H rl ow c r-"6-j 5.9 140.4 132.6 133.2 a 1 108.3 160,7 128,0 C?-H r 159.8 129.2 C r-» r 156,1 116.6 C 2rH? 159,8 146,7 C 2rH 2. 181,0 C-2" ddd C 2*8 5,5 5.5 dd V H 4'1 ou j> 6.1 ddd C 2rH 6. 6,9 C r-hg 4.8 ddd C zrh 6, 5,5 C 2rHg 5,5 ddd C 2rH 6. 11,5 Cy-Hy 5,3 147,1 CjrHy 4.8 128,0 Cy-Hj. 158,8 113,8 Cy-Hy 159,4 148,7 Cy-Hj, 4,8 126,9 C-J' dd c 3 rk r 2.4 dd Cy-Hj, 6.1 dd C 3rH 5, 4,8 dd CjrHj. 1.8 m C-4' 145.3 ddd C 4rH r W C 4rH 5. 8.3 «,3 2.0 125,9 dt C 4rK^ 160,6 CjrHj. 6.9 C 4rHg. 6.9 157,8 147,1 a 132.9 C 4rH 4, 165,3 ddd C 4.-H 6, 5,6 C 4 rh? 5,6 107.7 C 5rH y 163,6 128.0 CjfHj, 158,8 113,8 CjrKy 159.4 111,2 C 5.-H s, 157,6 123,4 Cj.-Hj, 166,6 C-5- d dd CjrHj, 6.1 dd Cj.-My 4,8 d ddd C 5rH 6. 9,3 CjcH,, 1.9 120.7 C,rH 6. 159,3 128.0 CjfHj, 158,8 129.2 C 6rHg. 159,4 120.C C 6.-H 6, 164,4 151.3 CjfHj, 180,3 C-6- ddd V H? V H 8 S.7 4.7 dd 0» S.6.1 V H ri ddt C 6rH r 6.9 CjrHg 4.9 ddt CjrHj, 5,7 C srh, 5.7 ddd C 6<-H 2> 11.0 vv 3-8 4-0* 55.5 J (CH) 146,4 55.6 J (CH),4Í '' 55.8 ' J(CH) 146.5 55.6»J (CHJ 146.3 56.0 ' J(CH) 146.4 4 4 d 4 4 3-C* 55.6 ' J(CH) 144.2 4 55.1 'j ( C H ) 143,7 55,6 ' J(CM),44,2 4 4 100.3 J (CH) 173.2 t

cos. Uma característica destas substâncias está relaciona da a região do espectro entre 6,0-6.65, onde absorvem os prõtons pirônicos H-3 e H-5. Nas substâncias SA-1 (Esp. 01, p. 112) e SA-5 (Esp. 06, p. 117), os prõtons H-3 e H-5 se apresentam como dois dubletos, devido ao acoplantento dos prõtons H-3 e H-4, formando um sistema AB(J-10 Hz) e do acoplamento dos protons H-4 e H-5, formando um sistema AX (J-7 Hz). Os prõtons H-3 e H-5, deveriam acoplar en tre si, mas isto não ocorre por serem talvez acidentalmen te equivalentes (Jackman e Sternhell, 1972, p. 119), pois prõtons que apresentam deslocamentos químicos semelhantes não acoplam entre si. As substâncias SA-7 (Esp. 08, p. 119) e SA-8 (Esp. 10, p. 121) apresentam os prõtons H-3 e H-5, formando um sistema AMX com o prõton H-4 (J«*-10 Hz, J 4 c-7 Hz» J 3 c-1 Hz). O prõton H-5 encontra-se despro tegido pelo anel aromático, pois este anel encontra-se diretamente ligado ao anel pirônico, o que não ocorre com as substâncias SA-1 e SA-5. Neste caso os prõtons H-3 e H-5 não são acidentalme* te equivalentes e portanto exis te acoplamento a longa distância entre eles. Os deslocamentos químicos referentes sinais dos pfõtons H-3 e H-5 podem ser facilmente aos atri^ buidos, em função de um trabalho publicado por Pirkle e Dines, 1969 que demonstra que a natureza dos tes no anel pirônico, tem pouco efeito sobre as substituin constan

