Conceitos Básicos de Aterosclerose e Angina Pectoris Estável



Documentos relacionados
Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA CARDIOVASCULAR NO PÓS- OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

Conduta no paciente com. isquêmica

Prevenção Cardio vascular. Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista

CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE

FARMACOLOGIA da ISQUEMIA MIOCÁRDICA. Profa. Elisabeth Maróstica

DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA (DAP) Prof. Abdo Farret Neto

a. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS DE AVALIAÇÃO Objetivos do tratamento pré-hospitalar da síndrome coronariana aguda

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL

Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9

Cardiologia - Global Consolidado 1 / 9

Dissecção Aguda da Aorta

Objetivo da participação:

Abordagem da Dor Torácica Aguda. Jeová Cordeiro de Morais Júnior

Distúrbios do Coração e dos Vasos Sangüíneos Capítulo14 - Biologia do Coração e dos Vasos Sangüíneos (Manual Merck)

Colesterol O que é Isso? Trabalhamos pela vida

PROGRAMA TEÓRICO E PRÁTICO PARA ESTÁGIO EM CARDIOLOGIA 2014 Credenciado e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia

AULA 11: CRISE HIPERTENSIVA

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS

AVALIAÇÃO PERIOPERATÓRIA Cirurgia Não Cardíaca. Nome do paciente: Registro: Cirurgia a ser realizada: Data da avaliação: / / Sugestões: Sugestões:

SEGUIMENTO DO DOENTE CORONÁRIO APÓS A ALTA HOSPITALAR. Uma viagem a quatro mãos

Cardiologia - Síndromes Coronarianas Agudas 1 / 17

Cardiologia - Síndromes Coronarianas Agudas 1 / 17

TES TE T S E ER GOMÉTRIC GOMÉTRIC (Te ( ste de esforço ç )

06/05/2014. Prof. Me. Alexandre Correia Rocha Prof. Me Alexandre Rocha

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA

EXAME 2014 RESIDÊNCIA COM PRÉ-REQUISITO: CARDIOLOGIA

MELHORE A SUA VIDA CUIDE DO SEU CORAÇÃO!

PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC)

O que é O que é. colesterol?

Índice Remissivo do Volume

Administração dos riscos cardiovasculares Resumo de diretriz NHG M84 (segunda revisão, janeiro 2012)

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS PREVENIR É PRECISO MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO

COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA Posicionamento Oficial Exercício para Pacientes com Doença Arterial Coronariana

Avaliação da dor torácica no serviço de urgência. Carina Arantes Interna de formação específica de cardiologia

Como Proceder na Sala de Emergência com um Paciente Estável Hemodinamicamente e com Dor Torácica? Liga de Ciências Cardiovasculares UFF

PROVA ESPECÍFICA Cargo 51

TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA CARDIOVASCULAR. Renato Sanchez Antonio Santa Casa RP

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc

Sistema Involuntário. Controla e Modula as Funções Viscerais. Neurônio Pré Ganglionar. Neurônio Pós Ganglionar. Parassimpático.

HOSPITAL SÃO FRANCISCO RIBEIRÃO PRETO ESTADO DE SÃO PAULO PROGRAMA TEÓRICO E PRÁTICO PARA ESTÁGIO EM CARDIOLOGIA EM 2016

ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO DAS DOENÇAS CORONÁRIA E CAROTÍDEA CONCOMITANTE

- Dislipidemia aumento do LDL e redução do HDL; - Idade > 45 anos no homem e 55 anos na mulher;

REABILITAÇÃO CARDÍACA

INSTITUTO DE DOENÇAS CARDIOLÓGICAS

mononitrato de isossorbida Biosintética Farmacêutica Ltda. comprimidos 20 mg 40 mg

CASO CLÍNICO DAC III. HOSPITAL VERA CRUZ CAMPINAS SP

Protocolo de Choque no Pósoperatório. Cardíaca

DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS

CURSO NACIONAL DE RECICLAGEM EM CARDIOLOGIA DA REGIÃO SUL

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes

PROVA TEÓRICA RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA FILIAL DO PARANÁ 04 de novembro de Assinatura do candidato

Eduardo Henrique Teixeira Professor da Faculdade de Medicina PUC - Campinas

Ateroembolismo renal

TEMAS LIVRES PÔSTERS APROVADOS DO XII CONGRESSO SERGIPANO DE CARDIOLOGIA. Observação:

Cadernos UniFOA. Palavras-chaves: Resumo

EXAME CLÍNICO PARA INVESTIGAÇÃO DE UMA DOENÇA CARDIOVASCULAR

TERAPÊUTICA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

DOENTE DE RISCO EM CIRURGIA ORAL

INSUFICIÊNCIA CORONARIANA

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

XXII CONGRESSO NACIONAL DO DEPARTAMENTO DE ERGOMETRIA, EXERCÍCIO, REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR, CARDIOLOGIA NUCLEAR E CARDIOLOGIA DO ESPORTE.

