AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ÁLVARO VELHO PROJECTO EDUCATIVO TRIÉNIO 2011 2014 CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PENSAR GLOBAL, AGIR LOCAL



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Transcrição:

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ÁLVARO VELHO PROJECTO EDUCATIVO TRIÉNIO 2011 2014 CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PENSAR GLOBAL, AGIR LOCAL LAVRADIO Setembro de 2011 1

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÁLVARO VELHO PROJECTO EDUCATIVO 2011 2014 Índice 1. Introdução 2. Sobre o tema Cidadania e desenvolvimento sustentável. Pensar Global, agir local 2.1. Sobre o conceito de Desenvolvimento Sustentável 2.2. Justificação 3. A visão e a missão do agrupamento 4. Caraterização da população escolar 4.1 Alunos com apoio do ASE 4.2 N.º de Alunos oriundos de outros países 4.3 Breve caraterização familiar 5. Pessoal docente 6. Pessoal não docente 7. Organização pedagógica 7.1 Organização das turmas 7.2 Critérios de distribuição de serviço docente/distribuição de turmas 8. Potencialidades e constrangimentos que caracterizam a nossa realidade educativa 9. Diagnóstico 9.1. Condicionalismos e oportunidades de melhoria 10. Objetivos e operacionalização 10.1. Valores e ideais 10.2 Objetivos e metas do PE para o triénio 2011/2014 10.2.1 Metas 10.2.1.1 Resultados das provas e Exames Nacionais 10.2.1.2 Taxas de repetência 10.2.1.3 Taxa de abandono 11. Princípios para uma melhoria eficaz do agrupamento 2

12. Linhas Orientadoras 12.1 Estratégias de atuação 12.1.1. Resultados 12.1.2 Ambiente e trabalho entre os membros da Comunidade Educativa 12.1.3 Uma cultura de qualidade, rigor, exigência e melhoria continuada 12.1.4 Organização curricular e pedagógica 12.1.5 Relação Escola Meio 12.1.6 Organização e funcionamento das escolas do Agrupamento 13. Operacionalização do Projeto Educativo 13.1. Áreas de intervenção prioritária 13.1.1. Áreas mais relevantes 13.1.2. Conceções de educação orientadoras da nossa ação 14. Articulação do Projeto Educativo com o Projeto curricular 15. Divulgação do Projeto Educativo 16. Avaliação / Reformulação do PE 3

1. Introdução A ideia de projecto decorre de duas lógicas distintas que por vezes podem ser conflituais: a lógica do desejo, que assenta no primado da ideologia e valoriza a dimensão simbólica do mesmo, e a lógica da acção que assenta no primado da racionalidade técnica e valoriza a sua dimensão operatória. A revisão do projecto educativo procurará que estas duas lógicas sejam convergentes, uma vez que o mesmo corresponde a uma necessidade de construir uma resposta coerente, eficaz e programática ao desafio do futuro que a avaliação externa realizada em Janeiro de 2008 nos colocou, no sentido da eficácia melhoria das escolas do agrupamento e consequente celebração de um contrato de autonomia. Quis o tempo e as circunstâncias dos acontecimentos que a revisão do projeto educativo viesse a acontecer por ocasião do 40.º aniversário da Escola Álvaro Velho ao serviço da educação pública, assumindo-se como uma referência e uma marca que se foi construindo através dos tempos, com o empenho e a dedicação dos seus profissionais, pela qualidade das respostas dadas aos ensejos e expectativas de jovens de várias gerações. Assumir o seu legado histórico, traduzido numa realidade singular, com todas as suas limitações e potencialidades e pautar o futuro do Agrupamento pela conjugação da sua identidade com os novos desafios que o futuro nos apresenta é o objectivo desta revisão do projeto. O processo de revisão do Projeto Educativo do nosso agrupamento de escolas tem que partir da realidade das nossas escolas e consequentemente da sua avaliação externa, assim como incorporar os resultados obtidos da auto avaliação que realizámos e nos propomos realizar anualmente e durante o próximo triénio. Deste modo, a revisão do Projeto Educativo deve centrar-se na necessidade de rentabilizar a eficácia e a funcionalidade das escolas, clarificando as opções de gestão e as prioridades educativas para este triénio de 20011/2014. Assim, o Projeto Educativo, enquanto documento de gestão que define a política educativa do agrupamento, deve ser encarado como um instrumento de intervenção e orientador do trabalho a realizar, garantindo a coerência, a unidade e identidade ao conjunto do Pré-escolar e do Ensino Básico e a expressão maior da sua autonomia traduz-se na formulação de prioridades de desenvolvimento pedagógico, em planos anuais ou plurianuais de atividades educativas. 4

