Resultados do 2T15 Rodobens (RDNI3 BZ) 13 de agosto de 2015 Operador: Bom dia, sejam bem-vindos à teleconferência da Rodobens referente aos resultados do 2T15. Estão presentes os senhores Flávio Vidigal, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores e Fernanda Nogueira, Gerente de Relações com Investidores. Informamos que este evento está sendo gravado e traduzido simultaneamente, e que durante a apresentação da Empresa todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas apenas para analistas e investidores, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de assistência durante a teleconferência, por favor, solicite a ajuda de um operador digitando *0. O áudio e apresentação estão sendo apresentados simultaneamente na Internet, no endereço www.rodobens.com.br/ri. Gostaríamos de esclarecer também que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Rodobens, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da Rodobens e conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora, gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Flávio Vidigal que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Flávio Vidigal, pode prosseguir. Bom dia a todos. Obrigado pela participação em nosso call. Vamos comentar o segundo semestre de 2015 e o fechamento do primeiro semestre de 2015. Foi um período mais conturbado do mercado, como vocês podem ver pelos nossos highlights operacionais, a Companhia focou os seus esforços na venda de estoques e os nossos lançamentos foram bastante direcionados. Mantemos o foco de lançamentos no segmento de urbanismo, que requeremos uma demanda mais resiliente nesse segmento. No total de lançamentos que fizemos no período, 28% do total lançado foi em Urbanismo e o total lançado de VGV RNI foi de 48% de Urbanismo. Em termos de venda de lançamentos, no segmento de urbanismo vendemos 22% do VGV lançado no período. A venda de urbanismo no 1S15 já contribui com aproximadamente R$90 milhões de venda, o que mostra que vamos manter nosso foco no segmento de urbanismo nesse momento de mercado, que já representou 33% do total vendido pela Companhia. Um ponto que temos que destacar, e a Fernanda também vai falar um pouco mais, são algumas medidas que temos tomado de gestão de estoque e de gestão de recebíveis, é que nosso nível de estoque concluído, que percebemos que é uma coisa que preocupa bastante os investidores, continua bastante baixo. Temos 8% dos estoques concluídos, o que nos coloca em uma posição bastante confortável nesse sentido. E a Fernanda também vai abordar a seguir as entregas que teremos no período e como estamos nos protegendo para pelo menos tentar minimizar o efeito do distrato no futuro. http://ri.rodobens.com.br Página 1 de 8
Em termos financeiros, isso têm sido um grande pilar para a Companhia. Seguimos bastantes focados e determinados na geração de caixa e na gestão de nossos recebíveis. Continuamos com um índice de dívida líquida/pl baixo, de 27,3% e também temos nosso endividamento bastante escalonado e uma situação bastante confortável de caixa. Dado o aumento do CDI, estamos seguindo uma disciplina de reduzir as nossas dívidas corporativas. Reduzimos mais de R$66 milhões em dívida corporativa, pagamos mais uma CCB imobiliária que venceu no trimestre. No ano, já devemos ter liquidado mais de R$100 milhões em dívida corporativa, como já tínhamos falado nos outros calls, isso está, inclusive, contribuindo com o nosso resultado financeiro. Seguimos trabalhando a carteira de recebíveis performados, hoje, se considerarmos o caixa que temos dos recebíveis livres de dívida performados, temos indicadores que dá conforto para a Companhia seguir com o seu negócio. Mais um trimestre, excluindo o pagamento de dividendos e o pagamento de terrenos, geramos caixa. Acho que isso tem sido constante na Companhia. Logicamente que, como iniciamos algumas obras de loteamento, nossa geração de caixa não foi tão expressiva como em