DISTÚRBIOS DA CIRCULAÇÃO

Ivan da Costa Barros Pedro Gemal

Marco Aurélio Nerosky Hospital Cardiológico. Costantini

Angina. Prof. Claudia Witzel

CONHECIMENTOS GERAIS EM SAÚDE PÚBLICA

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza

Identificação do Risco de Morte Súbita

Síndromes Coronarianas Agudas. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA MÓDULO III Profª Mônica I. Wingert 301E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

Biologia. Sistema circulatório

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ELETROCARDIOGRAMA

Saúde Naval MANUAL DE SAÚDE

EXERCÍCIO E DIABETES

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores.

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)

E L R O R B ETSE SO L O R C FALAS O VAM

CENTRO DE CONVENÇÕES DO HOSPITAL SÃO JULIÃO 22 E 23 DE OUTUBRO DE 2010 CAMPO GRANDE

Doenças do Sistema Circulatório

predisposição a diabetes, pois Ablok Plus pode mascarar os sinais e sintomas da hipoglicemia ou causar um aumento na concentração da glicose

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA EM DIABÉTICOS

Sala 1 - CONFERÊNCIA "Os Desafios da SBC para implantação do Programa Nacional de Prevenção Cardiovascular"

SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR

Raniê Ralph Pneumo. 18 de Setembro de Professora Ana Casati. Trombo-embolismo pulmonar (TEP)

Diretrizes. Brasileiras de Fibrilação Atrial (2009) Editor Leandro Ioschpe Zimerman

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

EFEITO DAS DROGAS NO CORAÇÃO

Adaptações. Estruturais. Funcionais em Repouso Funcionais em Exercício EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR

Diabetes - Introdução

Ácido nicotínico 250 mg, comprimido de liberação Atorvastatina 20 mg, comprimido; Bezafibrato 400 mg, comprimido; Pravastatina 20 mg, comprimido;

Angina Instável-IAM sem supra de ST

Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE MEDICINA CLÍNICA Conceitos Básicos de Aterosclerose e Angina Pectoris Estável Segunda-feira, 09/05/2011, 16 às 18 h Prof. Wolney de Andrade Martins Niterói (RJ) 2011

Síndromes Coronarianas Os que têm frequentes e graves desfalecimentos, sem causa justificável, morrem repentinamente As pessoas naturalmente gordas estão mais sujeitas à morte súbita do que as pessoas magras Aforismos de Hipócrates 460-377 a.c.

Síndromes Coronarianas William Heberden 1772 Royal College of Physicians Medical Transactions of the College 1772

Doença Coronariana Crônica O que é isso? Insuficiência Coronariana é síndrome clínica caracterizada por deficiência de suprimento sanguíneo através das artérias coronarianas epicárdicas, resultando em isquemia miocárdica. Apresenta formas clínicascrônicas e agudas(izadas)

Doença Coronariana Crônica Recordar é viver... Coronária Direita AD ns nav Circunflexa VD VE Descendente Anterior

Recordar é viver... O Fluxo Coronariano Normal Reserva Coronariana é a capacidade fisiológica do Fluxo Sanguíneo Coronariano aumentar acima dos níveis basais, ajustando-se a qualquer aumento do consumo miocárdico de O2 Dependente: Área transversa da coronária Resistência na microcirculação Freqüência cardíaca Oxido nítrico Fator Hiperpolarizante Endotélio Prostaciclinas Endotelinas

- - - - O Fluxo Coronariano na Doença Aterosclerótica 4 3 2 1 - - - - REPOUSO FLUXO MÁXIMO 0 20 40 60 80 100 Diâmetro da Lesão (%)

Epidemiologia Mortalidade por Doença Cardiovascular Em transição epidemiológica Anos 70: infecciosa crônico-degenerativa

