Staphylococcus aureus EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE: PREVALÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS AGENTES ANTIMICROBIANOS



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Transcrição:

26 a 29 de outubro de 2010 ISBN 978-85-61091-69-9 Staphylococcus aureus EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE: PREVALÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS AGENTES ANTIMICROBIANOS Lais Guarnieri Campiotto 1 ; Marcos Costenaro Faccin¹; Elton da Cruz Alves Pereira¹; Mirian Ueda Yamaguchi 2 ; Guilherme Spack Kemmelmeier 3 RESUMO: A detecção e controle de portadores de Staphylococcus aureus assumem significativa importância quando se trata de profissionais da área da saúde, devido a esta bactéria ser um importante patógeno, pois pode provocar infecções hospitalares. O S. aureus é um coco Gram-positivo não-formador de esporos, que com frequência colonizam a parte externa das narinas e são encontrados em cerca de 30% dos indivíduos normais, também podem ser encontrados transitoriamente na pele e na orofaringe. Para determinar a prevalência de S. aureus foram coletados 49 amostras de profissionais da UTI adulto através de um swab nasal e oral. As amostras foram inoculadas no caldo de TSB enriquecido e incubadas por 24h. Após a incubação o material foi semeado em placas de petri contendo Agar manitol. As colônias características de S. aureus foram confirmadas microscopicamente pela coloração de Gram, e submetidas ao teste de catalase e teste de coagulase. O teste de sensibilidade a antimicrobianos foi realizado pelo método de TSA pelo equipamento de automação BD Phoenix. Encontrou-se uma frequência de 26,5% de positividade para S.aureus dos quais 61,5% mostraram-se resistentes à oxacilina (HA-MRSA). Quanto ao perfil de sensibilidade aos demais antibióticos, as cepas de S. aureus apresentaram maior tendência à resistência aos antibióticos ampicilina e penicilina. PALAVRAS-CHAVE: HA-MRSA; Profissionais da saúde; Staphylococcus aureus. 1 INTRODUÇÃO O corpo humano é cercado e habitado por bilhões de microorganismos, a maioria destes é inofensiva ou até benéfico, mas em situações que o sistema imunológico está debilitado são capazes causar doenças. As doenças causadas por esses microorganismos são chamadas doenças infecciosas, no entanto, se o processo infeccioso for adquirido em ambientes hospitalares é considerada uma infecção hospitalar. A detecção e controle de portadores de S. aureus assumem significativa importância quando se trata de profissionais da área da saúde, devido a esta bactéria ser um importante patógeno, pois pode provocar infecções hospitalares, principalmente por ser oportunista invadindo e infectando pacientes já debilitados. O S. aureus é um coco Gram-positivo não-formadores de esporos, capaz de sobreviver por longos períodos em qualquer tipo de ambiente onde se encontram os seres humanos. Com freqüência, os microorganismos colonizam a parte externa das 1 Acadêmicos do Curso de Biomedicina do Centro Universitário de Maringá Cesumar, Maringá Paraná. Programa de Bolsas de Iniciação Científica do Cesumar (PROBIC). laguarnieri@hotmail.com; mcfaccin@hotmail.com; dr.eltoncruz@hotmail.com 2 Orientadora e docente do Centro Universitário de Maringá Cesumar, Maringá Paraná. mirianuy@irapida.com.br 3 Co-orientador e docente do Centro Universitário de Maringá Cesumar, Maringá Paraná. kguilherme@cesumar.br

