CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE PROJETO DE MUSEU DE ARTES VISUAIS 1



Documentos relacionados
Curso de Engenharia Civil

SITUAÇÃO FÍSICA PARA CONCESSÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS

EXERCÍCIO 2: EDIFÍCIO RESIDENCIAL EM ÁREA CENTRAL

Hindenburgo Francisco Pires Universidade do Estado do Rio de Janeiro Departamento de Geografia

Índice. Caderno de Exercícios. Modelo GCVC Gestão do Ciclo de Vida dos Contratos Caderno de Exercícios 3ª Edição 2016

Tecnologia da Construção Civil - I Fundações. Roberto dos Santos Monteiro

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA DE GONDARÉM, 822, 2.º Localidade PORTO

Consulta em Relatorio_SituacaoFinal

CALÇAdA cidada. Conheça as regras para pavimentar sua calçada.

CONJUNTOS VENDA Zona Sul

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS MEMORIAL DESCRITIVO

E N S E A DA D O S UÁ V I T Ó R I A E S P Í R I T O S A N T O


UNIVERSIDADE PAULISTA CURSOS

ANEXO I TABELA 1 ÁREAS MÍNIMAS EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

Custos Unitários Básicos de Construção

OS SISTEMAS PREDIAIS COMO UM DOS PRINCÍPIOS ESTRUTURADORES DO PROJETO ARQUITETÔNICO

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 16ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA CAPITAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA SIN AÇÕES DE ACESSIBILIDADE FÍSICA

UMA PROPOSTA DE ROTEIRO DE INSPEÇÃO PREDIAL PARA A UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI

UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E PREDIAIS Professora: Engª Civil Silvia Romfim

INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS DE EDIFICAÇÃO

e tecnologia de ciência V semana logotipo Concurso e tecnologia de ciência V semana Concurso logotipo V semana logotipo e tecnologia de ciência

Informações. Laboratório Bromatológico do Rio de Janeiro Por J. E. ALVES

CREA SP GT ENGENHARIA E ARQUITETURA SUSTENTÁVEL NA AUTO CONSTRUÇÃO

ANEXO A: MODELO DE QUESTIONÁRIO APLICADO PARA FUNCIONÁRIOS

Partido arquitetônico Método de projetação

O êxito na preparação de defumados, não depende unicamente da aplicação da fumaça e sim, da combinação de fatores físicos e químicos, sendo

RESIDENCIA KS. Implantação e Partido formal

ROTEIRO BÁSICO PARA VISTORIA

Projetos na construção civil. Projetos na construção civil. Projeto Arquitetônico. Projeto Arquitetônico Planta Baixa. Projeto Arquitetônico

O IMPACTO DAS OBRAS METROVIÁRIAS NA VALORIZAÇÃO IMOBILÁRIA E NO DESENVOLVIMENTO URBANO: EXEMPLOS PAULISTANOS

CONTEXTO DA ESCOLHA DO TEMA / JUSTIFICATIVA

PROJETO DE ARQUITETURA. Centro Cultural

Rua Colombia nº 50 Boqueirão Santos / S.P. MEMORIAL DESCRITIVO

Patologia e recuperação de obras ENG /1

Figura 1: Implantação Casa Cafezal FGMF. Fonte: Banco de dados LPPM, 2014.

REABILITAÇÃO DA COBERTURA DE EDIFÍCIO NO RIO DE JANEIRO - SUBSTITUIÇÃO DE TELHADO DANIFICADO POR SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO

GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL GERENCIAMENTO ESTATÍSTICO DOS PROCESSOS PRODUTIVOS (tópicos da aula 3)

Instituto SESI SENAI do Futuro

Moderno, sofisticado e inovador: Teatro Santander abre suas portas

Estudo de Caso: Planejamento e Gerenciamento Otimizado de Unidades Armazenadoras. Prof. Luís César da Silva - UFES - CCA

Concurso Nacional de Trabalhos Finais de Graduação em Arquitetura e Urbanismo para Formandos de 2015

IN NATURA ANTEPROJETO DE UM ESPAÇO GASTRONÔMICO DE PRODUTOS NATURAIS PARA NATAL/RN ESPAÇO GASTRONÔMICO

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada AVENIDA BRASILIA, 46, 3º ESQ Localidade APELAÇÃO

Unidades Habitacionais Coletivas - CODHAB (2016) Sobradinho, Brasília - Distrito Federal, Brasil

Condomínio registrado e incorporado no cartório de registo de imóveis sobre o número Um novo conceito de construir e de se viver bem!

