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Transcrição:

Brasília, 15 de agosto de 2014 às 14h46 Seleção de Notícias CNI NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS Clipping Nacional

Valor Econômico BR Temas de Interesse Colunas e Editoriais Marina Silva retorna ao centro da cena eleitoral......................................... 4 OPINIÃO Temas de Interesse Colunas e Editoriais Os perigos do consenso econômico..................................................... 6 OPINIÃO Cresce o interesse por ativos no exterior................................................ 9 ESPECIAL PRIVATE BANKING Asiáticos têm maior crescimento...................................................... 12 ESPECIAL PRIVATE BANKING Indefinição do quadro eleitoral deve manter volatilidade intensa na bolsa.................... 14 FINANÇAS Temas de Interesse Comércio Internacional Barreiras inibem avanço do comércio.................................................. 16 ESPECIAL BRASIL-JAPÃO Temas de Interesse Comércio Internacional Aumentam cortes de taxa de importação por falta de produto.............................. 18 BRASIL Temas de Interesse Infraestrutura Para economistas, baixa poupança é obstáculo ao crescimento............................. 20 BRASIL Temas de Interesse Infraestrutura Uma África sempre meio oculta....................................................... 22 EU & FIM DE SEMANA Temas de Interesse Competitividade "Logística do PAC não tem sido um sucesso"............................................ 25 BRASIL O Estado de S. Paulo BR Temas de Interesse Colunas e Editoriais Depois de Eduardo.................................................................. 27 NOTAS & INFORMAÇÕES

Recessão volta a ameaçar a zona do euro............................................... 29 ECONOMIA FGV projeta recuo de 0,8% no PIB do segundo trimestre................................. 31 ECONOMIA Barreira à carne bovina será levada à OMC............................................. 33 ECONOMIA Juros futuros e dólar têm ajustes de baixa após impacto eleitoral........................... 34 ECONOMIA Folha de S. Paulo BR Temas de Interesse Colunas e Editoriais Descobrir o Simples é complexo....................................................... 35 TENDÊNCIAS/DEBATES PIB europeu fraco eleva pressão por mais estímulos...................................... 37 MERCADO O Globo BR Varejo tem pior resultado em dois anos................................................ 39 ECONOMIA Rússia libera compra de carne de 89 fábricas............................................ 40 ECONOMIA Temas de Interesse Indústria Indústria e burocracia............................................................... 41 OPINIÃO Temas de Interesse Infraestrutura Aprofundar as desonerações tributárias................................................ 42 OPINIÃO Brasil Econômico BR CNI Consumo de importados alcança patamar recorde....................................... 43 BRASIL Temas de Interesse Comércio Internacional 'A Argentina já estava em default antes'................................................ 45 MUNDO Temas de Interesse Infraestrutura Gasoduto de Putin é sonho mais distante............................................... 47 MUNDO

