Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Educação Docente: Clara Silva Brito EXPRESSÕES CONTEMPORÂNEAS (EDUCAÇÃO BÁSICA) EXPRESSÕES ARTÍSTICAS CONTEMPORÂNEAS (EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA)
Expressões Artísticas Contemporâneas Escola Superior de Educação de Santarém Sumário O impacto das descobertas em novas tecnologias da imagem e os seus reflexos na arte dos finais do século XIX. Primórdios da arte moderna: A fotografia no séc. XIX e as correntes artísticas, Realismo, Naturalismo e Impressionismo. 1. DESCOBERTA E DIVULGAÇÃO DA FOTOGRAFIA 2. PRIMÓRDIOS DO CINEMA 3. O NATURALISMO E O REALISMO 4. O IMPRESSIONISMO 5. O PÓS-IMPRESSIONISMO
Século XIX Primórdios da FOTOGRAFIA Joseph Nicéphore Niépce (França,1765-1833) Louis Jacques M. Daguerre (França, 1787-1851) Willian Henry Fox-Talbot (UK. 1800-1877)
Vista da janela em Le Gras Joseph Niépce (1826)
La table servie (1822) par Joseph Nicéphore Niépce
Niépce desenvolve nas suas fotografias um dos temas tradicionais da história da Pintura ocidental: A natureza morta. Cézane (1939-1906)
Fotografia de Niépce Harmen Steenwijk, Natureza morta com crânio e cachimbo, séc. XVII
Equipamento completo para a daguerreotipia O daguerreótipo é um processo fotográfico feito sem uma imagem negativa. Foi criada pelo francês Louis Daguerre em 1837 e anunciada em 1839. Foi declarado pelo Governo Francês como invento do domínio público.
Louis Daguérre : 400 287 - Paris, 1839 Paralelamente ao surgimento do daguerreótipo, acontecia na Europa, e principalmente na França, o Impressionismo. Este novo estilo trazia técnicas inovadoras para a pintura devido ao desejo de exprimir a luz atmosférica.
Pissarro (1830-1903): Boulevard. Óleo sobre tela
DIORAMA Inventado por Daguerre, é um modo de apresentação artística, de maneira muito realista, de cenas da vida real para exposição com finalidades de instrução ou entretenimento. A cena que pode ser uma paisagem, plantas, animais, eventos históricos, etc,. É pintada sobre uma tela de fundo curvo, de tal maneira que simulem um contorno real. A tela colocada na obscuridade e iluminada de maneira adequada dá uma ilusão de profundidade e de movimento, dando a impressão de tridimensionalidade. O modelo é pintado de tal forma que cria uma perspectiva falsa, modificando com cuidado a escala dos objectos para reforçar a ilusão de realismo.
Inglês, escritor e cientista aficionado, Willian Henry Fox- Talbot (1800-1877) usava a câmara escura para desenhos nas suas viagens. Na intenção de fugir da patente do daguerreótipo pesquisou uma fórmula alternativa de impressionar quimicamente o papel. A primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo foi feita com uma pequena câmara de madeira.
The Oriel Window, Lacock Abbey Como o negativo da talbotipia era constituído de um papel de boa qualidade como base de sensibilização, na passagem para o positivo perdiam-se muitos detalhes devido à textura do papel. Mais tarde os fotógrafos pensaram em melhorar a qualidade da cópia utilizando como base o vidro.
Eastman, 1888
PRIMÓRDIOS DO CINEMA
Primórdios do CINEMA CAMÂRA ESCURA Quando as imagens dos objectos iluminados penetram num compartimento escuro através de um pequeno orifício e se recebem sobre um papel branco situado a uma certa distância desse orifício, vêem-se no papel, os objectos invertidos com as suas formas e cores próprias. Leonardo da Vinci, in Codex Atlanticus
Primórdios do CINEMA Sombra Chinesa Teatro de Sombras
Praxinoscópio
Taumatroscópio FlipBook
Georges Méliès (1861-1938)
EIXOS FILOSÓFICOS SUBJACENTES À ARTE MODERNA Período considerado: da segunda metade do séc. XIX a meados do século XX Europa RACIONALISMO Realismo Naturalismo (Portugal) Impressionismo (França, 1863 - ) Cubismo (França, 1907) IDEALISMO Simbolismo (188 ) Expressionismo (Van Gogh) Expressionismo Francês (Fauvismo, 1905) Pintura metafísica (Giorgio di Chirico, 1909) Futurismo (Itália, 1909) Raionismo (Rússia, 1911) Suprematismo (Rússia, 1913) 1ª Guerra Mundial 1914-1918 Construtivismo (Russia, 1919); Bauhaus (Alemanha, 1919) Expressionismo Alemão ( Der blau reiter; Die brucke, 1910-1914) Orfismo (França, 1912) Dadaísmo (França, 1916) Neoplasticismo ( Holanda, De Stijl, 1917 ) Surrealismo (França, 1924)
O Naturalismo
Em Portugal o Naturalismo Silva Porto (1850-1893) José Malhoa (1855-1933) Praia das Maças 1918, óleo sobre madeira, 690 x 870 mm Museu do Chiado, Lisboa, Portugal. Colheita - Ceifeiras c. 1893, óleo sobre tela 90,5 x 120,3 cm Museu Nacional de Soares dos Reis Porto, Portugal
Silva Porto Silva Porto
Realismo Honoré de Daumier (1808-1879 )
O Realismo H. Daumier (1863) José Malhoa: o fado (1910)
António Teixeira Lopes (1866-1942): baco Auguste Rodin (1840-1883): O beijo
L Impressionisme Cézanne
Pintores Impressionistas: Claude Monet, Pierre Auguste Renoir, Camille Pissaro, Edgar Degas, Toulouse- Lautrec.
