Profª Dra Rute Grossi Milani
Campo total Kurt Lewin Comportamento deriva da totalidade de fatos coexistentes, com caráter dinâmico e complexo Psicanálise casal Baranger Fatos psíquicos compreendidos através de seus Fatos psíquicos compreendidos através de seus significados no contexto de relações intersubjetivas: terapeuta e paciente
Setting Enquadre Aliança de trabalho Aliança: aspectos conscientes e inconscientes da C/A que levam à cooperação, à aceitação de ajuda e ao enfrentamento de momentos difíceis no processo.
Transferência é uma repetição de necessidades e desejos que não foram compreendidos e satisfeitos no passado. Mecanismos introjetivos e projetivos (M. Klein) Caixa individual representa a relação privada paciente/analista, característica da relação transferencial. A contratransferência ajuda a entender certos sentimentos que são emitidos para dentro da mente do terapeuta pelo paciente.
Modelo freudiano: relações históricas e de causas e efeitos Modelo kleiniano: fantasias inconscientes e compreensão de níveis intrapsíquicos Modelo bioniano: relacional insaturado Tolerar o desconhecimento estado K
Participação dos pais: ao invés de entrave, um facilitador.
Período de avaliação: o encontro Por que a procura de atendimento nesse momento? Há algo especial que motivou a busca? O que ocorre não somente com a criança, mas com a sua família? De quem é a demanda? De que modo o funcionamento dessa criança está prejudicado? Por que dessa forma? O que pode ser feito?
Período de avaliação: o encontro Não se trata apenas de coleta de informações, momento de encontro Etapas da avaliação Explorar fantasia de doença e de cura Assinalar para a criança o motivo de seu encaminhamento, seus medos, expectativas e fantasias sobre o que ocorrerá no decorrer da avaliação.
Construção de um vínculo de confiança e aliança de trabalho. Predominam ansiedades paranóides que devem ser compreendidas e trabalhadas
Sentimentos de raiva ou aversão ao terapeuta podem começar a emergir. Winnicott (2000) ambiente suficientemente bom que acolha aos diversos estados do self Compreende a exploração, a interpretação e a elaboração dos conflitos manifestos e latentes que originaram a busca de tratamento.
As intervenções do analista passam a ter como meta, também, o combate aos empecilhos relacionais e o zelo pela qualidade do vinculo paciente-analista. Imagem se aproxima a de um instrumentista interpretando uma música, ao invés de um tradutor. Tarefa do tratamento: produzir desvios na direção da energia pulsional.
Espaço de repetição que permita o surgimento de novas configurações existenciais, de novos modos de sentir, pensar e viver. A interpretação passa a ser entendida como algo que se constrói a partir do vivido com o outro, no encontro de subjetividades.
Em seus relatos clínicos demonstra com clareza o processo analítico, e através da sua narrativa parece conseguir ativar em nossas mentes a função analítica: capacidade de enxergar os elementos confusionais e conseguir desenhar o sentido destes dentro da mente. A clínica de Ferro é inspirada na teoria dos campos do casal Baranger, em uma releitura dos conceitos winnicotianos e por uma interpretação pessoal das implicações clínicas das idéias de Bion. Suas produções são ricas em metáforas e pensamentos que liberam a imaginação, tendo como resultado um universo de emoções utilizadas para o entendimento da mente do paciente. Entende a sessão como desenvolvimento de uma narrativa escrita a quatro mãos. Estimula no analista a capacidade de buscar em si um jeito próprio de compreender e traduzir para o paciente o que está acontecendo na sala de analise.
Um tratamento analítico termina quando o analisando, através de uma boa introjeção da função psicanalítica do seu analista, está equipado para prosseguir a sua, eterna, função auto-analitica e, dessa forma, continuar fazendo novas mudanças psíquicas. (ZIMERMAN, 2004)
Partindo dos pensamentos winnicotiano e kleineano, a capacidade de estar só está intimamente ligada à internalização do objeto bom. A experiência psíquica de uma mãe suficientemente boa, que falha amorosamente, é imprescindível para que o sujeito possa avançar no mundo externo. É necessário que a criança confie no amor que já possui dentro de si. Para o desligamento do objeto primário, a mãe (ou substituta), em sua realidade psíquica, deverá ocupar um lugar seguro, de pertencimento, sem o medo de perder o amor. Configura-se a partir disto, uma condição de autosuficiência, que permite legitimar a maturidade psíquica e sua integridade emocional.