CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CRCRJ



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Transcrição:

1 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CRCRJ Inês Oliveira sigestaotreinamento@yahoo.com.br Tributação nas Remessas para o Exterior Importações de Serviços e Direitos Rio de Janeiro - RJ Out/2015

2 Módulo I Introdução Módulo II Incidências Fato Gerador Alíquota Base de Cálculo Módulo III Obrigação Acessória SISCOSERV Módulo IV Acordos Países com Tributação Favorecida Módulo V Tipos de Remessas Módulo I - Introdução Tributação da Importação de Serviços e Direitos As importações têm papel fundamental no crescimento e diversificação dos diversos setores de atividades. A utilização de serviços de profissionais por empresas internacionais que têm suas subsidiárias no Brasil é comum em setores como o de informática. Contudo, as empresas nacionais precisam desembolsar valores consideráveis em tributos para que possam, em suas visões, oferecer melhores serviços ao mercado. O presente estudo teve o objetivo de analisar, de forma teórica e prática, todos os tributos incidentes nos serviços provenientes do exterior e nos serviços adquiridos no país, comparando as cargas tributárias decorrentes. À discussão crítica se somou a reunião de elementos que visam amparar a tomada de decisão por parte das empresas nos processos de importação de serviços. Considerando os cálculos realizados, verificou-se que a diferença da carga tributária é bastante relevante na comparação entre o serviço proveniente do exterior e o serviço contratado no Brasil. Mesmo com a possibilidade de compensação de alguns tributos, essa diferença é bem significativa.

3 Conclui-se que as importações são taxadas, dentre outras razões, com o propósito de equilibrar a concorrência com serviços locais. Mas essa taxação pode e deve ser menor quando tais importações representam transferência de conhecimentos e inovações para o país. A importação é utilizada por empresas que pretendem adquirir serviços de outros países a fim de incrementar seus negócios. Esse processo tem apresentado grande crescimento. Objetiva a melhoria das atividades das empresas e a diversificação de suas operações, buscando destaque dentro da área que atuam e uma maior competitividade com seus concorrentes de mercado. Há alguns anos, o único tributo incidente na importação de serviços era o imposto de renda (IR). Hoje, os tributos incidentes na importação desses mesmos serviços no Brasil, além do próprio Imposto de Renda (IR), são: A Contribuição para Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) Imposto sobre Serviços (ISS) Programa de Integração Social (PIS Importação) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS Importação) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) Mesmo que o prestador de serviço seja estrangeiro, a responsabilidade ou ônus do pagamento dos tributos, na maioria das vezes, acaba sendo do adquirente do serviço, no caso, a empresa brasileira. Com todos esses impostos, os serviços internacionais, nos últimos tempos, acabaram gerando uma movimentação tributária bem expressiva no Brasil, visto que essa prática

4 tem apresentado constante incremento. A arrecadação desses tributos fica em torno de 48%. Dependendo do país, a carga tributária pode ser ainda mais alta. Na legislação vigente é possível verificar que a soma das alíquotas dos impostos sobre serviços nacionais fica em torno de 39%. Para as importações de serviços e direitos, a tributação é feita em cascata, o que aumenta consideravelmente o total final dos tributos. Definições Imposto ou Tributo Conceito de tributo É uma obrigação que os contribuintes, ou seja, pessoas físicas (consumidores, trabalhadores) ou jurídicas (empresas, empregadores) devem pagar ao Estado, representado pela União (nível federal), pelos estados ou pelos municípios. Por tributo, entende-se toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada art.3º do Código Tributário Nacional - CTN. Basicamente, existem: Os tributos diretos, que incidem sobre a renda e o patrimônio: O IR (Imposto de Renda), O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), A contribuição à Previdência, entre outros

5 Os tributos indiretos, que incidem sobre o consumo. O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), cobrado em quase todos os produtos comercializados, Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que integra os custos das indústrias, por exemplo. Modalidades Veja, agora, a definição das três modalidades de tributos, que podem se enquadrar como diretos ou como indiretos: Imposto: pagamento realizado pelo contribuinte para custear a máquina pública, isto é, gerar compor o orçamento do Estado. Na teoria, os recursos arrecadados pelo Estado por meio dos impostos deveriam ser revertidos para o bem comum, para investimentos e custeio de bens públicos, como saúde, educação ou segurança pública. No entanto, na prática, como o imposto não está vinculado ao destino das verbas, ao contrário de taxas e contribuições, pagá-lo não dá garantia de retorno. No caso do imposto sobre propriedade de veículos, o IPVA, por exemplo, o pagamento não implica que o dinheiro será efetivamente revertido para melhoria das rodovias. Taxa: é a cobrança que a administração faz em troca de algum serviço público. Neste caso, há um destino certo para a aplicação do dinheiro. Diferentemente do imposto, a taxa não possui uma base de cálculo e seu valor depende do serviço prestado. Como exemplos, está a taxa de iluminação pública e de limpeza pública, instituídas pelos municípios. Contribuição: pode ser especial ou de melhoria. A primeira possui uma destinação específica para um determinado grupo ou atividade, como a do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). A segunda se refere a algum projeto/obra de melhoria que pode resultar em algum benefício ao cidadão. Artigo 145 da nossa Constituição Federal e do artigo 5º do CTN,

