ANTIGUIDADE CLÁSSICA
PERÍODOS HISTÓRICOS A CRONOLOGIA referente a civilização grega se baseia nos poemas épicos de Homéro Iliada e a Odisséia
PERÍODIZAÇÃO Período Pré-Homérico (séc. XX ao XII) Período Homérico (séc. XII ao VIII) Período Pós Homérico ou Arcaico (séc. VIII ao VI) Período Clássico (séc. VI ao IV) Período Helenístico (séc. IV ao II)
Localização Antiguidade Ocidental: Grécia
LOCALIZAÇÃO
Características Físicas A Civilização grega nasceu no sul da Península Balcânica, nas ilhas do mar Egeu Região de relevo montanhoso e isolada geograficamente, facilitando a organização autonomas de centros administrativos Por suas atividades comerciais avançadas estabeleceram colônias por todo Mediterrâneo
Origen Mítica Após acorrentar Prometeu em um penhasco e enviar um corvo para comer-lhe as entranhas todas as noites após regenerar-se durante os dias, Zeus enviou aos homens um dilúvio. Desse dilúvio só sobreviveram Deucalião e Pirra, os filhos de Prometeu. Desses nasceu Heleno, o fundador do mundo grego.
Mito de Prometeu Prometeu roubando o fogo dos deuses Prometeu sendo acorrentado por Éfeso
Período Pré-Homérico (XX-XII a.c) Período marcado pelo domínio cretense do Mediterrâneo e pela chegada dos povos germânicos vindos de terras orientais
Origem Étinica: Cretense Os cretenses eram os antigos habitantes da ilha de Creta. Essa sociedade é a primeira expressão social grega Uma sociedade que por viverem em uma ilha não contavam com mecanismos de defesa militares ou fortificações.
Atividades Econômicas Os cretenses desenvolveram um sofisticado sistema de trocas Conquistaram a hegemonia comercial de todo Mediterrâeno Estabeleceram relações comerciais com Egípcios; Persas; Fenícios; Italiótas; Cartagineses e Ibéricos Dessas relações surgiu uma poderosa elite comercial : a TALOCRACIA
O progresso comercial e o conseqüente afluxo de recursos que chegavam a ilha os permitiu a construção de uma sociedade rica e opulenta. Cnossos, era principal cidade de Creta e logo tornou-se a cidade símbolo dos progressos materiais dos cretenses
O apogeu dessa civilização se deu sob o reinado do lendário rei Minos.
Sociedade Creto-Miscenica A História da sociedade cretense é alterada com a chegada de tribos errantes dos estepes asiáticos. A chegada de tribos germânicas vindas do nordeste da Ásia se deram em duas ondas: Onda Migratória: Séc. XVIII ao Séc. XV Onda Invasora: Séc. XII
Por volta do século XVIII o Mediterrâneo se viu diante da chegada de três tribos germânicas: Aqueus: por volta do século XVIII Jônios: por volta do século XVI Eólios: por volta de século XV A união de Cretenses, Aqueus, Jônios e Eólios deu origem a civilização Creto-Miscenica.
Os Dórios Por volta do século XII um novo evento marca a História dos povos do Mediterrâneo: a chegada da quarta tribo germânica Era a chegada intempestiva e violenta dos os Dórios Tribo de tradição guerreira que tinham na guerra e na pilhagem seu motor civilizacional
A turbulenta e violenta chegada dos Dórios provoca destruição da ilha e a fuga desesperada dos Creto-Miscenicos I Diáspora Grega
Período Homérico (XII-VIII a.c) Formação de um novo modelo civilizacional: os Gênos Organização social composta por membros da mesma família (antepassados comum) Unidades produtivas autônomas e auto - suficiente Áreas populacionais isoladas geograficamente Comando político, religioso, militar e moral ficava sob a tutela do Pater.