2. Sobre o tema Cidadania e desenvolvimento sustentável. Pensar global, agir local Neste século dominado pela globalização e a informação, assistimos a tensões permanentes entre o global e o local, o universal e o individual, a tradição e a modernidade, a competição e a igualdade de oportunidades, entre o desenvolvimento sustentável e o esbanjamento de recursos, a riqueza e a pobreza. Para a ONU/UNESCO, a década 2005-2015 baseia-se na visão de um mundo no qual todos tenham a oportunidade de aceder a uma educação e adquirir, para além dos conhecimentos científicos, valores que fomentem práticas sociais, económicas e políticas contribuindo para um futuro que compatibilize as necessidades humanas com o uso sustentável dos recursos, implicando uma transformação positiva da sociedade. Nesta lógica, os Projetos Educativos devem orientar para a estruturação de situações de aprendizagem, experiências e intervenções educativas enquadradas numa praxeologia social e educativa que tem como eixo orientador o princípio do isomorfismo no processo formativo. Isto é, as atividades e projetos educativos procuram mobilizar não apenas as temáticas e conteúdos com que a contemporaneidade nos confronta, mas fundamentalmente, a criação de contextos socioeducativos que mobilizem no ato formativo, os princípios e valores éticos e sociais perseguidos por uma educação para uma cidadania ativa e um desenvolvimento social e ambiental sustentado, pautado pela emergência do pensar global para agir local. 2.1 Sobre o conceito de Desenvolvimento sustentável refere-se a um desenvolvimento que responda às necessidades do presente, melhorando a qualidade de vida e respeitando a capacidade do seu ecossistema, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. 2.2 Justificação Trata-se de um tema mobilizador que refletem preocupações e problemas locais e planetárias que continuam atuais e inscritas na agenda das preocupações da ONU/UNESCO que instituiu 2005 2014 como a década da Educação para o Desenvolvimento sustentável; 5

É necessário considerar o carácter dinâmico do conceito de desenvolvimento sustentável, pois permite explorar questões, dilemas, nas quais as respostas podem evoluir com acréscimo de conhecimento e experiências de vida; procura-se que os alunos não só dominem os conceitos, mas que passem à prática, isto é, não se trata apenas de saber sobre o Desenvolvimento sustentável, mas de fazer Desenvolvimento sustentável. Do ponto de vista pedagógico, promove a compreensão dos problemas de ambiente ao nível global, regional e local; Pode recorrer a um vasto leque de métodos educativos participativos, orientados para os processos e para as soluções e adequados aos alunos; Centrar-se em experiências de aprendizagem significativas e relevantes, incluindo as que se desenvolvem numa relação local com as famílias e nas comunidades; Entre os temas principais, incluem-se o combate à pobreza, a cidadania, a paz, a ética, a responsabilidade à escala local e global, a democracia e a governança, a justiça, a segurança, os direitos humanos, a saúde, a igualdade entre homens e mulheres, a diversidade cultural, o desenvolvimento rural e urbano, a economia, os padrões de vida, de produção e de consumo, a proteção do ambiente, a gestão de recursos naturais e a diversidade biológica e da paisagem, a água, a energia, espécies protegidas, e outros, proporcionando uma abordagem holística dos mesmos (a realidade como um todo). 3. A visão e missão do agrupamento A nossa visão é a de oferecermos uma escola pública e serviços de qualidade, constituindo um agrupamento de escolas de referência e excelência, tecnologicamente avançado com o esforço e a participação de toda a comunidade educativa, a responsabilidade partilhada e a colaboração de parcerias locais institucionais e não institucionais. Um agrupamento de escolas que proporcione espaços físicos acolhedores, apetrechados com as condições necessárias e dignas de trabalho e segurança para as atividades de ensino - aprendizagem, nos quais as crianças e os jovens tenham vontade de aprender e de voltar à escola e todo o pessoal docente e não docente se sinta identificado com o Agrupamento e motivado para o desempenho das suas funções. 6

A nossa missão tem como princípio primeiro a preparação de cidadãos dotados dos valores estruturantes da nossa sociedade e das necessárias competências para uma correta orientação escolar e vocacional, quer seja para a continuidade de estudos quer seja para a inserção na vida ativa. Procuramos, para além da formação cultural, desportiva, científica e tecnológica, desenvolver valores da democracia e do humanismo, tais como a solidariedade, a tolerância, o rigor e a cidadania responsável na defesa do ambiente e preservação da natureza e do património arquitetónico, artístico e cultural. 4. Caraterização da população escolar O Agrupamento de Escolas Álvaro Velho serve atualmente uma população de mais de 14.000 habitantes, da freguesia do Lavradio, a segunda maior do Concelho do Barreiro. No ano letivo 2011/2012 encontram-se matriculados no agrupamento 120 crianças do pré escolar e 1577 alunos que se dividem pelo 1.º ciclo (742), 2.º ciclo (437) e 3.º ciclo (398). Encontram-se agrupados do seguinte modo: Escola Nível / Ensino Nº Turmas Nº Alunos Sede 5º Ano 9 215 6º Ano 9 222 2.º Ciclo 18 437 7º Ano 7 173 8º Ano 5 113 9º Ano 6 112 3.º Ciclo 18 398 Nº1 Pré-Escolar 2 50 1º Ciclo 16 351 Nº2 Pré-Escolar 1 20 1º Ciclo 9 190 Fidalguinhos Pré-Escolar 2 50 1º Ciclo 8 201 7

