Prof. Michel Sadalla Filho



Documentos relacionados
Equilíbrio de um corpo rígido

Mecânica Geral. Aula 04 Carregamento, Vínculo e Momento de uma força

Mecânica Geral. Aula 05 - Equilíbrio e Reação de Apoio

Introdução aos Sistemas Estruturais

Prof. Michel Sadalla Filho

TRELIÇAS ISOSTÁTICAS

FESP Faculdade de Engenharia São Paulo. CE2 Estabilidade das Construções II Prof. Douglas Pereira Agnelo Duração: 85 minutos

Se a força de tração de cálculo for 110 kn, a área do tirante, em cm 2 é A) 5,0. B) 4,5. C) 3,0. D) 2,5. E) 7,5.

Física Experimental - Mecânica - Conjunto para mecânica com painel multiuso - EQ032G.

Estática do Ponto Material e do Corpo Rígido

Aula 09 Análise Estrutural - Treliça Capítulo 6 R. C. Hibbeler 10ª Edição Editora Pearson -

ROLAMENTO, TORQUE E MOMENTUM ANGULAR Física Geral I ( ) - Capítulo 08

Equilíbrio de uma Partícula

Mecânica Un.2. Momento em relação a um Ponto. Créditos: Professor Leandro

Centro de gravidade de um corpo é o ponto onde podemos supor que seu peso esteja aplicado.

MECÂNICA DOS SÓLIDOS

Capítulo 4. Retas e Planos. 4.1 A reta

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS - Notas de Aulas

Equações paramétricas da Reta

MÉTODOS BÁSICOS DA ANÁLISE DE ESTRUTURAS

. B(x 2, y 2 ). A(x 1, y 1 )

CINEMÁTICA DO PONTO MATERIAL

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP

Para cada partícula num pequeno intervalo de tempo t a percorre um arco s i dado por. s i = v i t

Estática. Prof. Willyan Machado Giufrida. Estática

Transformação de Tensão ou Análise de Tensão

Matrizes e Sistemas Lineares. Professor: Juliano de Bem Francisco. Departamento de Matemática Universidade Federal de Santa Catarina.

LISTA DE EXERCÍCIOS MECÂNICA DOS SÓLIDOS I

Estabilidade das Construções para Técnicos

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 1. Erros e Tolerâncias

INF Técnicas Digitais para Computação. Conceitos Básicos de Circuitos Elétricos. Aula 2

Parte da Física que estuda o comportamento de sistemas físicos sujeitos a forças. Figura 5.1: Exemplo de equilíbrio estático. ~F i = ~0 (5.

Física Professor Fernando 2ª série / 1º trimestre

CURSO DE MATEMÁTICA BÁSICA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL CENTRO DE ENGENHARIA DA MOBILIDADE

Semana 7 Resolução de Sistemas Lineares

Clique para editar o estilo do título mestre

(1, 6) é também uma solução da equação, pois = 15, isto é, 15 = 15. ( 23,

PROJETO DE UMA GRUA DE PALITOS PARA AUXILIAR O APRENDIZADO PRÁTICO EM ESTÁTICA MECÂNICA

Eletricidade Aplicada

ÁLGEBRA VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA (UFCG- CUITÉ)

10 - LEIS DE KIRCHHOFF

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 7

O Plano. Equação Geral do Plano:

Definição de determinantes de primeira e segunda ordens. Seja A uma matriz quadrada. Representa-se o determinante de A por det(a) ou A.

Faculdades Oswaldo Cruz ESQ (Física I Profº Ito Lista de Torque)

Equilíbrio de Corpos Extensos

v = velocidade média, m/s; a = aceleração média do corpo, m/s 2 ;

Resistência dos Materiais

Mecânica Técnica. Aula 15 Reações de Apoio em Vigas e Estruturas. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Capítulo 1 Carga axial

Álgebra Linear Computacional

GEOMETRIA ANALÍTICA II

1. TORÇÃO EM BARRAS DE SEÇÃO CIRCULAR

3 Reações Proibidas por Spin

Lista de Exercícios Campo Elétrico

CÁLCULO DE MATRIZ PARA ELEMENTOS FINITOS

Aula 2 - Revisão. Claudemir Claudino Semestre

ESTUDO DE UM MOVIMENTO 519EE TEORIA

Resistência dos Materiais

Transformações geométricas nos espaços bidimensional e tridimensional

Conjuntos mecânicos II

ENGENHARIA CIVIL. Prof. Msc. HELBER HOLLAND

CAPÍTULO O Método Simplex Pesquisa Operacional

Matemática Básica Intervalos

Professora Florence. 2. (G1 - utfpr 2012) Associe a Coluna I (Afirmação) com a Coluna II (Lei Física).

ANÁLISE MECÂNICA DO MOVIMENTO HUMANO. Conceitos Pressão é definida como a força (F) distribuída ao longo de uma determinada área (A). p = F/A N/cm².

