A TECNOLOGIA ASSISTIVA E O TELETRABALHO COMO AGENTES FACILITADORES DA INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL.

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Transcrição:

A TECNOLOGIA ASSISTIVA E O TELETRABALHO COMO AGENTES FACILITADORES DA INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL. BOSCATTE, Vera Regina Alexandre MELLO, Alvaro Augusto Araújo. Business School São Paulo BSP Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível CETEL End.: Avenida Paulista, 2000 12º andar Bela Vista São Paulo (SP) Brasil, CEP 01310-200; Fone: 55 11 4007-1192. Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades SOBRATT; End.: Rua Pará, 76 Cj. 12 Higienópolis - São Paulo (SP) Brasil, CEP 01243-020 ; Fone: 55 11 3151-5711; E-mail: sobratt@sobratt.org.br Conselho Regional de Administração de São Paulo CRA-SP - Grupo de Excelência Convergência Tecnológica e Mobilidade Corporativa/ CTMC Rua Estados Unidos, 865/889 Jardim América São Paulo (SP) Brasil, CEP 01427-001; Fone: 55 11 3087-3200; Fax 55 11 3087-3256. E-mail: admveraboscatte@terra.com.br alvaro@beca-ework.com RESUMO Este trabalho teve como objetivo demonstrar a experiência e avanços brasileiros na inclusão de pessoas com deficiência. No último censo de 2010, foram identificadas 45,6 milhões no país que criou políticas fortes de acessibilidade e inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. São Paulo, estado de maior população, preocupou-se em retirar barreiras que impedem a participação da PcD na sociedade, facilitando a implementação da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A visão global sobre a necessidade da inclusão da PcD gerou parcerias enriquecedoras, como a da Organização Mundial da Saúde e o Grupo Banco Mundial, ao produzirem o Relatório Mundial sobre Deficiência, base deste estudo. O desenvolvimento da tecnologia assistiva está permitindo a capacitação e inclusão da PcD no mercado de trabalho, sendo que a modalidade de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível são agentes facilitadores de um trabalho digno e produtivo. PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia Assistiva. Teletrabalho. Inclusão Social Pessoa com Deficiência - PcD ABSTRACT The objective of this job was to demonstrate Brazilian experience and its advances in the inclusion of disabled people. In the last census of 2010 45,6 million disabled people were identified in Brazil creating strong policies of accessibility and inclusion of disabled people in the labor market. São Paulo, the most populated state, was concerned about removing barriers that do not allow disabled people to participate in the society by implementing the Convention on the Rights of Persons with Disabilities of United Nations. The global view about the necessity of including disabled people resulted in enriching partnerships, as between World Healthy Organization and Group World Bank that produced the World Report on Disability, basis of this study. Assistive technology development is 1