4.1 Alunos com apoio do ASE Escalão A Escalão B Total Pré - Escolar 21 10 31 1.º 27 33 60 2.º 31 22 53 3.º 35 29 64 4.º 42 31 73 1.º Ciclo 135 115 250 5.º 46 41 87 6.º 14 6 20 2.º Ciclo 60 47 107 7.º 42 24 66 8.º 14 18 32 9.º 12 8 20 CEF 2 0 2 3.º Ciclo 70 50 120 Escola - sede 130 97 227 Agrupamento 286 222 508 4.2 Número de alunos por Nacionalidade Ano Guiné Cabo Brasil Letónia Ucrânia Roménia Angola Moldávia Rússia Reino Holanda Polónia Total Bissau Verde Unido 2011/12 13 20 16 2 4 1 2 1 2 1 1 1 64 4.3 Breve caraterização familiar Da análise dos dados registados nos processos dos alunos, constata-se que 61% dos Encarregados de Educação possuem habilitações académicas iguais ou superiores ao Ensino Básico (9ªAno). É de realçar que destes, 25% têm o 12ºAno e 17% possuem o cursos de nível superior, o que à partida pressupõe serem indivíduos informados e esclarecidos garantindo condições para fazer um acompanhamento dos seus educandos. Quanto à actividade sócio - profissional predominante é a dos Empregados de Comércio e Serviços (45,3%) e apenas 2,6% desconhecem a profissão, que se associarmos aos que não têm qualquer qualificação profissional (17%), significa que a taxa de Encarregados de Educação sem qualificação/ profissão será de 18,6%, o que representa uma melhoria comparando com a taxa de 30,9% verificada em 2007. Os Encarregados de Educação são oriundos de um meio socio-económico médio, havendo, ainda, cerca de 13,7% em situação de desemprego, beneficiando os seus educandos de Apoio Social Escolar. 8

5. Pessoal docente Categoria Escola Escola Escola Escola Total Profissional Sede Nº1 Nº2 Fidalguinhos 2.º ciclo 3.º ciclo Q. Agrup. 37 36 19 13 7 112 Q. Zona 2 3 3 2 4 14 Contratados 9 8 2 0 1 20 Total 48 47 24 15 12 146 Considera-se que existe estabilidade do corpo docente, uma vez que a maioria dos professores (76,7%) pertence ao quadro da escola. Este fator é extremamente positivo, uma vez que permite assegurar a continuidade pedagógica, possibilitando o desenvolvimento de projetos a longo prazo. 6. Pessoal não docente Categoria Escola Escola Escola Escola Total Profissional Sede Nº1 Nº2 Fidalguinhos Quadro 29 4 4 2 39 Contratados 5 0 2 1 8 Total 34 4 6 3 47 O Agrupamento dispõe de 7 Assistentes Técnicos e uma Chefe dos Serviços de Administração Escola, n.º que está de acordo com a quota atribuída ao Agrupamento. O mesmo não se pode dizer em relação aos Assistentes Operacionais que, em conformidade com a Portaria n.º 1049-A/2008 deveriam ser 52, pelo que a diferença têm sido compensada com recurso a contratos de emprego e inserção, do IEFP. Há a referir, ainda a contratação de uma Psicóloga, recurso que temos vindo a contar, com sucessivas contratações e em partilha com outro agrupamento, por força das condições autorizadas para a sua contratação. 7. Organização pedagógica 7.1 Organização das Turmas A organização e constituição das turmas em todos os níveis de escolaridade obedece aos seguintes critérios: a) Homogeneidade etária, à exceção do pré escolar; 9

b) Heterogeneidade social e cultural; c) Sequencialidade do grupo turma; d) Distribuição de alunos com necessidades educativas especiais; e) Distribuição de alunos com retenção 7.1.1. Na organização de turmas do 1.º ciclo considera-se, ainda, a homogeneidade de níveis de aprendizagem, salvo indicação contrária por decisão do Conselho de Docentes, sob proposta fundamentada do professor titular de turma. 7.1.2. Os docentes titulares de turma do 4.º ano devem indicar, por escrito e de forma fundamentada, no final do ano letivo, a distribuição dos alunos retidos. Contudo, deve-se evitar uma grande concentração destes alunos na mesma turma. 7.1.3. Os alunos que frequentaram a mesma turma, no 1.º ciclo do Ensino Básico, devem iniciar o 2.º ciclo juntos, salvo indicação contrária do professor titular de turma. 7.1.4. Para a constituição de turmas dos 1.º e 5.º anos terá que haver um trabalho de articulação entre os professores titulares de grupo turmas do pré escolar com os professores do 1.º ano e do 4.º ano com a equipa de constituição de turmas do 2.º ciclo, respetivamente. 7.1.5. As turmas a transitar do 1.º ciclo para o 2.º ciclo devem vir acompanhadas de informações relativas ao perfil de cada um dos alunos, nomeadamente sobre o rendimento escolar e o comportamento, necessidades de apoio, enquadramento familiar e outros considerados pertinentes. 7.1.6. Para a organização das turmas numa perspetiva de continuidade das mesmas, dever-se-ão considerar as indicações expressas nas atas dos Conselhos de Turma e de Ano, bem como relatórios de acompanhamento dos apoios, do psicólogo e outros técnicos da área de saúde, desde que devidamente fundamentadas. 7.1.7. Considerando o espaço útil das salas de aula da escola sede e de modo a garantir as condições mínimas para a relação pedagógica de qualidade, as turmas dos 2.º e 3.º ciclo não devem ter mais que 24 alunos. 10