Lista de Exercícios (Profº Ito) Componentes da Resultante

Aplicações de integração. Cálculo 2 Prof. Aline Paliga

MANUAL DO USUÁRIO SIMPLEX. Prof. Erico Fagundes Anicet Lisboa, M. Sc.

CORRENTE E RESITÊNCIA

4 EXEMPLOS Viga Simplesmente Apoiada. Φ e do número de divisões m adotadas para o comprimento. Tem-se maior

ESTÁTICA DO PONTO MATERIAL

Precisão do fuso de esferas

Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici

F602 Eletromagnetismo II

PLANO DE ESTUDO TRIMESTRE:1º

Fenômenos de Transporte

SISTEMAS ARTICULADOS PLANOS

f (x) = a n x n + a n - 1 x n a 0 = 0 (a n > 0)

Manual. Caderno de atividades: questões das pp. 42 e 43. Ficha de apoio 15. Pg. 120 Pg. 127 questões 10 e 11

Sistemas de equações do 1 grau com duas variáveis LISTA 1

1 - RECORDANDO 2 - CENTRO NA ORIGEM 3 - EQUAÇÃO GERAL DA CIRCUNFERÊNCIA. Exercício Resolvido 2: Exercício Resolvido 1: Frente I

Resolução do exemplo 8.6a - pág 61 Apresente, analítica e geometricamente, a solução dos seguintes sistemas lineares.

a) N B > N A > N C. b) N B > N C > N A. c) N C > N B > N A. d) N A > N B > N C. e) N A = N C = N B.

A unidade de freqüência é chamada hertz e simbolizada por Hz: 1 Hz = 1 / s.

EME 311 Mecânica dos Sólidos

Geometria Analítica. Prof Marcelo Maraschin de Souza

A forma geral de uma equação de estado é: p = f ( T,

Matrizes. matriz de 2 linhas e 2 colunas. matriz de 3 linhas e 3 colunas. matriz de 3 linhas e 1 coluna. matriz de 1 linha e 4 colunas.

PROPRIEDADES FÍSICAS (massa específica, massa unitária, inchamento) Profa. Dra. Geilma Lima Vieira

Engrenagens I. Um pasteleiro fazia massa de pastel numa. Engrenagens

4.1 Experimento 1: Cuba Eletrostática: Carga, Campo e Potenciais Elétricos

Irineu dos Santos Yassuda

Turbina eólica: conceitos

CAPÍTULO I GEOMETRIA DAS MASSAS

Características das Figuras Geométricas Espaciais

229 Engenharia Civil

UNIPAC Araguari FACAE - Faculdade de Ciências Administrativas e Exatas SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Exercícios Selecionados de Física

Transcrição:

MECÂNICA APLICADA Prof. Michel Sadalla Filho MOMENTO DE UMA FORÇA + EQUILÍBRIO DE UMA BARRA (No Plano XY) Referência HIBBELER, R. C. Mecânica Estática. 10 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005, 540p. Slides disponibilizados pela editora notas de aulas do prof. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues IFSP apostila Prof. Dr. Ricardo Gaspar DOC 05 notas aulas Prof. Dr. Eduardo Nobre Lages Univ. Federal Alagoas 14 Fev 2013 Ver. 01

MOMENTO DE UMA FORÇA - DEFINIÇÃO O momento de uma força em relação a um ponto ou a um eixo, fornece uma medida da tendência dessa força provocar a rotação de um corpo em torno do ponto ou do eixo. Para problemas em duas dimensões é mais conveniente se utilizar uma formulação escalar e para problemas em três dimensões a formulação vetorial é mais conveniente. Quanto maior a força ou a distância (braço de momento), maior é o efeito da rotação. A tendência de rotação também é chamada de torque, momento de uma força ou simplesmente momento.

MOMENTOS NAS DIREÇÕES X, Y, Z Momento em Y Momento em Z Não há momento Obs.: o livro adota direções diferentes para x, y e z. Fizemos adaptação nas figuras acima para as direções por nós adotadas.

MOMENTO DE UMA FORÇA FORMULAÇÃO ESCALAR Momento é uma grandeza vetorial, possui intensidade direção e sentido. Convenção de sinais: Segue a regra da mão direita Rotação no sentido horário Momento negativo Rotação no sentido anti-horário Momento positivo

MOMENTO DE UMA FORÇA REPRESENTAÇÃO VETORIAL

Momento Resultante de um Sistema de Forças Coplanares

EXERCÍCIO 1 Determine o momento da força em relação ao ponto O em cada uma das barras mostradas.

EXERCÍCIO 1 - Solução CASO (a) CASO (b)

EXERCÍCIO 2 Determine os momentos da força de 800N em relação aos pontos A, B, C e D.