Temas de Interesse Colunas e Editoriais Valor Econômico Marina Silva retorna ao centro da cena eleitoral Marina Silva volta ao centro da cena eleitoral após a trágica morte de Eduardo Campos, que encabeçava a chapa do Partido Socialista Brasileiro. Antes da morte, o pleito caminhava para uma reedição dos anteriores, entre PT e PSDB, com alguma chance de sucesso para os tucanos com a queda de popularidade da presidente Dilma, e com Campos avançando para consolidar suas posições para 2018. Agora, o jogo eleitoral é outro, bem diferente. Todos os principais atores da campanha terão de rever seus planos, a partir da definição primordial que o PSBtomará em relação a seu candidato. A decisão de seguir em frente com Marina não é algo tão simples. Quadro jovem e renovador na política, Campos construiu a chance de se livrar da polarização entre tucanos e petistas apoiando-se em linhas de forças de ambos. Pragmático, cresceu fazendo a velha política, sem a qual não colocaria de pé, com sucesso, seu partido, e as alianças que o permitiram disputar um pleito nacional. Ex-ministro de Lula, dava como favas contadas a importância de primeiro plano das políticas sociais, algo que os tucanos são acusados de desdenhar até hoje. Por outro lado, usou métodos de gestão privada no governo de Pernambuco e liberou o terreno do desenvolvimento ao setor privado, algo pelo qual a gestão de Dilma é muito criticada. Isso mudou quando Marina, em outubro de 2013, bateu às portas de Campos e reforçou o esboço da "terceira via" que ele começara a pôr em prática. Projeção nacional e 20 milhões de votos em 2010 deram ao ex-governador de Pernambuco novos horizontes. Marina, por outro lado, trazia consigo princípios que se chocavam com os do PSB, em especial o de mudar a forma de fazer política, o que até hoje parece confuso, mas certamente não incluía aceitação de alianças sem princípios com legendas dedireita, vistassemproblemas por velhas enovas raposas da legenda. OPINIÃO Campos e Marina tentavam um complexo consenso político possível, cercado por dificuldades. Parte do PSB via e ainda vê vantagens em seguir à sombra do governo petista. Alguns líderes do partido não veem nada de errado em alianças para ganhar eleições. Daí as rixas públicas durante a montagem dos palanques estaduais nos principais colégios eleitorais do país. Marina não seguiu Campos em várias escolhas. Campos era o fiador do acordo com Marina e seu tato e experiência filtravam as propostas que poderiam ser encampadas pelo PSB. Sem ele, a situação é outra. Adesistas ao PT ainda estão lá, as alianças que Marina rejeitava estão de pé, e há líderes que discordam dela e outros que mal a conhecem. O destino colocou o PSB diante da insólita situação de colocar à sua frente, com chances, uma candidata à Presidência sem, na verdade, ou apenas formalmente, ter feito parte dele. Marina ainda é uma estranha no ninho pessebista. Por outro lado, como cacife eleitoral, Marina eleva a força dos votos na legenda a outro patamar, bem acima dos 10% que Campos nunca conseguiu permanecer nas poucas vezes que alcançou. A morte de Campos, porém, torna quase impossível a legenda voltar atrás na candidatura própria, restando-lhe colocar políticos experientes do partido na vice-presidência. Marina, pelas razões acima ou outras - não tem partido nem quadros organizados suficientes, afinidades restritas com o PSB -, pode desistir de concorrer, uma hipótese que não é despropositada. O panorama para os tucanos mudou para pior. Quando Marina Silva frequentava as pesquisas, arrebatava mais intenções de votos que Aécio Neves (27% ante 16% em abril), atraindo simpatia em faixas tucanas (instruídos com boa renda) e também de Dilma. O PSDB precisava levar a disputa para segundo turno de qualquer maneira. Com Marina no pg.4

Temas de Interesse Colunas e Editoriais Valor Econômico Continuação: Marina Silva retorna ao centro da cena eleitoral páreo, isso já époucomenosqueuma certeza, mas,se acontecer, o risco é Aécio não estar mais na cédula. Para Aécio, o PSB claramente não era um problema e sua artilharia estava toda voltada contra a presidente Dilma. A estratégia terá de ser repensada. Marina nadisputa também nãoéboanotícia para Dilma Rousseff. O segundo turno tornou-se perspectiva real e problemática, especialmente se Marina catalisar os votos da "oposição de junho", que nem Aécio nem Campos estavam conseguindo fazer. Marina não é um alvo fixo, como os tucanos, cujas bandeiras são atacadas pelo PT há muito. Marina, se concorrer, carrega a bandeira da renovação política, de enorme apelo em tempos de insatisfação. pg.5