allowing disabled people empowerment and their inclusion in the labor market and the modality of Teleworking and Alternatives of Flexible Working are facilitating agents of a decent and productive work. RESUMÉN Este trabajo tuvo como objetivo demonstrar la experiencia y avances brasileños en la inclusión de personas con deficiencia. En el último censo de 2010 han sido identificados 45,6 millones en el país que ha creado fuertes políticas para la accesibilidad e inclusión de personas con deficiencia en el mercado laboral. São Paulo, provincia con la más grande población, se ha preocupado en retirar las barreras que impiden la participación de las personas con deficiencia en la sociedad, facilitando la aplicación de la Convención de las Naciones Unidas sobre los Derechos de las personas con Discapacidad. La visión global sobre la necesidad de inclusión de las personas con discapacidad ha resultado en asociaciones enriquecedoras, tales como la Organización Mundial de la Salud y el Grupo del Banco Mundial, para producir el Informe Mundial sobre la Discapacidad, base de este estudio. El desarrollo de la tecnología de asistencia esté permitiendo la capacitación de la persona con deficiencia y su inclusión en el mercado laboral, siendo que la modalidad de Teletrabajo y Alternativas de Trabajo Flexible son agentes facilitadores de un trabajo digno y productivo. Autores: Vera Boscatte, Administradora, Professora. Analista do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Diretora Executiva da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades - SOBRATT Coordenadora do Grupo de Excelência de Teletrabalho do CRA-SP Membro do Comitê Diretivo do Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível CETEL, da Business School São Paulo BSP Coordenadora de Projetos do Grupo de Consultoria em Teletrabalho - GCONTT Email: admveraboscatte@terra.com.br Alvaro Mello, Administrador, Professor, Doutor Presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades SOBRATT Coordenador do CETEL Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível CETEL, da Business School São Paulo BSP Vice-Coordenador do Grupo de Excelência de Teletrabalho do CRA-SP Conselheiro do Conselho Regional de Administração CRA-SP Consultor do Grupo de Consultoria em Teletrabalho - GCONTT Email: alvaro@beca-ework.com 1. INTRODUÇÃO A deficiência atinge, no mundo, mais de um bilhão de pessoas. A tendência de aumento deste índice ainda é maior, em consequência das condições crônicas de saúde, proporcionando a redução ainda maior da mobilidade. A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CRPD) das Nações Unidas, fez com fosse dada maior atenção às formas de combater a discriminação, promover a acessibilidade e a inclusão e o respeito extremamente necessário, às pessoas com deficiência, fossem respeitados. O Artigo 27 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência das Nações Unidas, sancionada pela Organização das Nações Unidas ONU em 10 de dezembro de 1948 reconhece o direito das pessoas com deficiência de trabalhar em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Além disso, proíbe todas as formas de discriminação no emprego, promove acesso ao treinamento profissional e exige acomodações razoáveis no ambiente de trabalho. O Brasil, através de políticas governamentais, passou a reconhecer a importância da inclusão social das pessoas com deficiência e, dentre os seus direitos, o direito do trabalho. A promulgação da Lei 8.213/91, mais conhecida como Lei de Cotas, trouxe a inserção de pessoas com deficiência, no mercado de trabalho, definindo ainda critérios para a habilitação e reabilitação profissional E, em virtude de as próprias limitações e dos problemas de mobilidade urbana existentes, o Teletrabalho passou a ser um agente facilitador do processo, permitindo a inclusão profissional adequada e, principalmente, a retenção dessas pessoas, no mercado de trabalho. 2

Os avanços da tecnologia assistiva e uma revisão nas práticas das pesquisas e do desenvolvimento têm permitido a inclusão das pessoas com deficiência, disseminando o conceito de respeito à diversidade e os benefícios sociais e econômicos proporcionados por essa mudança cultural. Sobre esse contexto, o Brasil apresenta resultados extremamente satisfatórios, quanto aos seus avanços na legislação, muito acentuados principalmente no Estado de São Paulo. 2. REFERÊNCIAS TEÓRICAS Será abordado um breve histórico da Tecnologia Assistiva, os conceitos sobre ela e descrições sobre o que a compõe. 2.1 Breve histórico da Tecnologia Assistiva O homem, na pré-história, já buscava recursos para compensar limitações, temporárias ou não, objetivando potencializar suas habilidades. Ao quebrar uma perna, utilizava um galho de árvore para ajudar no seu deslocamento. A bengala adaptada servia como ajuda técnica para a sua movimentação. Entretanto, o termo Assistive Technology teve sua origem em 1988, com a publicação da Public Law 100-407, que faz parte do conjunto de leis regulatórias dos direitos dos cidadãos com deficiência, na legislação americana. 2.2 Conceitos sobre Tecnologia Assistiva A Tecnologia Assistiva é um arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades de pessoas com deficiência, promovendo uma vida independente e a sua inclusão. É uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências. (Cook & Hussey, 1995). Para muitas pessoas, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis. (Radabaugh,1988). Ajudas técnicas não eliminam uma deficiência, mas podem diminuir a dificuldade que um indivíduo possui para realizar tarefas ou atividades em ambientes específicos. (CEN/Cenelec, 2002) No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela PORTARIA N 142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006, propõe o seguinte conceito para a tecnologia assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos Humanos - Presidência da República). Encontramos também terminologias diferentes, como sinônimos da Tecnologia Assistiva, tais como Ajudas Técnicas, Tecnologia de Apoio, Tecnologia Adaptativa e Adaptações. 2.3 Objetivos da Tecnologia Assistiva Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade. No caso da PcD, o trabalho é de suma importância para a sua vida, pois é o canal onde ela se sente capaz de produzir e de ser útil à sociedade, realizando-se como ser humano cooperativo. 2.4 O que são os Recursos? Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida, utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência, podendo variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de 3

comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente. 2.5 O que são os Serviços? São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos. Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares, envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Enfermagem, Medicina, Engenharia, Arquitetura, Design e Técnicos de muitas outras especialidades. 2.6 Categorias de Tecnologia Assistiva Auxílios para a vida diária Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc. CAA (CSA) Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim. Recursos de acessibilidade ao computador Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador. Sistemas de controle de ambiente Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletroeletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores. Projetos arquitetônicos para acessibilidade Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência. Órteses e próteses Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Incluem-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos. Adequação Postural Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros. Auxílios de mobilidade 4

Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal. Auxílios para cegos ou com visão subnormal Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc. Auxílios para surdos ou com déficit auditivo Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros. Adaptações em veículos Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores. 3. METODOLOGIA O estudo descritivo foi baseado na revisão bibliográfica sobre as legislações brasileira e mundial, referentes a pessoas com deficiência, tendo como parâmetros o recorte tecnologia assistiva e teletrabalho. A Recomendação no. 99 da OIT, de 25 de junho de 1955, relativa à reabilitação profissional das pessoas com deficiência, aborda princípios e métodos de orientação vocacional e treinamento profissional, meios de aumentar oportunidades de emprego para os portadores de deficiência, emprego protegido, disposições especiais para crianças e jovens com deficiência. A Convenção no. 159 da OIT, de 20 de junho de 1983, promulgada pelo Decreto no. 129, de 22/05/91, trata da política de readaptação profissional e emprego de pessoas com deficiência. Essa política é baseada no princípio de igualdade de oportunidade entre os trabalhadores com deficiência e os trabalhadores em geral. Medidas especiais positivas que visem a garantir essa igualdade de oportunidades não serão consideradas discriminatórias com relação aos trabalhadores em geral. O Brasil, face a necessidade de minimizar as diferenças sociais existentes, possui políticas sérias de inclusão econômico/social, que venha a reduzir as diferenças entre os cidadãos, sendo a principal delas a possibilidade de trabalho e de uma qualidade de vida de excelência. Diante disso, o Teletrabalho é reconhecido como um agente facilitador dessas mudanças. A consulta à Lei de Cotas, datada de 24 de julho de 1991, sob o no. 8.213, mostrou que o Brasil procurou conscientizar as empresas sobre a sua responsabilidade social e de cidadania, estipulando cota para contratação de pessoas com deficiência. Viu-se, ainda, que a Portaria MTE 1.199, de 28 de outubro de 2003, criou a aplicação de multas quando do não cumprimento do preenchimento das vagas destinadas às pessoas com deficiência. A coleta de dados foi realizada na Secretaria Municipal de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da cidade de São Paulo e, na Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, também do Estado de São Paulo. Foram coletadas fontes do Diário Oficial da União. O estudo de casos foi realizado na Associação de Valorização da Vida AVAPE e consultados, ainda, os sites institucionais relacionados ao tema, como também a literatura a respeito do assunto. Foram pesquisadas as Recomendações Internacionais, a Legislação Federal Brasileira, que trata do assunto desde 1977, como também as suas Normas Técnicas; ainda, as Legislações da Cidade de São Paulo e do Estado de São Paulo. 4. CONTEXTO O trabalho, ao dignificar o homem e a sua existência, precisa ser visto, no mundo global, como uma alternativa de realização pessoal e desenvolvimento socioeconômico entre os povos. Com a possibilidade da tecnologia assistiva, a pessoa com deficiência aumenta a sua chance de inserção profissional. O Teletrabalho passa, a partir daí, a facilitar essa possibilidade de inclusão de pessoas que já não são beneficiadas com as facilidades de acesso e de compreensão, por parte de terceiros. 5