REJUNTE ULTRAFINO DESCRIÇÃO: INDICAÇÕES DE USO: NÃO INDICADO PARA: PREPARO DAS JUNTAS

AI Pequeno Glossário e Parâmetros Urbanísticos

Etiquetagem Energética de Produtos

Segurança, Qualidade e Inovação para as suas necessidades:

Carlos Alberto Maciel. Alexandre Brasil. Residência RP Sete Lagoas, MG. Juliana Barros e Michelle Andrade (colaboradoras)

ESTRUTURA DO CURSO 08:00-10:00 RTQ-R

PROGRAMA DE NECESSIDADES - CAMPUS EMBU DA UNIFESP Estimativa preliminar para Estudo de Viabilidade - Outubro de 2013

Código da Disciplina CCE0047 AULA 3.

DODF Nº de janeiro de 2002 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL PORTARIA Nº 01/2002-CBMDF, DE 15 DE JANEIRO DE 2002


torre eólica para ventos de alta velocidade anéis com perfis aerodinâmicos, girando ao redor de uma torre fixa que abriga os geradores e as baterias

Infra Estrutura PRÉDIO A ARTUR GOMES PRÉDIO C CENTRAL

LINHA DE PRODUTOS AS MELHORES MARCAS

Atelier de Projeto de Arquitetura I PA I Aula 03 Tema, Usuário e Programa de necessidades

AI Parâmetros Urbanísticos e Programa de necessidades

LEI COMPLEMENTAR Nº 929, DE 28 DE JULHO DE 2017 (Autoria do Projeto: Poder Executivo) Dispõe sobre dispositivos de captação de águas pluviais para

Abril de Daniela Alexandra Diogo

ESTUDO DE CASO DO HOSPITAL VETERINÁRIO DO CAMPUS II DA UNOESTE PRESIDENTE PRUDENTE

Guia Rápido Comunicação Visual para Agências. Elaborado em agosto de Substitui o Guia Comunicação Visual para Banco Postal.

Perspectiva da Praça QUADRA ABERTA MULTIFUNCIONAL A DEMOCRATIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO DE SÃO PAULO

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada AVENIDA RIO DE JANEIRO, 38, 3º ESQ. Localidade LISBOA. Freguesia ALVALADE

Planeamento. Avaliação

Estacionamentos Belo Horizonte

BLOCOS DE CONCRETO PARA VEDAÇÃO A PARTIR DE AGREGADOS DE RESÍDUOS DE GESSO E CONCRETO: UMA CONTRIBUIÇÃO À GESTÃO DE RESÍDUOS E AO CONFORTO AMBIENTAL

POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS UNIDADE RECURSOS HUMANOS E PROCESSOS GERÊNCIA DE GESTÃO DE PROCESSOS


DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE UMA ESTRUTURA (ETAPA PRELIMINAR)

TÍTULO: ESTUDO SOBRE O DESEMPENHO DE ESTRUTURAS DE SEÇÃO CIRCULAR COMPARADAS AS DE SEÇÃO RETANGULAR E QUADRADA EM RELAÇÃO AS CARGAS DE VENTO

CARTA CONVITE Nº 012/2014. Confecção, aplicação e instalação de comunicação visual da nova exposição de média duração.

Aula 17- ARQ-011 Desenho Técnico 1: Representação de projetos de arquitetura (seg. NBR-6492: 1994) Antonio Pedro Carvalho

LT 500kV MARIMBONDO - ASSIS MEMORIAL DO PROJETO BÁSICO DE FUNDAÇÕES

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ANDRADINA NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA TÍTULO DO TRABALHO: SUBTÍTULO DO TRABALHO, SE HOUVER

Acesso do metrô na porta do empreendimento. Acessos ao metrô

CAPITULO 5 INFILTRAÇÃO

Área do Terreno: 5.000,00 m² Nº Vagas: 136 (68 Vagas no Subsolo / 68 Vagas no Térreo)

