Histórico da Mídia no Brasil



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Transcrição:

Prof. Edmundo W. Lobassi Início do século XX Anúncios vendem escravos, remédios e trabalhos de artesões. (Edmundo W. Lobassi) 01

Início do século XX Anúncios vendem escravos, remédios e trabalhos de artesões. Em 1821, inicia-se a mídia impressa no Brasil através do jornal de anúncios O Diário do Rio de Janeiro. Os jornais facilitam as transações comerciais e são os primeiros diários que sobrevivem de anunciantes. Os anúncios caracterizam-se por textos longos e poucas ilustrações como nos atuais classificados. Em pouco tempo, o país passa a ter importantes jornais e tablóides nas capitais e principais cidades. Os primeiros anúncios referemse à venda de imóveis, escravos, datas de leilões, ofertas de serviços de artesãos e profissionais liberais. Embora os jornais concentrassem a maioria dos anúncios, também eram utilizados outros meios de comunicação: cartazes, painéis pintados e panfletos. No início do século XX, com a melhoria do parque gráfico e o aparecimento das revistas - chamadas de Semanários Ilustrados, os anúncios ganham ilustrações e cores e seus textos tornam-se mais objetivos. Os anúncios que se sobressaem são a venda de remédios que aparecem principalmente em preto e branco e em tamanhos menores. Eles eram os responsáveis pela receita das revistas e jornais, pelo grande número de inserções. A principal característica dos anúncios nesse período é o uso caricaturas de políticos, com diálogos bem humorados vendendo produtos alimentícios, marcas ou comentando sobre lojas. O presidente da República e seus ministros são os personagens preferidos dos desenhistas. Em 1914, as primeiras agências iniciam como Empresas de Anúncios e evoluem para agências como foi o caso da Eclética sediada em São Paulo. No período da Primeira Guerra Mundial, São Paulo ganha outras agências: Pettinati, Edanée, a Valentim Haris e a Pedro Didier e Antônio Vaudagnoti. Década 20/30 Rádio no Brasil revoluciona a comunicação de massa. Em 1923, é fundada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro AM. É a primeira mídia eletrônica do Brasil. O rádio foi o meio de comunicação que mais contribuiu para o desenvolvimento da mídia brasileira. 02

Com o início do desenvolvimento industrial no país, chegam as empresas americanas e, com elas, as agências de propaganda que influenciam a nova estética e lay-out para os anúncios. A publicidade exige a profissionalização das áreas de serviços de comunicação envolvidas com a nova realidade da publicidade e propaganda. Desenhistas, fotógrafos, áreas de criação e gráficas ganham um novo impulso técnico e profissional para atender as necessidades e exigências das agências internacionais. A Ayer logo foi substituída pela J. Walter Thompson e o departamento de propaganda da GM tornou-se a gráfica Lanzara. Na década de 20, foram iniciadas as primeiras grandes campanhas de empresas multinacionais que se instalaram no país. A Bayer é a pioneira em campanhas estruturadas para promover seus produtos: Cafiaspirina, Aspirina e Alka-Seltzer. Mesmo com a crise de mundial de 29, a publicidade brasileira desenvolve-se a passos largos: aparecem os painéis de estradas, o out-door e os anúncios em revistas e jornais tornam-se mais sofisticados. Surgem os slides coloridos em lâminas de vidro que são exibidos nos cinemas e programas, além dos jingles para as rádios, criados dentro das agências. As pesquisas de mercado para conhecer o consumidor e seus hábitos tornam-se cada vez mais importantes e são exigências de empresas como Gessy, Coca-Cola e Bayer. O rádio cresce rapidamente a partir de 1931, quando o governo federal passa a conceder para a iniciativa privada a exploração do sinal de rádio. As agências passam não só a elaborar jingles e textos de publicidades para as rádios, como também produzem os programas que são patrocinados por grandes empresas, como o Repórter Esso. Neste período, cerca de 60% do capital destinado à comunicação é aplicado no rádio na forma de publicidade e/ou de patrocínio de programas. Década de 40 O Cruzeiro e Manchete mostram o estilo de vida do brasileiro. As revistas começam a ganhar destaque. As primeiras publicações de peso foram O Cruzeiro e Manchete, da editora Block no Rio de Janeiro. A vantagem competitiva das revistas era a inclusão de fotos e publicações coloridas, com maior qualidade da reprodução e envolvimento nas matérias. 03

