Escola Secundária Augusto Gomes. Projeto Educativo 2013/16 Uma Escola de Compreender o Mundo

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Transcrição:

Escola Secundária Augusto Gomes Projeto Educativo 2013/16 Uma Escola de Compreender o Mundo Matosinhos. dezembro de 2013

Índice 1. Introdução 2. Missão da ESAG 3. Princípios orientadores do PEE 4. Objetivos 5. Operacionalização do PEE 6. Calendarização 7. Autorregulação do PEE 8. Fontes e legislação de suporte Anexos Metas do PEE Caracterização do Contexto Versão 1.0 2

1. Introdução O PEE é um instrumento de exercício da autonomia definido no Decreto-Lei 137/2012 de 2 de julho, como documento que consagra a orientação educativa da escola ( ) no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias, segundo os quais a escola se propõe cumprir a sua função educativa (Art. 9º). Após vigência de 4 anos do PEE na escola Tudo é Currículo, importa fazerem-se ajustes e clarificar-se ainda mais a missão da ESAG. Assim, sublinha-se a Centralidade do Aluno como preocupação do serviço educativo e reforça-se a integração e articulação dos documentos orientadores da escola na lógica da sua autonomia. Definir um PEE para a ESAG é saber, antes de mais, o que quer e é a escola. Consideramos que a ESAG, pela sua história, pelos desejos e anseios da comunidade educativa, pelas características do seu pessoal docente e não docente e pelo seu contexto, se pode conceptualizar por: Um serviço educativo contextualizado num ambiente favorável, coerente e eficaz; Aprendizagens formais que encontram significado numa experiência vivencial coletiva, na construção de indivíduos que respeitam a realidade e que nela intervêm, transformando-a. Uma escola voltada para o exterior e que provoca vivências reais aos seus alunos. Um cruzamento das aprendizagens formais e não formais, com a escola a assumir-se como polo dinamizador de um serviço educativo centrado no aluno e na sua comunidade. Entendemos que na ESAG, Uma Escola de Compreender o Mundo, das salas de aula aos espaços comuns, dos processos educativos aos processos administrativos, dos tempos letivos aos não letivos, da organização dos espaços à utilização dos equipamentos, dos recursos humanos à comunidade educativa, das atividades formais às informais, da imagem interna à imagem externa, tudo condiciona fortemente as aprendizagens dos alunos e a identidade da escola. A construção de um currículo próprio e da identidade organizacional da ESAG está, portanto, em cada canto e em cada segundo, em cada pessoa e em cada ação. A ESAG vive das suas experiências, mas também da construção da sua memória. É sobre esta, organizada e disponível, que se torna possível a partilha de projetos e de resultados, num trabalho colaborativo e cooperativo capaz de fazer da ESAG uma organização aprendente e mais eficiente. Considerando o contexto educativo da ESAG, os seus problemas e fragilidades, as suas valências e pontos fortes, e considerando as características das suas Comunidades Escolar e Educativa, contextualizados nos princípios inscritos na LBSE e noutra legislação, definimos um Projeto Educativo coerente com essas Versão 1.0 3

