PESQUISAS SOBRE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM MATEMÁTICA: A PRODUÇÃO NAS REGIÕES NORTE, NORDESTE E CENTRO-OESTE



Documentos relacionados
Juventude e música: a produção nos cursos de pós-graduação brasileiros 1

A PESQUISA ACADÊMICA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA DA UNICAMP E SEUS ESTUDOS SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM PRIMEIRO OLHAR

ITINERÁRIOS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: O QUE DIZEM AS INVESTIGAÇÕES E PRODUÇÕES TEMÁTICAS NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS?

ESTUDO DOS FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DO ENSINO NAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO: O CASO DA UNICAMP

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática

RESULTADOS E EFEITOS DO PRODOCÊNCIA PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS RESUMO

ANÁLISE DE MATRIZES CURRICULARES DE CURSOS DE PEDAGOGIA/LICENCIATURA: A PESQUISA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

A Prática como Componente Curricular nos Cursos de Licenciatura em Matemática

O ESTADO DA ARTE DO MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA DA UFRN A PARTIR DAS DISSERTAÇÕES E PERFIL DOS EGRESSOS

AS DISCIPLINAS DE DIDÁTICA NOS CURSOS DE LICENCIATURAS

OS PROJETOS DE TRABALHO E SUA PRODUÇÃO ACADÊMICA NOS GT07 E GT12 DA ANPED ENTRE OS ANOS 2000/2013

OS SABERES NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA. Cleber Luiz da Cunha 1, Tereza de Jesus Ferreira Scheide 2

Palavras-chave: Metodologia da pesquisa. Produção Científica. Educação a Distância.

O QUE DIZEM OS ARTIGOS PUBLICADOS NOS MEMÓRIA ABRACE SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO DE TEATRO?

A ARTICULAÇÃO ENTRE AS DISCIPLINAS ESPECÍFICAS E PEDAGÓGICAS EM UM CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores

LICENCIATURA E ENSINO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: UM ESTUDO INVESTIGATIVO SOBRE O CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES.

ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES

A MODELAGEM MATEMÁTICA E A INTERNET MÓVEL. Palavras-chave: Modelagem Matemática; Educação de Jovens e Adultos (EJA); Internet móvel.

FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM PERIÓDICOS DA EDUCAÇÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DESTE SÉCULO

PALAVRAS-CHAVE (Concepções de Ciência, Professores de Química, Educação Integrada)

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES: O PNAIC EM FOCO

LINHA DE PESQUISA REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO

Pedagogia Estácio FAMAP

Programa de Pós-Graduação em Educação

Flaviane Bruna Pereira de Moura (Bolsista ICV), Denis Barros de Carvalho (Orientador, Departamento de Fundamentos da Educação/UFPI).

PROFISSÃO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA UEPB MONTEIRO PB.

UM ESTUDO DAS POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA ESCOLAR DE JOVENS E ADULTOS NA PERSPECTIVA DO NUMERAMENTO

PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EDUCADORES DE JOVENS E ADULTOS

LEVANTAMENTO SOBRE A POLÍTICA DE COTAS NO CURSO DE PEDAGOGIA NA MODALIDADE EAD/UFMS

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

OS MEMORIAIS DE FORMAÇÃO COMO UMA POSSIBILIDADE DE COMPREENSÃO DA PRÁTICA DE PROFESSORES ACERCA DA EDUCAÇÃO (MATEMÁTICA) INCLUSIVA.

ANÁLISE DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: REFLEXÕES INICIAIS ACERCA DA PRODUÇÃO DE 2006 A 2014

8º Congresso de Pós-Graduação FORMAÇÃO DE PROFESSORES- UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO DO GT 08: ELEMENTOS PARA REFLEXÃO

DIRETRIZES E PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE PROPOSTAS DE CURSOS NOVOS DE MESTRADO PROFISSIONAL

Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Matemática versus Estágio Supervisionado

UMA ANÁLISE DO USO DE TECNOLOGIAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA NO ENSINO BÁSICO

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

PERFIL INVESTIGADOR DO LICENCIANDO EM MATEMÁTICA DO ESTADO DO MARANHÃO. Celina Amélia da Silva CESC/UEMA/MA, Brasil

POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA ESCOLA DE APLICAÇÃO DA UFPA: REPERCUSSÕES OBSERVADAS NA ESTRUTURA CURRICULAR

O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ RESUMO

RESENHA. Magali Aparecida Silvestre. Universidade Federal de São Paulo Campus Guarulhos

