Workshop Regional de Disseminação do Universidade de Évora - Évora - 24 de Abril de 2012 Acessibilidades, transportes e mobilidade nos Planos Municipais de Ordenamento do Território Luís Jorge Bruno Soares www.brunosoaresarquitectos.pt brunosoares@brunosoaresarquitectos.pt Coautores do GUIÃO: Luís Jorge Bruno Soares António Pérez Babo Robert Stüssi Maria Rosário Partidário Bruno Lamas 0
1. Objetivo do Guião É objetivo deste Guião tratar a abordagem, no âmbito dos Planos municipais de Ordenamento do Território (PMOT), da relação transporte / uso do solo e, em particular, das condições de acessibilidade que o sistema de transportes pode proporcionar entre funções urbanas e atividades instaladas ou a instalar no território. 1
2. Princípios orientadores Guião comprometido com a situação portuguesa, nomeadamente com a conclusão dos PROT e com a revisão dos PDM, horizonte balizado por um conjunto de preocupações, de objetivos estratégicos e de políticas de âmbito nacional e regional. Guião orientado por um conjunto de questões prioritárias a abordar nos PMOT, no sentido de serem aplicados critérios adequados ao desenvolvimento sustentável do território. Guião dirigido a políticos, decisores públicos e privadois,e técnicos envolvidos no processo de planeamento e gestão do território, na próxima década. Guião centrado na valorização do cidadão multimodal, e na promoção da mobilidade sustentável, isto é, na minimização dos impactes ambientais das deslocações, o que implica no âmbito dos PMOT: valorizar as deslocações a pé; qualificar os acessos aos transportes públicos; regrar a circulação TI nas áreas urbanas. 2
3. Cidadão Multimodal A multimodalidade é condição de eficiência e sustentabilidade do sistema de transportes. As deslocações multimodais dependem da apetência das pessoas para integrarem diversos modos de transporte, nomeadamente os transportes públicos, nas suas deslocações diárias. As deslocações a pé são o ligante da cadeia de transporte. Das condições da sua realização - distância, segurança e conforto - depende também a escolha do tipo de viagem. Os espaços e percursos pedonais devem constituir preocupação prioritária do planeamento e gestão municipal dos espaços urbanos. Os PMOT devem valorizar o cidadão multimodal 3
4. Índice do Guião Apresentação do Guião 1. Enquadramento conceptual e metodológico 2. Ordenamento do território em Portugal 3. Recomendações para a abordagem dos transportes nos PMOT 3.1 Abordagem da mobilidade e transportes nos PMOT 3.2 Temas estruturantes na relação uso do solo/transportes 3.3 As deslocações pedonais como questão central da mobilidade sustentável 3.4 Acessibilidade instrumento de ordenamento do território 3.5 Mobilidade condicionada 3.6 Questões ambientais relevantes 3.7 Abordagem metodológica da temática dos Transportes nos PMOT 4. Documentos de apoio 5. Anexos 4
5. Questões-chave de ordenamento Localização espacial dos diversos usos do solo, como geradores/atractores de fluxos, na sua relação com as condições de acessibilidade; Redes de centralidades urbanas nas diversas escalas territoriais; Espaços canais, infraestruturas dedicadas aos diversos modos de transporte, e hierarquia funcional das redes viárias; Espaço público como ambiente por excelência de realização das deslocações Interfaces de transportes, como nós estratégicos da cadeia de transporte; 5
6. Situação Portuguesa Onde se jogam as mudanças? 1. Desenvolver redes de centralidades articuladas com condições de acessibilidade; 2. Conter a expansão urbana em mancha de óleo estruturando os territórios urbanos fragmentados; 3. Integrar nas redes de transportes e estruturar as áreas de baixa densidade de ocupação (rurais, peri-urbanas e turísticas) articulando-as com as redes de centralidades; 4. Densificar o uso urbano em áreas de acessibilidade (potencial) elevada; 5. Valorizar e integrar urbanisticamente os interfaces de transportes e acessos aos TP; 6. Promover os corredores dedicados a transportes públicos e a modos suaves; 7. Desenvolver e qualificar a rede de percursos pedonais; 8. Garantir a continuidade inter-municipal das redes de transportes e a articulação entre as redes concelhias e as regionais/nacionais; 9. Ordenar a oferta de estacionamento em função de tipos de acessibilidade considerados desejáveis. 6