Epidemiologia Mortalidade Doença Coronariana no Mundo OMS 7,2 milhões óbitos/ano 2002 2020 11,1 milhões óbitos/ano

Epidemiologia Dças. do Aparelho Circulatório= 26,5% óbitos Doenças Cerebrovasculares Doença Coronariana No Sudeste= 30,8% óbitos

Quais são as causas? ATEROSCLEROSE Arterites: Dça. Takayasu Poliarterite Nodosa Lupus Eritematosos Sistêmico S. Kawasaki (Linfonodo mucocutâneo) Sífilis Endocardite, Salmonela, outras infecções Dça. Células Gigantes Anomalias congênitas: Origem na aorta Origem na pulmonar Fístulas Pontes Miocárdicas Embólicas: Trombos, tumores, cálcio, vegetações Cirurgia cardíaca, cateterismo, próteses Paradoxal Dissecção Aórtica Espasmo Traumatismo

Aterosclerose: Patogênese Estria gordurosa Lesão intermediária Placa fibrosa Complicações Processo inflamatório crônico, com formação de tecido conjuntivo, colágeno, proteoglicans, fibras elásticas, além dos macrófagos e linfócitos T. Consiste de tecido conjuntivo denso, cápsula fibrosa, músculo liso no interior e células inflamatórias Macrófagos formam fatores de crescimento, colagenases e citocinas degradam o tecido conjuntivo

ATEROSCLEROSE

Aterosclerose: Patogênese Evolução da Aterosclerose ao longo do Tempo Células espumosas Estria de gordura Lesão inte rm ediária Aterom a Placa fibrosa Lesão complicada/ruptura Disfunção Endotelial Desde a 1ª década Desde a 3ª década Desde a 4ª década Principal crescimento devido a acumulação de lípides Músculo liso e colágeno Trombose hematoma Adaptado de Stary HC et al. Circulation. 1995,:1355-1374

ATEROSCLEROSE Artéria coronária epicárdica PLACA LUZ

Mostre-me suas artérias e direi a sua verdadeira idade Aorta com calcificações O processo da aterosclerose é difuso

Aterosclerose: Uma Doença Sistêmica! RUPTURA DA PLACA Placa Fibrocálcica Trombose Complicações

Pois muitos são chamados, mas poucos escolhidos... Mt. 22:14

Aterosclerose: Fatores de Risco Estudo de Framingham: [1950-...] EUA

Fatores de Risco Cardiovasculares PRIMÁRIOS: - TABAGISMO - HIPERCOLESTEROLEMIA, HIPERTRIGLICERIDEMIA - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - DIABETES MELLITUS - OBESIDADE - IDADE* - SEXO MASCULINO E FEMININO PÓS-MENOPAUSA* - HISTÓRIA FAMILIAR DE CORONARIOPATIA * - SEDENTARISMO - PERSONALIDADE - CONDIÇÃO SOCIAL SECUNDÁRIOS: * Não Removíveis

Angina Estável OBSTRUÇÃO FIXA X - EXERCÍCIO FÍSICO - EMOÇÃO - FRIO - DROGA SIMPATICOMIMÉTICA TAQUICARDIA CONSUMO DE O 2 DESEQUILÍBRIO ENTRE OFERTA X CONSUMO DE O 2 ISQUEMIA

Angina Pectoris Estável Dor inalterada nos últimos três meses quanto à duração, à intensidade, à freqüência, ao limiar, ao uso de medicação ou seja, mantém as mesmas características clínicas. Angina típica= 80% Dça. Coronariana!!!

Local da dor e suas irradiações Precórdio + MSE Precórdio + MSD + MSE Epigástrica / Mandíbula / Maxilar Dorsal

Angina Pectoris Estável (crônica) Estresse emocional Atividade sexual Frio Exercício OUTROS: Tabagismo Infecções agudas. Uso de drogas ilícitas.

Dor Torácica Classificação Angina Típica (definitiva) Angina Atípica (provável) Dor Torácica não cardíaca Desconforto ou Dor retroesternal; Desencadeada por exercício ou estresse emocional Aliviada com repouso ou uso de nitrato 2 dos fatores acima 1 ou nenhum dos fatores acima

Classificação Funcional da Canadian Cardiovascular Society I. Atividades físicas comuns não causam angina. Dor com ESFORÇO INTENSO, RÁPIDO ou PROLONGADO. II. LEVE LIMITAÇÃO das atividades habituais. III. GRANDE LIMITAÇÃO das atividades habituais. IV. INCAPACIDADE de desempenhar QUALQUER atividade sem desconforto. ANGINA DE REPOUSO pode estar presente.