Com a Segunda Guerra Mundial, acontece um decréscimo no movimento de anúncios, criando uma crise no setor da publicidade que passa a se recuperar somente a partir de 1945. O rádio ainda é o principal veículo de propaganda e as radionovelas, programas de auditório, humorísticos e radiojornais são os programas que mais recebem patrocínio das grandes empresas. Década de 50 TV TUPI, novos desafios para a propaganda e anunciantes Os primeiros países a terem televisão foram os Estados Unidos, Inglaterra e França. O Brasil é o primeiro país da América Latina e o 4 o do mundo a introduzir a televisão e se empenha em criar uma linguagem própria, adaptada à cultura e aos hábitos da população. Em 18 de setembro de 1950 entra no ar a PRF-3 TV TUPI em São Paulo, inaugurando uma nova era na comunicação brasileira. Todos os programas eram ao vivo e apresentavam seus quadros como uma adaptação das experiências das rádios: como novelas, o programa de jornalismo Repórter Esso e programas de auditório. As garotas propagandas ganham fama e prestígio. As mais importantes foram Idalina de Oliveira, Meire Nogueira, Wilma Chandler, Odete Lara, Maria Rosa e Neide Alexandre. A consolidação da sociedade de consumo acontece a partir do pósguerra e durante toda a década de 50, multiplicando a oferta de produtos como veículos, eletrodomésticos, refrigerantes, confecção e fazendo surgir os crediários que facilitam as compras, promovem o crescimento da produção e do consumo. O mercado publicitário cresce e os profissionais da área se organizam. Nasce a Associação Brasileira de Propaganda (ABA), o Conselho Nacional de Imprensa (CNI) em 1949 e, posteriormente, a ABAP Associação Brasileira de Agência de Propaganda. A televisão traz um novo impulso para a já sofisticada publicidade brasileira, criando mais um veículo para a divulgação de produtos e de campanhas. Com a TV Tupi, uma nova era eletrônica começa e são, mais uma vez, as agências como a McCann Erikson e a J. W. Thompson que irão trazer o knowhow, criando, redigindo e produzindo programas e comerciais de televisão ao vivo. 04

Neste momento, um bom profissional de criação chegava a trabalhar para diversas agências ao mesmo tempo, e uma mesma agência podia fazer a campanha política de diversos candidatos. O crescimento econômico e industrial do país refletia-se no crescimento das agências e do mercado de publicidade e propaganda. Década de 70/80 O mercado publicitário brasileiro cresce e conquista o mercado internacional. Em 1964, entra no ar a TV Globo, responsável pelos atuais padrões de qualidade e profissionalismo da televisão brasileira. Em 1968, o mercado tem seu I Anuário Brasileiro de Propaganda. Nos anos 70, surge o conceito de auto-serviço com o Peg e Pag e o shopping center. É inaugurado o Shopping Iguatemi, em São Paulo. A cidade é o principal centro de produção de publicidade e propaganda, atendendo aos setores em crescimento, principalmente o automobilístico com as marcas Jeep, Volkswagen, Ford, GM,e Chevrolet. A indústria cultural consolida-se no país e a mídia cresce e aperfeiçoa-se rapidamente. A programação e os anúncios ao vivo da televisão são substituídos rapidamente com a chegada do VT-Vídeo Tape, permitindo que as agências criassem e produzissem uma publicidade muito mais sofisticada. Do ponto de vista de criatividade e originalidade, podemos dizer que as década de 70 e 80 representaram a fase áurea da publicidade brasileira. Nas agências, aparecem pela primeira vez as duplas de criação trazidas do exterior por Alex Periscinotto. Em 1972, começam as premiações em festivais internacionais, com o primeiro Leão de Ouro em Cannes com a peça Homens com mais de 40 anos de Washington Olivetto (DPZ). As agências brasileiras multiplicam-se e profissionais como Duailibi, Petit, Zaragoza, Washington Olivetto, Alex Periscinotto, Geraldo Alonso, Marcello Serpa, Nizan Guanaes, Luiz Salles e Márcio Moreira, entre outros, ganham renome internacional. A publicidade brasileira é considerada uma das melhores do mundo, refletindo no número de premiações que as agências brasileiras alcançam nos festivais internacionais. 05

