Guarulhos (SP) - Ponto de Cultura faz passeio pelo antigo caminho do trem da Cantareira Trajeto feito por ônibus fará paradas em locais históricos por Assessoria de Comunicação da AAPAH. Divulgação. No próximo sábado (30/05), o Ponto de Cultura AAPAH Memória, Cidadania e Patrimônio faz o Passeio pelo Caminho do Trenzinho da Cantareira. A inscrição é grátis e deve ser feita com antecedência pelo e-mail contato@aapah.org.br. O ônibus sairá às 9h do Arquivo Histórico Municipal de
Guarulhos, localizado na rua Tapajós, 80, Macedo. Lá serão distribuídos kits com camiseta e água para os participantes. O grupo segue para o Museu do Jaçanã, onde tem algumas relíquias do tempo do Ramal da Cantareira, que vinha daquela região de São Paulo e tinha sua última estação na Base Área de Guarulhos. Além de passar por resquícios da linha férrea localizados na praça Santos Dumont e Estação Vila Augusta, o passeio deve passar por locais primordiais para o trem ter sido trazido para Guarulhos, como Balneário da Vila Galvão (Lagos dos Patos) e o Antigo Sanatório Padre Bento, respectivamente um endereçado ao lazer e o outro como destino de enfermos com hanseníase. O passeio será guiado pela guia de turismo Anna Carneiro e pela historiadora Ellen Santana. Esse projeto da AAPAH Associação Amigos do Patrimônio e Arquivo Histórico visa estabelecer aos participantes a experiência de conhecer os locais e a História de Guarulhos, além de fazer contato com outras atividades da cidade. Nesse encontro os participantes vão tomar o café da manhã na Feira Orgânica da praça IV Centenário.
Divulgação. O diretor geral da AAPAH, Adriano Rodrigues de Souza Silva, afirma que o evento, totalmente gratuito, inclusive o café da manhã, destina-se a incluir todos os interessados em conhecer a história guarulhense. O edital do Ponto de Cultura nos dá toda a estrutura financeira para colocar em prática os fundamentos de nossa entidade. Queremos incluir o cidadão para que ele se sinta pertencente ao local, educar e promover o patrimônio histórico e cultural da nossa região, afirmou o diretor. O Passeio pelo Caminho do Trem da Cantareira é o segundo evento desse tipo organizado pela AAPAH neste ano. O terceiro deve acontecer em agosto pela região de Bonsucesso. O Ponto de Cultura organiza outras atividades como cursos, rodas de conversas, caminhas, seminários e um trabalho de pesquisa para levantar dados sobre os patrimônios culturais de Guarulhos. Saiba mais em aapah.org.br. Por Bruno Leite de Carvalho
Fonte original da notícia: notícia encaminhada por e-mail para divulgação pela Defender Meio ambiente: ONG prevê plantio de 1 milhão de mudas para iniciar recuperação do Cantareira Um milhão de mudas para o Sistema Cantareira. É a proposta de um novo programa lançado nesta semana pela ONG Fundação SOS Mata Atlântica, cujo objetivo é iniciar um processo de reflorestamento para de fato começar a recuperar os reservatórios que fazem parte do maior sistema de abastecimento hídrico da América Latina, atualmente
responsável por prover água a 6,5 milhões de pessoas em São Paulo. Quando falamos da seca, os governantes sempre batem na tecla das grandes obras, das transposições, das construções de mais sistemas e reservatórios. Talvez essas ações sejam necessárias, mas precisamos começar cuidando do que já existe, diz Rafael Fernandes, coordenador de Restauração Florestal da ONG. Tratamos muito mal a água no Brasil. Toda cidade do País tem um riozinho ou um córrego que normalmente está poluído. Temos de mudar isso. O projeto bate de frente com todos os discursos enaltecidos pelo governo paulista e pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) ao longo do ano para justificar a crise atual. Segundo eles, somente a falta de chuvas em 2014, já prevista desde o ano passado, seria a responsável pela ausência de água na região. Não que ela não tenha sua parcela de culpa, mas o fato de os primeiros temporais de novembro não terem tido capacidade para controlar a queda do Cantareira e de outros sistemas provou que a recuperação dos reservatórios vai muito além da pluviometria. A comunidade científica é unânime em ressaltar a necessidade de um mínimo de mata nativa em propriedades de Áreas de Preservação Permanentes [APPs] ao longo dos rios. É possível, necessário e urgente recuperar a Mata Atlântica, pois temos bons avanços em técnicas de restauração. Além disso, sem as florestas não só não chove como, quando chove, os reservatórios não são afetados, diz Leandro Tavares Azevedo Vieira, doutor em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professor de Ciências Biológicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Nova York também passou por um problema de abastecimento recentemente e em vez de fazerem reservatórios ou outras obras paliativas, como o governo paulista tem feito, a cidade investiu na proteção das áreas das nascentes que já a
abasteciam. E é o que precisamos fazer. Represa do Jaguari, na cidade de Vargem, em setembro; veja mais imagens da situação dos reservatórios do Sistema Cantareira. Foto: Luiz Augusto Daidone/Prefeitura de Vargem A ideia do projeto é recuperar aproximadamente 400 hectares de mata nativa no entorno dos reservatórios do sistema, o que, segundo a fundação, promoveria a conservação de 4 milhões de litros de água por ano. Parece pouco para a capacidade total de armazenamento de 1 trilhão de litros de seus cinco reservatórios, mas seria um bom começo para um conjunto de bacias que já perdeu cerca de 80% de sua cobertura florestal nativa e que a cada dia possui menos água para armazenar. Hoje, de acordo com a ONG, restam apenas 48,8 mil hectares de verde na região do sistema 21,5% da área de Mata Atlântica original. Para isso, foi aberto um edital para que os interessados em promover reflorestamento em suas propriedades enviem propostas à ONG explicando como realizarão os plantios e como cuidarão
deles. Áreas de nascente ou próximas a corpos d água ganham pontuação maior na seleção. Qualquer proprietário de 1,5 hectare a 30 hectares de terra pode se inscrever até 15 de janeiro, quando as propostas serão avaliadas para apontar os escolhidos. As cidades contempladas são as mineiras Camanducaia, Extrema, Itapeva e Sapucaí Mirim. No Estado de São Paulo, fazem parte do programa Bragança Paulista, Caieiras, Franco da Rocha, Joanópolis, Mairiporã, Nazaré Paulista, Piracaia e Vargem. A partir de dezembro de 2015, os escolhidos receberão monitoramento anual que apontará como está a evolução dos plantios. Espera-se que dentro de três anos todas as áreas plantadas já estejam cobertas de verde, com cara de floresta, como define o coordenador da ONG. Se após o período as ações forem classificadas como bem conduzidas, haverá bonificação aos proprietários que vai de R$ 1,2 mil a R$ 8,6 mil. Todas as mudas a serem plantadas um total de 1 milhão a um custo de R$ 2 milhões serão doadas pela fundação aos contemplados. As autoridades enganam ao não revelar que a crise tem muito mais a ver com a falta de gestão ambiental do que com a estiagem, afirma Adacto Ottoni, professor do Departamento de Engenharia Sanitária e de Meio Ambiente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Reflorestar é amplamente mais barato do que qualquer obra programada, qualquer projeto de reuso do recurso, além de essencial em longo prazo. Só falta vontade política. Fonte: www.paraiba.com.br