Temas de Interesse Colunas e Editoriais Valor Econômico Os perigos do consenso econômico OPINIÃO New York Times". O debate público virulento sobre a validade de estímulos fiscais, reclamou, havia perdido qualquer conexão com o que os especialistas conhecem e concordam. Consensos entre economistas podem surgir por bons e maus motivos. Algumas vezes, são bastante inócuos, como quando se ouve economistas argumentarem que quem ignora o papel dos incentivos o faz por sua conta e risco. Quem pode discordar disso? É melhor expor o público a incertezas do que dar-lhe falsa sensação de segurança. Por Dani Rodrik A Iniciativa sobre Mercados Globais (IGM, na sigla em inglês) da Universidade de Chicago pesquisa periodicamente um grupo de importantes economistas acadêmicos de várias tendências políticas sobre assuntos da atualidade. Em sua mais recente pesquisa, perguntou se o plano de estímulos econômicos do presidente americano, Barack Obama, havia ajudado a reduzir o desemprego nos EUA. O plano, conhecido oficialmente como Lei de Reinvestimento e Recuperação Americana de 2009, contemplou gastos governamentais superiores a US$ 800 bilhões em infraestrutura, educação, saúde, energia, incentivos tributários e vários programas sociais. Foi uma resposta clássica keynesiana, adotada em meio a uma crise econômica. Os economistas foram praticamente unânimes. Dos 37 grandes economistas que responderam a pesquisa, 36 disseram que o plano havia sido bem-sucedido em seu objetivo declarado de reduzir o desemprego. O economista Justin Wolfers, da Universidade de Michigan, celebrou o consenso em seu blog no "The De fato, economistas concordam sobre muitos assuntos, vários deles politicamente controversos. O economista Greg Mankiw, de Harvard, listou alguns deles em 2009. As seguintes proposições arregimentaram apoio de pelos menos 90% dos economistas: cotas e tarifas de importação reduzem o bem-estar econômico geral; controles sobre o aluguel reduzem a oferta de moradias; taxas de câmbio livres proporcionam um sistema monetário internacional eficaz; os EUA não deveriam impedir empregadores de terceirizar mão de obra em países estrangeiros; e políticas fiscais estimulam a economia quando não há pleno emprego. Esse consenso sobre questões tão importantes contrasta amplamente com a percepção geral de que economistas raramente concordam sobre algo. "Se todos os economistas fossem postos lado a lado", ironizou celebremente George Bernard Shaw, "nunca chegariam a uma conclusão". Comenta-se que o ex-presidente americano Dwight Eisenhower, frustrado diante de conselhos conflitantes e evasivos, certa vez teria pedido por um economista que não falasse "por outro lado...". Sem dúvida, há muitas questões de políticas públicas que economistas debatem acirradamente. Qual deve ser o teto do imposto de renda? O salário mínimo deve ser elevado? O déficit fiscal deve ser reduzido por pg.6

Temas de Interesse Colunas e Editoriais Valor Econômico Continuação: Os perigos do consenso econômico meio de elevação de impostos ou corte de gastos? As patentes estimulam ou impedem a inovação? Nesses e muitos outros assuntos, os economistas tendem a se destacar por ver os dois lados da questão e tenho suspeitas de que uma pesquisa a respeito revelaria pouco consenso. Consensos entre economistas podem surgir por bons e maus motivos. Algumas vezes, são bastante inócuos, como quando se ouve economistas argumentarem que quem ignora o papel dos incentivos o faz por sua conta e risco. Quem pode realmente discordar disso? Outras vezes, restringem-se a algum episódio específico e são baseados em evidências amealhadas após o fato: sim, o sistema econômico soviético era de profunda ineficiência; sim, os estímulos fiscais de Obama em 2009 reduziram de fato o desemprego. Mas quando se forma um consenso em torno à aplicabilidade universal de algum determinado modelo, cujas suposições cruciais podem ser infringidas em muitos contextos, temos um problema. Vejamos algumas das áreas de concordância generalizada que listei acima. A proposição de que as restrições ao comércio exterior reduzem o bem-estar econômico certamente nem sempre é válida, sendo violada quando há certas condições presentes - como quando há externalidades ou economias de escala. Além disso, exige que economistas façam juízos de valor sobre efeitos distributivos, algo que é melhor deixar em mãos do próprio eleitorado. Da mesma forma, a proposição de que controles sobre o aluguel reduzem a oferta de moradias não se cumpre em condições de concorrência imperfeita. E a proposição de que taxas de câmbio flutuantes são um sistema eficaz depende de suposições sobre o funcionamento do sistema monetário e financeiro que já se mostraram problemáticas; suspeito que uma pesquisa hoje sobre o assunto mostraria apoio bem menos significativo. Talvez economistas se inclinem a concordar que certas suposições são mais válidas no mundo real. Ou achem que um conjunto de modelos funciona melhor "em média" do que o outro. Ainda assim, sendo cientistas, não deveriam ao menos adornar seus consentimentos com as advertências apropriadas? Não deveriam temer que afirmações categóricas como as listadas acima possam se mostrar enganosaspelo menos em alguns contextos? O problema é que economistas muitas vezes confundem "um" modelo com "o" modelo. Quando isso acontece, a existência de consensos certamente não é algo a ser comemorado. Dois tipos de males podem se seguir. Primeiro, estão os erros por omissão - os casos em que pontos cegos no consenso impendem economistas de ver problemas mais à frente. Um exemplo recente foi o fato de economistas não terem conseguido compreender a perigosa confluência de circunstâncias que produziram a crise financeira mundial. O descuido não se deu por falta de modelos sobre bolhas, informações assimétricas, incentivos distorcidos ou corridas a bancos. Deu-se pelo fato de que esses modelos foram negligenciados em favor de outros que ressaltavam a eficiência dos mercados. Depois estão os erros por comissão - casoem queafixação dos economistas por um determinado modelo de mundo os torna cúmplices na administração de políticas cujas falhas poderiam ter sido previstas antecipadamente. A defesa de políticas neoliberais do "Consenso de Washington" e da globalização financeira por economistas cai nessa categoria. O que aconteceu em ambos os casos é que economistas negligenciaram sérias complicações relativas à teoria do segundo melhor, como externalidades de aprendizagem e fragilidade institucional, que atrapalharam as reformas e, em alguns casos, as levaram a sair pela culatra. Divergências entre economistas são saudáveis. Ref- pg.7

