I SIMPÓSIO TOCANTINENSE DE MICROBIOLOGIA E DOENÇAS VEICULADAS POR ALIMENTOS MINICURSO DE BACTERIOLOGIA PROF. KRAMER
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- Vagner Luiz Felipe Leveck Neiva
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1 I SIMPÓSIO TOCANTINENSE DE MICROBIOLOGIA E DOENÇAS VEICULADAS POR ALIMENTOS MINICURSO DE BACTERIOLOGIA PROF. KRAMER
2 COMPORTAMENTO MORFOTINTORIAL As células bacterianas são caracterizadas morfologicamente pelo seu tamanho, forma, arranjo e tipo de coloração, sendo denominados morfotintorial. Quanto ao tamanho, variam entre 0,3 por 0,8 micrometros até 10 por 25 micrometros. No que se refere a forma e arranjo podem ser: - Formas de cocos (esféricas): grupo mais homogêneo em relação a tamanho sendo células menores. Os cocos tomam denominações diferentes de acordo com o seu arranjo: - Diplococos: cocos agrupados aos pares: Neisseria meningitides - Estreptococos: cocos agrupados em cadeias: Streptococcus mutans - Estafilococos: cocos em grupos irregulares, lembrando cachos de uva: Staphylococcus aureus. - Forma de bastonete: são células cilíndricas, em forma de bastonetes que apresentam grande variação na forma e tamanho entre gêneros e espécies. Dentro da mesma espécie os bastonetes são relativamente constantes sob condições normais de crescimento, podendo variar em tamanho e espessura (longos e delgados, pequenos e grossos, extremidade reta, convexa ou arredondada). Quanto ao arranjo podem variar em : - Diplobacilo: bastonetes agrupados aos pares. - Estreptobacilos: bastonetes agrupados em cadeias. - Paliçada: bastonetes alinhados lado a lado como palitos de fósforo. Morfologia bacteriana.
3 CORANTES Corantes são substâncias que possuem a propriedade de transmitir sua cor a outros corpos. Preparações coradas são comumente usadas no exame microscópio de bactérias em microbiologia, nas quais esfregaços do material são submetidos à ação de um ou mais corantes, após fixação. Algumas técnicas são diferencias, como a coloração de Gram, onde as bactérias são ditas Gram-positivas e Gram-negativas, de acordo com sua resposta à coloração de Gram é decorrente das diferenças na composição e estrutura da parede celular. - Gram Positivas: possuem uma quantidade maior de peptideoglicano em sua parede celular, o que torna a parede dessas bactérias mais espessa e não têm uma membrana externa, obtendo desta forma uma coloração roxa. - Gram Negativas: a parede celular dessas bactérias é menos espessa e elas são mais complexas do que as Gram positivas por apresentarem uma membrana externa cobrindo a fina camada de peptídeoglicano. Desta forma adquirem a coloração rosada. Estrutura das paredes celulares. 1- Faça um desenho esquemático do que foi visualizado no microscópio, mostrando a morfologia bacteriana e a reação tintorial.
4 1. Técnica de coloração Preparo do esfregaço: Com a alça de platina aplicar uma gota de água destilada sobre uma lâmina de microscópio. Com a alça novamente flambada, colher parte de uma colônia já cultivada (com cuidado para não trazer na alça parte do ágar). Espalhar as bactérias com a alça de platina sobre a lâmina. Deixar o material secar e, em seguida, fixá-lo com calor, aquecendo rapidamente a lâmina acima da chama; Aplicação do corante: Gotejar o corante violeta cristal sobre a lâmina e esperar por 1 minuto. Enxaguar a lâmina sob um fio de água da torneira para remover o excesso de corante. Microscopia: Examinar a lâmina 2. MATERIAIS - Colônias pré-preparadas - Bico de gás (bico de Bunsen) - Alça de platina - Microscópio - Lâminas para microscopia - Luvas de procedimentos - Mascaras descartáveis - Papel toalha - Corante panótico. 1. Faça um desenho esquemático do que foi visualizado no microscópio, mostrando a morfologia bacteriana e a reação tintorial.