potencialidades e fragilidades e coerente em si mesmo. Assim, este Projeto Educativo de Escola (PEE) foi pensado na perspetiva dos recursos humanos e materiais da ESAG, mas também na dos recursos externos e oportunidades que se avizinham. responsabilidade Também no que se refere às exigências da educação para o séc. XXI, procuramos dar resposta às necessidades de desenvolvimento do pensamensto crítico; da capacidade de resolução de problemas; da capacidade de comunicação e de criatividade; da literacia digital; do enfoque na vida ativa no que respeita à flexibilidade e capacidade de adaptação; à iniciativa e à autonomia; ao desenvolvimento de competências sociais, interculturais; à responsabilização e à liderança. São áreas de intervenção da escola o desenvolvimento de projetos no âmbito da educação para a saúde/educação sexual; segurança; desporto; educação artística; cidadania e educação para os valores e da educação especial promovendo a inclusão de todos os alunos. O contexto urbano da Escola, a sua imagem positiva junto da comunidade, os recursos humanos e materiais, uma população escolar empenhada e interessada e a vontade e determinação das lideranças e dos órgãos de gestão em fazer avançar um projeto de escola envolvente, coerente, focalizado no aluno e suportado na realidade local, são os pontos fortes deste PEE. É este, pois, o ponto de partida para 3 anos de grandes transformações, onde se espera, de todos, proatividade, cooperação, partilha e vontade de aprender mais e de arriscar em projetos inovadores e transformadores. É com uma comunidade educativa motivada, que conhece as razões do trabalho educativo, que vamos chegar, em 2016, com uma ESAG reforçada ao nível organizacional e ao nível do sucesso dos alunos, agindo sempre com o mesmo sentido de pertença e o profissionalismo de quem quer fazer da ESAG a NOSSA ESCOLA. 2. Missão da ESAG Organizar e prestar um serviço educativo implica saber onde queremos chegar, o que pretendemos com a nossa ação, o que nos orienta, que transformação queremos efetuar. Assim, inspirados no artigo 2º da LBSE, definimos como missão da ESAG: Contribuir para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos alunos, incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários, formando cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na sua transformação progressiva. Versão 1.0 4

3. Princípios Orientadores do PEE Este PEE constitui, simultaneamente, um ponto de confluência de ideias, experiências e vontades, mas também o ponto de partida para uma reflexão permanente e partilhada, com vista à melhoria contínua do serviço educativo da ESAG. É um documento orientador e organizador, mas aberto e adaptável. A sua sustentabilidade pressupõe conhecer o destino que queremos alcançar a Missão da ESAG - e o caminho a trilhar, assente em quatro princípios orientadores: I. A ESAG desenvolve um currículo articulado, sequencial e integrado, onde todo o plano de atividades da Escola se norteia por orientações da política educativa nacional, no contexto da comunidade local, com a escola a definir opções e intencionalidades próprias e construindo modos específicos de organização e gestão curricular, com vista ao sucesso educativo dos alunos. II. A ESAG identifica-se fortemente pela formação científico-humanística e artística dos seus alunos, reforçada por uma diversificação da oferta educativa ao nível profissionalizante. III. O Projeto Educativo da ESAG sustenta-se no desenvolvimento pessoal e profissional de toda a Comunidade Escolar, num ambiente colaborativo, promotor de autonomia, de responsabilidade e de satisfação, com forte ligação à Comunidade Educativa. IV. A gestão da ESAG focaliza-se na sua missão educativa, procurando a melhoria contínua, de forma a desenvolver e aprofundar a sua área de intervenção. 4. Objetivos Tirando partido das novas instalações e de um novo ciclo de gestão, a ESAG pretende relançar-se para todos os futuros, abraçando um projeto claro e partilhado de melhoria da qualidade dos percursos educativos de cada um dos seus alunos. Considerando que o sucesso das aprendizagens escolares se traduz em percursos de personalização, construídos em dinâmicas sociais de interdependência, de cooperação, de respeito e de liberdade, o nosso trabalho será cada vez mais exigente, focado rigorosamente no essencial, potenciando a motivação e as possibilidades de desenvolvimento de cada um dos nossos alunos, com todo o apoio da família e das instituições da comunidade local. 1. Promover o sucesso escolar de todos os alunos, aumentando as taxas de sucesso escolar em todos os anos de escolaridade; aumentando a taxa de alunos com sucesso pleno; aumentando taxas de ingresso no ensino superior. Versão 1.0 5