tes de acoplamento prõton-prõton remanescentes, e utili zando seus dados experimentais, de uma série de 2-pironas substituídas, observa-se que a constante de acoplamento entre os prõtons H-3 e H-4 varia de 9,4 a 10,0 Hz e en tre H-5 e H-4 varia de 5,5 a 6,8 Hz. Com estas ções e utilizanâo os valores das constantes de informa acoplamen to medidas nos espectros é possível atribuir corretamente os deslocamentos químicos dos prõtons H-3 e H-5, para as substâncias SA-1, SA-5, SA-7 e SA-8. As pironas SA-1 e SA-5 apresentam uma du pia ligação olefínica trans eltre o anel aromático e o anel pirônico, ao passo que as pironas SA-7 e SA-8 não possuem estes carbonos. Esta diferença é percebida no es pectro, e ê utilizada para diferenciar estiril de pironas. 0 acoplamento dos prõtons olefínicos trans fenil de* J-16 Hz, é claramente evidenciado por um dubleto perto de 6,56, referente ao prõton H-7 e outro em cerca de 7,46 referente ao proton H-8 constituindo neste caso um sistema AB. 0 prõtcn H-4, que acopla com os prõtons H-3 e H-5, deve aparecer desdobrado nos espectros como um duplo dubleto, compondo um sistema do tipo ABX para as substâncias SA-1 e SA-5, e um sistema AMX para as substâncias SA-7 e SA-8. Por absorver na mesma região dos prõtons aromáticos, existe uma sobreposição dos sinais, e assim é impossível a identificação de H-4, em todos os es pectros, bem como dos prõtons aromáticos que caem nessa

região* As substâncias SA-5, SA-7 e SA-8 que possuem o prôton H-5 orto a uma posição oxigenada conjugada ao anel pirônico, apresentam em seus espectros um deslocamen to químico dos sinais deste prôton para campo mais alto, devido a uma proteção através de efeitos mesoméricos. Com este deslocamento do sinal é possível visualizar um du bleto (J-8,3 Hz), pertencente a um sistema provavelmente ABC, onde participam além do prôton H-5', os protons H-2' e H-6', que não podem ser visualizados devido a sobrepo sição com o proton H-4. As substâncias SA-5 e SA-8, possuem duas metoxilas ligadas aos carbonos C-3' e C-4', e estas a presentaro uma pequena diferença nos seus deslocamentos quí micos. A metoxila ligada ao. carbono C-4' corresponde o sinal em campo mais baixo, devido ao fato desta metoxila estar conjugada ao anel pirônico, que é atraente de ele trons. A metoxila ligada ao carbono C-3' não sofre este tipo de efeito. A substância SA-7 ainda apresenta um si^ nal simples em 6,016, característico de grupo metilenodi^ oxílico. 4.1.2. RMN de 13 C 0 espectro totalmente acoplado (Tabela I)

da substância SA-1 (Esp. 03, p. 114} apresenta três car bonos quaternários, identificados através da inexistência dos acoplamentos J_. Estes sinais são referentes aos C-H y carbonos C-2, C-6 e C-l', sendo que os deslocamentos qui micos a seres atribuídos sio 135,44, 159,76 e 161,44. Utilizando a regra empírica de adição dos efeitos de substituição para derivados do benzeno maier e Voelter, 1978, p. 212), é possível calcular res aproximados para os deslocamentos químicos dos (Breit valo carbo nos aromâticos. As regras de adição seguem a equação: 6 k * 6 k(rh) + "ik (+ESÍ) onde: 6.» deslocamento químico calculado para o* carbono k, em relação ao substituin te X; 6... = deslocamento químico do carbono que será utilizado como referência, per tencente ao composto RH; Z ik x incremento de deslocamento químico causado pelo substituinte X na pos_i ção i, para o carbono k; Si = correção estérica para cie- e transciclohexanos e alcenos.

Para aplicar esta equação, o grupo vinila foi escolhido coso substituinte, pois dentre as possíve*." opções, ê o que Melhor se relaciona COM a substância SA-J^. O composto utilixado COMO referência é o benzeno, que apresenta 6 * 128,56. Os valores de Zi e os respecti_ 6 o vos 6. obtidos, sío os seguintes: h 2 C 3 C 4 C 5 C 6 6_ 128,5 128,5 128,5 128,5 128,5 128,5 Z -OMB, 9fl ~ 2 '* - ' 2 " ' 9 " ' 2 ** 2 ' 4 ^ 137,66 126,16 128,36 127,66 128,36 126,16 Comparando os deslocamentos químicos dos carhonos quaternários, com o valor calculado para C,, foi atrxbuído ao carbono C-l' o deslocamento químico relativo ao sinal em 135,46. Para atribuir os deslocamentos químicos aos carbonos quaternários restantes, foram utilizados os padrões de desdobramento, apresentados por estes carbono», na Tabela I. 0 carbono C-2 deve se desdobrar num duplo 2 dubleto, sendo um acoplamento J c-h (Cj-H.) e um acopla mento J_ (C--HJ, ao passo que o carbono C-6 deve se apresentar como um multipleto, sendo dois acoplamentos 2 J C _ H (C 6 -H 5 e C 6 -H? ) e dois 3 J C _ H <C 6 - H 4 e Cg-Hg). Utilizan do estas informações e analisando os padrões de desdo bramento, observados no espectro totalmente acoplado, são