6 As contribuições para fiscais ou especiais integram o sistema tributário nacional, já que a nossa Constituição Federal (CF) ressalva quanto à exigibilidade da contribuição sindical (art. 80, inciso IV, CF), das contribuições previdenciárias (artigo 201 CF), sociais (artigo 149 CF), para a seguridade social (artigo 195 CF) e para o PIS Programa de Integração Social e PASEP Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (artigo 239 CF). Como contribuições especiais têm ainda as exigidas a favor da OAB, CREA, CRC, CRM e outros órgãos reguladores do exercício de atividades profissionais. Os empréstimos compulsórios Além desses tributos, previstos no Código Tributário Brasileiro, existe o empréstimo compulsório, que foi acrescentado pelo Supremo Tribunal Federal e regulados como tributos, conforme artigo 148 da Constituição Federal o qual se insere no Capítulo I Do Sistema Tributário Nacional. Essa modalidade é uma espécie de tomada de dinheiro, a título de empréstimo, que o Governo faz em determinadas situações de emergência, para futuramente restituí-lo ao cidadão. Somente a União pode determiná-lo.

Baseado nos conceitos constitucionais e do Código Tributário Nacional segue lista com 92 tributos vigentes no Brasil: 7 Lista de tributos (impostos, contribuições, taxas, contribuições de melhoria) existentes no Brasil: 1. Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante AFRMM - Lei 10.893/2004 2. Adicional de Tarifa Aeroportuária - ATA - Lei 7.920/1989 3. Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968 4. Contribuição à Comissão Coordenadora da Criação do Cavalo Nacional - CCCCN - art. 11 da Lei 7.291/1984 5. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - Lei 10.168/2000 6. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado "Salário Educação" - Decreto 6.003/2006 7. Contribuição ao Funrural - Lei 8.540/1992 8. Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - Lei 2.613/1955 9. Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT), atualmente com a denominação de Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho (GIIL-RAT) 10. Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990 11. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) - Decreto- Lei 8.621/1946 12. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) - Lei 8.706/1993 13. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942 14. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991 15. Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946 16. Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946 17. Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) - art. 9, I, da MP 1.715-2/1998 18. Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993 19. Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados) 20. Contribuição Confederativa Patronal (das empresas) 21. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico CIDE Combustíveis - Lei 10.336/2001 22. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico CIDE Remessas Exterior - Lei 10.168/2000 23. Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas Profissionais -

FAAP - Decreto 6.297/2007 24. Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional 39/2002 25. Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002 26. Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública - art. 32 da Lei 11.652/2008 27. Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) - art. 8º da Lei 12.546/2011 28. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal) 29. Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembleia do Sindicato que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT) 30. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei Complementar 110/2001 31. Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 32. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 33. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.) 34. Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc. 35. Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974 36. Fundo de Combate à Pobreza - art. 82 da EC 31/2000 37. Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966 com novas disposições da Lei 9.472/1997 38. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - Lei 5.107/1966 39. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 9.998/2000 40. Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-Lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002 41. Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) - Lei 10.052/2000 42. Imposto s/circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 43. Imposto sobre a Exportação (IE) 44. Imposto sobre a Importação (II) 45. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 46. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) 47. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) 48. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica) 49. Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) 50. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) 51. Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI) 52. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) 8

53. INSS Autônomos e Empresários 54. INSS Empregados 55. INSS Patronal (sobre a Folha de Pagamento e sobre a Receita Bruta - Substitutiva) 56. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 57. Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) 58. Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro 59. Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - Lei 10.870/2004 60. Taxa de Avaliação da Conformidade - Lei 12.545/2011 - art. 13 61. Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto-Lei 1.899/1981 62. Taxa de Coleta de Lixo 63. Taxa de Combate a Incêndios 64. Taxa de Conservação e Limpeza Pública 65. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental TCFA - Lei 10.165/2000 66. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001, art. 16 67. Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais) 68. Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC - Lei 11.292/2006 69. Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas ANA - art. 13 e 14 da MP 437/2008 70. Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei 7.940/1989 71. Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos - art. 50 da MP 2.158-35/2001 72. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23 73. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - Lei 10.834/2003 74. Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta - art. 48 a 59 da Lei 12.249/2010 75. Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC - Entidades Fechadas de Previdência Complementar - art. 12 da Lei 12.154/2009 76. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo - art. 130 da Lei 9.503/1997 77. Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e Radioativos e suas instalações - Lei 9.765/1998 78. Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal 79. Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999 80. Taxa de Serviços Administrativos TSA Zona Franca de Manaus - Lei 9.960/2000 81. Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9.933/1999 82. Taxa de Utilização de Selo de Controle - art. 13 da Lei 12.995/2014 83. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP) 84. Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e artigos 12 e 13, da Lei 9.427/1996 85. Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei 9.612/1998 e nos art. 7 e 42 do Decreto 2.615/1998 86. Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77, incisos 9