7.2 Critérios de distribuição de serviço docente / distribuição de turmas Para a distribuição de serviço docente são considerados, sempre que possível, os critérios definidos no Regulamento Interno, acrescidos de outros conducentes a uma maior e regular funcionalidade dos Conselhos de Turma e de cooperação entre os professores dos mesmos alunos, a saber: a) Privilegiar, o princípio da continuidade pedagógica, isto é, possibilitar a cada professor o acompanhamento dos seus alunos ao longo dos diferentes anos de escolaridade do mesmo ciclo, desde que não haja motivos que aconselhem o contrário; b) Reduzir o número de turmas atribuídas a cada professor; c) Atribuir as mesmas turmas a um mesmo grupo de professores (equipas educativas); d) Manter a Direcção de Turma ao longo de cada ciclo de estudos, desde que não existam motivos de ordem legal ou outros que o impeçam ou desaconselhem. 8 Potencialidades e constrangimentos que caracterizam a nossa realidade educativa Em consequência da Avaliação Externa a que o nosso Agrupamento se sujeitou em 2008, foi apresentada uma síntese dos atributos em termos de pontos fortes e pontos fracos, bem como das condições de desenvolvimento (oportunidades e constrangimentos) que poderá orientar uma estratégia de melhoria, a apresentar no plano de ação do presente projeto educativo. Pontos fortes Recetividade e colaboração do CE com a comunidade educativa; Abertura à mudança e à inovação tecnológica; Desenvolvimento de projetos e de atividades com ligação à comunidade educativa; Implementação de mecanismos de deteção e de superação do abandono escolar precoce; Estabelecimento de parcerias em múltiplas vertentes, com destaque para as que envolvem os alunos com NEE e os CEF; 11

Qualidade no atendimento aos alunos NEE e na articulação entre os diferentes técnicos que os apoiam; Estabilidade e empenho profissionais do pessoal docente e não docente; Clima relacional entre os vários atores da comunidade educativa. Pontos fracos Análise pouco aprofundada dos resultados escolares; Inexistência de níveis de ponderação nos critérios de avaliação dos alunos; Horários de alguns serviços, nomeadamente da Biblioteca / centro de Recursos e do Bar da Escola Sede do Agrupamento; Oportunidades Desenvolvimento de parcerias e de outras colaborações externas para formação pessoal docente e não docente. Constrangimentos Inexistência de Serviços de Psicologia e Orientação; Carência de Gabinetes de trabalho para professores e para o apoio a alunos na Escola Sede e na EB1C/JI n.º 1; Insuficiência de Auxiliares de Ação educativa; Precárias condições da cobertura e do pavimento do pavilhão gimnodesportivo Outras potencialidades Contrato programa Mais Sucesso Escolar Turma Fénix, no qual é reconhecido ao agrupamento competências no âmbito da flexibilização curricular, organização pedagógica e gestão de recursos humanos, de modo a melhorar as taxas de sucesso nas disciplinas e anos de escolaridade contratualizados: 1.º Ciclo (Matemática e L. Portuguesa) e 3.º Ciclo ( L. Portuguesa, Inglês e Ciências Físico- Químicas); Taxa quase inexistente de desistência/abandono escolar; Certificação no âmbito do programa da Prevenção e Segurança em Ambiente Escolar, reconhecendo ao agrupamento um papel na promoção de uma cultura de segurança nas escolas; Diploma de Qualidade pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido no âmbito programa Eco Escolas. 12

9 Diagnóstico O diagnóstico realizado sobre a realidade e os principais problemas das escolas do agrupamento, decorreu da auto avaliação levada a cabo, que teve em conta a análise setorial dos diferentes departamentos, coordenações e equipas de projeto, consubstanciadas em relatório, incluindo, ainda as respostas aos questionários de satisfação apresentados a toda a comunidade. Os dados que privilegiamos nos quadros seguintes permite-nos fazer um olhar crítico sobre a eficácia das medidas adotadas, em termos dos resultados escolares dos alunos o que já conseguimos e o que ainda é possível atingir, numa perspetiva de melhoria eficaz do agrupamento. % Comparação entre as taxas de retenção e as metas definidas no Agrupamento e a nível nacional Meta definida no Diferencial entre Ano de Escolaridade Agrupamento para as taxas e a meta Meta nacional prevista para 2015 Diferencial entre as taxas e a meta nacional - 2015 Ano de escolaridade 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2010/2011 de Agrupamento 1º ANO 0 0 0 0 0 2º ANO 9 6,6 12 6 6% acima 3º ANO 2,2 3 3,2 2,8 0,4 acima 4º ANO 2,7 3,7 6 3,5 2,5 acima 1º CICLO 3,7 3,4 5,4 2% 3,4% acima 5º ANO 15 14,4 17 13 4% acima 6º ANO 9,6 9,9 15,7 8 7,7% acima 2º CICLO 12,2 12,6 16,4 10% 6,4% acima 7º ANO 27,4 15,5 20,8 15 5,8% acima 8º ANO 29,8 6,2 24 6,5 17,5% acima 9º ANO 18,5 31,1 11,3 23 11,7% abaixo 3º CICLO 25,5 16 18,6 Língua Portuguesa Matemática % Ano de Escolaridade Ano de escolaridade 2009/2010 2010/2011 Comparação entre os resultados das provas de aferição (UO e nacional) e as metas definidas no Agrupamento e a nível nacional Nacional 2010/2011 Diferencial entre resultados UO e Nacional Meta definida no Agrupamento para 2010/2011 Diferencial entre as taxas e a meta de Agrupamento Meta nacional prevista para 2015 Diferencial entre as taxas e a meta nacional - 2015 4º ANO 86,3 92 91,6 0,4 acima 88 4 acima 95 3 abaixo 6º ANO 93,7 89 88,4 0,6 acima 93,7 4,7 abaixo 92 3 abaixo 4º ANO 88,2 71 88,9 17,9 abaixo 89 18 abaixo 92 21 abaixo 6º ANO 76,2 55 77 22 abaixo 76,5 21,5 abaixo 80% 25 abaixo 13