Vamos relatar, como objetiva este trabalho, o desenvolvimento brasileiro quanto à utilização da modalidade de Trabalho Flexível, Trabalho Remoto ou Teletrabalho para a pessoa com deficiência. A Lei de Cotas, já relatada anteriormente, veio dar abertura à contratação da PcD, em regime de Teletrabalho. Tal obrigação é válida para empresas com 100 ou mais empregados, na seguinte proporção: até 200 empregados: 2%; de 201 a 500: 3%; de 501 a 1000: 4% e de 1001 em diante: 5%. Assim, uma empresa com 352 empregados = 352 x 0,03 = 10,56. A empresa deverá contratar 11 profissionais com deficiência e ou reabilitados. Tal obrigatoriedade atinge tanto as empresas públicas quanto empresas privadas. O Governo Federal Brasileiro oferece, ainda, Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social BPC- LOAS, que é um benefício da assistência social, integrante do Sistema Único da Assistência Social SUAS, cuja a operacionalização do reconhecimento do direito é do Instituto Nacional do Seguro Social INSS e assegurado por lei, que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às condições mínimas de uma vida digna. A Pessoa com Deficiência - PcD: deverá comprovar que a renda mensal do grupo familiar per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo. Deverá também ser avaliado se a sua deficiência o incapacita para a vida independente e para o trabalho, e esta avaliação é realizada pelo Serviço Social e pela Pericia Médica do INSS. Para o cálculo da renda familiar per capita é considerado o conjunto de pessoas composto pelo requerente, o cônjuge, o companheiro, a companheira, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. Tal benefício restringia a inserção da PcD no mercado de trabalho, tendo em vista a preocupação da mesma que, apta ao trabalho, perdia o direito de a bonificação. O Governo, então, resolveu, há pouco, o problema: a PcD que se empregar, terá apenas suspenso o seu benefício, podendo ter o mesmo de volta, caso se desempregue. E, como o valor do salário é, na maioria das vezes, maior que o bônus, a pessoa com deficiência luta para não perder o seu emprego, além de sentir-se útil e capaz. No Brasil, existem cotas estipuladas para a pessoa com deficiência, nos concursos públicos e vagas em universidades. As grandes cidades, em virtude do trânsito caótico e várias delas com preocupação muito limitada com relação à acessibilidade das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, promovem as alternativas de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível, mesmo que inconscientemente. 5. APRESENTAÇÃO DE CASOS A AVAPE (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência) é uma organização filantrópica de assistência social, que atua no atendimento e na defesa de direitos, promovendo a inclusão, a reabilitação e a capacitação de pessoas com todo tipo de deficiência e também de pessoas em situação de risco social. Tem como missão promover as competências das pessoas com deficiência, visando à sua autonomia, segurança e dignidade para o exercício da cidadania. As empresas brasileiras recorrem à AVAPE, quando querem a PcD no seu quadro de funcionários, incluindo aí também o cumprimento da Lei de Cotas, pela eficácia daquela entidade na capacitação e adequação do perfil da pessoa com deficiência, ao trabalhar com uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, educadores, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros. A pessoa com deficiência, antes de teletrabalhar em sua residência, tem a avaliação integral desde o seu ambiente familiar, tendo em vista que o apoio, neste caso, é extremamente relevante, até o ambiente físico e as ferramentas tecnológicas e assertivas necessárias. Os cursos de capacitação são adequados para as vagas solicitadas pelas empresas. A própria AVAPE tem, em seu quadro, PcD teletrabalhando, com muito sucesso. A área de call center requisita esta modalidade de trabalho, com muita frequência. O Estado de São Paulo facilitou muito a vida da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida (idosos, obesos, gestantes e outros), tendo como consequência vários casos de sucesso no Teletrabalho em virtude de uma estrutura física e ambiental mais adequada, ao adotar de forma pioneira no País os conceitos do Desenho Universal na Habitação de Interesse Social. Desde 2008, as Secretarias Estaduais da Habitação e dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida trabalham na aplicação desses conceitos. As modificações incluem mudanças nas dimensões e adequações nos espaços de uso privativo e comum. A largura das portas e dos corredores foi ampliada para 90 cm, o que facilita, por exemplo, a passagem de cadeiras de rodas. As torneiras e interruptores são 6