II e III, a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001 87. Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18 88. Taxa de Utilização do SISCOMEX - art. 13 da IN 680/2006 89. Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004 90. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais) 91. Taxas Judiciárias 92. Taxas Processuais do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - art. 23 da Lei 12.529/2011 Fonte: www.portaltributario.com.br 10 Definição de Serviços Técnicos O conceito de técnico está associado ao grego téchne, que se pode traduzir por ciência ou arte. Esta noção faz referência a um procedimento que visa na obtenção de um determinado resultado ou fim. Ao executar conhecimentos técnicos, obedece-se a um conjunto de regras e de normas que se utiliza como meio para alcançar um fim. É considerado técnico o indivíduo que domina uma técnica. Do ponto de vista Tributário, norma da Receita Federal do Brasil dispõe sobre a incidência do imposto sobre a renda na fonte sobre rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos para pessoas jurídicas domiciliadas no exterior, considera-se: Serviço técnico a execução de serviço que dependa de conhecimentos técnicos especializados ou que envolva assistência administrativa ou prestação de consultoria, realizado por profissionais independentes ou com vínculo empregatício ou, ainda, decorrente de estruturas automatizadas com claro conteúdo tecnológico; Instrução Normativa RFB nº 1455, de 06 de março de 2014.

11 Definição de Assistência Técnica Assistência técnica é a assessoria permanente prestada pela cedente de processo ou fórmula secreta à concessionária, mediante técnicos, desenhos, estudos, instruções enviadas ao País e outros serviços semelhantes, os quais possibilitem a efetiva utilização do processo ou fórmula cedido. Instrução Normativa RFB nº 1455, de 06 de março de 2014. Definição de Cessão de Direito Partindo para o conceito de prestação de serviço, Importação de Direitos é uma obrigação de dar e que não configura prestação de serviço. Na LC 116/03 temos previsão de Cessão de direito de Uso de marcas e de sinais de propaganda constante do item 3.02. No Município do Rio de Janeiro a cessão encontra-se listada no item 3.01 do Decreto 10.514/91: 3. Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres. 3.01. Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda. Administrativamente, o Município do Rio de Janeiro, ampliou em sua lista de serviços constante na Resolução 2.617/2010 17.05.2010 que dispõe sobre procedimentos relativos à emissão da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica - NFS-e - NOTA CARIOCA. Com base na publicação da IN nº 15/2012 12.01.2012, que orientou a aplicação do enunciado da Súmula Vinculante nº 31 do STF, que considera inconstitucional a tributação sobre a locação de bens móveis pelo ISSQN, mas no Art. 7º manteve a tributação do ISS para os serviços prestados mediante cessão de direito de uso, permissão de uso, licenciamento de uso e congêneres, o Município do RJ incluiu o item: 03.02.06 abaixo, na sua lista de serviços sujeitos a emissão de NFS-e Nota Carioca.

12 03.02.06 serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres, não especificados em outros códigos, exceto locação de bens móveis pura e simples, nos termos da Instrução Normativa SMF nº 15, de 12/01/2012; Direito de transmissão ou exploração de Obras Audiovisuais Em relação ao ISS, por não haver nenhum item específico na lista anexa à LC nº 116/03 caracterizando exploração de quaisquer direitos autorais como serviço, pode-se sustentar que as remessas por exploração de direitos autorais de obras audiovisuais não estão configura em prestação de serviço. Definição de Resultado do Serviço O conceito de resultado do serviço está, a meu ver, diretamente relacionado com o objetivo pretendido pelo tomador ao contratá-lo, que, por certo, não é a execução do serviço em si, mas o benefício dele decorrente. Logo, o resultado do serviço se verificará no local onde produza efeitos o serviço contratado. Nesse sentido, é a lição de HUMBERTO ÁVILA: 2.2.10 É precisamente nesse ponto que entra em cena o conceito de verificação do resultado do serviço. Com efeito, sendo serviço um esforço humano prestado em benefício de outrem, é precisamente esse bem ou utilidade material ou imaterial que irá compor o núcleo semântico da palavra resultado. O resultado do serviço é a utilidade que ele visa criar. O

13 esforço humano é o seu desenvolvimento; a utilidade, seu resultado. O tomador do serviço, quando contrata um serviço, quer o resultado do esforço humano. A utilidade ou bem (i) material, portanto. É isso, inclusive, que é o objeto da remuneração.. Definição Patentes São títulos de propriedade temporária, outorgados pelo INPI a criadores ou inventores de novos produtos, processos ou aperfeiçoamentos que tenham aplicação industrial. A autoria da patente pertence à(s) pessoa(s) física(s) denominada(s) inventor(es). O titular ou proprietário da patente é o depositante, que poderá ser o próprio inventor (pessoa física), ou seus herdeiros ou sucessores, ou a empresa (pessoa jurídica) para a qual trabalha ou para quem foi criado o invento. Ao titular da patente (seja ele o próprio inventor ou a instituição depositante), é concedido o direito de impedir terceiros de explorar, usar, comercializar, colocar à venda, etc., a sua criação. Definição Marcas As marcas são sinais utilizados no comércio para identificar produtos. No âmbito do direito de propriedade intelectual, as marcas revestem-se de grande utilidade. Marca é o símbolo em que os seus clientes se baseiam para escolher a sua empresa. Esta marca distingue a sua empresa da concorrência. Pode proteger e desenvolver a sua marca registrando-a. Alguns países pode obter proteção mesmo se a marca não for registada, desde que seja utilizada. No entanto, aconselha-se que a marca seja registada a fim de obter a melhor proteção.