Progressiva sub-divisão familiar formou uma camada privilegiada (os eupátridas) Precipitação do individualismo Atrofiamento dos meios de produção Surgimento da propriedade privada Os Eupátridas (parentes mais próximos do pater) se apropriam das melhores terras Os Gergóis (pequenos agricultores) ficam com as terras mais distantes Surgimento de uma camada de marginalizados (os thetas)
(...)a primeira forma de propriedade é a propriedade tribal. Ela corresponde a fase não desenvolvida da produção (...) e pressupõe uma grande quantidade de terras incultas e uma divisão do trabalho bem pouco desenvolvida se limitando a divisão natural do trabalho já existente na família (...) essa escravidão latente da família se desenvolve de acordo com o aumento da população e de suas necessidades Karl Marx
Período Pós-Homérico ou Arcaíco (Século VIII ao VI a.c) Evolução das Estruturas Sociais A união dos eupátridas dos diferentes Gênos da origem as Fátrias A união dos eupátridas das diferentes Fátrias deu origem as Tribos A união dos eupátridas das diferentes Tribos deu origem aos Demos (povoados). A Necessidade da manutenção da ordem
Crise e Desagregação dos Gênos Crescimento Populacional e Estagnação Produtiva levou os Gênos a uma crise econômica a economia de subsistência e doméstica não atendia mais as demandas sociais. Diante da escassez e crise de segurança alimentar os eupátridas erguem m privilégios sobre os demais componentes dos gênos. Instabilidade social e marginalização social levam a divisão do patrimônio coletivo: as terras
Nova Divisão Social Eupátridas (parentes mais próximos do pater) se apropriam das melhores terras Georgóis (agricultores) ficam com as terras mais distantes Formação de uma camada de marginalizados: os Thetas.
Período Pós Homérico ou Arcaíco (séc. VIII-VI a.c) Transformação da economia de doméstica e de subsistência originária dos Gênos em uma economia de trocas Enriquecimento de uma nova camada social (comerciantes e especuladores) Perpetuação dos privilégios dos eupátridas Instabilidade social e marginalização individual
Origens da Pólis O Desenvolvimento Material que se deu após os gênos exigia uma nova estrutura social e política. Por outro lado Os Eupátridas buscando a manutenção de seus privilégios conslidaram uma nova estrutura de poder: a Pólis. Resultado da união de Eupátridas que formaram as Frátrias, das Frátrias se uniram formando as Tribos, das Trinos se uniram formando as Demos e da união das Demos
Formação das cidades-estados ou Pólis Decomposição dos Gênos Eupátridas Fátrias Demos Tribos Pólis (Cidades-Estados)
Grécia das Cidades Estados (Pólis)
ESPARTA Localizada na Península do Peloponeso Sua principal característica era seu intenso militarismo (fundamentado na idéia de cidadãos-soldados de Licurgo) Sua origem romonta-se da união de tribos dórias; Classes Sociais Espartanos ou esparciatas: detinham o monopólio do poder político, religioso e militar (cidadania); Periecos: eram os estrangeiros, comerciantes e artesãos homens livres, mas sem direitos políticos. Hilotas: camponeses livres, porém sem direitos políticos
Educação espartana: a educação era voltada para o militarismo, obediência a regras e vigor físico, e isso impunha um código moral bastante severo. A criança ao nascer era examinada por um conselho de cidadãos, que avaliava sua condição física, A partir dos sete anos era entregue ao estado para serem preparados para uma educação militar, garantindo a proteção da cidade e a ordem interna. A obrigação da mulher era gerar filhos saudáveis para servir ao Estado
Atenas Localizado na Ática Sua origem étnica é de Aqueus + Jônios + Eólios Sua principal característica era sua estrutura política-administrativa 9 Arcontes: comandavam o poder militar, religioso e o poder judiciário Areópago:
Reformas políticas para atenuar conflitos; DRÁCON (621 a.c): primeiras leis escritas (severas); SÓLON (594 a.c): fim da escravidão por dívidas, divisão censitária da sociedade (4 tribos); Estrutura Política: BULÉ (400 membros), ECLÉSIA (Assembléia Popular para aprovar leis da Bulé) e HELILEU (tribunal); Principais Governantes: PSÍSTRATO, HIPARCO e HÍPIAS (561 510 a.c): Tiranos. Obras públicas para gerar empregos e diminuir atritos.
CLÍSTENES (510 a.c) pai da democracia - Os gregos chamavam a palavra governo de Kratía, e demo povo, por isso seu governo era chamado de democracia (governo do povo). Redivisão social em 10 tribos; Bulé ampliada (500 membros); 10 Arcontes um por tribo; Eclésia: 6 mil membros, com mais poder; Ostracismo afastamento da cidade (10 anos); Estabilidade social e progresso. - Mulheres, Metecos (estrangeiros) e escravos: sem direitos; - Cidadãos: Homens, adultos, filhos de pai e mãe atenienses, nascidos em Atenas.