ED WILSON ARAÚJO, THAÍSA BUENO, MARCO ANTÔNIO GEHLEN e LUCAS SANTIGO ARRAES REINO

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

IV FÓRUM NACIONAL DE PEDAGOGIA PEDAGOGIA INTERLOCUÇÕES ENTRE FORMAÇÃO, SABERES E PRÁTICAS. Belo Horizonte, 21 a 23 de Setembro de 2011

AS POLÍTICAS PÚBLICAS E AS PRÁTICAS EDUCATIVAS: O PROCESSO DE TRANSIÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

CONSTITUINDO REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS: CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O TRABALHO COM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA


O ENSINO DE GEOMETRIA NOS ANOS INICIAIS DE ESCOLARIZAÇÃO E O USO DE TECNOLOGIA: CONSTRUINDO UM MOSAICO DE PESQUISAS

2 METODOLOGIA DA PESQUISA

UNIDADE III Análise Teórico-Prática: Projeto-intervenção

A FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO EM DIREITOS HUMANOS PARA A EDUCAÇÃO

VII E P A E M Encontro Paraense de Educação Matemática Cultura e Educação Matemática na Amazônia

MODELAGEM MATEMÁTICA: PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO 1

1 Um guia para este livro

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

Panorama da Educação em Enfermagem no Brasil

ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA ESCOLAR: (RE) CONSTRUINDO CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE ATITUDES POSITIVAS EM RELAÇÃO À GEOMETRIA

USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

EDUCAÇÃO INTEGRAL EM TEMPO INTEGRAL: Interfaces com os princípios da inclusão educacional

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E ENSINO DE MATEMÁTICA: UMA EXPERIÊNCIA EM GRUPO

Projeto ped 01 Título: Orientador: Curso: Resumo

DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM DIFERENTES CONTEXTOS SOCIAIS

SISTEMA CFC: UMA ABORDAGEM BASEADA NA GOVERNANÇA CORPORATIVA 1

PALAVRAS-CHAVE: Prática como componente curricular. Formação inicial de professores. Ensino universitário.

CONCEPÇÕES DE TECNOLOGIA PARA PROFESSORAS, COORDENADORAS E DIRETORAS DE CINCO ESCOLAS PÚBLICAS DE PELOTAS

Palavras-chave: Educação Infantil; formação do profissional; formação centrada na escola; políticas públicas.

CONSIDERAÇÕES DA COORDENAÇÃO DE UM CURSO DE UMA UNIVERSIDADE SOBRE EVASÃO ESCOLAR NO ENSINO SUPERIOR

POLÍTICA PÚBLICA PARA A EDUCAÇÃO: CURSO NORMAL SUPERIOR A DISTÂNCIA. POSSIBILIDADE DE REPENSAR A PRÁTICA PEDAGÓGICA?

O MATERIAL DIDÁTICO PEÇAS RETANGULARES

TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA FORMAÇÃO DOCENTE RESUMO

9. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

UM PANORAMA DAS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS DO XI EPREM

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO CURSO DE ENFERMAGEM DO CESUMAR SOB A ÓTICA DO SUS

Palavras-chave: Historiografia; Paraná; Regime de Historicidade; História Regional

ATIVIDADES DESENVOVLIDAS PELO LABORATÓRIO DE ENSINO DE MATEMÁTICA LEM- FOZ

Palavras-chave: Deficiência Visual. Trabalho Colaborativo. Inclusão. 1. Introdução

DESAFIOS DE UMA PRÁTICA INOVADORA DE EDUCAÇÃO DO CAMPO: REFLEXÃO SOBRE O CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA COM ÊNFASE EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A LICENCIATURA DE MATEMÁTICA NA MODALIDADE EAD EM MG: CARACTERIZAÇÃO E O PERFIL DO CORPO DOCENTE

GEOMETRIA VIRTUAL: UMA PROPOSTA DE ENSINO PARA OS ANOS INICIAIS

O CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA UFBA; DA CRÍTICA A FORMAÇÃO À FORMAÇÃO CRÍTICA

O USO DA CALCULADORA EM SALA DE AULAS NAS CONTROVÉRSIAS ENTRE PROFESSORES.

Centro Acadêmico Paulo Freire - CAPed Maceió - Alagoas - Brasil ISSN:

Palavras-chave: Currículo. Educação Infantil. Proposta Curricular.