2. Potenciar a dimensão integral da aprendizagem, reforçando a sua qualidade e diversidade, assegurando elevados níveis de qualidade pedagógica; maximizando o grau de concretização do currículo e das disciplinas de cada um dos cursos; desenvolvendo estratégias transdisciplinares e interdisciplinares como dimensão estratégica nas atividades letivas; 3. Gerar estratégias de construção do Projeto Individual do aluno, assegurando um maior desenvolvimento de competências, de acordo com o perfil de saída do ciclo de estudos; fomentando a ligação ao mundo do trabalho por via da cooperação entre escolas, empresas, instituições e serviços de apoio e encaminhamento vocacional e profissional; envolvendo os alunos numa maior e diversificada oferta de atividades que respondam às necessidades do seu projeto individual. 4. Ampliar os diferentes poderes de decisão, de competências e de gestão de recursos, envolvendo todos os elementos da comunidade educativa na autonomia e na sua prática, como projeto estratégico da Escola; promovendo a adoção de procedimentos diferenciados e eficientes de gestão pedagógica, patrimonial, administrativa e financeira num processo de melhoria contínua; desenvolvendo práticas diferenciadas de supervisão pedagógica, como instrumento estratégico de promoção da centralidade do aluno no processo educativo; promovendo o desenvolvimento profissional dos docentes e do pessoal não docente. 5. Operacionalização do PEE O PEE, a desenvolver nos próximos 3 anos, não pode constituir apenas a expressão de um conjunto de intenções da Escola. Ele prevê formas de operacionalização e de desenvolvimento, suportadas numa estrutura organizacional (ver organigrama da ESAG), no seu Regulamento Interno (RI) e num Plano Plurianual de Atividades (PPA) que inclui as ofertas educativas do Ensino Básico (EB), do Ensino Secundário (ES) cursos Científico-Humanísticos e Cursos Profissionais, Formação de Adultos (FA) e um conjunto de Atividades de Complemento Curricular (ACC), preferencialmente de cariz transversal e interdiscipiinar. O Regulamento Interno (RI) estabelece as normas de funcionamento e de interrelação das diferentes estruturas da escola e os direitos e deveres dos elementos da comunidade educativa. Versão 1.0 6

No diagrama seguinte estabelece-se a interligação entres os diferentes componentes do PEE. Procura-se, deste modo, evidenciar o seu papel enquanto instrumento que estabelece as principais linhas orientadoras do serviço educativo, quer no domínio do currículo formal quer no domínio das propostas complementares. Versão 1.0 7

FA PA A PA AA ES PEE EB Regulamento Interno PA A ACC PA A São, pois, preocupações fundamentais deste PEE a melhoria do sucesso escolar, a centralidade do aluno e o reforço da supervisão entre pares. Faz-se, agora, uma breve descrição de cada um dos componentes operativos do PEE. Ensino Básico Desenvolve-se de acordo com o programa nacional das diferentes disciplinas que o compõem e de acordo com o perfil de saída dos alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico. O projeto de escola COMO NA VIDA! está organizado com o objetivo de enfatizar algumas destas componentes. Este projeto centra a gestão do plano de atividades da turma em equipas pedagógicas e privilegia estratégias que promovam a aprendizagem interdisciplinar, na resolução de Desafios-Problema, como elementos aglutinadores da atividade dos alunos. Ensino Secundário As ofertas do Ensino Secundário são as mais procuradas pela comunidade. Da totalidade dos alunos da ESAG, cerca de 75% frequentam este nível de estudos, principalmente nos cursos Científico-Humanísticos. São preocupações particulares para este nível de ensino, a par das já referidas, o Projeto Individual, pela valorização das opções vocacional e profissional dos alunos, e as Aprendizagens Complementares. Versão 1.0 8

