Exemplo Seja a relação Inventário (peça, departamento, cor) com. Está na FNBC (não existem dependências funcionais). Mas, existem anomalias:



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Transcrição:

5. Normalização avançada 5.1. Dependências Multivalor (DM) 5.2. Dependências de Junção (DJ) 5.3. Quarta Forma Normal [Fagin1977] Exemplo Seja a relação Inventário (peça, departamento, cor) com peça departamento peça cor Está na FNBC (não existem dependências funcionais). Mas, existem anomalias: Inserção - uma peça (com uma determinada cor) só pode ser inserida se existir um departamento que a use. Eliminação: eliminar um departamento significa eliminar todos os tuplos do departamento. Actualização: Se alterarmos a cor de uma peça tem que ser alterada a cor em todos os departamentos que usam essa peça. Decompor em E1(peça, departamento) e E2( peça, cor) 168

A DM peça departamento garante que Inventário = E1 E2 Definição: 4ª Forma Normal (4FN) Uma relação R(X,Y,Z) com X,Y,Z conjuntos de atributos de R disjuntos está na 4FN sse X Y, não trivial: X é chave candidata de R. FNBC e 4FN Se uma relação está na 4FN então necessariamente está na FNBC. Demonstração: Seja R(A1,A2,... An ) na 4FN mas não na FNBC. Então, - existe uma DF não trivial X Y - e um atributo A tal que X A (isto é, X não é chave candidata) Seja Y1 o conjunto de atributos de Y que não pertencem a X. X Y => X Y1 X Y1 e X Y1 = => X Y1 é não trivial, Y1 e X Y1 não é o conjunto de todos os atributos, 169

Y1 porque Y1= significava que X Y era trivial. X Y1 não é o conjunto de todos os atributos porque A não é de X nem de Y1. (. se A pertencesse a X então X determinava A, o que contradiz a nossa hipótese. se A pertencesse a Y1, como X Y e Y1 Y mais uma vez significava que X determinava A) Portanto concluímos que R tem uma dependência multivalor não trivial X Y1 e um atributo A tal que X A (isto é, X não é chave candidata) Logo R não está na 4FN. Provámos que se R não está na FNBC então não está na 4FN, logo se R está na 4FN está necessariamente na FNBC. Exemplo: R( Curso, Professor, Livro) Curso Livro Curso Professor Chave: Curso, Professor, Livro Está em 3FN e em FNBC. Não está na 4ª FN Decomposição: R1(Curso, Professor) R2 ( Curso, Livro) Estão na 4ª FN, curso não é chave candidata mas a DM é trivial. 170

5.4. Quinta Forma Normal (ou forma normal de projecção /junção FNPJ) Definição: Uma relação está na 5ªFN sse para toda a dependência de junção não trivial que se verifique em R, esta dependência é baseada em chaves. Exemplo: A relação R(Agente, Companhia, Produto), onde. um agente pode trabalhar para várias companhias e vender vários produtos,. uma companhia pode ter vários agentes e vende vários produtos, obedece à dependência de junção * { {Agente, Companhia}, {Agente, Produto}, {Companhia, Produto}} que não é baseada em chaves. A relação pode ser decomposta em R[Agente, Companhia] R[Agente, Produto] R[Companhia, Produto] (onde R[X] - denota a projecção de R sobre os atributos de X) 171

Normalização em 5FN Se uma relação não está na 5ªFN então existe uma decomposição de R num conjunto de projecções que estão na 5ªFN e cuja junção natural restabelece a relação original. Demonstração: Suponhamos que R obedece à dependência de junção (DJ) *{ X 1, X 2,..., X m } que não é baseada em chaves de R. No primeiro passo da normalização decompomos R no conjunto das suas projecções R[X 1 ], R[X 2 ],..., R[X m ]. A junção destas projecções é igual a R porque assumimos a existência da DJ *{ X 1, X 2,..., X m }. Se a projecção R[X i ] para algum i=1,2,...m não está na 5ªFN aplicamos o mesmo procedimento a R[X i ]. O processo é finito porque no pior dos casos obtemos um conjunto de projecções binárias (obviamente na 5ªFN) 172