Temas de Interesse Colunas e Editoriais Valor Econômico Continuação: Os perigos do consenso econômico letem o fato de que sua disciplina engloba uma coleção diversa de modelos e de que casar a realidade com modelos é uma ciência imperfeita, com grande margem de erro. É melhor expor o público a essas incertezas do que tranquilizá-lo com uma falsa sensação de segurança com base na aparência de conhecimento. (Tradução de Sabino Ahumada) Dani Rodrik é professor de ciências sociais no Institute for Advanced Studies, em Princeton, e autor de "The Globalization Paradox: Democracy and the Future of the World Economy". Copyright: Project Syndicate, 2014. www.project-syndicate.org pg.8

Valor Econômico Cresce o interesse por ativos no exterior ESPECIAL PRIVATE BANKING A Instrução 465, editada pela Comissão de Valores Mobiliários em 2008, prevê a inclusão em fundos de investimento de ativos financeiros negociados no exterior de mesma natureza econômica dos negociados no mercado brasileiro. Porém, de acordo com a especificação do fundo há um limite para a inclusão desses papéis na carteira. Portfólio Instituições financeiras estão apostando em uma interação maior entre equipes internacionais Por Suzana Liskauskas Para o Valor, do Rio Quando o assunto é investimento em ativos no exterior, o cliente do segmento private banking tende a manter a parcela mais relevante de suas carteiras no mercado de origem. Esse comportamento é comum entre os brasileiros. Porém, nos últimos três anos, os gestores observam uma demanda crescente por opções em ativos estrangeiros. Essa mudança de comportamento é um sinal de amadurecimento do mercado brasileiro, segundo os especialistas. É comum, em outros mercados emergentes, como Chile, Colômbia, Turquia e África do Sul, um grande interesse dos investidores do private em montar um portfólio diversificado com ativos de outros países. Atentos a esse cenário, os gestores também refinaram suas estratégias para oferecer aos clientes brasileiros as melhores oportunidades por meio de instrumentos locais, como fundos de investimento que permitem a alocação de até 100% dos ativos no exterior. Para ganhar mercado e a confiança do cliente, não basta conhecer bem os produtos permitidos pelos reguladores brasileiros. As instituições financeiras estão apostando em uma interação maior entre equipes internacionais. A meta é ter acesso em tempo real a análises detalhadas de mercados na Europa, Ásia e Oceania. "Há um tempo, o investidor brasileiro tinha interesse em entender a conjuntura global, preocupado com os reflexos nos ativos brasileiros, principalmente, nos de renda variável. Sempre será fundamental estar atento à política monetária dos EUA, ao crescimento global e às demandas por commodities nos grandes mercados emergentes. Mas hoje essas informações são imprescindíveis para diversificar carteiras no segmento private, uma demanda do investidor brasileiro, mais interessado em ativos do exterior", diz Sylvio Castro, responsável pela gestão dos fundos restritos e estruturados do private banking do Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG). Castro é o gestor responsável pela análise dos mercados da América Latina em um grupo global do CS- HG, que inclui especialistas em mercados de renda fixa e renda variável em todo o mundo. Ele explica que esse grupo se reúne constantemente para troca de informações, o que é fundamental para configurar estratégias locais. "No Brasil, trabalhamos com uma equipe de gestores totalmente dedicados ao segmento private banking. E os especialistas em renda fixa estão em linha com pg.9