Ano de Escolaridade % 2009/2010 2010/2011 Nacional 2010/2011 Comparação entre os resultados do exames nacionais (UO e nacional) e as metas definidas no Agrupamento e a nível nacional Diferencial entre resultados UO e Nacional Meta definida no Agrupamento para 2010/2011 Diferencial entre as taxas e a meta de Agrupamento Meta nacional prevista para 2015 Diferencial entre as taxas e a meta nacional - 2015 Língua Portuguesa 83,8 63 70,2 7,2 abaixo 83,8 20,8 abaixo 75 12 abaixo Matemática 36,8 24 51,3 27,3 abaixo 39 15 abaixo 55 31 abaixo 9.1 Condicionalismos e oportunidades de melhoria No entanto, a perceção que temos da nossa realidade educativa e das suas condições, permite-nos identificar mais alguns problemas e necessidades, a saber: a) Recursos Físicos - Materiais - Falta de espaço físico para as atividades educativas (em particular na EB1C/JI n.º 1); - Degradação dos edifícios, nomeadamente da escola sede, a nível de coberturas dos blocos, rede de água potável, rede de esgotos e águas pluviais. b) Recursos Humanos - Insuficiência de Pessoal Auxiliar de Ação Educativa, face às novas exigências que se colocam às escolas (prolongamentos de horários e atividades de enriquecimento); - Desinvestimento sócio-profissional de docentes em fase descendente da carreira, que têm vindo a apresentar pedidos de aposentação, devido à atual política seguida pelo Ministério da Educação e consequente falta de reconhecimento e valorização social da função docente. c) Organizacional - Elevado número de turmas com alunos NEE, fundamentalmente no 2.º Ciclo do Ensino Básico; - Turmas do 1.º Ciclo com vários anos de escolaridade; - Escolas do 1.º Ciclo a funcionar em regime duplo; d) Sócio - psico pedagógico - Falta de cumprimento de regras e ausência de valores; - Comportamentos conflituosos e agressivos (dentro e fora da aula); 14

- Imaturidade (reduzida autonomia); - Problemas de concentração/atenção; - Pouca motivação para as aprendizagens; - Problemas de assiduidade e pontualidade; - Falta de responsabilidade e seriedade perante a escola e as aprendizagens; - Crescente procura das escolas do Agrupamento, por parte de alunos dos PALOPS e de outras nacionalidades e diversidade linguística, sem o domínio da Língua Portuguesa e sem frequência do Inglês; e) No âmbito psicossocial - Instabilidade no ambiente familiar; - Carências nos agregados familiares; - Elevada taxa de famílias disfuncionais; - Elevada percentagem de avós como encarregados de educação; - Ameaça do desemprego que poderá afetar ainda mais famílias dos alunos. 10. Objetivos e operacionalização 10.1 Valores e ideais Para além dos princípios orientadores consagrados nos Direitos Humanos, que se baseiam no reconhecimento de dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, princípios esses apresentados no preâmbulo da Carta Internacional dos Direitos Humanos onde também se proclama por parte dos elementos das Nações Unidas a sua fé nos direitos fundamentais dos homens, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declararam resolvidos a favorecer o progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla, os princípios orientadores para este Projeto Educativo são os constantes das seguintes alíneas do artigo 3º da Lei de Bases do Sistema Educativo nas alíneas c), d), e) f) e l). Este Projeto Educativo norteia-se por valores estruturados e integrados em princípios orientadores das políticas e práticas educativas, de acordo com a vivência numa sociedade democrática. Desses valores destacam-se: A dignidade da pessoa humana; 15

O respeito pelo planeta Terra (Carta da Terra), os seus recursos naturais e o ambiente O respeito pela diferença; A cidadania; O trabalho; A auto estima; Entre os princípios destacam-se: A valorização do trabalho e do sentido da responsabilidade; A preparação para a vida activa através da relação educação/formação A Escola entendida como um serviço público aberto à comunidade, promovendo a educação para a cidadania e a formação ao longo da vida. 10.2 Objetivos e metas do Projeto Educativo para o triénio 2011/2014 - Cumprir a função socializadora da escola na procura das respostas diversificadas aos alunos que a frequentem; - Contribuir para que os alunos, cumprindo a escolaridade básica neste agrupamento, adquiram as ferramentas fundamentais (aprendizagens, competências, atitudes, valores) que lhes permitam construir percursos que, embora diversos, facultem a cada um, no futuro, a autonomia necessária a uma opção de vida com dignidade. - Promover a inclusão educativa e social com vista a uma igualdade de oportunidades; - Reforçar práticas de auto - avaliação sistemática, abrangendo todas as áreas de funcionamento do Agrupamento, numa perspetiva de melhoria de desempenho e prestação de contas à comunidade educativa e local; - Melhorar a taxa de sucesso dos alunos, a respetiva taxa de sucesso pleno e concomitantemente o decréscimo da taxa de retenção repetida, bem como erradicar o abandono escolar; - Aumentar o índice de utentes das Bibliotecas Escolares e consequente taxa de leitores, traduzida no número de requisição de livros; - Aumentar o índice de envolvimento das famílias nas atividades do agrupamento, bem como dos contatos com os encarregados de educação, privilegiando a plataforma moodle; - Aumentar os índices de utilização dos recursos PTE na sala de aula, bem como a utilização da plataforma moodle na relação pedadógica e na relação escola família; 16