9 Como o aluno (pré)adolescente vê o livro didático de inglês

MÍDIA E ENSINO DE BIOLOGIA: ASPECTOS DE ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NOS PLANEJAMENTOS DE AULA CONSTRUÍDOS POR LICENCIANDOS

Tal discussão faz parte das transformações nos paradigmas teóricos mais gerais, que atingem todas as áreas do conhecimento, no mundo contemporâneo,

Um espaço colaborativo de formação continuada de professores de Matemática: Reflexões acerca de atividades com o GeoGebra

OS SABERES PROFISSIONAIS PARA O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ESCOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR DIRETORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PRESENCIAL DEB

O AMBIENTE MOTIVADOR E A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSO PEDAGÓGICO PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

1 Introdução. Lei Nº , de 20 de dezembro de Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Maria Clarisse Vieira (UnB) Maria Emília Gonzaga de Souza (UnB) Denise Mota Pereira da Silva (UnB)

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição Fatia 3;

Transcrição:

PESQUISAS SOBRE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM MATEMÁTICA: A PRODUÇÃO NAS REGIÕES NORTE, NORDESTE E CENTRO-OESTE Patrícia Sandalo Pereira - UFMS Marisol Vieira Melo UFMS/CPAq Edinalva da Cruz Teixeira Sakai - UFMS RESUMO Ao observarmos a assimetria da produção de teses e dissertações nas diferentes regiões brasileiras apontadas no Plano Nacional de Pós-graduação (2005-2010) revela-se uma predominância das pesquisas nas regiões sul e sudeste. Desse modo, fomos conduzidos a traçar um panorama das pesquisas que envolvem Estágio Supervisionado em Matemática nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a partir de 2005. Nesse sentido, optamos realizar neste artigo um estudo na modalidade do estado da arte com o tema Estágio na formação inicial do futuro professor de matemática, com uma abordagem qualitativa. A seleção destas pesquisas foi realizada a partir das áreas da Capes de Educação e de Ensino relativas à Educação Matemática e, cujo foco trata-se da formação de professores e, mais especificamente de Estágio Supervisionado em Matemática. Diante deste panorama, identificamos apenas cinco pesquisas nessas regiões no período de 2005 a 2010, o que torna evidente a importância de haver mais pesquisas sobre esse tema específico. Nesses estudos destacamos alguns aspectos convergentes, como, por exemplo: a importância da reflexão na prática docente; o trabalho colaborativo como possibilidade de troca de experiências; falta de entrosamento entre os sujeitos envolvidos nesse processo formativo (estagiário, professor escolar e professor formador) e entre universidade e escola; a contribuição do estágio supervisionado no desenvolvimento profissional do futuro professor; o distanciamento entre a teoria e prática o que leva o futuro professor a perceber a interdependência entre a formação matemática e pedagógica e; a necessidade de olhar para as políticas de modo a propiciar mudanças no seu campo de atuação. Palavras-chave: Estado da arte, Educação Matemática, Formação Inicial, Estágio, Pós- Graduação. INTRODUÇÃO No ano de 2005, o Ministério da Educação publicou o Plano Nacional de Pós- Graduação (PNPG), onde se apontava uma assimetria na produção dos Programas de Livro 2 - p.006782

2 Pós-Graduação das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (N, NE e CO) em relação às produções das regiões Sul e Sudeste. Diante dessa constatação, elaboramos um projeto de pesquisa intitulado Estado da arte das pesquisas em Educação Matemática que tratam da Formação de Professores produzidas nos Programas de Pós-Graduação das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste no Brasil, a partir de 2005, o qual foi aprovado no Edital MCTI/CNPq/MEC/CAPES Nº 07/2011 e teve seu início em dezembro de 2011. O objetivo deste projeto é mapear as pesquisas em Educação Matemática voltadas para a Formação de Professores que estão sendo produzidas nos Programas de Pós-Graduação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. O referido projeto de pesquisa envolve três instituições brasileiras: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), além de pesquisadores e mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (PPGEduMat UFMS), do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da UFAL e da UEPB. O presente artigo irá abordar um recorte deste projeto descrito acima, e tem por finalidade apontar as pesquisas que envolvem Estágio Supervisionado e que foram desenvolvidas nos Programas de Pós-Graduação em Educação Matemática e em Educação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a partir de 2005. Salientamos que os dados dessas pesquisas que envolvem Estágio estão sendo aprofundados e farão parte de uma dissertação de mestrado que será desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (PPGEduMat UFMS). PANORAMA DAS PESQUISAS EM EDUCAÇÃO/ENSINO MATEMÁTICA PRODUZIDAS NAS REGIÕES NORTE, NORDESTE E CENTRO-OESTE O Plano Nacional da Pós-Graduação (V PNPG, 2005-2010) aponta que cabe a pós-graduação a tarefa de produzir os profissionais aptos a atuar nos diferentes setores da sociedade e capazes de contribuir, a partir da formação recebida, para o processo de modernização do país (BRASIL, 2004, p.8). Esse documento apresenta um diagnóstico da situação da pós-graduação no Brasil até 2004, onde os dados estatísticos comprovam crescimento expressivo ao longo dos anos, porém, aponta uma distribuição desigual do Livro 2 - p.006783