Educação ateniense tinha por objetivo a formação completa do cidadão (física, intelectual e artística). Aos 7 anos, eram entregues ao pedagogo, faziam aula de música, ginástica e aprendiam a arte de falar em público. As meninas ficavam sobre a proteção materna até casarem, eram submissas e raramente saíam de casa. Eram preparadas para o casamento.
Período Clássico (VI ao IV a.c) Autônomas politicamente Relativa independência econômica Centro populacionais que identificavam-se linguagem comum Semelhança cultural Antepassados comum Religião comum As duas principais polis foram Esparta e Atenas
Guerras Médicas (490 449 a.c); Gregos* X Persas (Xerxes); Confederação ou Liga de Delos; Supremacia naval e financeira de Atenas; Batalhas de Maratona e Salamina. 461 429 a.c. (séc V a.c.) Auge de Atenas; - Século de Péricles (Idade de Ouro); - Soldo (Misthoy) para exército; - Cargos públicos remunerados; - Imperialismo com cidades da Liga de Delos; - Transferência de recursos financeiros de Delos para Atenas.
História da Maratona Em todas as escolas da Grécia é contada a história épica da Batalha de Maratona (uma planície a cerca de 40 km de Atenas), no ano 490 a.c., quando 7000 guerreiros gregos derrotaram 20 000 invasores persas. Depois da batalha, um corredor solitário foi enviado de Maratona a Atenas para contar ao povo o grande triunfo. Quando chegou ao centro de Atenas, completamente exausto, apenas conseguiu gritar "Ne niki kamen" (Ganhamos), para, de seguida, sofrer um colapso e morrer. A distância da corrida da Maratona foi escolhida para igualar a distância corrida pelo soldado grego da cidade de Maratona até Atenas em 490 a.c. para levar a notícia da vitória grega sobre os Persas.
Guerra do Peloponeso (431 404 a.c.) - ESPARTA* X ATENAS; - Crise da democracia e das Cidades-Estado gregas; - Breves períodos de preponderância de Esparta e posteriormente Tebas.
PERÍODO HELENÍSTICO (IV- II a.c) Domínio Macedônico na Grécia; Filipe II (359 336 a.c.) domínio da Grécia; Alexandre (336 323 a.c.) conquistas territoriais amplas (Egito, Fenícia, Palestina, Mesopotâmia e Pérsia), fundação de cidades (Alexandrias);
Após a morte de Alexandre, Império esfacela-se entre disputas de generais; Helenismo: fusão da cultura grega com oriental; Artes plásticas realismo, violência, dor, sensualidade; Ciências PTOLOMEU (Geocentrismo) e ERASTÓSTENES (cálculo da circunferência da Terra); Filosofia ZENÃO (Estoicismo aceitação), EPÍCURO (Epicurismo busca do prazer), PIRRO (Ceticismo não emitir julgamentos definitivos. Nada é o que parece).
A CULTURA GREGA: Teatro: tragédias e comédias. Ar livre, utilização de máscaras e coros, atores homens. ÉSQUILO, SÓFOCLES e EURÍPEDES (tragédias) e ARISTÓFONES (comédias); História: HERÓDOTO (Guerras Médicas), XENOFONTE e TUCÍDIDES (Guerra do Peloponeso); Poesia: HOMERO (Ilíada e Odisséia), PÍNDARO (Jogos Olímpicos);
Filosofia: TALES, PITÁGORAS, PROTÁGORAS, SÓCRATES, PLATÃO e ARISTÓTELES; Arquitetura: Estilos JÔNICO (elegância, beleza), DÓRICO (funcionalidade e peso), CORÍNTIO (luxo, riqueza de detalhes); Escultura: FÍDIAS e MIRÓN Ciências: TALES e PITÁGORAS (mat), HIPÓCRATES (medicina);
Religião: politeísta e antropomórfica Zeus Hera Apolo Poseidom Atena Afrodite Dionizio Hermes Artemis
Grécia Contemporânea Nome oficial: República Helênica (Hellenike Demokratía). Localização: sudeste da Europa, é constituída por uma zona continental e por ilhas. Tem áreas montanhosas, planaltos e planícies. A montanha mais alta é o Monte Olimpo, considerada sagrada pelos gregos antigos, que acreditavam ser o lugar dos deuses.
Desde 1 de Junho de 1975, com a adoção da nova Constituição, a Grécia é uma democracia republicana parlamentar. Capital: Atenas. População: 13,6 milhões de habitantes (2005). Religião:ortodoxa. Moeda: euro. Idioma: grego.