Formação de Adultos A Formação e Educação de Adultos sempre fez parte do serviço educativo da ESAG, papel que tem desempenhado ininterruptamente a favor da comunidade, desenvolvendo as mais diversas modalidades de formação e educação de adultos, principalmente no período noturno, mas também no diurno. Encaramos esta oferta com o propósito de proporcionar modalidades diversificadas de Formação e de Certificação escolar para adultos e apoiar na reformulação de percursos de formação e de desenvolvimento de competências, com vista à reintegração na vida ativa. Atividades de Complemento Curricular As atividades de complemento curricular reforçam as vertentes transdisciplinares e de ligação à comunidade e organiza-se em três grandes áreas de dinamização: Apoios escolares: reforço das aprendizagens escolares, ajudando os alunos a ultrapassar dificuldades ou incentivando os alunos que já demonstram elevados níveis de sucesso; Saber mais: conjunto de ações que promovem o sucesso dos alunos, com aprendizagens complementares do currículo formal potenciadoras do Projeto Individual do Aluno; Gestão: utilização dos objetivos do serviço educativo como pilares orientadores na procura da melhoria contínua. 6- Calendarização O PEE está organizado de forma a concretizar-se no triénio 2013/2016, prevendo-se o reforço de algumas ações decorrentes da sua avaliação contínua. Tendo em conta a especificidade deste período, como efeito da construção da nova Escola, toda a atividade a desenvolver será fortemente condicionada pelo processo de modernização da escola, que se encontra em fase de concretização e com prazo de conclusão não definido. Cientes desta situação, será dada toda a atenção a um conjunto de medidas, de forma a minimizar os efeitos condicionadores do Projeto Educativo da ESAG. Do mesmo modo, aquando da conclusão, deverá ser valorizada a disponibilização de novos espaços e valências, de forma a reforçar o seu papel nos propósitos deste PEE. 7- Autorregulação do Projeto Educativo Num processo de autorregulação e de melhoria contínua, o PEE será monitorizado e integrado no plano de Versão 1.0 9

avaliação interna de escola. O PEE será avaliado anualmente, com a elaboração de relatórios de progresso e, no final dos 3 anos da sua vigência, com um relatório final. Serão utilizadas diversas formas de recolha de dados, como relatórios, questionários e grelhas de registo, assim como fontes de informação diversas, nomeadamente, as opiniões da Comunidade Escolar e dos Encarregados de Educação, atas, dossiês, pautas de avaliação. Da avaliação efetuada, será dada conta aos órgãos de gestão e a toda a Comunidade Escolar, nomeadamente na sessão anual Conhecer para melhorar, processo fundamental de partilha de responsabilidades e de soluções para a construção de uma Escola Secundária Augusto Gomes cada vez melhor. 8- Fontes A elaboração do PEE ESAG, Uma Escola de Compreender o Mundo foi precedida de auscultação à comunidade educativa, onde foram apontadas algumas linhas orientadoras e propostas de concretização, e foi realizada pesquisa de informação relevante para a caracterização da ESAG. Entre outros, foram utilizados os seguintes documentos: Relatório da Avaliação Externa de Escola ESAG. IGE, 2009 Relatórios de Avaliação Interna da ESAG Relatórios dos Planos Anuais de Atividade Projeto Educativo de Escola ESAG, 2009/2013 Legislação de suporte Lei nº 46/86, de 14 de outubro - Lei de Bases do Sistema Educativo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho Lei da Autonomia e Gestão das Escolas Portaria 265/2012, de 30 de agosto Contratos de Autonomia Decreto-Lei nº139/2013, de 5 de julho Organização e Gestão dos Ensinos Básico Secundário. Portaria 74-A/2013 de 15 de fevereiro Organização dos Cursos Profissionais Versão 1.0 10

Anexos Apresentamos, a seguir, as taxas de aprovação e os resultados nos exames nacionais nos últimos 3 anos letivos, assim como os objetivos operacionais e respetivas metas para 2016. As metas do Projeto Educativo foram calculadas tendo como referência, para cada indicador, a média dos valores verificados nos últimos 3 anos letivos (10/11, 11/12 e 12/13). Do mesmo modo, a meta a alcançar define-se como a média dos resultados a verificar nos próximos 3 anos letivos (13/14, 14/15 e 15/16). Nos indicadores em que se aplica, as metas a alcançar são calculadas tendo como referência as médias dos valores nacionais atuais. Assim, nos casos em que a média da escola é superior à média nacional a meta para 3 anos será manter o valor atual alcançado; nos casos em que a média da escola é inferior à média nacional, a meta para 3 anos será igualar o valor da média nacional verificada atualmente. Não são apresentados valores relativos aos exames nacionais do 9º ano de escolaridade, por não se terem realizado na ESAG. Versão 1.0 11