3 sistema em termos de distribuição dos cursos entre as regiões. Na época, dos atuais 3.859 cursos de pós-graduação existentes, 2.093 estão localizados na Região Sudeste, o que corresponde a uma concentração de 54,2% do total. Analisando as assimetrias do sistema, conclui-se que: O Nordeste alcançou algum destaque, porém, ainda apresenta assimetrias entre os seus estados. No Centro-Oeste o quadro de assimetrias é ainda mais acentuado, uma vez que a pós-graduação concentra-se em Brasília. E no Norte, região de extrema importância nacional pela sua dimensão e diversidade, encontra-se uma pós-graduação incipiente, com concentração em dois estados de uma região de dimensão continental. (BRASIL, 2004, p. 46) Esse mesmo documento também aponta fragilidades que marcaram a trajetória da pós-graduação e, dentre elas destacamos as seguintes: As assimetrias e desigualdades regionais e estaduais, anteriormente abordadas, bem como as assimetrias das áreas de conhecimento; O número insuficiente de programas de pós-graduação no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, face à população daquelas regiões. (BRASIL, 2004, p. 50) Diante do exposto acima, buscamos mostrar que já existem produções oriundas de alguns programas dessas regiões, voltadas a formação de professores que ensinam matemática, é o que apresentaremos a seguir. O interesse sobre a formação de professores tem sido o foco de intensas discussões políticas-educacionais (GATTI et al, 2011), inclusive em encontros, seminários, fóruns. Desse modo, a pesquisa sobre o tema tem trazido sempre novos elementos que conduzem a reflexões no processo de formação de professores. Nesse sentido, a produção nacional, Série do Conhecimento, com os estudos recentes sobre o mapeamento da produção científica na área, especificamente sobre de Formação de Professores no Brasil, da década de 1990 até 2002, a partir de teses e dissertações (ANDRÉ, 2002; BRZEZINSKI, 1999, 2006). Nessa direção há pesquisas do estado da arte no âmbito da Educação Matemática e, particularmente, relativos à formação de professores que ensinam matemática, sendo alguns desses estudos brasileiros: Fiorentini et al. (2002), Ferreira (2003), Nacarato et al. (2003), Passos et al. (2005) e Passos et al. (2006), Passos (2009), entre outros. Pereira (2005, p, 22) afirma que refletir sobre a formação dos professores é ter contato com as pesquisas e propostas existentes, de acordo com a realidade atual [...] e poder visualizar no futuro uma nova formação. Assim, reforçando as ideias da autora, quanto ao contato com as pesquisas e propostas já existentes, Fiorentini (2003), na Conferência de Abertura do I Seminário Nacional de Licenciaturas em Matemática, Livro 2 - p.006784

4 apresentou O Estado da Arte da Pesquisa Brasileira sobre Formação de Professores que Ensinam Matemática e nos aponta que: Até fevereiro de 2002 foram identificados 112 estudos, entre dissertações e teses defendidas [sobre formação de professores de matemática] em programas de pós-graduação em Educação Matemática ou Educação. (FIORENTINI, 2003, p. 4). Esse autor, ainda concluiu que aproximadamente 10% desses estudos, avaliam a formação inicial do professor de Matemática, mais especificamente enfocando a Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado. A preocupação com a formação de professores de matemática torna-se evidente, principalmente quando observamos que na maioria dos congressos nacionais e internacionais, a temática é quase obrigatória. Diante disso, nesse artigo pretendemos olhar as pesquisas sobre formação inicial de professores, mais especificamente àquelas que tratam do Estágio Supervisionado em Matemática produzidas nessas regiões. REFERENCIAL METODOLÓGICO Constatada essa assimetria da produção brasileira, optamos por mapear as pesquisas em Educação Matemática que estão sendo produzidas nos Programas de Pós- Graduação em Educação Matemática e Educação nas regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste do Brasil, com foco na formação de professores e particularmente, o Estágio Supervisionado. Salientamos que, neste artigo ao denominarmos pesquisas em Educação Matemática, estamos considerando as produções das duas áreas da Capes: Educação e Ensino. Por isso, este trabalho caracteriza-se dentro de uma abordagem qualitativa de pesquisa devido a seus objetivos e objetos de investigação. Algumas características básicas de uma investigação qualitativa estão na íntima relação do pesquisador com o pesquisado, um maior interesse no processo, a descrição dos dados tendo como foco o particular buscando um maior nível de profundidade da compreensão deles, entre outras (BOGDAN E BIKLEN, 1994). Embasados, nesses termos, pretende-se realizar um mapeamento da pesquisa acadêmica em Educação Matemática com foco na formação de professores nas regiões Livro 2 - p.006785