Rabo de gato, orelha de gato,..., é gato! Manifestações atípicas ou Equivalente anginoso DISPNÉIA DE ESFORÇO FADIGA ERUCTAÇÕES DESCONFORTO APÓS REFEIÇÃO Especialmente em Idosos e Diabéticos!

EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO Da Vinci une arte e ciência e traz luz à escuridão da Idade Média

ANGINA PECTORIS ESTÁVEL EXAME FÍSICO XANTELASMAS, XANTOMAS, ARCO CORNEO ANEMIA, HIPERTIREOIDISMO HIPERTENSÃO ARTERIAL B4 B3, CONGESTÃO PULMONAR SOPRO SISTÓLICO MITRAL

Exame Físico XANTELASMA XANTELASMA XANTOMAS

Xantomas

Parece mas não é... Diagnósticos Diferenciais Refluxo Gastro-esofageano; Espasmo esofageano cedem com nitratos! Cólica biliar Costocondrite; Espondilopatias; Dças. músculo-esqueléticas Hipertensão pulmonar grave; Infarto Pulmonar Pericardite Aguda Prolapso Valvar Mitral Ansiedade; Psicopatias

Diagnóstico Quadro Clínico + Fatores de Risco + ECG + Teste Ergométrico

Normal em 50% dos casos Eletrocardiograma Alterações Inespecíficas da Repolarização Ventricular Alterações na vigência da dor que desaparecem após cessada a dor

TESTE ERGOMÉTRICO Esforço Isquemia Miocárdica Queda da PAS ECG Alterado Dor Anginosa

Avaliação hemodinâmica Teste Ergométrico Avaliação clínica Avaliação eletrocardiográfica

Teste Ergométrico

ECG Teste Ergométrico Basal

Teste Ergométrico BRE no ECG + Dor Precordial Típica

DIAGNÓSTICO - TESTE ERGOMÉTRICO ou Ecocardiograma de Estresse Cintilografia Miocárdica de esforço e repouso -ECO BIDIMENSIONAL COM DOPPLER Diagnósticos diferenciais: E Ao Isquemia grave Cardiopatia isquêmica -ECG DINÂMICA (SISTEMA HOLTER) Isquemia silenciosa

Investigação Diagnóstica HOLTER (ECG contínuo de 24 H) ELETRODOS RELÓGIO Utilidade Clínica: Diagnóstico da ISQUEMIA SILENCIOSA Tem valor Prognóstico Especialmente em DIABÉTICOS

SISTEMA HOLTER - RELATÓRIO

Cintilografia Miocárdica Repouso Esforço

Sala de Hemodinâmica Visualização Aquisição e gravação de imagens Monitorização

Cineangiocoronariografia e Ventriculografia (Cateterismo Cardíaco) Quando Indicar? Diagnóstico ainda duvidoso após métodos não-invasivos Sinais de alto risco nos métodos não-invasivos Sintomas apesar de tratamento clínico otimizado Muito sintomáticos (CCS III e IV) com isquemia evidente ou alta probabilidade de se indicar revascularização

Como eu trato? Não Farmacológico - ADEQUAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA E DA ATIVIDADE SEXUAL - ABOLIR ESTIMULANTES ADRENÉRGICOS, DROGAS VASOCONSTRICTORAS, CAFEÍNA - EVITAR DIETAS HIPERCALÓRICAS - CESSAR TABAGISMO - CORRIGIR FATORES DE RISCO: HAS, DM, DISLIPIDEMIAS, OBESIDADE, SEDENTARISMO. - TRATAR CAUSAS SECUNDÁRIAS: ANEMIA, HIPERTIREOIDISMO, INSUF. CARDÍACA

Como eu trato? Tratamento Farmacológico Evitar a isquemia e a dor Nitratos, Betabloqueadores, Antagonistas do cálcio Deter a progressão Hipolipemiantes (Estatinas) Evitar eventos agudos AAS ou Ticlopidina ou Clopidogrel