14 A única limitação ao que pode constituir uma marca registada é que a marca tem de estar claramente definida; caso contrário, nem a sua empresa nem os seus concorrentes terão a certeza do que está abrangido pelo registo. Definição Intangíveis Os chamados "ativos intangíveis" são aqueles que não têm existência física. Como exemplos de intangíveis: os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, softwares e o fundo de comércio adquirido.

15 Módulo II Incidências Fato Gerador Alíquota Base de Cálculo Importação de Serviços De acordo com a legislação brasileira, seis tributos podem incidir sobre a importação de serviços. Abaixo, os aspectos gerais de cada um deles. I) Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF O IRRF é o tributo mais expressivo, dentre os tributos incidentes sobre os serviços contratados de pessoas jurídicas domiciliadas no exterior, tais como serviços técnicos e administrativos, ou de assistência técnica ou administrativa. A alíquota padrão de IRRF para pagamento de serviços técnicos (bem como para os de assistência técnica ou administrativa) é 15%. Se o país para o qual os serviços são pagos for considerado paraíso fiscal, a alíquota passa a ser de 25%. Para serviços gerais, não técnicos, a alíquota é também 25%. Compete à fonte reter o imposto, salvo disposição em contrário. Fato Gerador IR O fato gerador é o aspecto temporal da incidência do IRRF. Conforme prevê a legislação, o Imposto de Renda deverá ser retido por ocasião do pagamento ou crédito dos serviços prestados. Ocorrida qualquer uma delas deverá ser feita a retenção.

16 O que a Receita Federal entende pelas expressões: pagamento Significa a disponibilização efetiva dos recursos financeiros ao beneficiário crédito Significa o lançamento contábil do serviço prestado na escrituração do tomador dos serviços. (ADI nº 08/2014) Parecer Normativo CST-121/73 e Decisão de consulta 87/2001 SRRF 1ªRF Paraísos Fiscais ou Regime Fiscal Privilegiado Consideram-se países ou dependências que não tributam a renda ou que a tributam à alíquota inferior a 20% (vinte por cento) ou, ainda, cuja legislação interna não permita acesso a informações relativas à composição societária de pessoas jurídicas ou à sua titularidade. Consideram-se paraísos fiscais: I - Andorra;.II - Anguilla;.III - Antígua e Barbuda;.IV - Antilhas Holandesas;.V - Aruba;.VI - Ilhas Ascensão;.VII - Comunidade das Bahamas;.VIII - Bahrein;.IX - Barbados;.X - Belize;.XI - Ilhas Bermudas;.XII - Brunei;.XIII - Campione D' Italia;.XIV - Ilhas do Canal (Alderney, Guernsey, Jersey e Sark);.XV - Ilhas Cayman;.XVI - Chipre;.XVII - Cingapura;

17.XVIII - Ilhas Cook;.XIX - República da Costa Rica;.XX - Djibouti;.XXI - Dominica;.XXII - Emirados Árabes Unidos;.XXIII - Gibraltar;.XXIV - Granada;.XXV - Hong Kong;.XXVI - Kiribati;.XXVII - Lebuan;.XXVIII - Líbano;.XXIX - Libéria;.XXX - Liechtenstein;.XXXI - Macau;.XXXII - Ilha da Madeira;.XXXIII - Maldivas;.XXXIV - Ilha de Man;.XXXV - Ilhas Marshall;.XXXVI - Ilhas Maurício;.XXXVII - Mônaco;.XXXVIII - Ilhas Montserrat; XXXIX - Nauru;.XL - Ilha Niue;.XLI - Ilha Norfolk;.XLII - Panamá;.XLIII - Ilha Pitcairn;.XLIV - Polinésia Francesa;.XLV - Ilha Queshm;.XLVI - Samoa Americana;.XLVII - Samoa Ocidental;.XLVIII - San Marino;.XLIX - Ilhas de Santa Helena;.L - Santa Lúcia;.LI - Federação de São Cristóvão e Nevis;

18.LII - Ilha de São Pedro e Miguelão;.LIII - São Vicente e Granadinas;.LIV - Seychelles;.LV - Ilhas Solomon;.LVI - St. Kitts e Nevis;.LVII - Suazilândia;.LVIII - Suíça; (Revogado(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1474, de 18 de junho de 2014) LIX - Sultanato de Omã;.LX - Tonga;.LXI - Tristão da Cunha;.LXII - Ilhas Turks e Caicos;.LXIII - Vanuatu;.LXIV - Ilhas Virgens Americanas;.LXV - Ilhas Virgens Britânicas. Instrução Normativa RFB nº 1037, de 04 de junho de 2010.Multivigente Vigente Original Base de Cálculo: A base de cálculo do IRRF é a importância remetida ao exterior. Por determinação do art. 5º da Lei nº 4.154, de 1962, nos casos em que a fonte pagadora assumir o ônus do imposto, a importância remetida ao exterior é considerada como líquida, caso em que deve ser feito o reajustamento, para mais, do rendimento bruto sobre o qual recai o IRRF. Essa prática, denominada gross up, é comum no comércio internacional de serviços e implica em aumento na carga efetiva do tributo, mas possibilita que o prestador de serviços não seja afetado pelos tributos no país de origem do pagamento.