Na primeira metade do século XIX, a Academia de Belas Artes dominava a cena artística em França e impunha os padrões tradicionais de pintura tanto em matéria de conteúdo como de estilo. Os temas valorizados eram os históricos, os religiosos e os retratos, preferindo-se uma pintura cuidadosamente acabada. A cor era sombria e conservadora, as pinceladas eram reprimidas, ocultando as técnicas de trabalho, as emoções e a personalidade do artista.
Os impressionistas descobriram que se podiam captar ao ar livre, os efeitos momentâneos e passageiros da luz e que a cor se modificava em função da mesma.
Claude Monet Impressão ao nascer do sol
O tamanho das telas passa a ser muito mais pequeno no devido à necessidade de as transportar para os locais de observação.
Os temas preferidos são informais, e além da representação da natureza, os impressionistas representavam cenas relacionadas com a vida próxima e familiar do artista. Edgar Degas
O termo "Impressionista" foi aceite pelos próprios artistas e popularizou-se entre o público e os críticos que passaram a acreditar que estes tinham a oferecer uma nova visão do mundo e da sua representação.
Radicais no seu tempo, os impressionistas quebraram as leis da academia. Claude Monet: meda de feno, 1898
Marc Rotko (1903-1970) Expressionismo abstrato. Traduz a intensidade da cor e da luz procurada pelos impressionistas.
Impressionismo Pós-Impressionismo Georges Seurat, La Seine à la Grande-Jatte, 1888 Claude Monet (França, 1840-1926) Impressão do pôr do sol
PÓS- IMPRESSIONISMO Seurat : La grand jatte Van Gogh: pormenor de Os Girassóis
Cézanne: Precursor do CUBISMO Paul Cézanne (1839-1906): Mont. St. Vittoire
Características fundamentais do CUBISMO Decomposição do espaço tridimensional do quadro e da sensação volumétrica que daí derivava, reivindicando a tridimensionalidade; Autonomia do quadro em relação à Natureza, regendo-se por leis próprias: (forma, luz e cor não são naturalistas) ; Recusa da concepção estática da pintura tradicional, que representava o objecto ã partir dum único ponto de vista; Introdução da quarta dimensão, (tempo) pela visão simultânea do objecto, quer de frente, quer de perfil e pelos seus contornos posteriores e inferiores; A linguagem geométrica é utilizada para procurar a estrutura das coisas; Criação de uma nova realidade, não como a vemos, mas como a pensamos; Abolição de tudo o que é acessório, o que conduz à simplificação das formas, que são geometrizadas.
Cubismo (analitico) Pablo Picasso, Fábrica em Horta del'hebro, 1909 Picasso As meninas d Avinhon, 1907
CUBISMO ANALÍTICO Entre 1909 e 1912, desenvolveu-se a fase analítica, definida pela visão simultânea e multifacetada dos vários aspectos do motivo observado, fazendo com que o objecto aparecesse na tela como que fragmentado. O artista não o representa apenas pelo que vê do objeto, mas também, e sobretudo, pelo que dele conhece. Para simplificar a leitura da obra, as cores empregues são sóbrias, quase sempre monocromáticas (ocre, terra e cinzento-esverdeado).
Cubismo (sintético) Picasso Juan Gris
O CUBISMO SINTÉTICO Por volta de 1912, Braque e Picasso começaram a introduzir nas suas telas alguns elementos estranhos à pintura. São letras, bocados de madeira panos, cartas de jogar, pautas de música, pedaços de jornal, embalagens de cigarros e de fósforos, bilhetes, etiquetas, areia, etc. Estes elementos, pintados ou de matéria concreta, acrescentados à obra, tiveram como objectivo estimular visualmente o espectador, desfazendo a carga hermética da imagem, característica da fase analítica. A par das formas simplificadas surgiu, com maior pujança, a cor vibrante, em sobreposiçõese transparências de planos, dando alguma emoção ao quadro. Tudo o que é acessório, inútil ou decorativo é extraído
Amadeu de Sousa Cardoso