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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº PR (2002/ )

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05/02/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 390.176 - PA (2001/0182520-0) RELATOR : MINISTRO FRANCIULLI NETTO RECORRENTE : ITAUTINGA AGRO INDUSTRIAL S/A ADVOGADO : VALDECI LAURENTINO DA SILVA RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL ADVOGADO : FABRÍCIO DA SOLLER EMENTA RECURSO ESPECIAL - TRIBUTÁRIO - IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - ZONA FRANCA DE MANAUS - SAÍDA DE PRODUTOS ANTES IMPORTADOS PARA OUTROS PONTOS DO TERRITÓRIO NACIONAL - INCIDÊNCIA DOS ALUDIDOS IMPOSTOS - APLICAÇÃO DO ARTIGO 37 DO DECRETO-LEI N. 1.544/76. O artigo 37 do Decreto-Lei n. 1.544/76, com a redação dada pela Lei n. 8.387/91, permite a saída de bens importados que ingressaram na Zona Franca de Manaus para outros pontos do território nacional, desde que efetuado o pagamento dos impostos exigíveis sobre importações do exterior. In casu, portanto, a saída da Zona de Franca de Manaus de mercadorias anteriormente importadas por empresa lá sediada, para outra parte do território nacional, exige o pagamento do Imposto de Importação e do IPI. Como bem salientou a Corte de origem, existe uma legislação específica para a Zona Franca de Manaus, distinta do regime do Decreto-Lei n. 37/66, inaplicável à espécie. Assim, "as disposições do DL 37/66 e do Decreto 91.030/85 que contrariam o Decreto-lei 288/67 não se aplicam, pois este último é norma especial". Documento: 457768 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 05/05/2004 Página 1 de 9

Nessa esteira, esta egrégia Segunda Turma pronunciou-se no sentido de que "o DL 288/67, ao criar a Zona Franca de Manaus, isentou de todos os tributos as mercadorias, estrangeiras ou nacionais, se utilizadas ou consumidas naquela área" (grifo não original - REsp 193.172/PE, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ de 10.09.2001). Recurso especial não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da SEGUNDA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator. Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Castro Meira e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Francisco Peçanha Martins. Brasília (DF), 02 de março de 2004 (Data do Julgamento) MINISTRO FRANCIULLI NETTO Relator Documento: 457768 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 05/05/2004 Página 2 de 9

RECURSO ESPECIAL Nº 390.176 - PA (2001/0182520-0) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO FRANCIULLI NETTO(Relator): Cuida-se de recurso especial interposto por Itautinga Agro Industrial S.A., com base na alínea "a" do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal, contra v. acórdão do egrégio Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Emerge dos autos que Itautinga Agro Industrial S.A., pessoa jurídica estabelecida com empreendimento industrial na Zona Franca de Manaus, impetrou mandado de segurança contra ato do Superintendente da Receita Federal em Belém/PA, objetivando a extensão do benefício de isenção do Imposto de Importação e de IPI, que obtém em suas importações, sobre a saída de máquinas e equipamentos, até então empregados em seu ativo permanente, para empresa com sede no Sergipe. O r. Juízo de primeiro grau denegou a segurança, razão pela qual a impetrante interpôs apelação, improvida pelo egrégio Tribunal Regional Federal da 1ª Região em acórdão que restou ementado nos seguintes termos: "TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. MERCADORIAS ESTRANGEIRAS ENTRADAS E CONSUMIDAS NA ZONA FRANCA DE MANAUS. ISENÇÃO. SAÍDA SEM AUTORIZAÇÃO LEGAL. DECRETO-LEI Nº 288, DE 28.02.67, ARTS. 1º E 3º E DECRETO-LEI Nº 1.455, DE 07.04.76, ART. 37. 1. De acordo com os arts. 1º, 3º do Dec.-lei 288/67 e 37 do Dec-lei 1.455/76, a isenção existe para a entrada de mercadorias na Zona Franca de Manaus, para ali serem consumidas, mas não para a saída. A saída - afora os casos Documento: 457768 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 05/05/2004 Página 3 de 9

permitidos - é proibida, salvo se houver pagamento dos tributos. 2. Apelação da impetrante improvida" (fl. 375). Alega a recorrente que "a saída de bens da Zona Franca de Manaus, importados com os incentivos fiscais do Decreto-lei nº 288/67, para qualquer ponto do território nacional, após cinco anos de efetivo emprego no ativo permanente - ou instalação de indústria - não ficam sujeitas à exigibilidade dos Impostos de Importação e sobre Produtos Industrializados. Tudo com amparo nos arts. 11 e 12 do DL 37/66, arts. 147, único, e 148, combinado com o art. 139, todos do Decreto nº 91.030/85 e art. 31 do Decreto nº 87.981/82" (fl. 364) É o relatório. Documento: 457768 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 05/05/2004 Página 4 de 9

RECURSO ESPECIAL Nº 390.176 - PA (2001/0182520-0) EMENTA RECURSO ESPECIAL - TRIBUTÁRIO - IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - ZONA FRANCA DE MANAUS - SAÍDA DE PRODUTOS ANTES IMPORTADOS PARA OUTROS PONTOS DO TERRITÓRIO NACIONAL - INCIDÊNCIA DOS ALUDIDOS IMPOSTOS - APLICAÇÃO DO ARTIGO 37 DO DECRETO-LEI N. 1.544/76. O artigo 37 do Decreto-Lei n. 1.544/76, com a redação dada pela Lei n. 8.387/91, permite a saída de bens importados que ingressaram na Zona Franca de Manaus para outros pontos do território nacional, desde que efetuado o pagamento dos impostos exigíveis sobre importações do exterior. In casu, portanto, a saída da Zona de Franca de Manaus de mercadorias anteriormente importadas por empresa lá sediada, para outra parte do território nacional, exige o pagamento do Imposto de Importação e do IPI. Como bem salientou a Corte de origem, existe uma legislação específica para a Zona Franca de Manaus, distinta do regime do Decreto-Lei n. 37/66, inaplicável à espécie. Assim, "as disposições do DL 37/66 e do Decreto 91.030/85 que contrariam o Decreto-lei 288/67 não se aplicam, pois este último é norma especial". Nessa esteira, esta egrégia Segunda Turma pronunciou-se no sentido de que "o DL 288/67, ao criar a Zona Franca de Manaus, isentou de todos os tributos as mercadorias, estrangeiras ou nacionais, se utilizadas ou Documento: 457768 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 05/05/2004 Página 5 de 9

