TITULO DO TRABALHO DEFINITIVO: PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NA REPRESA DO FAXINAL
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- Lucinda Castilhos da Costa
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1 TITULO DO TRABALHO DEFINITIVO: PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NA REPRESA DO FAXINAL Edio Elói Frizzo; Roberto Carlos da Silva Alves; Maria do Carmo S. Ekman. Currículo dos autores: Edio Elói Frizzo Diretor Geral do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) de Caxias do Sul, bacharel em Direito e História pela Universidade de Caxias do Sul. Roberto Carlos da Silva Alves Gerente dos Recursos Hídricos do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) de Caxias do Sul, bacharel em Direito, graduado pela Universidade de Caxias do Sul. Especialização em curso em Gestão de Recursos Hídricos pelo Instituto de Pesquisa Hidráulica (IPH) da UFRGS. Presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Caí, 2ª gestão. Maria do Carmo Suita Ekman Diretora da Divisão de Esgoto e Recursos Hídricos do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) de Caxias do Sul, engenheira civil graduada pela PUCRS, especialista em saneamento básico. SAMAE-R. Pinheiro Machado n 261, Bairro Lourdes, Caxias do Sul/RS, cep Os autores submetem-se às condições estabelecidas por este regulamento. Palavras-chave: Faxinal, Áreas Degradadas, Área da Ponte e Área da Confluência.
2 TITULO DO TRABALHO DEFINITIVO: PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NA REPRESA DO FAXINAL Objetivo: Recuperação das áreas degradadas em função da construção da Represa do Faxinal. A Represa do Faxinal foi construída para abastecer a cidade Caxias do Sul, com água potável e hoje é responsável por 60% deste abastecimento. Para a execução da obra foram degradadas algumas áreas, visto que a utilização destas áreas para a retirada de argila para impermeabilização do barramento. Desenvolvimento: Foram realizadas várias intervenções nas áreas sendo que em algumas delas restaram infrutíferas causando a erosão, em conseqüência o aparecimento de voçoroca o careamento de sedimentos para dentro da represa inviabilizando o plantio de árvores nativas impedindo a recuperação das mesmas. As alternativas usuais seria a de terraplanagem das áreas aplicação de calcáreo dolimítico para a correção de ph do solo, aplicação de adubos químicos e plantio das referidas árvores. Esta solução além de ser demonstrada como cara ainda no nosso entendimento não era ecologicamente correta. A alternativa encontrada partiu da necessidade de limpeza de uma lagoa de contenção de águas pluviais que se encontrava assoreada por sedimentos que formaram um lodo no fundo reduzindo a capacidade de acumulação da mesma. A partir da necessidade de remoção do lodo foi aventada a possibilidade de utilização do mesmo para a recuperação do solo degradado. Foi iniciado com a colocação de lodo na área conhecida como pinheirinhos no inverno de 2002, para reduzir o custo foi utilizado a retroescavadeira do SAMAE para remover o lodo da lagoa e transportada com a caçamba locada da autarquia utilizada para serviços de manutenção, para espalhar foi utilizada a retroescavadeira, posteriormente foi realizado o plantio manual de pasto do tipo azevém os resultados foram animadores visto que o pasto germinou e desenvolveu-se sem a utilização de insumos químicos. Como na primeira etapa foi realizada apenas uma limpeza parcial da lagoa partiu-se para uma formatação da lagoa e limpeza total da mesma. Para isto foi contratada uma retroescavadeira do tipo poclayn de 20 toneladas de peso e uma concha com capacidade de retirada de um m³ por conchada. Foram apurados aproximadamente 600 m³ de lodo e solo retirado. Para recuperação do solo foram escolhidas duas áreas muito erodidas e com o solo completamente exposto. As áreas escolhidas foram: 1 Área da Ponte; 2 Área da Confluência; Na área da ponte foi depositado e espalhado o lodo, realizado o plantio de parte da área durante o ano de Os resultados foram ótimos com grande desenvolvimento do pasto e contenção da erosão do solo conforme as fotos em anexo; No início da primavera de 2002 foram introduzidas várias espécies de árvores nativas que se