narinas e são encontrados em cerca de 30% dos indivíduos normais, também podem ser encontrados transitoriamente na pele, na orofaringe. Os estafilococos dispõem de mecanismos apropriados para colonizar a pele, visto que crescem na presença de altas concentrações de sal e de lipídeos. Os S. aureus são transmitidos de pessoa para pessoa, geralmente através de contato com as mãos. Além disso, podem ser transmitidos por aerossóis produzidos por pacientes com pneumonia. O S. aureus produz um número inusitadamente grande de fatores de virulência que impedem a fagocitose das bactérias ou as ajudam a sobreviver nos fagócitos após serem ingeridas (SHAECHTER E ENGLEBERG, 2002). Por razões desconhecidas, os indivíduos em certas ocupações, incluindo médicos, enfermeiros e outros profissionais que trabalham em hospitais, são mais propensos a colonização. Embora o S. aureus possa ser suscetível à ação de várias drogas ativas contra bactérias, é também reconhecido por sua elevada capacidade de desenvolver resistência a todas. A resistência a antimicrobianos em S. aureus é determinada por mutações em seus genes e/ou pela aquisição de genes de resistência de outras bactérias da mesma espécie ou eventualmente de outras espécies. Em geral a resistência por mutação é decorrente de uma alteração no sítio de ação do antibiótico, enquanto a resistência por aquisição de genes de resistência freqüentemente envolve destruição ou inativação do antibiótico. Plasmídios e transposons contribuem de maneira significativa para o último mecanismo. A resistência à meticilina é conferida por um gene (meca) que codifica uma proteína que se liga a penicilina com baixa afinidade pelo antimicrobiano. Estas amostras resistentes são referidas pela sigla MRSA (TRABULSI E ALTERTHUM, 2005). Considerando a relevância do gênero S. aureus em infecções hospitalares este estudo teve como objetivo determinar a prevalência e o perfil de resistência desta bactéria em profissionais da área da saúde. 2 MATERIAL E MÉTODOS Para obtenção das amostras, foram selecionados 49 profissionais da Santa Casa da Misericórdia de Maringá, que trabalhavam no setor UTI Adulto da Santa Casa da Misericórdia de Maringá. A abordagem dos funcionários foi feita de forma aleatória e a participação na pesquisa foi voluntária. As amostras clinicas coletadas com swab estéril foram inoculadas no caldo de TSB enriquecido com NaCl e incubadas por 24h. Após incubação as amostras foram semeadas em Agar manitol. As colônias características de S. aureus foram confirmadas microscopicamente pela coloração de Gram e submetidas ao teste de catalase e teste coagulase. Para o teste de sensibilidade aos antimicrobianos, o método utilizado foi o TSA pelo equipamento de automação BD Phoenix. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Tabela 1: Frequência de colonização por Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus cogulase negativo (SCN) em amostras de swab nasal e swab oral. N amostras Percentagem (%) Swab nasal 8 16,3 Swab oral 5 10,2 SCN 38 77,5 Total 49 100

Entre as 49 amostras de S. aureus isolados de profissionais da saúde, 13 apresentaram-se positivas, sendo 8 nasal e 5 oral, representando 26,5% das amostras. Deste total de amostras, oito mostraram-se resistentes a oxacilina, representando o HA-MRSA (61,5%). Tabela 2: Descrição da amostra. Sexo N amostras Percentagem (%) Masculino 10 20,4 Feminino 39 79,5 Função Técnico de Enfermagem 32 65,3 Médico 3 6,1 Administrativo 5 10,2 Fisioterapeuta 3 6,1 Enfermeira 6 12,2 Idade 10-20 anos 1 2 20-30 anos 27 55,1 30-40 anos 17 34,6 40-50 anos 4 8,1 Total 49 100 A maior representatividade das amostras analisadas foram do sexo feminino (79,5%), função técnico de enfermagem (65,3%), idade de 20 a 40 anos (89,7%). Tabela 3: Perfil de Sensibilidade de Staphylococcus aureus aos antibióticos testados. Sensível Intermediário Resistente Antibióticos n % n % n % N O N O N O N O N O N O Amoxilina 2 3 25 60 0 0 0 0 6 2 75 40 Ampicilina 0 1 0 20 0 0 0 0 8 4 100 80 Cefazolina 2 3 25 60 0 0 0 0 6 2 75 40 Clorafenicol 5 4 62,5 80 3 1 37,5 20 0 0 0 0 Ciprofloxacina 3 3 37,5 60 0 0 0 0 5 2 62,5 40 Clindomicina 2 3 25 60 0 0 0 0 6 2 75 40 Eritromicina 0 1 0 20 2 1 60 20 6 3 75 60 Gentamicina 3 3 37,5 60 0 0 0 0 5 2 62,5 40 Imipenem 2 3 25 60 0 0 0 0 6 2 75 40 Levofloxacina 3 3 37,5 60 2 0 25 0 3 2 37,5 40 Linezolida 7 5 87,5 100 0 0 0 0 0 0 0 0 Nitrofurantoina - - - - - - - - - - - - Oxacilina 3 3 37,5 60 0 0 0 0 6 2 75 40 Penicilina 0 1 0 20 0 0 0 0 8 4 100 80 Pip/Tazo 1 3 - - - - - - 1 - - - Rifampicina 8 5 100 100 0 0 0 0 0 0 0 0 Synercid 8 5 100 100 0 0 0 0 0 0 0 0 Tetraciclina 3 3 37,5 60 1 1 12,5 20 4 1 50 20 Trimetilbenzeno 6 3 75 60 0 0 0 0 2 2 25 40 Vancomicina 8 5 100 100 0 0 0 0 0 0 0 0 N=nasal: O=oral O perfil de sensibilidade das 13 amostras isoladas de S. aureus frente aos antibióticos utilizados pode ser observado na Tabela 3. Nesta, constatou-se que das amostras nasais a maior tendência à resistência são: ampicilina (100%) e penicilina (100%). Das amostras