Tratamento Farmacológico ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS INIBE AGREGAÇÃO E ADESIVIDADE PLAQUETÁRIAS DIFICULTA A FORMAÇÃO DE TROMBO SOBRE A PLACA O AAS TEM AÇÃO ANTINFLAMATÓRIA PREVINE O INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E SÍND. AGUDAS EFs. ADVERSOS: SANGRAMENTOS, GASTRITE (AAS) DISCRASIAS SANGÜÍNEAS (TICLOPIDINA) e EVITAR DIPIRIDAMOL: TAQUICARDIA USO ORAL: - ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO: 75 a 325mg após o almoço. Usual: 100 mg/dia -TICLOPIDINA: 250 mg 2 X dia - CLOPIDOGREL: 75 mg/dia

Tratamento Farmacológico HIPOLIPEMIANTES - Reeducação alimentar e exercício físico - Manter colesterol total < 160 mg/dl - Manter LDL-colesterol < 100 mg/dl - ESTATINAS: Sinvastatina / outras - 10 a 80 mg/dia - Monitoração da lesão hepática e muscular - Evitar associação com fibratos

Tratamento Farmacológico NITRATOS INIBEM A ACTINA-MIOSINA VASODILATAÇÃO VENOSA RETORNO VENOSO TRABALHO CARDÍACO TAMBÉM LEVAM A VASODILATAÇÃO CORONARIANA E SISTÊMICA CONSUMO DE O 2 EF. ADVERSOS: CEFALÉIA, HIPOTENSÃO POSTURAL, RUBOR FACIAL, TAQUICARDIA, TOLERÂNCIA

Tratamento Farmacológico NITRATOS USO ORAL: - DINITRATO DE ISOSSORBIDA: 10-20 mg - 2-3 X dia - PROPATILNITRATO: 10-20 mg - 2-3 X dia - DINITRATO DE ISOSSORBIDA: 5 mg/vez (SL) - MONONITRATO DE ISOSSORBIDA: 20-40 mg - 2-3 X dia

Tratamento Farmacológico BETABLOQUEADORES ADRENÉRGICOS BLOQUEIO -ADRENÉRGICO A FREQÜÊNCIA CARDÍACA O TRABALHO CARDÍACO O CONSUMO DE O 2 ESPECIALMENTE ÚTIL: HAS, SÍNDROMES HIPERCINÉTICAS e TAQUIARRITMIAS ASSOCIADAS CONTRA-INDICADO: ASMA, INSUF. ART. PERIFÉRICA GRAVE, DIABETES MELLITUS INSULINO-DEPENDENTE USO ORAL: - PROPRANOLOL: 40-80 mg - 3 a 4 X dia - não seletivo - ATENOLOL: 50-100 mg - 1 a 2 X dia - seletivo

Tratamento Farmacológico ANTAGONISTAS DO CÁLCIO BLOQUEIO CANAIS LENTOS DE Ca ++ INFLUXO DE Ca ++ VASODILATAÇÃO PRÉ-CAPILAR ESPECIALMENTE ÚTIL: ANGINA VASOESPÁSTICA e HAS Efs. ADVERSOS: CEFALÉIA, HIPOT. POSTURAL, EDEMA MMII, RUBOR FACIAL, BLOQUEIO ÁTRIOVENTRICULAR, TAQUICARDIA EVITAR NIFEDIPINA de CURTA DURAÇÃO: ROUBO CORONARIANO e TAQUICARDIA USO ORAL: - DILTIAZEN: 60 mg 3 X dia ou 120-240 mg ação prolongada - VERAPAMIL: 80 mg 3 x dia ou 240 mg ação prolongada - BESILATO DE ANLODIPINO: 5 mg 1 a 2 x dia.

ANGIOPLASTIA CORONARIANA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA (ACTP ou PTCA) MÉTODO

Qual é o melhor tratamento para Doença Arterial Crônica (estável)? Sobrevida Livre de Óbito de Qualquer Causa e IM Estudo Courage 1.0 Clínico 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.0 ATC + Clínico Hazard ratio: 1.05 95% CI (0.87-1.27) P = 0.62 0 1 2 3 4 5 6 Anos 7 N Engl J Med 2007;356: 1503-16.

Complicações E agora Doutor? E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, Você? Drummond

Placa Estável ou Instável Capa de revestimento rica em colágeno. Placa amolecidas com fina camada de colágeno

Possibilidades de Evolução da Doença. Forma Crônica Aguda CRÔNICAS Obstrução crônica Semi-oclusão AGUDAS Oclusão

Obrigado