EXERCÍCIO 2 - SOLUÇÃO Cálculo do Momento de F em relação aos pontos A e B Cálculo do Momento de F em relação aos pontos C e D

EXERCÍCIO 3 EXERCÍCIO 4 Determine o momento das forças que atuam na estrutura mostrada em relação ao ponto O. Determine o momento da força de 200N em relação ao ponto A.

EXERCÍCIO 5 EXERCÍCIO 6 Determine o momento da força de 400N em relação ao ponto O. A chave de boca é utilizada para soltar o parafuso. Determine o momento de cada força em relação ao eixo que passa através do ponto O.

EXERCÍCIO 7 EXERCÍCIO 8 Determine o momento das forças que atuam na estrutura mostrada em relação ao ponto A.

EQUILÍBRIO DE UM CORPO RÍGIDO Um corpo rígido está em equilíbrio quando todas as forças externas que atuam sobre ele formam um sistema de forças equivalente a zero, isto é, quando todas as forças externas podem ser reduzidas a uma força nula e a um binário nulo.

EQUILÍBRIO EM DUAS DIREÇÕES (Plano XY) As condições de equilíbrio de um corpo rígido simplificam-se consideravelmente no caso de uma estrutura bidimensional. Escolhendo os eixos x e y no plano da estrutura, tem-se: para cada uma das forças aplicadas ao corpo rígido, então as seis equações de equilíbrio no espaço reduzem-se a: onde A é um ponto qualquer no plano da estrutura. Estas três equações podem ser resolvidas para um máximo de três incógnitas. O equilíbrio em duas dimensões é também conhecido como equilíbrio no plano.

APOIO MÓVEL TIPOS DE APOIO APOIO FIXO REAÇÕES: Uma de força (direção Y) REAÇÕES: duas de forças (direção X e Y)

TIPOS DE APOIO ENGASTAMENTO Reações no engastamento: duas de forças e uma de momento

APOIO MÓVEL - ROLETE REAÇÕES NOS APOIS APOIO FIXO PINO ENGASTAMENTO

VIGAS Símbolo de apoio móvel : reação de força apenas na direção Y Viga em balanço Símbolo de engastamento reação de Momento e de forças (direção X e Y) Símbolo de apoio fixo: reações de forças na direção X e Y

TIPOS DE ESTRUTURAS As estruturas são classificadas em função do número de reações de apoio ou vínculos que possuem. Cada reação constitui uma incógnita a ser determinada. Para as estruturas planas, a Estática fornece três equações fundamentais: São três os tipos de estruturas: 1) Estruturas Hipostáticas 2) Estruturas Isostáticas 3) Estruturas Hiperestáticas

ESTRUTURAS HIPOESTÁTICAS Estruturas HIPOSTÁTICAS são aquelas cujo número de reações de apoio ou vínculos é inferior ao número de equações fornecidas pelas condições de equilíbrio da Estática. Exemplo: As incógnitas são duas: R A e R B (direção Y). Esta estrutura não possui restrição a movimentos

ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS Estruturas ISOSTÁTICAS são aquelas cujo número de reações de apoio ou vínculos são IGUAIS ao número de equações fornecidas pelas condições de equilíbrio da Estática. Exemplo: As incógnitas são TRÊS: R A e R B (na direção Y) e H A (na direção X) Esta estrutura não possui restrição a movimentos

ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS Estruturas HIPERESTÁTICAS são aquelas cujo número de reações de apoio ou vínculos é SUPERIOR ao número de equações fornecidas pelas condições de equilíbrio da Estática. Exemplo: As incógnitas são quatro: R A, R B, H A e M A. As equações fundamentais da Estática não são suficientes para resolver as equações de Equilíbrio. São necessárias outras condições relativas ao comportamento da estrutura, como, p. ex., a sua deformabilidade para determinar todas as incógnitas.

TEOREMA DE VARIGNON O momento gerado por um sistema de forças concorrentes pode ser calculado somando-se os momentos de cada força ou avaliando-se o momento da força resultante equivalente + Neste curso, vamos usar este método Sentido adotado: ANTI-HORÁRIO POSITIVO

TEOREMA DE VARIGNO - EXEMPLO Uma força de 800 N atua sobre um suporte, conforme mostra a ilustração abaixo. Determine o momento da força em relação ao ponto B.

SOLUÇÃO

EQUILÍBRIO DE UMA BARRA (VIGA) - EXERCÍCIOS 1. Calcule as reações nos apoios A e C para a viga ao lado Equilíbrio das Forças na direção Y

EQUILÍBRIO DE UMA BARRA (VIGA) 2. Determine as reações nos apoios da figura ao lado Equilíbrio de Forças (Y) Equilíbrio de Momento (~ ponto B) Equilíbrio de Forças (X)

EXERCÍCIOS Determine as reações nos apoios A e B Ex. 3 Ex. 5 Ex. 4 Ex. 6

EXERCÍCIOS EQUILÍBRIO DE UMA BARRA (VIGA) Ex. 7 Ex. 8 Ex. 9 Ex. 10