19 Reajustamento da Base do IR: Art. 717 / 725 do RIR/99 Decreto 3.000/99 A fonte pagadora fica obrigada ao recolhimento do imposto, ainda que não o tenha retido. Base Legal: art. 722 RIR/99 Decreto 3.000/99 Prazo de Recolhimento Na data de ocorrência do fato gerador - Diário RIR/99:Art. 865, I. 0422 IRRF Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Royalties e pagamentos de assistência técnica 0473 IRRF Renda e proventos de qualquer natureza 0481 IRRF Juros e comissões em geral 5192 IRRF Obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas 9412 IRRF Fretes internacionais 9427 IRRF Remuneração de direitos 9466 IRRF Previdência privada e Fapi 9478 IRRF Aluguel e arrendamento

II) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CIDE Remessas exterior 20 A criação da CIDE-Remessas ao exterior, em 2000, e sua posterior alteração no ano seguinte pela Lei nº 10.332, de 2001 objetivava estimular o desenvolvimento tecnológico do Brasil por meio de programas de pesquisas científicas e tecnológicas em cooperação entre universidades e o setor produtivo brasileiro. A CIDE incide sobre o rendimento remetido ao exterior a título de remuneração decorrente de contratos de exploração de patentes, uso de marcas, fornecimento de tecnologia, prestação de assistência técnica, serviços técnicos, serviços de assistência administrativa e semelhantes e sua alíquota é de 10% (dez por cento). Hipótese de incidência: Licença de uso ou aquisição de conhecimentos tecnológicos, bem como transferência de tecnologia, em decorrência de contratos firmados com residentes ou domiciliados no exterior; A partir de 01.01.2002: contratação de serviços técnicos e de assistência administrativa e semelhantes a serem prestados por residentes ou domiciliados no exterior, bem assim o pagamento, crédito, entrega, emprego e remessa de royalties, a qualquer título, a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior. Software: Não incide a CIDE na remuneração pela licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computador, salvo quando envolverem a transferência da correspondente tecnologia.

21 Definição legal de contratos de transferência de tecnologia: Aqueles relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e os de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica. Base de cálculo: Valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada mês, a residente ou domiciliado no exterior. Valores de contratos de exploração de patentes, uso de marcas, fornecimento de tecnologia, prestação de assistência técnica, serviços técnicos, serviços de assistência administrativa, royalties e semelhantes. A base é o valor da remessa antes da retenção do IRRF, ou seja, o valor bruto. Não incidência: Remuneração pela licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computador, salvo quando envolverem a transferência da correspondente tecnologia. Fornecimento de tecnologia: Aqueles contratos relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e os de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica. Exemplos: Cessão de patentes, exploração de patentes, uso de marcas, fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistência técnica e científica, franquia; Serviços de Assistência Administrativa: O trabalho, obra ou empreendimento cuja execução dependa de conhecimentos técnicos especializados, prestados por profissionais liberais ou de artes e ofícios; Alíquota: 10% Base legal: Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000.

22 Reajustamento de Base: Quando a fonte pagadora assumir o ônus do imposto (IR), caso em que deve ser feito o reajustamento da base, a base de cálculo da CIDE Importação será a reajustada. Processo de Consulta nº 44/06 SRRF da 6ªRF (06.03.2006) CIDE. REAJUSTAMENTO DA BASE DE CÁLCULO. A contribuição incide sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de remuneração decorrente das obrigações contraídas. Quando a Reajuste da base de cálculo empresa brasileira assume o ônus do imposto de renda incidente na operação, está fazendo um pagamento adicional ao seu fornecedor do exterior. Nesse caso, o valor que servirá de base de cálculo da CIDE deve ser reajustado. III) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CIDE ROYALTIES Royalties: É uma palavra de origem inglesa que se refere a uma importância cobrada pelo proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, entre outros, ou pelo autor de uma obra, para permitir seu uso ou comercialização. Os royalties não se confundem com os valores pagos pela aquisição definitiva de direitos de propriedade industrial ou comercial ou a título de luvas para extensão ou modificação de contratos de cessão do uso ou exploração de tais direitos, os quais devem ser registrados no Ativo Intangível e podem ser amortizados durante o prazo de vigência do contrato, para fins fiscais. Portanto, royalties nada mais é que a remuneração corrente pela exploração do direito cujo uso foi cedido, mas continua de propriedade do cedente, e geralmente é estabelecida