Tabela 1. Evolução das taxas de transição/aprovação nos últimos 3 anos letivos ESAG 10/11 11/12 12/13 Média 10/13 Nacio nal ESAG Nacio nal ESAG Nacio nal ESAG Nacio nal Desvio N-ESAG Ensino Básico 84% 92% 91% 90% 94% 89% 90% 90% 1% 90% 7º ano - 90% 96% 82% 95% 83% 95% 85% -10% 8º ano 68% 86% - 82% 92% 86% 81% 85% 3% 9º ano 86% 82% 83% 82% - 81% 84% 81% -3% E. Secundários C&H Meta 2016 78% 79% 81% 84% 75% 78% 78% 81% 3% 81% 10º ano 78% 85% 81% 87% 72% 83% 77% 85% 8% 11º ano 88% 89% 91% 65% 83% 86% 87% 80% -7% 12º ano 69% 63% 72% 88% 69% 62% 70% 71% 1% Cursos profissionais 94% 67% 95% 98% 93% 88% 94% 84% -10% 94% Tabela 2. Médias de 3 anos (2011, 2012, 2013) nos exames nacionais 2011 2012 2013 Média 3 anos Exames ESAG Nacional ESAG Nacional ESAG Nacional Esag Nacional Língua Portuguesa 3 2,8 2,6 2,9 2,6 54 Matemática 2,7 2,5 2,1 2,9 2,4 51 Física e Química A (715) 108 105 83 81 75 81 93 89 Biologia e Geologia (702) 115 110 96 98 83 84 100 97 Economia A (712) 143 120 130 117 131 113 138 117 Geografia A (719) 122 113 111 107 97 98 113 106 MACS (835) 128 113 142 106 125 99 133 106 Geom. Desc.A (708) 115 100 103 107 95 122 104 110 Matemática B (735) 116 119 82 88 115 102 104 103 HCA (724) 121 96 147 109 101 104 123 103 Espanhol (547) (F. Específica) 144 136 147 134 95 103 129 124 Literatura Portuguesa (734) 134 93 172 109 79 112 128 105 Filosofia - - 111 89 112 102 112 96 Português B 639 104 97 109 104 102 98 105 100 Matemática A 635 109 106 104 104 192 97 102 102 História 623 88 105 137 118 110 106 112 110 Desenho A 706 132 120 119 123 138 124 129 122 Versão 1.0 12