Valor Econômico Continuação: Cresce o interesse por ativos no exterior os gestores de renda fixa de diversos países. Com base nessas discussões globais, surgem ideias táticas, para curto prazo, e estratégicas, relacionadas a períodos mais longos, de três a cinco anos. Os portfólios finais resultam da sobreposição de táticas e estratégicas", diz Castro. Enio Shinohara, sócio e head de portfólios internacionais do BTG Pactual, diz que o BTG também tem equipes em diversos mercados do mundo, trabalhando em sintonia para selecionar ativos com o objetivo de garantir retornos acima dos índices de referência. Eventualmente, identificando oportunidades em nichos mais específicos. O gestorconta queafilosofia émostrar aos clientes as apostas dos sócios do banco ao investirem o próprio capital no mercado externo. Ele lembra que, em 2009, os sócios apostaram em um fundo que investia em títulos de hipotecas do mercado dos EUA. "Durante a crise de 2008 não tínhamos nada na carteira, mas achamos que os títulos se recuperariam. Durante quatro anos, a rentabilidade média anual deste fundo ficou em torno de 25%. Ano passado, avaliamos que era o momento de encerrar o fundo", diz. A capacidade de reunir especialistas nos principais mercados do mundo para montar estratégias de seleção de ativos no exterior também é a aposta do HS- BC. Alexandre Gartner, head of private bank investment group do HSBC, diz que, globalmente, a gestão de ativos do segmento private do banco chega a US$ 382 bilhões. "Conseguimos mostrar com muita clareza ao cliente que montamos nossa estratégia de forma estrutural. Como temos uma presença global, optamos pelas melhores oportunidades, como ativos com mais liquidez por estarem em mercados maiores", diz Gartner. Pedro Marcelo Luzardo, sócio do Modal, explica que a meta é bater o CDI e preservar o patrimônio dos clientes do segmento private em investimentos de longo prazo. "Primeiro fazemos uma análise da demanda do cliente depois ajustamos às nossas estratégias, mas procuramos prioritariamente ativos que garantam liquidez ou ativos de bolsa que não estão disponíveis no Brasil", explica. Na BBDTVM, os fundos que apresentam ativos no exterior começaram a despertar ainda mais atenção dos investidores a partir de 2012. Carlos Massaru Takahashi, presidente da BBDTVM, conta que os fundos BB Multimercado Global e BB Multimercado Global Acqua LP Private, ambos criados em 2011, que começaram respectivamente com patrimônio de aproximadamente R$ 100 milhões e R$ 40 milhões, hoje apresentam, juntos, patrimônio total de cerca de R$ 1,3 bilhão. Takahashi conta que a estratégia com relação aos ativos no exterior é a diversificação. "Em termos de renda variável, direcionamos para ativos relacionados a mercados sem correspondentes no Brasil de forma tão delimitada, como health care, varejo e tecnologia", completa. Eduardo Herszkowicz, sócio do Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados, ressalta que, do ponto de vista do investidor, é muito importante acompanhar a evolução dos ativos alocados no mercado externo que fazem parte do fundo em que investem. "O principal, no meu ponto de vista, é a transparência para o pg.10

Valor Econômico Continuação: Cresce o interesse por ativos no exterior investidor sobre a precificação do ativo e os riscos reais." Além dos fundos de investimento, a inclusão de ativos do exterior é prevista na composição dos Certificados de Operações Estruturadas (COEs), instrumento de captação bancária lançado em 6 de janeiro, cujo valor em estoque gerenciado pela Cetip está, hoje, próximo a R$ 3 bilhões. Fábio Zenaro, gerente executivo de produtos e negócios da Cetip, diz que 4% do estoque estão referenciados em ativos internacionais, como ações e índices de ações. pg.11