23 mediante taxa (ou porcentagem) pré-fixada sobre as vendas finais ou dos lucros obtidos por aquele que fabrica e comercializa um produto ou tecnologia (cessionário), assim como o concurso de suas marcas ou dos lucros obtidos com essas operações. É importante que se diga que a remuneração dos royalties está vinculada à averbação dos contratos celebrados junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que emitirá o Certificado de Averbação ou indeferirá o pedido de averbação. Base Legal: Art. 355, 3º do RIR/1999 (UC: 25/09/14) e; PN CST nº 143/1975 (UC: 25/09/14). Constitucionalmente, a CIDE-Royalties possui respaldo no artigo 149 da da Constituição Federal/1988, que assim prescreve: "Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. De acordo com a legislação brasileira art. 52 do Decreto nº 3.000, conhecido como Regulamento do Imposto de Renda de 1999 RIR/99, constituem royalties os rendimentos de qualquer espécie decorrentes do uso, fruição ou exploração de direitos, tais como: a) o direito de colher ou extrair recursos vegetais, inclusive florestais; b) o direito de pesquisar e extrair recursos minerais; c) exploração de invenções, processos e fórmulas de fabricação e de marcas de indústria e comércio; d) exploração de direitos autorais, salvo quando percebidos pelo autor ou criador do bem ou obra. Vale ressaltar que, no caso de royalties referentes a direitos de transmissão de obras audiovisuais destinadas ao rádio e à televisão, o artigo 709 do RIR/99 estabelece que o IRF será devido à alíquota de 15%, como estabelecido no artigo 72 da Lei nº 9.430/96, à exceção

das remessas a beneficiários residentes em Paraísos Fiscais, que estão sujeitas ao IRF à alíquota de 25%. 24 Dedutibilidade Regra geral: Despesas com royalties só serão dedutíveis quando necessárias, usuais e normais para a empresa. O valor dos royalties pelo uso de tecnologia e de marca somente podem ser deduzidos até o limite máximo de 5% da receita líquida dos produtos beneficiados com a tecnologia ou com a marca, observados os limites máximos fixados por indústria (Portaria 436/58). Inconstitucionalidade a ser discutida. Apenas os contratos de transferência de tecnologia e licença de marcas averbados no INPI e registrados perante o Banco Central podem ser remetidos ao exterior e deduzidos da base de cálculo do IRPJ e da CSL. Base de Cálculo: Incide CIDE sobre o valor reajustado do pagamento feito pelo contribuinte ao exterior, por meio da utilização da regra de reajustamento, quando o remetente assume o IR. A base de cálculo para as remessas de Royalties será o valor reajustado. MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Nº 17 de 29 de Junho de 2011 ASSUNTO: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE EMENTA: BASE DE CÁLCULO CIDE. PESSOA JURÍDICA BRASILEIRA. ASSUNÇÃO DO ONUS DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (IRRF). O valor do Imposto de Renda na Fonte incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas ao exterior compõe a base de cálculo da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), independentemente de a fonte pagadora assumir o ônus imposto do IRRF.

25 Alíquota: 10% Recolhimento: O recolhimento da CIDE-Royalties deverá ser efetuado até o último dia útil da quinzena subsequente ao mês de ocorrência do fato gerador, através de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) utilizando-se do código (Campo 04) 8741. Base Legal: Art. 2º, 5º da Lei nº 10.168/2000 (UC: 25/09/14). Crédito: A MP 2.159-70/2001 concedeu crédito incidente sobre a CIDE-Royalties, aplicável às importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas para o exterior a título de royalties referentes a contratos de exploração de patentes e de uso de marcas. A partir de 01/01/2014 está vedado o desconto de crédito sobre a CIDE-Royalties devida. CIDE incidirá sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas, a cada mês, a residente ou domiciliados no exterior, a título de royalties ou remuneração: I - fornecimento de tecnologia; II - prestação de assistência técnica: a) serviços de assistência técnica; b) serviços técnicos especializados; III - serviços técnicos e de assistência administrativa e semelhantes; IV - cessão e licença de uso de marcas; e V - cessão e licença de exploração de patentes.

26 Averbação no INPI A Lei 9.279/96 que regula os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; II - concessão de registro de desenho industrial; III - concessão de registro de marca; IV - repressão às falsas indicações geográficas; e V - repressão à concorrência desleal. Aplica-se também o disposto nesta Lei: I - ao pedido de patente ou de registro proveniente do exterior e depositado no País por quem tenha proteção assegurada por tratado ou convenção em vigor no Brasil; e II - aos nacionais ou pessoas domiciliadas em país que assegure aos brasileiros ou pessoas domiciliadas no Brasil a reciprocidade de direitos iguais ou equivalentes. Segundo o disposto no artigo 2º do Ato Normativo nº 135/97 do INPI, são contratos de propriedade industrial aqueles que envolvem licença de direitos (exploração de patentes ou de uso de marcas) e aquisição de conhecimentos tecnológicos (fornecimento de tecnologia e prestação de serviços de assistência técnica e científica) e os contratos de franquia. Serviços de Assistência Técnica Contratos NÃO averbáveis RESOLUÇÃO INPI Nº 267/2011 - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA - CONTRATOS NÃO AVERBÁVEIS - LISTA Lista dos contratos de Serviços de Assistência Técnica que não são averbáveis, por não implicarem em transferência de tecnologia: 1. Agenciamento de compras incluindo serviços de logística (suporte ao embarque, tarefas administrativas relacionadas à liberação alfandegária, etc...);