Aparados pela lei 4.680 de 1965, que determina uma remuneração para as agência de 20% das verbas investidas pelos anunciantes na mídia, o setor de negócios da publicidade e propaganda consolida-se e torna-se cada vez mais sofisticado em termos de criação e uso de tecnologias. Durante todo o período da ditadura militar (1964-1984), o setor cresceu sem grandes crises ou conflitos. No final do período, a crise econômica e os movimentos políticos refletem-se no setor, levando-o a apenas sobreviver nos dez anos seguintes. Década de 80/90 Novas tecnologias alteram o cenário das comunicações. As operações com TV a cabo e satélite ampliam as opções de entretenimento, disponibilizando mais de 140 alternativas de canais. Todos os veículos de comunicação passam por um forte processo de segmentação com programas, canais, títulos e propostas editoriais direcionadas aos mais variados públicos com seus estilos de vida e hábitos de consumo. Assis Chateaubriand, o Chatô Nascido em 1892 na Paraíba, o jornalista e político Assis Chateaubriand é considerado o pai da mídia brasileira. Em 1924, adquiriu o Jornal do Rio de Janeiro, iniciando uma cadeia de jornais e emissoras de rádio e televisão, os Diários Associados. BRASIL 100 ANOS DE PROPAGANDA - de Nelson Varon Cadena O livro Brasil 100 Anos de Propaganda foi escrito pelo colunista e estudioso do assunto há mais de duas décadas, Nelson Váron Cadena. Esse livro traça um papel minucioso do negócio da propaganda no país, iniciando no ano de 1900 até 2000. Ilustrado por cerca de 380 fotos, o livro permite que você conheça as fotos mais importantes, as peças e as campanhas mais marcantes e os profissionais que mais se destacaram no mercado de comunicação. A web e os programas internacionais para as redes de televisão representam um diferencial estratégico para a interação com seus diversos públicos, nacionais e internacionais. O final do século XX marca uma nova configuração econômica no mundo. A globalização obriga o mercado a posicionar-se de forma diferenciada, exigindo das agências uma reestruturação em termos de ganhos e de atendimento a seus clientes. Redução de quadros, de ganhos e maior maturidade do setor são as principais mudanças ocorridas. Esse fato permite um salto na criatividade publicitária nacional, alçando o país à condição de terceira potência mundial em criação publicitária na década de 90. 06

A propaganda hoje é responsável pelo sustento de boa parte da mídia e é inseparável do setor de negócios e de produção. Sua maturidade e capacidade de adequar-se às novas realidades que se constituem através de todo o século XX é que a transforma em um dos bons setores de negócios do país. O exigente público brasileiro - acostumado com a alta qualidade e profissionalismo que se imprimiu às peças publicitárias veiculadas na mídia - é também responsável pela exigência de profissionais cada vez mais qualificados e preparados para atuarem nesse setor. Brasil Hoje Segundo no ranking mundial O Brasil é o segundo país no mundo em comunicação no que se refere à quantidade de veículos e ao consumo dos meios de comunicação pela população. Mais de cem países consomem nossas produções de novelas. A Rede Globo é a terceira no mundo e padrão de referência em qualidade de suas produções, perdendo apenas para as redes americanas ABC e NBC. A Revolução Digital A tecnologia digital será responsável pela revolução nos meios de comunicação através das novas possibilidades de interatividade e conectividade entre web, TV, celulares etc. O telespectador passará a ter uma participação ativa na seleção da programação e definição do conteúdo de seu interesse individual. Dificilmente, podemos definir o quanto e como ocorrerá essa nova revolução baseada na tecnologia digital. Podemos verificar, parcialmente, a revolução na forma como os meios interagem no Japão. A mídia no Brasil em números: - 7 redes de televisão, sendo 310 exibidoras; - mais de 3.000 emissoras de rádio AM e FM; - 2.500 jornais, sendo 283 diários; - 1.130 títulos de revistas publicadas com regularidade; - 31.000 cartazes de outdoor; - 510 cinemas que exibem propaganda. 07

Anotações: 08 08