consumidas naquela área" (grifo não original - REsp 193.172/PE, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ de 10.09.2001). Recurso especial não provido. VOTO O EXMO. SR. MINISTRO FRANCIULLI NETTO(Relator): Cinge-se a controvérsia à incidência de Imposto de Importação e IPI sobre a saída, para empresa com sede no Sergipe, de mercadorias estrangeiras importados por empresa sediada na Zona Franca de Manaus, beneficiária da isenção dos aludidos impostos quando da importação das mercadorias. Do exame acurado dos autos, observa-se que a recorrente importou diversas máquinas e equipamentos nos anos de 1979 e 1980, beneficiados pela isenção dos referidos impostos, em conformidade com o disposto no artigo 3º do Decreto-Lei n. 288/67. Naquele período estava em pleno vigor a proibição do artigo 37 do Decreto-Lei n. 1.544/76, in verbis : "Art. 37 - Fica vedada a transferência, a qualquer título, para o restante do território nacional, das mercadorias estrangeiras que ingressarem na Zona Franca de Manaus, após a vigência deste Decreto-lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1.967". A redação do aludido dispositivo legal foi posteriormente alterada pela Lei n. 8.387/91, que passou a permitir a saída dos bens importados para outros pontos do território nacional, desde que efetuado o pagamento dos impostos exigíveis sobre importações do exterior. Dessa forma, a saída da Zona de Franca de Manaus de Documento: 457768 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 05/05/2004 Página 6 de 9

mercadoria anteriormente importada por empresa lá sediada, para outra parte do território nacional, exige o pagamento do Imposto de Importação e do IPI. Como bem salientou a Corte de origem, existe uma legislação específica para a Zona Franca de Manaus, distinto do regime do Decreto-Lei n. 37/66, inaplicável na espécie. Assim, "as disposições do DL 37/66 e do Decreto 91.030/85 que contrariam o Decreto-lei 288/67 não se aplicam, pois este último é norma especial" (fl. 379). A respeito do tema, esta egrégia Segunda Turma, em recente julgado, posicionou-se no sentido de que "o DL 288/67, ao criar a Zona Franca de Manaus, isentou de todos os tributos as mercadorias, estrangeiras ou nacionais, se utilizadas ou consumidas naquela área" (grifo não original - REsp 193.172/PE, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ de 10.09.2001). Nessa linha de raciocínio, confira-se recente julgado do egrégio Tribunal Regional Federal da 1ª Região: "TRIBUTÁRIO. ZONA FRANCA DE MANAUS. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. ISENÇÃO. SAÍDA DE MERCADORIAS PARA O RIO DE JANEIRO. BENS E MERCADORIAS. INDISTINÇÃO. FATO GERADOR. 1. As mercadorias estrangeiras importadas pela Zona Franca de Manaus, quando desta saírem para outros portos do território nacional, ficarão sujeitas ao pagamento de todos os impostos exigíveis sobre importações do exterior. 2. "Os bens e mercadorias recebidas, beneficiadas ou fabricadas na Zona Franca de Manaus somente ficarão Documento: 457768 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 05/05/2004 Página 7 de 9

isentos do IPI quando destinados a consumo ou uso na própria área da Zona Franca, sua saída da Zona Franca e internação em outro ponto do território nacional dá azo ao pagamento do referido tributo, pelo responsável tributário correspondente." (AMS 95.01.05840-9/PA, Rel. Juíza SELENE MARIA DE ALMEIDA, Quarta Turma, DJ II 26/01/2001) 3. "Não há diferença, na interpretação tributária, entre mercadorias e bens." (AMS 90.01.06608-9/DF, Rel. Juiz TOURINHO NETO, Terceira Turma, DJ II 15/04/1991). 4. O fato gerador do II e do IPI é a saída dos bens da área da Zona Franca de Manaus. 5. Apelações e remessa oficial improvidas". Ante o exposto, nego provimento ao recurso especial. É como voto. Ministro FRANCIULLI NETTO, Relator Documento: 457768 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 05/05/2004 Página 8 de 9

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2001/0182520-0 RESP 390176 / PA Números Origem: 9400000049 9501058409 PAUTA: 02/03/2004 JULGADO: 02/03/2004 Relator Exmo. Sr. Ministro FRANCIULLI NETTO Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro FRANCIULLI NETTO Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. BRASILINO PEREIRA DOS SANTOS Secretária Bela. BÁRDIA TUPY VIEIRA FONSECA AUTUAÇÃO RECORRENTE : ITAUTINGA AGRO INDUSTRIAL S/A ADVOGADO : VALDECI LAURENTINO DA SILVA RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL ADVOGADO : FABRÍCIO DA SOLLER ASSUNTO: Tributário - Imposto de Importação CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator." Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Castro Meira e Eliana Calmon votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Francisco Peçanha Martins. O referido é verdade. Dou fé. Brasília, 02 de março de 2004 BÁRDIA TUPY VIEIRA FONSECA Secretária Documento: 457768 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJ: 05/05/2004 Página 9 de 9