instalados em alturas adequadas. As janelas, nas casas, permitem a visão externa para cadeirantes. Os banheiros passaram por adaptações que garantem conforto e segurança para os usuários, com a instalação de barras de metal e louças sanitárias apropriadas. Os pisos são contínuos e antiderrapantes. As áreas comuns possuem guarda-corpo, corrimões e rampas. Outro caso de sucesso foi relatado pelas Lojas Marisa, uma grande rede que abrange o País, na totalidade, focada em venda de roupas femininas. Ao adotar o Teletrabalho para pessoa com deficiência, fez de forma correta, utilizandose de uma consultoria especializada no assunto, com foco em call center. A Ticket/Edenred, empresa do Grupo Accor tem, entre os seus 158 teletrabalhadores, pessoas com mobilidade reduzida. A lucratividade da empresa cresceu bastante, após a adoção do teletrabalho, não tendo apresentado, até a presente data, nenhuma demanda trabalhista. A Gol Linhas Aéreas possui, entre os seus 568 teletrabalhadores, pessoas com deficiência, com resultados extremamente valiosos. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Segundo o World Report on Disability, publicado pela Organização Mundial da Saúde OMS em 2011, as respostas à deficiência têm mudado muito, desde os anos 1970, estimulados em grande parte pela organização das pessoas eu possuem alguma deficiência e pela crescente tendência de se encarar a deficiência como uma questão de direitos humanos. A pessoa com deficiência, na força de trabalho, promove a dignidade humana e a coesão social. Diz, ainda, que a pessoas com deficiência podem precisar de flexibilidade de horário e outros aspectos do trabalho tempo apropriado para se preparar para o trabalho, para ir ao trabalho e voltar dele e, para tratar de problemas de saúde. Sendo a tecnologia assistiva uma ferramenta para prevenir, compensar, atenuar ou neutralizar as limitações sensoriais, físicas ou cognitivas, temporárias ou não, contribuindo com as potencialidades funcionais dos indivíduos na realização de suas tarefas, tornou-se uma ajuda técnica fundamental na inclusão profissional da pessoa com deficiência. O Teletrabalho torna-se, então, um agente facilitador para a inclusão da pessoa com deficiência, no mercado de trabalho, diante das alternativas de minimizar as dificuldades de acesso, permitir uma qualidade de vida mais digna e a permanência na própria zona de conforto, como também a flexibilização da jornada de trabalho. Assim, o Teletrabalho traz a oportunidade de a PcD tornar-se produtiva sem o enfrentamento do trânsito caótico das grandes cidades, podendo trabalhar na sua própria residência ou em local bem próximo, que são os telecentros e os coworkings. O Brasil apresenta-se como um país inovador, na área de atendimento à pessoa com deficiência e mobilidade reduzida. As isentar de impostos ou reduzi-los nos equipamentos necessários a uma vida mais fácil e produtiva à PcD, já está favorecendo a sua inclusão socioeconômica. Tendo criado áreas especifícas de atendimento especializado na rede de saúde pública, a essas pessoas, dá a elas a oportunidade de uma qualidade de vida bem melhor. Neste ano, o Governo liberou grande verba para compra de equipamentos destinados a exames médicos de qualidade, facilitando ainda mais a melhoria na saúde da PcD. Consequentemente a tudo isto, o trabalho ganha maior força, em virtude de pessoas mais saudáveis. E o Teletrabalho, como agente renovador e necessário, vai formando multiplicadores que possam expandir suas vantagens, junto às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, em todo o País. ANEXOS MARQUES, J. (2012, 25 de junho) Deficiência e Trabalho em Casa. [Mensagem em blog]. Disponível em http://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2012/06/25/deficiencia-e-trabalho-em-casa/ Fundação Prefeito Faria Lima CEPAM. Coordenadoria de Gestão de Políticas Públicas Cogepp. Acessibilidade nos Municípios como aplicar o Decreto 5.296/04. 2ª Edição. São Paulo, 2009. REFERÊNCIAS 7

ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos Humanos - Presidência da República, Brasil. CEN/Cenelec, 2002, p.2. Cook & Hussey. Assistive Technologies: Principles and Practices. Mosby.Year Book, Inc., 1995 Decretos e Leis publicadas nos Diários Oficiais da União. [Diversos]. Leis publicadas nos Diários Oficiais do Estado e Município de São Paulo. [Diversos]. OMS. Word Report on Disability. 2011. ONU. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 1948. Radabaugh, 1988, apud National Council on Disability, 1993.TARIA n 142, de 16 de novembro de 2006, Brasil. SDPcD. Desenho Universal Habitação de Interesse Social. São Paulo, Brasil. SMPED. Sem Barreiras. São Paulo: Imprensa Oficial, Brasil. 8