27 2. Serviços realizados no exterior sem a presença de técnicos da empresa brasileira, que não gerem quaisquer documentos e/ou relatórios, como por exemplo: beneficiamento de produtos; 3. Homologação e certificação de qualidade de produtos; 4. Consultoria na área financeira; 5. Consultoria na área comercial; 6. Consultoria na área jurídica; 7. Consultoria visando a participação em licitação; 8. Serviços de marketing; 9. Consultoria realizada sem a vinda de técnicos às instalações da empresa cessionária; 10. Serviços de suporte, manutenção, instalação, implementação, integração, implantação, customização, adaptação, certificação, migração, configuração, parametrização, tradução ou localização de programas de computador (software); 11. Serviços de treinamento para usuário final ou outro treinamento de programa de computador (software), conforme art. 11 da Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998; 12. Licença de uso de programa de computador (software); 13. Distribuição de programa de computador (software); 14. Aquisição de cópia única de programa de computador (software). IV) Programa de Integração Social - PIS e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS A tributação do PIS-Importação e da COFINS-Importação sobre a importação de serviços foi instituída pela Lei nº 10.865, de 2004. O texto prevê a tributação sobre os serviços provenientes do exterior prestados por pessoa física ou pessoa jurídica residente ou domiciliada no exterior, executados no Brasil ou no exterior, cujo resultado seja verificado no Brasil.

28 Abrangência do termo serviços: Prestados por pessoa física ou pessoa jurídica residente ou domiciliada no exterior; e Executados no País ou executados no exterior, cujo resultado se verifique no País. Hipótese de incidência - Fato gerador: O pagamento, o crédito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestação por serviço prestado. Base de cálculo: O valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da retenção do imposto de renda, acrescido do Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza -ISS e do valor das próprias contribuições. Alíquota: PIS/Importação: 1,65% COFINS/Importação: 7,6% Possibilidade de estabelecimento de alíquotas diferenciadas no caso de empresas sediadas em paraísos fiscais ( 1 do art. 27) Base Legal: Lei n 10.865, de 30.04.2004 Prazo de Recolhimento> Na data do pagamento, crédito, entrega emprego ou remessa, na hipótese de importação de serviços. Diário 5434 PIS/PASEP - Pis/Pasep - Importação de serviços 5442 COFINS Cofins - Importação de serviços (Lei 10.865/04)

29 Reajustamento de Base: Quando a fonte pagadora assumir o ônus do imposto (IR), caso em que deve ser feito o reajustamento da base, a base de cálculo das Contribuições do Pis e da Cofins Importação será a reajustada. Processo de Consulta nº 37/06 - SRRF da 6ªRF (03.03.2006) PIS/COFINS. BASE DE CÁLCULO. IMPORTAÇÃO. A base de cálculo das contribuições sociais na importação de serviços corresponde ao valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da retenção do imposto de renda. Quando a empresa brasileira assume o ônus do imposto de renda incidente na operação, está fazendo um pagamento adicional ao seu fornecedor do exterior. (...) Nesse caso, o valor a ser considerado na base de cálculo das contribuições na importação deve ser reajustado. PIS e COFINS Importação Royalties Em razão do entendimento adotado na Solução de Divergência COSIT nº 11/2011, a Solução de Consulta 192/2011, estabelece que não há incidência do Pis e da Cofins Importação, sobre os valores pagos, creditados, entregues ou remetidos para pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no exterior a título de Royalties, cessão do direito de uso ou de licença de uso, desde que estes valores estejam discriminados no documento que fundamentar a operação. Nota: A Medida Provisória 668/2015, tentou aumentar as alíquotas de duas contribuições incidentes sobre as importações, o PIS/Pasep-Importação e a Cofins-Importação. Na regra geral, elas sobem de 1,65% e 7,6% para 2,1% e 9,65%, respectivamente. A Lei 13.137/15 converte a MP 668/2015. As alíquotas de PIS e Cofins incidentes sobre a importação de serviço permaneceram inalteradas, PIS 1,65% e Cofins 7,6%, totalizando 9,25%.

30 Crédito As pessoas jurídicas sujeitas à apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no regime de incidência não-cumulativa poderão descontar créditos, para fins de determinação dessas contribuições, em relação às importações sujeitas ao pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep - Importação e a Cofins - Importação, nas seguintes hipóteses: 1.bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustível e lubrificantes; OBS: Essa hipótese alcança os direitos autorais pagos pela indústria fonográfica desde que esses direitos tenham se sujeitado ao pagamento das contribuições na importação. 2.aluguéis e contraprestações de arrendamento mercantil de prédios, máquinas e equipamentos utilizados na atividade da empresa; Observações: 1. O direito ao crédito aplica-se em relação às contribuições efetivamente pagas na importação de bens e serviços. 2. O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses subsequentes. 3. O crédito será apurado mediante a aplicação das alíquotas de 1,65% para a Contribuição para o PIS/Pasep e de 7,6% para a Cofins sobre o valor que serviu de base de cálculo para a Contribuição para o PIS/Pasep - Importação e para a Cofins - Importação, acrescido do valor das próprias contribuições 4. No caso de pessoa jurídica sujeita à incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins em relação apenas à parte de suas receitas, o crédito só pode ser calculado em relação aos custos, despesas e encargos vinculados à receita submetida à incidência não-cumulativa. No caso de custos, despesas e encargos vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa e àquelas submetidas ao