orais a maior tendência à resistência são: ampicilina (80%) e penicilina (80%). Verificouse, também, nas amostras nasais a sensibilidade 100% aos antibióticos: Rifampicina(100%), Synercid (100%) e Vancomicina (100%). Nas amostras orais verificou-se a sensibilidade 100% aos antibióticos: Linezolida (100%), Rifampicina (100%), Synercid (100%) e Vancomicina (100%). 4 CONCLUSÃO De acordo com os resultados observados, constatou-se na presente pesquisa a considerável frequência de 26,5% de S. aureus em profissionais da saúde, dos quais 61,5% apresentam resistentes à oxacilina (HA-MRSA). A partir do conhecimento da condição de portador desses microorganismos, é fundamental que os profissionais da saúde estejam atentos aos problemas de infecções nosocomiais, devido impacto sócioeconômico e humano que as infecções causam frequentemente, aumentando a taxa de mortalidade e gastos hospitalares. Assim, permitindo a implementação de programas de controle de infecção rígidos e a prescrição racional de antimicrobianos, que visem reduzir o número de tais infecções e promover melhor assistência aos pacientes. REFERÊNCIAS ANDRADE, Denise; ANGERAMI, Emília; PADOVANI, Carlos. Condição microbiológica dos leitos hospitalares antes e depois de sua limpeza. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 32, n.2, 2000. BRESOLIN, Bruna; DALL STELLA, Julia; FONTOURA-DA-SILVA, Sérgio. Pesquisa sobre a bactérias Staphylococcus aureus na mucosa nasal e mãos de manipuladores de alimento em Curitiba/ Paraná/Brasil. Estudo Biológico, Curitiba, v.27, n.59, abr/jun. 2005. CRUZ, Elaine. Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus resistente à meticilina em trabalhadores de um hospital universitário: colonização em crianças. 2008. 189f. Tese (Doutorado em Enfermagem) Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008. DANTAS, Tatiana; NOÚER, Simone. Emergência de transmissão Hospitalar de Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA) Associado com infecções comunitária. Prática Hospitalar, Rio de Janeiro, Ano IX, n. 51, p. 41-43, Mai-Jun, 2007. GUALDA, Louremi; FIGUEIREDO, Beatriz. Prevalência de Infecções Nosocomiais Provocados por Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina (M.R.S.A.), no Hospital Universitário Regional de Maringá. RBAC, Maringá, v.40, n.1, p.31-34, 2008. JUNQUEIRA, A. L. N. Prevalência de estafilococos resistentes a meticilina em profissionais em profissionais de saúde de uma Unidade de Terapia Intensiva de Goiânia. Revista Eletrônica de Enfermagem (on-line), Goiás, v. 4, n.1, p.63, 2002. MEDEIROS, Ângelo; CAVALCANTI, Silvana. Estudo comparativo da prevalência de

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