outros períodos, foi um pouco mais modesta, mas continuou positiva, que é uma coisa em que estamos focando e devemos continuar bastante focado nesse ponto no 2S. Achamos que ter caixa e uma situação de liquidez saudável é bastante importante nesse período. De qualquer forma, no final comentaremos mais um pouco do que vai ser para frente, no 2S. Vou passar a palavra para a Fernanda para que ela possa falar dos indicadores operacionais. Fernanda Nogueira: Bom dia a todos. Vamos passando para o slide sete, onde detalhamos um pouco mais os lançamentos. Nós encerramos o trimestre com R$98 milhões de lançamento, como o Flávio falou, o foco foi a venda de estoques. Para o 2S, temos um pipe de projetos a serem lançados, mas só serão lançados se houver demanda e se o mercado estiver favorável. Em incorporação, vamos focar em empreendimentos com um ticket médio um pouco menor, em torno de R$300 mil e unidades de 60 m², 100 m² e, claro, nosso carro chefe hoje nesse momento de mercado é Urbanismo, que tem sido o mais resiliente e mais aderente ao momento de mercado. Passando agora para o slide de número oito, onde detalhamos as vendas, o que temos visto é que elas estão mais difíceis e com uma velocidade um pouco menor, mas, por outro lado, temos tido clientes que são consumidores finais e realmente querem morar na unidade. Quando fazemos a comparação desse semestre, que vemos o segmento de Stillo, as vendas ficaram bem próximas do 1S14, mesmo com um volume de lançamento menor. O segmento de Urbanismo continua sendo o destaque, o Veredas que lançamos agora em junho já foi 50% comercializado, validando a nossa estratégia. No canto inferior direito, apresentamos a evolução da nossa carteira de urbanismo. No 2T14, tínhamos R$29 milhões e chegamos ao final do 2T15 com R$143 milhões. Essa carteira é muito importante para nós, dado que ela gera um fluxo constante de entrada de caixa, além de ser remunerada ao IGP-M +12, o que impulsiona o resultado financeiro. Vamos falar agora um pouco de estoque, que é um destaque importante da Companhia. Seguimos focados na gestão de estoque, principalmente na redução de unidades performadas, que hoje está em R$55 milhões. Como o Flávio disse, apenas 8% do estoque total. Vamos detalhar, para poder entender melhor que unidades são essas. http://ri.rodobens.com.br Página 2 de 8
Quando você pega loteamento, em 30 de junho não tinhamos nenhum empreendimento concluído de Urbanismo. Concluímos um agora em julho, mas que está 100% vendidas, ou seja, não vai impactar nosso estoque de produtos acabados. Tem um detalhe, o que é o SBPE? O que é do Stillo hoje? Temos 5% concluído e uma parte disso é um empreendimento que nós entregamos agora no semestre e que estamos vendendo com uma velocidade menos. Não quisemos queimar estoque, não entramos em guerra de preço e no fim vendemos muito tranquilamente, então não tem nenhum ponto de preocupação. Quando passamos para o estoque de Minha Casa Minha Vida, que está na casa de R$24 milhões de estoque concluído, temos obras recém concluídas com clientes não repassados e também muitos distratos unilaterais. Então é situação muito tranquila e, inclusive, temos recebido ganhos nessas vendas desses estoques que temos feito. Passando agora para o slide de número dez, onde mostramos as entregas de projetos, temos as entrega para esse ano e para os próximos dois anos. Quando pegamos o que temos para entregar de julho até dezembro de 2015, vemos que maior parte das nossas entregas são projetos de Minha Casa Minha Vida, com repasse na planta, cujo risco de distrato é ínfimo, e loteamento, que é um dos que já entregamos, como eu comentei, e um projeto de Stillo que devemos entregar até o final desse trimestre. Nosso grande momento de entrega de produto SBPE vai acontecer em 2016. Como os senhores podem ver, temos R$652 milhões em VGV para entregar. O que temos feito para nos proteger e nos resguardar de um volume de distrato na conclusão