regime de incidência cumulativa e/ou regimes especiais, os créditos serão determinados, a critério da pessoa jurídica, pelo método de: 31 1.apropriação direta, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação percentual entre os custos vinculados à receita sujeita à incidência nãocumulativa e os custos totais incorridos no mês, apurados por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou 2.rateio proporcional, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa e a receita bruta total, auferidas no mês. Vedações para utilização do crédito (art. 16º Lei 10.865/2004) I - as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou arbitrado; II - as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES; III- as pessoas jurídicas imunes a impostos; IV - os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais, e as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei, referidas no art. 61 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição; V - sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária, sem prejuízo das deduções previstas na legislação VI - as receitas decorrentes das operações sujeitas à substituição tributária da COFINS VII - as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações; VIII - as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens IX - as receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros; X - as receitas decorrentes de serviços

32 a) prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas; e b) de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue; Conceito de insumo Entende-se como insumos: Utilizados na prestação de serviços: os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço.

33 V) Imposto sobre Operação Financeira - IOF Câmbio São contribuintes do IOF-Câmbio os compradores ou vendedores de moeda estrangeira nas operações referentes às transferências financeiras para o exterior ou do exterior, respectivamente. Lembramos que, as transferências financeiras compreendem os pagamentos e recebimentos em moeda estrangeira, independentemente da forma de entrega e da natureza das operações. Base Legal: Art. 12 do RIOF/2007 (UC: 12/07/15). A propósito do IOF-Câmbio, ressalta-se que ao contrário das operações para bens importados, a operação de câmbio para pagamento de serviços importados está sujeita à alíquota de 0,38% e o momento da tributação é a data da liquidação da operação de câmbio, não importando quando foi contratada. A base de cálculo de uma operação cambial é o montante, em moeda nacional, correspondente. ao valor da operação de câmbio em moeda estrangeira, com exceções descritas no art. 15-A do Decreto nº 6.306, de 2007. Não Incidência: Não se submetem à incidência do IOF as operações realizadas por órgãos da administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e, desde que vinculadas às finalidades essenciais das respectivas entidades, as operações realizadas por: I - autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - templos de qualquer culto; III - partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores e instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.

34 Responsáveis pela cobrança do IOF e pelo seu recolhimento ao Tesouro Nacional: I - as instituições financeiras que efetuarem operações de crédito; II - as empresas de factoring adquirentes do direito creditório; III - a pessoa jurídica que conceder o crédito, nas operações de crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros. Alíquota: 0,38% VI) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN Importação é o processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem, que pode ser um produto ou um serviço, do exterior para o país de referência. Lei Complementar 116/2003 x Decreto-Lei 406/68 A Lei Complementar n 116/03 trouxe algumas novidades acerca do Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), dentre elas está a ampliação das hipóteses de incidência constantes na lista de serviços e, especialmente, a instituição da incidência do imposto municipal sobre as importações de serviços. Até então, nos termos do Decreto-Lei nº 406/68, não ocorria fato gerador do ISS na prestação de serviços por pessoa física ou jurídica estabelecida no exterior (importação de serviços), exceto no caso específico de Construção Civil.

35 Com a publicação da Lei Complementar Federal nº 116/03, houve uma reviravolta na forma de tributação do ISS incidente na importação de serviços, pois o art. 1º, 1º, da citada norma, estabelece que: o imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País... Assim, passou a ser tributado os serviços prestados proveniente no exterior, mesmo que iniciada a prestação no exterior e concluída no País. Desse modo, para os serviços importado, caberá ao tomador, estabelecido em território nacional, efetuar a retenção e o recolhimento do ISS, tornando-se o contribuinte responsável pelo tributo (art. 3º, I e art. 6º, 2º, I, da Lei Complementar Federal nº 116/03). Nessa hipótese, podemos concluir que houve inversão na regra de determinação do local de pagamento do ISS nas prestações internacionais (importação de serviços), passando o imposto a ser devido ao local da prestação, e não mais ao local onde se encontra estabelecido o prestador de serviços. Conclui-se do exposto, que existem dois elementos de conexão para a configuração da importação de serviços, quais sejam, o lugar da execução e o lugar onde se verifica o resultado, e, ocorrendo qualquer destes dois elementos haverá a incidência do ISS. Partindo desta premissa, se, por exemplo, uma empresa estabelecida no Uruguai celebrasse contrato com empresa estabelecida no Brasil, para a prestação de serviços de consultoria, em benefício da empresa brasileira, haverá a incidência do ISS. Neste caso, a empresa uruguaia estaria prestando o serviço no exterior, mas o resultado do serviço seria no Brasil, uma vez que a empresa brasileira fruiria o benefício do serviço neste país. A alíquota obedece à legislação vigente no município de residência ou domicílio do tomador, não inferior a 2% e não superior a 5%.

36 Importação Direito Partindo para o conceito de prestação de serviço, Importação de Direitos é uma obrigação de dar e que não configura prestação de serviço. Na LC 116/03 temos previsão de Cessão de direito de Uso de marcas e de sinais de propaganda constante do item 3.02.