Valor Econômico Asiáticos têm maior crescimento ESPECIAL PRIVATE BANKING "os clientes entraram em choque com as perdas" - e houve maciça migração para renda fixa e moedas. Para reativar a economia, os Bancos Centrais do mundo todo reduziram as taxas de juros, o que gerou uma forte compressão da receita dos private banks. Mundo Relatório aponta também enriquecimento no Leste Europeu Por Márcia Pinheiro Para o Valor, de São Paulo A indústria de administração de riqueza, também conhecida como private banking, apresentou algumas surpresas em 2013, de acordo com o relatório "Riqueza Global 2014: Surfando uma Onda de Crescimento", do Boston Consulting Group (BCG). Crescimento forte nem sempre se traduz em lucros maiores. As economias maduras do Velho Mundo e os países em rápido desenvolvimento do Novo Mundo continuaram a se mover a velocidades diferentes, mas algumas economias desenvolvidas tiveram desempenho extremamente bom, alterando o xadrez do setor. "A rentabilidade [da indústria] hoje é 50% menor do que em 2007 [ano anterior à crise internacional]", diz André Xavier, sócio do BCG. De acordo com ele, a desconfiança generalizada dos investidores foi agravada pela descoberta da fraude de Bernard Madoff, que geria um fundo "hedge" e aplicou o golpe da pirâmide, lesando centenas de investidores. Os ativos que mais sofreram à época foram as ações - Entre 2012 e 2013, explica Xavier, "o céu começou a se abrir um pouco". Escaldados, os bancos passaram a lidar melhor com os custos e houve crescimento da captação de novos ativos. A indústria cresceu 14,6%, somando US$ 152 trilhões, ante aumento de 8,7% no ano anterior. Os principais fatores para este desempenho foram a melhor performance das bolsas de valores e a criação de nova riqueza nos países em rápido desenvolvimento econômico. No entanto, diz o executivo, os patamares históricos de crescimento nãomais serãoatingidos. Éo queos economistaschamam de "o novo normal" pós-crise. Picos de aceleração e preços são coisas do passado. A região asiática (excluído o Japão) apresentou a maior taxa de crescimento do mundo, com 30,5%. Mas aumentos de dois dígitos substanciais também foram percebidos em economias tradicionais, particularmente na América do Norte (15,6%). Também houve crescimento expressivo no Leste Europeu (17,2%), Oriente Médio e África (11,6%) e América Latina (11,1%). A Europa Ocidental (5,2%) e o Japão (4,8%) ficaram para trás. A América do Norte (US$ 50,3 trilhões) e a Europa Ocidental (US$ 37,9 trilhões) mantiveram a dianteira na lista das regiões mais ricas do mundo. A seguir, veio Ásia, sem Japão, (US$ 37,0 trilhões). Segundo Xavier, estudos indicamqueem cinco anos aregião asiática (sempre exceto Japão) vai superar a América do Norte como o maior centro de riqueza global. Em quase todos os países, diz o relatório do BCG, o crescimento da riqueza privada foi gerado pela forte recuperação dos mercados acionários, que teve início no segundo semestre de 2012. Todos os principais ín- pg.12

Valor Econômico Continuação: Asiáticos têm maior crescimento dices das bolsas subiram em 2013, particularmente o S&P 500 (17,9%), o Nikkei 225 (56,7%) e o Euro Stoxx 50 (14,7%). Esta performance foi propiciada pela relativa estabilidade econômica na Europa e na América do Norte e houve sinais de recuperação em algunspaíseseuropeus,como Irlanda, Espanha eportugal. Um fator adicional foi a política monetária generosa praticada pelos Bancos Centrais. O BCG nota ainda que mais e mais pessoas estão se tornando muito ricas em dólar. O número totaldemilionários atingiu 16,3 milhões em 2012, acima dos 13,7 milhões do ano anterior. Os Estados Unidos têm o maior número (7,1 milhões), além de ser também a terra com o maior contingente de novos milionários (1,1 milhão). O crescimento robusto na China fez com queo número desuper-ricoscrescesse de1,5 milhão para 2,4 milhões, entre um ano e outro, ultrapassando o Japão. Neste último país asiático, o totalcaiu de1,5 milhãopara 1,2 milhão,em função da queda de 15% do iene ante o dólar. A maior densidade de milionários do mundo está no Qatar (175 de cada mil habitantes), seguido da Suíça (127) e Cingapura (100). Os Estados Unidos têm o maior número de bilionários, mas a maior densidade está em Hong Kong (15,3 por milhão) e Suíça (8,5). Esta mudança fez o BCG sugerir aos gestores de private banking que desenvolvam diferentes estratégias para ganhar novos clientes, de culturas e necessidades próprias. Em síntese, afirma Xavier, 2013 caracterizou-se pelo retorno do apetite ao risco, forte crescimento da indústria na China e maior seletividade dos clientes. Antes, eram tolerados indivíduos com recursos abaixo do clássico benchmark de US$ 1 milhão. Hoje, tornou-se oneroso para o gestor atender também a este segmento. Os investimentos offshore do private banking atingiram US$ 8,9 trilhões em 2013, com um aumento de 10,4% ante o ano anterior. Foi, no entanto, uma taxa inferior ao total da indústria (14,6%). Em consequência, a participação deste investimento além-fronteiras caiu de 6,1% para 5,9%. A Suíça manteve-se como o maior centro de investimentos offshore, com ativos de US$ 2,3 trilhões, o que representa 26% da riqueza mundial. pg.13