3 encontram em um bom estágio de sanidade (não foi realizado o controle de pragas e nenhum outro tipo de cuidado posterior). No nosso entendimento a área encontra-se recuperada não ocorrendo nesta área à introdução de sedimentos na represa. A segunda etapa de recuperação foi na área conhecida como Confluência, trata-se de área com certa declividade e apresentava um número expressivo de voçorocas de até um metro de profundidade. O grande problema a ser resolvido foi além do estado do solo foi de que por conta da degradação de solo em outra área da cidade a Prefeitura Municipal realizou o plantio de espécies nativas em toda área, com a existência das plantas ficou impedida a terraplanagem da área para eliminação das voçorocas. Como solução foi tentado um experimento que apresentou bons resultados como descrevemos: Inicialmente foi depositado o lodo em uma área predeterminada e a seguir utilizando a pá traseira da retroescavadeira foram sendo preenchido com o próprio solo junto das voçorocas tapando os buracos. Os pneus da máquina foram colocados entre as fileiras das plantas para evitar a destruição das mesmas, em seguida foi espalhado o lodo e, como já se encontrava em época de verão realizamos o plantio de pasto de verão das espécies milheto, dente de burro e pensacola. Os resultados foram muito animadores visto que foi contabilizado uma perda das plantas numa ordem de aproximadamente 30%, a germinação do pasto foi muito boa com o conseqüente enraizamento de toda a área onde foi espalhado o lodo, nesta área foi espalhado aproximadamente 1,4 hectare de lodo, com camadas variáveis de 20 a 30 cm de espessura. O problema encontrado e ainda não resolvido foi à presença de roedores da espécie capivara que se alimentam do pasto impedindo um desenvolvimento da parte superior da planta. No entanto o objetivo de contenção da introdução de sedimentos na represa nesta área foi alcançado. Além desta área foi recuperada o restante da área da ponte. Atualmente foi espalhado lodo em mais uma etapa da área da confluência com aproximadamente 1,00 hectare e realizado o plantio do pasto de verão. Conclusão: A utilização do lodo da lagoa de contenção de esgotos pluviais demonstrou ser uma boa solução para dois problemas, o que fazer com o lodo retirado da lagoa rico em matéria orgânica e encontrar um substrato adequado para recuperação de solos degradados, os dois objetivos foram alcançados até este momento, inclusive em função da avaliação do baixo custo necessário para a realização do programa. Foi também muito positiva a solução do ponto de vista do valor investido por que se adotou uma solução caseira para um problema sem solução já há muito tempo. O primeiro problema solucionado foi à destinação do lodo retirado da lagoa de detenção do Bairro Serrano que por ter um grande volume apresentava problemas para armazenamento e destinação. O segundo problema solucionado foi à recuperação da área degradada que além de ser uma exigência do Órgão Ambiental que licencia a represa e emite a Licença de operação da represa também era uma necessidade nossa uma vez que o careamento de sedimentos para dentro do lago provocaria um aumento do assoreamento nas profundidades próximas as áreas degradadas, além do careamento de nutrientes resultante da lavagem por água da chuva de áreas mais distantes. Sendo assim não tivemos custo com a compra do composto.
4 A retroescavadeira utilizada para espalhar o composto presta serviços à Autarquia não sendo necessária uma nova contratação. O custo com o plantio com o pasto foi baixo sendo que como mão de obra, foi usada a de servidores próprios. As mudas foram fornecidas resultantes de processos de Auto de Infração e Embargo nas áreas de Bacia de Captação como compensação aos danos causados a Bacia que foram destinadas mudas de árvores nativas que estão sendo utilizadas também para reflorestamento das áreas degradadas. Na área da confluência as mudas já estavam plantadas antes do projeto pela Prefeitura Municipal de Caxias do Sul como compensação à degradação causada por um loteamento popular. O custo maior ficou por conta da locação de uma máquina retroescavadeira tipo poclain e o transporte com caçambas de doze metros cúbicos de volume. Finalmente pode-se dizer que estas ações podem ser usadas para vários fins seja de recuperação em áreas urbanas, rurais, loteamentos, obras civis de uma forma geral, obras de saneamento, drenagem urbana etc.que tenham provocado degradação do solo. Lista de Figuras: Fig. 01 área da Ponte 1ª Etapa já recuperada Fig. 02 área da ponte atualmente Fig. 03 área da Ponte 2ª etapa em recuperação Fig. 04 área da Confluência inicio da obra Fig. 05 área da Confluência atualmente Fig. 06 Lagoa de Detenção Serrano durante a limpeza Fig. 07 Lagoa de Detenção Serrano atualmente Fig. 08 Mapa com indicação das áreas degradadas.
5 FIGURA 01 ÁREA DA PONTE 1ª ETAPA (RECUPERADA) FIGURA 02 ÁREA DA PONTE ATUALMENTE
6 FIGURA 03 ÁREA DA PONTE 2ª ETAPA EM RECUPERAÇÃO FIGURA 04 ÁREA DA CONFLUÊNCIA INÍCIO DA OBRA
7 FIGURA 05 ÁREA DA CONFLUÊNCIA ATUALMENTE FIGURA 06 LAGOA DE DETENÇÃO SERRANO DURANTE A LIMPEZA
8 FIGURA 07 LAGOA DETENÇÃO SERRANO ATUALMENTE Material necessário à projeção Solicitamos Datashow para projeção multimídia com programa Powerpoint
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