Plataformas Montele Pioneira em Acessibilidade No Brasil

Fundação UNIVESP Universidade Virtual do Estado de São Paulo

ESPECIFICAÇÕES DE DESEMPENHO EM EMPREENDIMENTOS DE HIS

1 Representação Gráfica Aula 09/10 Espaço e Perspectiva - Prof. Luciano ESPAÇO E DIMENSÃO

REVISÃO DATA DISCRIMINAÇÃO

Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná APROVAÇÃO DE PROJETOS - PREFEITURA

DRAFT. Construção Civil CONCURSO PETROBRAS. Questões Resolvidas ENGENHEIRO(A) CIVIL JÚNIOR ENGENHEIRO(A) JÚNIOR - ÁREA: CIVIL


APLICANDO O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS Arq. Fernando Mazzeo Grande

Sequência para projeto de instalações 1. Determinar as áreas dos cômodos, com base na planta baixa arquitetônica 2. A partir da entrada de energia,

Cursos de Setembro de Outubro Inscreva-se aqui

Fundamentos de Teste de Software

ANEXO V DESCRIÇÃO DO PADRÃO DAS EDIFICAÇÕES Padrão Baixo

O Bairro: Conheça um pouco sobre as facilidades do posicionamento estratégico do empreendimento.

Qualidade em todos os detalhes.

Critério de Desenvolvimento da Embalagem de Transporte. Magda Cercan Junho/2013 São Paulo

INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PROCESSOS. Professora: Vanessa Leonardo de Araujo

Transcrição:

CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE PROJETO DE MUSEU DE ARTES VISUAIS 1 PONTOS- CHAVE Possibilidade de expansão Circulações (atender as normas/ser espaço de transição/exposição) Armazenamento/Depósito Controle ambiental (sistemas de ar- condicionado, proteção solar, climatização de salas, etc.) Sistema Estrutural (fundamental para definir o partido de projeto) Um Museu é um tipo de equipamento que envolve uma série de Profissionais extremamente qualificados como: curadores, especialistas em Arte, restauradores, pesquisadores, relações púbicas, marketing, etc. que necessitam ter áreas específicas onde possam trabalhar/permanecer. Além da função relacionada à sua característica de ser um local de Exposições permanentes e temporárias, os Museus possuem uma função educacional geralmente voltada a fomentação da cultura e demais saberes. Os prédios são marcos na Paisagem devido a sua escala, em geral, monumental. No caso específico da disciplina Projeto de Arquitetura: Forma Cidade, essa discussão sobre a implantação da edificação e sua relação com a Paisagem Urbana é de suma importância. No caso de Museus com espaço reduzido devido a limitações de implantação, parte do acervo permanente pode estar exposto e parte guardado, fazendo uma espécie de rodízio na área de Exposição. Para a definição de um Partido a ser adotado no Projeto é fundamental que se entenda o tipo de Circulação que se pretende dar ao Visitante a Narrativa/Experiência que o Museu pretende fazer os usuários experimentar, conforme as sugestões de Tipologias apresentadas a seguir. 1 adaptado de: LITTLEFIELD, David. Metric Handbook: planning and design data. Oxford: Architectural Press, 2008, com considerações ao Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo.

TIPOLOGIAS Cada Museu possui uma Narrativa que está ligada diretamente ao percurso planejado para o visitante, criando diferentes Tipologias. Espaço aberto: a ser organizado de acordo com a temática da exposição. Figura 1: Espaço único aberto (Littefield, 2008) Eixo central ( core ) e satélites: A partir de um assunto central, ramificações são criadas, com temas diferentes, porém interligados. Figura 2: Eixo central e satélites (Littefield, 2008) Arranjo linear: baseado no conceito de começo- meio- fim da narrativa de objetos expostos. Figura 3: Eixo central e satélites (Littefield, 2008)

Loop : baseado no conceito de que ao final o visitante retorna ao início da Exposição. Figura 4: Loop (Littefield, 2008) Labirinto: as relações entre os espaços podem variar de exposição para exposição e as circulações serem redefinidas. Figura 5: Labirinto (Littefield, 2008) Mistura dos casos acima: no caso de um Museu com estrutura mais complexa e Narrativas interpretativas. Figura 6: Misto (Littefield, 2008)