Valor Econômico Indefinição do quadro eleitoral deve manter volatilidade intensa na bolsa Por Téo Takar e Aline Cury Zampieri De São Paulo A Bovespa voltou a apresentar volatilidade ontem, ainda refletindo a indefinição do quadro eleitoral após a morte de Eduardo Campos. Porém, as oscilações foram mais discretas do que na quarta-feira quando os investidores estavam sob o impacto da tragédia envolvendo o candidato do PSB à Presidência da República. "O volume caiu um pouco e a volatilidade diminuiu, mas o mercado deve continuar instável nos próximos dias, à espera de uma definição da disputa presidencial", comentou o analista técnico da Clear Corretora, Raphael Figueredo. "Há muitas dúvidas no ar. Não sabemos ainda se Marina Silva vai realmente assumir a candidatura no lugar de Campos. O fato é que o mercado ficará ainda mais sensível às próximas pesquisas." Para o economista-chefe da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, "a morte trágica de Campos embaralha tudo". Ele avalia que, em linhas gerais, uma candidatura de Marina Silva poderia ser ruim para o mercado financeiro. "Quem sai perdendo é o Aécio Neves", afirmou. Bandeira acredita que Marina tem mais chances de seguir para o segundo turnocontra Dilma Rousseff edevencer a atual presidente. Mas o economista questiona as preferências do mercado em relação à suposta nova candidata. FINANÇAS O Banco Mizuhoafirmou em relatório queamorte de Campos é certamente um fator de mudança nas eleições presidenciais. "Em nossa visão, o acidente trágico com Campos traz um fator emocional às eleições presidenciais que pode tornar a candidatura de Marina Silva ainda mais competitiva, o que, se de um lado eleva as chances de segundo turno, por outro aumenta a probabilidade de Dilma Rousseff ser reeleita", afirma o banco. O cenário externo colaborou ontem para evitar um maior nervosismo por aqui. As bolsas europeias fecharam em alta e Wall Street também operou no azul. "Dados macro recentes sugerem que algumas das mais importantes economias no mundo não estão tão fortes assim", apontou a Guide Investimentos em relatório. "As bolsas sobem impulsionadas pela expectativa - cada vez mais forte - de políticas monetárias ainda mais frouxas mundo afora." O Ibovespafechou em altade0,36%, aos 55.780 pontos, com volume de R$ 6,462 bilhões. Conforme Figueredo, da Clear, apesar das turbulências desta semana, o Ibovespa respeitou até agora o importante suporte gráfico dos 55.200 pontos, cuja perda poderia representar o início de uma reversão da tendência de alta observada nos últimos meses. "O mercado teve toda chance de 'derramar sangue' na quarta-feira, mas não o fez", lembra o analista técnico. Mantido o cenário, o índice pode se recuperar em direção aos 57 mil pontos, tendo os 63 mil pontos como horizonte de médio prazo. Por outro lado, se o clima pg.14

Valor Econômico Continuação: Indefinição do quadro eleitoral deve manter volatilidade intensa na bolsa azedar, a primeira parada do mercado será nos 54 mil pontos e, na sequência, os 53.400, calcula Figueredo. Entre os carros-chefes do Ibovespa, Vale PNA (-2,15%, a R$ 27,26) e Petrobras PN (-0,48%, a R$ 18,60) concentraram as perdas. Já os bancos subiram - Bradesco PN (2,97%, a R$ 35,65) e Itaú PN (1,67%, a R$ 35,23) - na esteira do resultado de Banco do Brasil ON (3,65%, a R$ 28,66). A instituição anunciou lucro líquido ajustado de R$ 3,002 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 1,4% ante o mesmo período do ano passado e superior às estimativas do mercado, de R$ 2,829 bilhões. pg.15