- Aumentar níveis de satisfação, bem-estar e de segurança de todos os que usufruem dos serviços e espaços escolares; - Identificar e monitorizar boas práticas, numa perspetiva de aprofundamento e alargamento das mesmas, após a avaliação em termos de custo-benefício. 10.3 Metas Com base nos resultados de 2009/2010, foram fixados as metas seguintes para 2014: 10.3.1 Resultados das provas e exames nacionais Língua Portuguesa 4.º Ano Matemática 4.º Ano Língua Portuguesa - 6.º Ano Matemática 6.º Ano Língua Portuguesa 9.º Ano Matemática 9.º Ano Resultados Nacionais 2009/10 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 Meta Nacional 2015 91% 86,3% 88,0% 89,8% 91,5% 93,5% 95% 88% 88,2% 89,0% 89,8% 90,5% 91,0% 92% 88% 93,7% 93,7% 93,8% 93,9% 94,0% 92% 76% 76,2% 76,5% 77,0% 78,0% 79,0% 80% 71% 83,8% 83,8% 84,0% 84,0% 84,0% 75% 51% 36,8% 39,0% 43,0% 47,0% 51,0% 55% Ano Escolaridade 10.3.2 Taxas de repetência Resultados Nacionais 2009/10 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 Meta Nacional 2015 1.º 0,0% 0,0 % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2.º 7,6% 6,6% 6,0% 5,0% 4,0% 3,5% 3.º 3,3% 3,0% 2,8% 2,6% 2,5% 2,4% 4.º 4,2% 3,7% 3,5% 3,0% 2,8% 2,6% (1.º Ciclo) 2,0% 5.º 7,6% 14,4% 13,0% 12,0% 10,0% 8,0% 6.º 8,6% 9,9% 8,0% 7,0% 6,0% 5,0% (2.ºCiclo) 5,0% 7.º 16,7% 15,5% 15,0% 14,0% 13,0% 12,0% 8.º 11,0% 6,2% 6,5% 6,4% 6,3% 6,2% 9.º 12,7% 24,8% 23,0% 20,0% 17,0% 15,0% (3.º Ciclo) 10,0% 10.3.3 Taxa de abandono Consecução da taxa global de 0,0%. 17

11. Princípios para uma melhoria eficaz do Agrupamento Estudos apoiados em várias investigações realizadas sobre a conceção e desenvolvimento de programas de intervenção nas escolas, defendem que uma escola eficaz é aquela que promove o sucesso de todos os alunos, para além do que deles pode ser esperado, tendo em conta a sua situação ao entrarem na escola e a sua origem familiar e assegura que cada aluno consiga o melhor desempenho possível; (Stoll, L. e Fink, D., 1996) Por melhoria eficaz da escola entende-se a mudança educacional que valoriza, quer os resultados de aprendizagem dos alunos, quer a capacidade da escola gerir os processos de mudança conducentes a estes resultados (Hoeben, 1998). Outra definição ajuda-nos a clarificar e especificar o conceito, como o seguinte: A melhoria eficaz da escola é um processo de mudança sistemática e contínua da escola para alcançar determinadas metas educativas de uma forma mais eficaz, através da identificação e otimização dos elementos fundamentais da escola e da sua inter relação, que é desenvolvido a partir da escola e apoiado do exterior, com a implicação da maioria dos atores pertencentes à comunidade educativa (Muñoz-Rapizo et al; 2000: 35) Segundo Hopkins, Ainscow e West (1998), uma Escola eficaz evidência as seguintes características: - liderança profissionalizada; - visão e objetivos partilhados; - ambiente de aprendizagem; - ênfase no ensino e na aprendizagem; - ensino estruturado; - expetativas elevadas acerca dos alunos; - reforço positivo; - monitorização do progresso; - direitos e responsabilidades dos alunos; - parceria família escola; - organização aprendente 18