dos empreendimentos? Revisamos nossa tabela de vendas, estamos exigindo um compromisso maior do cliente ao longo do período de obras. Além disso, ficamos muito mais rigorosos na nossa régua de cobrança. Reduzimos-a de 150 dias para 90 dias e aqueles clientes que tem mais de 90 dias de atraso, nós distratamos. Preferimos ter distrato o quanto antes para dar tempo do próximo cliente fazer a poupança para conseguir financiamento lá na frente quando entregarmos o empreendimento. E também temos sido bastante exigentes nessa gestão de carteira, para garantir a qualidade da carteira de clientes. Passando agora para o slide de número 11, apresentamos o nosso land bank. Quando comparamos a posição de land bank do 1T15 de incorporação é de R$3,4 bilhões de VGV potencial e esse trimestre chegamos em R$2,5 bilhões. O que aconteceu foi o seguinte, tivemos algumas praças, principalmente no interior de São Paulo, que vimos estarem muito apertadas e decidimos não ficar muito perto dessas áreas, então descartamos-as. E, além disso, teve o distrato de uma área de Minha Casa Minha Vida, cuja decisão já tinha sido tomada no passado, mas estava pendente apenas a formalização do documento para podermos baixar do land bank. Em paralelo, estimamos três áreas no Centro-Oeste, que é a área que pretendemos dar foco em incorporação, que são Rondonópolis, Sinop e Cuiabá. Passando para o land bank de loteamento, esse não teve alteração significativa. A única mudança foi o lançamento do trimestre. Com isso, concluímos a discussão dos dados operacionais e agora passamos para a discussão dos resultados financeiros. No slide de número 13, apresentamos a nossa posição de caixa e endividamento. Como o Flávio já falou, encerramos o trimestre com uma posição de caixa de R$288 milhões, que praticamente cobre a nossa dívida corporativa, isso sem falar nos recebíveis livres de dívida. Nossa dívida corporativa reduziu 17%. Tivemos a quitação da CCB imobiliária junto com o Banco do Brasil como o Flávio mencionou, e dois PMTs que nós temos e da debênture. http://ri.rodobens.com.br Página 3 de 8
Quando olhamos o indicador de dívida líquida/patrimônio líquido, vemos que isso subiu um pouco, de 25,1% para 27,3%. Isso foi afetado pelo nosso pagamento de dividendos que nós tivemos no período e quando expurgamos esses R$16 milhões que pagamos no período, esse indicador fica flat em relação ao 1T15. Isso demonstra que estamos em uma situação financeira muito confortável e até quando olhamos o nosso cronograma de vencimento de dívida para o final do ano, temos um vencimento irrisório, um comprometimento mínimo que teremos que fazer para pagar o saldo que temos para quitar. Passando agora para o slide de número 14, apresentamos a nossa geração de caixa ao longo dos trimestres. Nesse trimestre, quando excluímos o que pagamos de dividendo e o que pagamos de terreno, temos uma geração de R$8 milhões. Quando consideramos o semestre no mesmo critério, geramos R$14 milhões. Passando agora para o slide de número 15, onde apresentamos os destaques financeiros do trimestre, se olharmos a receita líquida, nós vemos que ela cresceu em relação ao 1T15, impulsionada muito pelo maior volume de obras e pelos lançamentos do período. O 1T tradicionalmente é um trimestre mais fraco em termos de obras, porque é um trimestre com maior volume de chuvas, sendo assim reduzimos a velocidade da execução de obras. Por outro lado, nesse 2T, é importante destacar que iniciamos obras importantes, como o Jardim dos Buritis que é um empreendimento lançado no 4T e já está 100% vendido e tem uma boa margem e uma curva de obra menor do que a incorporação. Nossa margem bruta no trimestre totalizou 27%. Aqui, tem um ponto importante que temos que considerar. O que temos percebido é que tem alguns clientes que tem optado por uma tabela de vendas mais curta do que a nossa tabela padrão. O que fazemos é ajustar esse fluxo para trazer-lo a valor presente. Em um