Objetivos Operacionais Objetivo Geral Objetivo operacional Meta até 2016 Estratégia 1. Promover o sucesso escolar dos alunos 2. Potenciar a dimensão integral da aprendizagem, reforçando a sua qualidade e diversidade. 3. Gerar estratégias de construção do projeto individual do aluno. 1. Diminuir o abandono escolar precoce, aumentando o número de alunos que completa a sua educação e formação. 2. Avaliar os alunos de acordo com o evoluir das suas aprendizagens, numa lógica de ciclo de estudos plurianuais. 3. Promover o sucesso escolar a todas as disciplinas, aumentando o número de alunos com sucesso pleno. 4. Promover o sucesso escolar nas disciplinas com Exame Nacional. 5. Responder às expectativas dos alunos, ao nível da entrada no ensino superior. 6. Promover a empregabilidade dos alunos com formação profissionalizante. 7. Assegurar a Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV), através da oferta de modalidades diversificadas de Formação e de Certificação escolar para adultos. Valor de referência: Tendencialmente zero. Taxa de transição Valor de referência: EB: 90% ES C&H: 78% CP: 94% Metas: EB: 90% ES C&H: 81% CP: 94% Aumentar a taxa de sucesso pleno em 1%, face à média dos últimos 3 anos. Alcançar médias nas classificações de exame idênticas ou superiores à média nacional em todos os exames (ver tabela 2). Aumentar a taxa de entrada no ensino superior em 1%, em relação à média dos últimos 3 anos. Aumentar a taxa de inserção profissional destes alunos. Garantir o funcionamento de oferta formativa para adultos. 1.1. Envolver todos os alunos num processo de autoanálise das suas potencialidades e expectativas, com vista à construção de um projeto pessoal e formativo. 2.1. Identificar as metas de aprendizagem a avaliar nos diferentes instrumentos de avaliação utilizados. 2.2. Comunicar claramente os critérios de classificação desses instrumentos. 2.3. Promover a autoavaliação e a participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos. 3.1. Definir um plano de ação articulado entre as disciplinas com maior % de insucesso, na melhoria dos resultados das aprendizagens ao longo do ciclo de estudos. 3.2. Direcionar as atividades da escola e o reforço da aprendizagem para apoios às disciplinas em que o aluno tem insucesso. 3.3. Diversificar as modalidades/ atividades de apoio para o desenvolvimento de competências transversais e específicas. 4.1. Definir um plano de monitorização para analisar os resultados de avaliação por disciplina. 4.2. Implementar aulas de apoio com carácter obrigatório para os alunos indicados pelos Conselhos de Turma. 5.1. Apoiar os alunos no reforço das suas aprendizagens e na melhoria do seu desempenho na avaliação interna e externa. 6.1. Adotar processos de trabalho e de avaliação da aprendizagem focados no perfil de saída das formações profissionalizantes, articulando os contextos formativos da escola e do mundo de trabalho. 6.2. Proporcionar estágios profissionalizantes em vários setores empresariais e serviços. 7.1. Desenvolver um Projeto Educação ao Longo da Vida (PEALV_2013-2016). 7.2. Estabelecer protocolos com entidades diversas, nomeadamente com o IEFP. Versão 1.0 13

4. Ampliar os diferentes poderes de decisão, de competências e de gestão dos recursos. 8. Envolver todos os elementos da comunidade educativa na autonomia e na sua prática, pelo reforço das lideranças e das responsabilidades partilhadas. Aumentar o grau de envolvimento dos diversos atores da comunidade escolar na tomada de decisões e na respetiva avaliação. 8.1. Desenvolver práticas diferenciadas de supervisão pedagógica. 8.2. Articular todos os atores organizacionais e estruturas, na procura de soluções. 8.3. Assegurar a participação de todos, no desenvolvimento de soluções adotadas e sua avaliação. 8.4. Proporcionar formação contínua, com vista ao desenvolvimento profissional. Versão 1.0 14