12. Linhas orientadoras Para dar cumprimento a um programa que visa minimizar todos os problemas atrás enunciados, o Agrupamento propõe-se incrementar uma cultura com base no debate e diálogo entre os docentes, os alunos e os encarregados de educação, procurando uma melhoria contínua nas estratégias de organização escolar. A inovação contínua, a implicação e a participação serão suportes das nossas práticas. 12.1 Objetivos e estratégias de atuação. A operacionalização dos objetivos definidos será realizada pelas diferentes estruturas de gestão, consoante os domínios de ação, através de estratégias de ação e de intervenção diversificadas e complementares, aproveitando os recursos disponíveis e as experiências acumuladas dos anos anteriores. 12.1.1 Resultados escolares - Incluir a Matemática como disciplina contratualizada no Projeto Mais Sucesso Escolar Turma Fénix, explorando as possibilidades do Eixo II; - Promover programas de Estímulo ao Sucesso Escolar, de modo a consolidar os bons resultados conseguidos (apoio a alunos, ao nível do desenvolvimento) e reduzir o insucesso escolar; - Aprofundamento dos trabalhos do Plano Nacional de Leitura e do Projeto do Português, Língua Não Materna; - Continuação dos reforços de aprendizagem nas disciplinas, onde se faz sentir as maiores taxas de insucesso: Matemática, Inglês e Ciências Físico Químicas; - Reforço das tutorias para alunos que revelem dificuldades de integração e de adaptação; - Co-responsabilizar os pais pelo (in)sucesso dos seus educandos; 12.1.2 Ambiente de trabalho entre os membros da comunidade educativa. - Valorizar o empenho profissional; - Promover normas de conduta e de respeito entre toda a comunidade educativa; - Contribuir para a coesão entre todas as escolas do Agrupamento, aprofundando o trabalho de articulação e de cooperação entre professores de diferentes ciclos de estudo; 19

- Continuar a assegurar o exercício responsável da reflexão e livre crítica; - Promover fóruns de discussão, através da utilização da plataforma moodle; - Promover a participação dos alunos na vida escolar, apoiando a criação de assembleias de delegados, onde se privilegie a negociação das regras de conduta da turma, de forma a promover a melhoria de relações interpessoais; - Melhorar as competências dos professores na utilização das TIC e na produção de recursos educativos; - Incentivar a participação dos pais e encarregados de educação nas atividades do Agrupamento. 12.1.2 Uma cultura de qualidade, rigor, exigência e melhoria continuada. - Contribuir para a formação do pessoal docente, não docente e encarregados de educação; - Promover o respeito pelo ambiente; - Promover a educação para a saúde; - Apoiar a inovação pedagógica; - Valorizar a diversidade de metodologias e estratégias educativas; - Investir em equipamento pedagógico didáctico e multimédia; - Promover a correcta utilização da Língua Portuguesa; - Incrementar o trabalho interdisciplinar; - Melhorar a competência do pessoal não docente na utilização das TIC e práticas assertivas no atendimento ao público e ação educativa; - Promover práticas sistemáticas de avaliação interna que conduzam à melhoria efectiva da qualidade das escolas do Agrupamento, estabelecendo planos estratégicos com vista à melhoria de práticas e resultados. 12.1.3 Organização curricular e pedagógica. - Promover uma oferta educativa diversificada; (percursos alternativos de educação e de formação e novas áreas vocacionais orientadoras para o prosseguimento de estudos Área artística, desportiva, científica e outras) - Promover a utilização de pedagogias diferenciadas na sala de aula; - Assegurar o desenvolvimento do raciocínio, da reflexão e da curiosidade científica; - Promover o gosto pela leitura; - Reforçar a auto confiança dos alunos para a aprendizagem da Matemática; - Promover a criatividade e a imaginação dos alunos, na resolução de problemas sociais e comunitários 20

12.1.4 Relação escola meio. - Desenvolver protocolos com empresas para a realização de estágios em contexto de trabalho para alunos dos cursos de educação - formação; - Aprofundar as parcerias existentes e alargar a outras, de acordo com novos interesses e necessidades; - Abrir mais as escolas ao meio, assumindo nos como recurso disponível às solicitações de uma sociedade em evolução; - Melhorar processos e instrumentos de monitorização de acompanhamento do percurso dos alunos após a sua saída do Agrupamento no prosseguimento de estudos. 12.1.5 Organização e funcionamento das escolas do Agrupamento. - Responsabilizar todos os membros da comunidade educativa pelo cumprimento do Regulamento Interno e fazer a sua revisão periódica; - Qualificar e manter os espaços físicos das escolas, sensibilizando as autoridades competentes e/ou tomando iniciativa com receitas próprias e angariando apoios junto de empresas; - Criar novos espaços (Gabinetes de trabalho para professores e salas de convívio para alunos); - Humanizar espaços, tornando-os propícios a um bom ambiente de trabalho; - Promover uma cultura de segurança nas escolas; - Promover o bom funcionamento dos serviços; 13. Operacionalização do Projecto Educativo 13.1. Áreas de intervenção prioritária O desenvolvimento do Projecto Educativo do Agrupamento assentará em práticas que apontem para a qualidade, a eficácia, o diálogo, a responsabilidade, a aceitação das diferenças no quotidiano da acção educativa e que impulsionem os diferentes intervenientes na acção educativa para a formação integral das pessoas, especialmente dos alunos, nos diferentes contextos - escolares, familiares e sociais - em que vivem. A formação plena de cidadãos esclarecidos e intervenientes, respeitadores da integridade da pessoa humana e do ambiente, com conhecimentos científicos e técnicos que a complexa sociedade actual nos proporciona e exige responsavelmente. 21