primeiro momento, a margem bruta é reduzida, porém este ajuste traz um ganho que aparecerá na nossa receita financeira, que, como os senhores têm visto, vem crescendo trimestre a trimestre em função disso, e tem um pouco em função da carteira de urbanismo remunerada a IGP-M+12%. O próximo ponto que é importante passar é o G&A, acho que tivemos uma redução significativa em relação ao trimestre passado. No trimestre passado, tivemos alguns eventos não-recorrentes em folha de pagamento, com homologação dos contratos dos diretores de CLT para estatutário, tivemos a saída de dois diretores, mas nesse trimestre ainda seguimos exigentes e trabalhando para reduzir cada dia mais esse G&A. Com isso, concluo nossa apresentação dos resultados financeiros, e gostaria de passar a palavra para o Flávio para as considerações finais. Obrigado, Fernanda. No 1S, como falei na abertura da apresentação, nossa prioridade foi venda de estoque. Acho que a Fernanda endereçou um pouco esse ponto, mas é importante que percebemos uma sintonia muito grande entre a nossa equipe de repasses e a nossa equipe de vendas, e também no financeiro na gestão de carteira de recebíveis. Houve uma diminuição de R$40 milhões nessa conta, e viemos trabalhando bastantes próximos com repasse nessa carteira. Na questão de estoque, atingiu 8%; poderia ter sido melhor do que isso, como a Fernanda comentou. Terminamos alguns empreendimentos, e não fazia sentido algum, com poucas unidades, darmos algum desconto para baixar esse estoque em detrimento da carteira muito maior que vinha sendo repassada. Então, optamos por ir vendendo um pouco mais devagar esses estoques concluídos, mas de maneira que não prejudicasse a curva de repasse dos empreendimentos que concluímos, em especial no segmento Stillo. http://ri.rodobens.com.br Página 4 de 8
Como eu comentei, quitamos duas dívidas corporativas no período. Eram dívidas que tinham custo relativamente baixo, que entendemos que não fazia sentido renová-las neste momento. Tivemos várias ofertas para renovar, através de diversas instituições financeiras, mas optamos por deixar a Companhia mais leve em termos de endividamento corporativo e melhorar nosso resultado financeiro através da geração de caixa. O caixa com o recebível performado nos dá bastante tranquilidade para seguir nossas atividades. Todos os nossos empreendimentos de incorporação têm plano empresário contratado, e isso também nos dá segurança para seguirmos nessas operações, os índices de andamento de obra e de venda têm sido atingidos; não temos investido capital próprio nos empreendimentos de incorporação. Estamos trabalhando também para levantarmos recursos para financiar as obras de infraestrutura de loteamentos, visando preservar o caixa. Mas, logicamente, somente faremos isso se a relação custo/benefício tiver sentido. Esse foi um pouco do trabalho que realizamos no 1S15, e tivemos um trabalho também intenso de revisão de land bank, para não ficarmos com terrenos que não fossemos desenvolver; algumas coisas foram até permuta, que não tiveram nenhuma multa de distrato, mas isso também acaba desfalcando a equipe. Hoje, nossa plataforma é enxuta, reduzimos ainda mais o quadro da Companhia, então precisamos focar de fato em terrenos que entendemos que façam sentido, porque aprovar um empreendimento de incorporação ou de loteamento é bastante trabalhoso. Queremos deixar nossa equipe focada onde acreditamos que exista demanda. Para o 2S, com a revisão de land bank que fizemos e com as melhores aquisições e opções na região Centro-Oeste, pretendemos focar nossa atividade no lançamento de incorporação nessa região. Entendemos que o crescimento da agricultura proporciona um cenário favorável para o desenvolvimento do negócio de incorporação, e estamos estudando esses mercados com bastante profundidade, temos adquirido áreas nesse segmento. E entendemos que um produto com um ticket menor, mas com uma boa infraestrutura de