ORGANIZAÇÃO DE VOLUMES Os volumes propostos para a Edificação devem levar em conta não só a Espacialidade da Forma, mas a Setorização adequada às diversas atividades a serem desenvolvidas no Museu. As áreas de Exibição precisam ter um controle de acesso monitorado por seguranças (físico e eletrônico), devido ao valor financeiro agregado ao material exposto. Salas de Exposição não devem nunca ter acesso direto as entradas/saídas da Edificação. Outro fator fundamental envolve fatores climáticos: proteger o acervo de exposição direta às intempéries (sol direto, chuva, etc) assim como manter a temperatura interna sob rigoroso controle. Pinturas, especificamente, necessitam de cuidado especial quanto ao calor e a umidade. Figura 7: Exemplo de organização dos volumes (Littefield, 2008)

PROGRAMA BÁSICO O Programa de um Museu está diretamente relacionado ao seu tamanho, o tipo de Acervo e a experiência narrativa que ele se propõe a oferecer. A seguir uma sugestão de programa de necessidades de um Museu de pequeno porte, voltado para Artes Visuais. Entrada: Recepção, bilheteria, lojas, café, sanitários, guarda- volumes. Exposição Temporária (subdividida em áreas de Exposição, conforme a Tipologia adotada) Exposição Permanente (subdividida em áreas de Exposição, conforme a Tipologia adotada) Setor Educacional: salas de aula, midiateca, acervo de leitura, teatro/anfiteatro. Setor administrativo: administração, curadoria, conservação, direção, etc. Setor de Apoio: salas de reunião para workshops, laboratórios de conservação e documentação, apoio a fotografia (câmara escura, sala de secagem) Depósitos:/Acervo Técnico Acervo restrito, Acervo Temporário, Acervo Permanente. Área de Segurança, Guarda de Coleção para Transporte, Áreas de Inspeção. Manutenção predial: Funcionários, Material de Limpeza, Depósitos, Vestiários, Copa. Áreas técnicas: salas técnicas para hidráulica, elétrica, telefonia, dados e voz, ar condicionado, pressurização escadas, sistema de prevenção de incêndio, poço do elevador, acesso ao reservatório inferior (todas no subsolo). No Ático/cobertura, Caixa d água, casa de máquinas de elevador, ar condicionado (dependendo do sistema de condicionamento de ar a ser adotado) Figura 8: Exemplo de Fluxograma com possibilidades de setorização para Museu de pequeno porte (Littefield, 2008)

Figura 9: Diagrama de Fluxos (Littefield, 2008) CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIOI DE SÃO PAULO (COE) De acordo com o COE de São Paulo, o Tipo de Uso de Edificação em que os Museus estão incluídos são considerados Locais de Reunião e, portanto, geradores de público. Para o cálculo da lotação do Edifício, é utilizada a tabela abaixo, considerando a quantidade de pessoas por metro quadrado 2 : Figura 10: Tabela para cálculo de lotação (São Paulo, 1992) Para quantificação das saídas de emergência e escadas enclausuradas, consultar também a NBR 9077 e a IT- 11. O número de sanitários é calculado pela seguinte relação: 1 bacia e 1 lavatório para cada 50 pessoas, sendo 3% do total destinado a pessoas com deficiência (ver NBR 9050). 2 Este cálculo pode ser feito no início do projeto se estimando a Área Computável total e deve ser refeito ao final do mesmo para se adequar a Área total de fato projetada.

Utilizar os índices disponíveis na Lei de Zoneamento / Uso e Ocupação do Solo (TO, CA, Permeabilidade, recuos) para determinar os limites construtivos aplicáveis. 3 Devido ao número de vagas de estacionamento necessárias, Museus são considerados Pólos Geradores de Tráfego. (se enquadram em locais de reunião com mais de 500 pessoas e serviços sócio- culturais e educação com mais de 2.500 m2 de área computável). Utilizar a relação 1 vaga para cada 50m2. REFERÊNCIAS São Paulo (Cidade) Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo; Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992. Dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras e edificações. São Paulo : Classe A, 1992. Disponível em: < http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/upload/pinheiros/arquivos/co E_1253646799.pdf> Acesso em 30 mar 2015. LITTLEFIELD, David. Metric Handbook: planning and design data. Oxford: Architectural Press, 2008. 3 ver: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento_urbano/legislacao/planos_regionais/index.php?p=1757