13.1.1 Áreas mais relevantes - Educação para a cidadania - Educação Ambiental e Desenvolvimento sustentável - Formação integral do alunos e dos diferentes agentes / intervenientes - Educação para a literacia - Educação Científica ( Matemática e Ciências Experimentais) - Educação para a saúde (Educação Sexual) - Educação para a cooperação e o voluntariado - Educação para a utilização das Novas Tecnologias (TIC ) na transversalidade das áreas do conhecimento e da comunicação - Literacia financeira 13.2.1. Concepções de Educação orientadoras da nossa acção Um dos papéis importantes a desempenhar pelo Projecto Educativo é a assumpção de uma concepção de educação, traduzida num modelo de intervenção didáctica de forma a perspectivar as orientações para o projecto curricular, através do qual se cumprirá a sua função formativa, cultural e socializadora. Assim o nosso ideal educativo deve assentar nos seguintes princípios: Necessidade de proporcionar aos alunos um currículo mais integrado, significativo e adequado ás suas necessidades; Necessidade de alterar a cultura escolar, baseada no individualismo e no isolamento de realidade, para se transformar numa comunidade democrática de vida e de aprendizagem; Acentuar a importância de tornar as aprendizagens significativas (reconstrução do conhecimento e de experiência) e funcionais (valiosas para a compreensão e resolução de problemas da vida). Concepção construtivista de aprendizagem e de desenvolvimento. Promover a contextualização do currículo, enquanto expressão mais acabada da abertura da escola ao meio; Valorizar a abertura e o diálogo com a comunidade envolvente (famílias, associações cívicas, escolas e outros parceiros sociais) de forma a melhorar o aproveitamento de recursos diversificados e a favorecer a continuidade e coerência das posições e intervenções educativas. 22

Estes princípios determinam um modelo didáctico assente nos seguintes aspectos: Os conteúdos devem ser organizados segundo o esquema hierárquico e relacional (dos mais gerais para os mais específicos, salientando as suas inter relações e dando exemplos concretos); Partir da realidade próxima dos alunos, da sua experiência, das suas concepções; Reforçar a autoconfiança em si mesmos, valorizando as suas ideias e suas experiências, ponto de partida para ampliar a sua visão de realidade e da cultura; Os aspectos cognitivos da aprendizagem não devem ser dissociados dos aspectos volitivos, afectivos e relacionais; A actividade investigativa do aluno é o motor da sua aprendizagem; Criar situações de aprendizagem, favorecendo a auto-descoberta do aluno; As actividades da aula devem contribuir para desenvolver a autonomia do pensamento do aluno e o seu sentido de responsabilidade social; Ao professor cabe criar situações, propor problemas, provocar desequilíbrios, fazer desafios aos alunos e não dar-lhes as soluções, orientando o aluno e coordenando as actividades da turma, deve levar o aluno a trabalhar o mais independente possível; O aluno deve ter um papel essencialmente activo: observar, experimentar, analisar, comparar, relacionar, levantar hipóteses, argumentar, procurar, etc. Assegurar uma avaliação formativa sistemática e contínua, recorrendo a meios diversificados de recolha de dados nos diferentes domínios da aprendizagem; 23

14. Articulação do PEA com o PCA Se a principal função do Projeto Educativo é definir a política educativa para o Agrupamento, englobando as grandes intenções e ambições educativas, o Projeto Curricular do Agrupamento deve assumir-se como o documento de ação curricular estratégica, no qual são definidas as opções assumidas pelo agrupamento no domínio das práticas de ensino aprendizagem, bem como das prioridades educativas enunciadas nas opções curriculares. 15. Divulgação do Projecto Educativo A divulgação de qualquer Projecto Educativo é uma etapa importante para a sua implementação, pois só um bom conhecimento deste poderá suscitar aos seus intervenientes a participação em actividades que o tornem numa realidade. Na primeira reunião geral de cada ano lectivo, realizar-se-á a apresentação e distribuição do projecto a docentes e auxiliares de acção educativa. No início do ano lectivo, será organizada uma brochura com as linhas fundamentais do projecto, a distribuir na primeira reunião de Directores de Turma com Encarregados de Educação. De referir ainda que um dos meios fundamentais para a divulgação do projecto educativo será no portal do Agrupamento. 16. Avaliação/ Reformulação do Projecto Tendo em conta que os projectos devem sempre ser alvo de balanços periódicos que diagnostiquem a forma como estão a ser implementados, para além do período de execução, do cumprimento do plano de actividades far-se-ão a sua avaliação no final de cada ano lectivo, seguida do consequente reajustamento e articulação do Projecto Curricular de Agrupamento e Projecto Educativo. O Conselho Pedagógico solicitará aos Departamentos, conselhos de Turma, Clubes e Projetos, Conselho Executivo, Associação de Pais, balanços periódicos cujos dados serão trabalhados pela secção Projecto Educativo / Avaliação da Qualidade Educativa do Conselho Pedagógico, no sentido de se proceder a um reajustamento anual dos PCA e PEA. A sua avaliação é da competência do Conselho Geral, ouvido o Conselho Pedagógico que emite parecer de acordo com os seguintes parâmetros: - Conformidade comparação das acções realizadas com os objectivos, princípios e finalidades estabelecidas; 24

- Eficiência verificação da maximização da utilização dos recursos postos à disposição das escolas que integram o Agrupamento; - Pertinência verificação das acções previstas e desenvolvidas às reais necessidades da escola; - Consistência entre os objectivos a atingir; - Eficácia avaliação dos resultados comparando-os com os recursos investidos. 25