5 Meios de Cultivo e Técnicas de Semeadura Meios de Cultivo Os meios de cultivo, também chamados meios de cultura, são complexos que se destinam ao cultivo artificial de microorganismos. As técnicas de semeadura permitem que o cultivo destes microorganismos nos meios de cultura seja eficiente e que as seguintes finalidades sejam atingidas: Crescimento bacteriano; Isolamento bacteriano; Estudo da morfologia colonial; Pesquisa de patogenicidade; Pesquisa das características bioquímicas. Os meios de cultivo devem conter as substâncias exigidas pelas bactérias para o seu crescimento e multiplicação. Para que possam fazer a síntese de sua própria matéria nutritiva devem dispor de fontes de carbono (proteínas, açúcares), fontes de nitrogênio (peptonas) e fontes de energia. São também necessários alguns sais inorgânicos, vitaminas e outras substâncias favorecedoras do crescimento. MORFOLOGIA BACTERIANA AGAR NUTRIENTE - Meio para fins gerais que promove o crescimento da maioria dos microorganismos pouco exigentes. A peptona de carne e a caseína enzimática hidrolisada no meio fornecem a fonte de carbono e nitrogênio juntamente com outros nutrientes essenciais. O cloreto de sódio mantém o equilíbrio osmótico do meio. AGAR SS - Salmonella Shigella - é um meio seletivo diferencial para isolamento de Salmonella e algumas espécies de Shigella de espécimes patológicas, alimentos enlatados contaminados. Material Meios de culturas Ágar nutriente e Àgar SS em placa de Petri Swab estéril Meios de cultura Bécker Papel toalha
6 Bastão de vidro Papel A4 Abaixador de língua Placa de Petri limpa e seca Alça microbiológica Pincel Marcador Estufa bacteriológica Luvas de procedimento P, M e G; Bico de Bunsen Técnica: Meio sólido (Placa de Petri- técnica do esgotamento) Técnicas de semeadura por esgotamento. 1- Divida a placa de Petri em quatro partes, fazendo linhas com a caneta de retroprojetor na parte de baixo da placa, que deverão ser utilizadas da seguinte forma: a. Contato com o vegetal / produto não lavado / processado; b. Coleta de amostra da cultura bacteriana do laboratório com alça microbiológica c. Coleta de material da orofaringe com swab; 2 Com o Swab da orofaringe, faça estrias em uma divisão, respeitando as linhas e utilizando da melhor forma possível toda a superfície da placa. 3 Com a alça microbiológica faça inicialmente a flambagem deixando esfriar ao ambiente. Colete a amostra bacteriana e faça a semeadura em estrias. 4. Coloque as placas para cultivo biológico. 5. Faça a leitura 18hs depois. Anotações da colônia FONTE COLORAÇÃO FORMA
7 MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTROLE MICROBIANO As técnicas de controle de crescimento microbiano apresentam ampla aplicação nas diversas áreas do conhecimento pode apresentar ações para reduzirem a população microbiana ou destruir todas as formas (esterilização). Os métodos podem ser divididos em dois grandes grupos, métodos químicos e físicos que serão descritos a seguir. a. Métodos químicos: Os agentes químicos são apresentados em grupos que tenham em comum, ou as funções químicas, ou elementos químicos, ou mecanismo de ação, sendo ainda diferenciados em desinfetantes e antisépticos. Nesta prática utilizaremos o álcool e a iodopovidona. Desinfetantes são substâncias ou produtos capazes de destruir, indiscriminadamente, os microrganismos de uma superfície ou instrumento, sem, no entanto, eliminar as formas esporuladas. Anti-séptico ou se refere a tudo o que for utilizado no sentido de degradar ou inibir a proliferação de microrganismos presentes na superfície da pele e mucosas. 1. Álcool (Nível médio) - Atividade: Em concentrações entre 70 e 90%, as soluções de álcool etílico (etanol), são eficientes contra as formas vegetativas dos microorganismos. Desinfetantes, detergentes e anti-sépticos Desinfetantes são substâncias ou produtos capazes de destruir, indiscriminadamente, os microrganismos de uma superfície ou instrumento sem, no entanto, eliminar as formas esporuladas. Antisséptico ou anti-séptico se refere a tudo o que for utilizado no sentido de degradar ou inibir a proliferação de microrganismos presentes na superfície da pele e mucosas. 1. Álcool (Nível médio) - Atividade: Em concentrações entre 70 e 90%, as soluções de álcool etílico (etanol), são eficientes contra as formas vegetativas dos microorganismos. 2. Iodopovidona degermante - é um anti-séptico à base de iodopovidona contendo tenso ativos e agentes umectantes, responsáveis pela anti-sepsia das mãos e antebraços; Técnica: Meio sólido 1- Divida a placa de Petri em quatro partes, fazendo linhas com a caneta de retroprojetor na parte de baixo da placa, que deverão ser utilizadas da seguinte forma: (identifique com as letras abaixo) a. Polegar - Mãos não lavadas; b. Polegar - Mãos lavadas só com água e sabão; c. Polegar - Mãos lavadas com água, detergente e álcool; d. Polegar Mãos lavadas com água, detergente e Iodopovidona;
8 2. Os dedos não higienizados ou após a higienização (água corrente, detergente e um anti-séptico) deverão ser encostados levemente na área específica; 3. É necessário que se use dedos diferentes (ou pessoas diferentes) a cada antiséptico testado. MATERIAL Meios de culturas Ágar nutriente e Àgar SS em placa de Petri Swab estéril Meios de cultura Bécker Papel toalha Bastão de vidro Papel A4 Abaixador de língua Placa de Petri limpa e seca Alça microbiológica Pincel Marcador Estufa bacteriológica Luvas de procedimento P, M e G; Detergente de mãos Álcool 70% Bico de Bunsen
Objetivo: Conhecer e praticar as técnicas de transferência e repicagem de culturas. 1- Aproveitando o material que vocês prepararam na aula passada:
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