Caracterização do contexto A Escola Secundária Augusto Gomes (ESAG) fica situada na cidade de Matosinhos. As suas instalações encontram-se em fase de requalificação desde 2011, estando desde setembro de 2012 uma primeira fase concluída. O novo edifico apresentará uma área de construção de 15.000 m2, mais do dobro das antigas instalações, e uma área livre de 18.000 m2, devendo os espaços verdes (ajardinados) duplicar. Realça-se, no entanto, que as obras encontram-se atualmente paradas, sendo evidente os seguintes constrangimentos: inexistência de instalações para a prática de Educação Física; Salas de aula, nomeadamente as de Artes Visuais, a funcional em monoblocos; ausência de espaço exterior; Biblioteca e outros serviços em instalações reduzidas. Se as novas instalações já em uso potenciam uma evolução, estes constrangimentos serão um entrave à melhoria dos resultados escolares. De acordo com os dados dos CENSOS 2011, o concelho de Matosinhos apresenta 175 478 habitantes, tendose assistido, na última década, a um aumento da população residente na ordem dos 5%, superior ao crescimento verificado no Grande Porto, que foi de 2%. Ao nível de escolaridade, há a registar, consultando os dados do INE 2011, 4 909 indivíduos com o 3ºciclo do Ensino Básico incompleto e 5 168 com o Ensino Secundário incompleto, sendo ainda mais significativo para idades superiores a 23 anos. A força da dimensão do hinterland do município, as suas características de especialização industrial, a dimensão das suas trocas comerciais, a crescente dinâmica ao nível do turismo e da gastronomia, as excelentes acessibilidades rede do Metro do Porto, STCP, Transportes Resende e uma ampla rede de estradas, como a IP4 e a VRI dimensionam a forte linha estratégica de desenvolvimento de Matosinhos. No ano letivo 13/14, a população escolar na ESAG totaliza1 269 alunos (49 turmas): 303 alunos do 3.º ciclo (12 turmas); 816 alunos (31 turmas) dos cursos científico-humanísticos do Ensino Secundário; 150 alunos (7 turmas) dos cursos profissionais. Acrescem ainda 19 formandos adultos (1 turma) do curso de EFA de dupla certificação. De acordo com o projeto OTES 2011 ( Observatório de Trajetos dos Estudantes do Ensino Secundário ), 95,7% dos nossos alunos que deram entrada no Ensino Secundário frequentaram o Ensino Básico regular e 57,1% obtiveram nível 4 ou 5 no final do 9º ano, registando-se 49,4% no caso da disciplina de Matemática e 47,2% a Português. Destaque-se ainda que 69,3% não tiveram qualquer negativa no 9º ano e 70,1% nunca reprovaram ao longo do seu percurso escolar. As consultas aos nossos alunos sobre as suas escolhas escolares revelam que 71,9% consideram que o Ensino Secundário serve para os preparar para a vida profissional e 57,1% para os preparar para o Ensino Superior. Relativamente às expectativas face ao após Secundário, 81% referem que pretendem continuar a estudar depois do Ensino secundário, havendo 70,1% dos alunos que afirmam prosseguir para a universidade. Sobre as razões para a escolha da ESAG, as opiniões mais assinaladas são: os amigos que têm nesta escola; o reconhecido prestígio da escola e a qualidade do corpo docente. Os alunos reforçam o seu grau de Versão 1.0 15

satisfação, expressando que se sentem seguros e que estabeleceram uma boa relação com órgãos de gestão/direção, com os funcionários e entre alunos. Os alunos consideraram que os principais objetivos do Ensino Secundário são os seguintes: preparar os alunos para participarem em sociedade e desenvolver o espírito crítico e a criatividade. Ao longo dos últimos anos verificou-se uma intensa transformação no seio das escolas públicas e do sistema de ensino em geral, com alterações significativas da oferta educativa: desapareceram disciplinas e áreas disciplinares nos currículos do EB e do ES (Área de Projeto, Estudo Acompanhado, Formação Cívica); alteraram-se as cargas horárias de várias disciplinas; terminou a oferta de Ensino Secundário Recorrente; funcionou e terminou a oferta dos Cursos EFA-Escolar; funcionou e terminou o Centro de Novas Oportunidades; alteraram-se as ofertas profissionalizantes para o Ensino Secundário; reduziu-se substancialmente (superior a 25%) o número de docentes nas escolas portuguesas, em parte à custa da aposentação dos professores mais velhos e mais experientes e pela não admissão de novos professores. A ESAG sentiu de forma bem clara todas estas alterações. O corpo docente e do pessoal não docente teve de continuar a fazer muito mais, com menos condições, e tem sido a sua maturidade profissional que permite manter a qualidade do serviço educativo que a ESAG presta à sua comunidade. Considerando que o sucesso das aprendizagens escolares se traduz em percursos de personalização, construídos em dinâmicas sociais de interdependência, de cooperação, de respeito e de liberdade, o nosso trabalho será cada vez mais exigente, focado rigorosamente no essencial, potenciando a motivação e as possibilidades de desenvolvimento de cada um dos nossos alunos, com o apoio da família e das instituições da comunidade local. No âmbito da candidatura ao Contrato de Autonomia, a ESAG pretende relançar-se para todos os futuros, abraçando um projeto claro e partilhado de melhoria da qualidade dos percursos educativos de cada um dos seus alunos. Versão 1.0 16