lazer, achamos que pode ser vencedor nessas regiões. Então, adquirimos terrenos e, se tudo correr bem, deveremos ter condições para lançar dois empreendimentos na região Centro-Oeste neste ano. E, logicamente, quando digo tudo correr bem, são as aprovações e condições de mercado. De qualquer forma, temos trabalhado não só na região Centro-Oeste para deixar os nossos produtos de incorporação prontos para serem lançados. Isso é importante, porque se existir uma janela de mercado, estamos prontos para lançar esses produtos. E no Urbanismo, temos um land bank grande, de aproximadamente R$1 bilhão, mas é um land bank que tem maior dificuldade de aprovações, pela complexidade do negócio. Hoje, temos R$200 milhões em um trabalho avançado de aprovação e é nisso que deveremos focar nossos esforços no 2S, nos empreendimentos de incorporação na região Centro-Oeste e nos empreendimentos de Urbanismo. Continuaremos seguindo monetizando nossa carteira. Temos feito um esforço forte junto aos bancos para que possamos repassar esses clientes, nós temos focado nisso. Se vocês notarem, nosso estoque de Minha Casa Minha Vida já está bastante reduzido, está por volta de R$50 milhões, e achamos que até o final do ano devemos concluir totalmente a venda desses estoques, de modo que possamos já monetizar esses ativos, eventualmente até o fim do 1S16. Lembrando que agora toda venda do Minha Casa Minha Vida, fazemos quando o cliente está aprovado no SICAQ. Isso torna nosso ciclo de venda e de repasse muito mais ágil. Como vocês podem ver, tivemos um volume maior de vendas de Minha Casa Minha Vida no período, e isso já teve impacto direto no repasse. http://ri.rodobens.com.br Página 5 de 8
E uma coisa que nós temos focado, dado que temos vendido bem nossos lançamentos, temos acelerado um pouco o número de loteamentos, para que possamos entregar esses produtos o mais rápido possível para os nossos clientes, e isso deverá contribuir no nosso DRE nos próximos períodos. Vocês podem até ver que incorporar o Urbanismo no nosso negócio hoje já tem um reflexo positivo na margem REF. A margem REF da Companhia vem subindo, fruto da adição do Urbanismo em nosso negócio. Era isso que tínhamos para falar. Abrimos para perguntas e respostas, e estamos à disposição para as dúvidas que existirem. Sami Karlik, Banco Votorantim: Bom dia. Na verdade, tenho uma pergunta bem específica: não sei se vocês podem passar um pouco de como vocês estão sentindo o mercado, agora que já tivemos mais ou menos um mês e meio do 3T. Como está? Mudou alguma coisa? O mercado ainda é difícil, em termos de lançamentos e vendas? Se vocês puderem abrir alguma coisa, mesmo que mais qualitativamente. Bom dia, Sami. O mercado, para nós, continua igual ao 2T. Temos desenvolvimentos de projetos no mesmo ritmo do 1S. Por enquanto, não sentimos nem melhora e nem piora no 2S. Logicamente que, comparando ao ano passado, o cenário, a velocidade de venda, o processo de tomada de decisão dos clientes está bem mais devagar. Mas, trimestre a trimestre, não sentimos nenhuma mudança nesse sentido. Sami Karlik: Obrigado, Flávio. Só um follow-up: O que vocês têm dentro desse land bank de projetos aprovados, que estariam aptos a serem lançados? Obviamente, depende de mercado, mas você consegue quantificar o que tem já aprovado e pronto para lançar? No land bank total, devemos ter como aprovado alguma coisa próxima a 20% do land bank, e algumas coisas em processo final de aprovação, que temos trabalhado. Então, tem alguns projetos para aprovar. Se você me perguntasse hoje se a Companhia teria condições de lançar mais que no ano passado, teríamos condições de lançar mais que no ano passado. Por outro lado, seguramos alguns lançamentos em função de mercado, que tivemos projetos aprovados e estamos segurando o lançamento, porque não faz sentido nenhum. Tivemos nos deparado com situações em que temos produtos aprovados, em determinados mercados, mas há competidores vendendo com bastante desconto próximo ao nosso terreno. Então, preferimos segurar, esperar a situação de estoque se normalizar em determinadas regiões, para eventualmente lançar no futuro. Essa será a nossa política. Como somos uma Companhia menor, acreditamos que podemos fazer isso com bastante qualidade. Em todos os lançamentos, fazemos uma análise muito profunda do entorno do empreendimento, para ver o que está competindo com o nosso produto, e há situações de desconto que chamam a atenção e fazem com que optemos por esperar um pouco, porque no limite nós acabaremos lançando algum produto e vamos apenas nos prejudicar. Você sabe que lançar o produto e não andar bem com suas vendas no início pode representar até o insucesso desse produto. Então, temos focado muito em vender o que já temos dentro de casa, temos olhado bastante a questão de lançamentos vis-à-vis vendas. http://ri.rodobens.com.br Página 6 de 8
Temos vendido mais do que temos lançado, e isso contribui bastante com a nossa atual geração de caixa, e até no futuro da Companhia. E como a Fernanda falou, uma qualidade melhor de venda. Eu sou o cara que pressiona mais as equipes da Companhia para eventualmente apertarem um pouco mais a tabela de vendas, ou as condições, porque eu entendo que o cliente que se compromete mais com a venda e quando digo compromisso é porque ele paga mais no pré-chaves é aquele cliente que dificilmente distratará o empreendimento no futuro. Em paralelo, reforçamos também as equipes de cobrança para que possamos trabalhar esse cliente ao longo da curva de obras, porque se percebermos uma inadimplência superior a 90 dias, eu prefiro já distratar esse cliente, e eventualmente substituí-lo por um novo cliente, para dar tempo desse novo cliente formar uma poupança até a entrega. Caso contrário, terminaremos o empreendimento, mas com um volume eventualmente maior de distratos, e isso pode adicionar riscos ao nosso negócio, porque esse novo cliente eventualmente não tem a poupança necessária para suprir o delta do que o banco não financia. Essa é a situação que queremos evitar. E isso nos permite fazer algum tipo de dívida direto para o cliente, com uma garantia baixa, ou teremos que dar um desconto. E é isso que estamos evitando. A Fernanda mostrou o slide de conclusão de obra no ano que vem justamente por isso, porque estamos trabalhando um pouco para diminuir esse efeito no nosso negócio no ano que vem. Sami Karlik: Obrigado, Flávio. Um abraço. Operador: Obrigado. Não havendo mais perguntas, gostaria de passar a palavra para o Sr. Flávio Vidigal para as últimas considerações. Sr. Flávio Vidigal, prossiga com suas últimas considerações. Primeiro, agradeço novamente a participação de todos. Seguimos otimistas com o negócio da Rodobens. Temos desenvolvido nossos negócios com cautela, visando geração de caixa, e tenho certeza que ter um balanço saudável representa muito nesse mercado, eventualmente até em termos de remuneração para o acionista, porque a partir do momento em que percebemos que existem excessos de caixa, podemos fazer distribuições adicionais de dividendo. E o conforto que eu gostaria de deixar com vocês é que lançaremos produtos quando entendermos que haja demanda, focados em produtos que diminuam o risco de estoque e distratos da Companhia. Gostaria apenas de deixar essa mensagem, e a mensagem que já comentamos ao longo do call, de que nosso foco no 2S será no negócio de Urbanismo e no negócio de incorporação na região Centro- Oeste, e eventualmente alguma coisa no interior de São Paulo, onde entendemos que haja mercado. Desta forma, queria agradecer a todos. Para qualquer nova dúvida, estamos à disposição através da nossa equipe de RI na RNI. Um bom dia a todos. Operador: Obrigado. A teleconferência dos resultados do 2T15 da Rodobens está encerrada. Por favor, desconectem suas linhas agora. http://ri.rodobens.com.br Página 7 de 8
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