5 Norte, Nordeste e Centro-Oeste, optou-se pelo estado da arte, consiste em revelar elementos nesse campo do conhecimento, o que permite reconhecer as proximidades e singularidades sobre um tema em particular, num determinado período de tempo. O estado da arte, considerada por Melo (2006, p.61) como uma possível modalidade de pesquisa pode ser interpretada e adotada por outros pesquisadores de acordo com sua questão investigativa. No caso, a intenção aqui não seria apenas uma revisão de estudos anteriores, mas busca, sobretudo, identificar as convergências e divergências, as relações e arbitrariedades, as aproximações e contrariedades existentes nas pesquisas e apresentam indícios e compreensões do conhecimento a partir de estudos acadêmicos, como teses e dissertações (idem, p.62). Desse modo, o objetivo principal desta pesquisa é mapear as pesquisas em Educação Matemática que estão sendo produzidas nos Programas de Pós-Graduação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil e analisar as que tratam sobre Estágio Supervisionado. Para tanto, pretende-se, desenvolver, as seguintes etapas: (1) Identificar os Programas de Pós-Graduação (PPG s) das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; (2) Realizar um levantamento das dissertações e teses voltadas a Formação de Professores, mais especificamente ao Estágio Supervisionado produzidas pelos PPG s; (3) Fazer uma análise documental destas produções O levantamento inicial dos PPG s dar-se-á pela base do Portal da Capes. Tendo identificado tais programas, o critério de seleção das teses e dissertações se dará pela busca de palavras-chave, relativas a formação de professores de matemática, com alguns termos, como por exemplo: formação de professores de matemática, formação inicial, estágio supervisionado. O processo de coleta de dados será desenvolvido com a seleção das teses e dissertações, para posterior análise documental oriundas dos Programas de Pós- Graduação das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste que tratam do Estágio Supervisionado. Livro 2 - p.006786

Nº. XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas - 2012 6 ANÁLISES PRELIMINARES Considerando a ampliação dos PPG s no país, observamos que nas regiões escolhidas, temos: 30 PPG s em Educação (de 118 da área de Ciências Humanas) e 11 PPG s em Ensino (de 72 da área Multidisciplinar) da Capes, registradas até o momento. O primeiro levantamento bibliográfico, com base nos dados da revista Zetetiké (FE/Unicamp) das teses e dissertações produzidas nessas duas áreas (Educação/Ensino) relativas a Educação Matemática nas regiões brasileiras nesse interstício: N, NE, CO (2005-2010) nos dão uma noção de que a produção nessa região está ainda em franca expansão, se comparada com a produção nacional (2310 pesquisas) no mesmo período. A representatividade destas três regiões, com um total de 428 pesquisas, atinge 18,5% da totalidade brasileira nesse interstício, o que significa que os 81,5% estão ainda concentrados na região sul e sudeste do país. Das quatro centenas de pesquisas, predominam 80% as dissertações de mestrado, o que é realmente bastante significativo e 13% de teses de doutorado, o que prova o amadurecimento do campo científico da Educação Matemática nessas regiões, de acordo com o Gráfico 1. No caso, podemos ter uma visão panorâmica da expansão anual das pesquisas nestas regiões: 80 Pesquisas em EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Regiões: N, NE, CO 70 60 50 40 30 20 10 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Produção anual (2005-2010) Dr Ms Ms-P Gráfico 1 Panorama das pesquisas em Educação Matemática (2005 2010) Ao considerar esse território de 428 pesquisas, destacamos àquelas que focalizam a Formação de professores de matemática, num total de 117, segundo uma Livro 2 - p.006787

7 filtragem inicial decorrente das palavras-chave, onde apareciam prioritariamente a denominação formação (entre as quais, dizem respeito a: formação docente; formação de professores; formação inicial; formação contínua; formação continuada; entre outras). Partindo desse filtro, selecionamos àquelas pesquisas referentes à Estágio desenvolvido na Formação inicial de professores de matemática. Ainda são poucos os estudos nessas regiões sobre esse tema específico, apenas cinco, abaixo relacionadas: Autor Título Ano Níve Programa Instituição l CRUZ, M.A.S. Uma proposta metodológica para a realização do Estágio Supervisionado em um curso de formação inicial de professores de Matemática: limites e possibilidades 2010 Dr Educação UFMS LIMA, J.I. MAGALH ÃES, A.P.A.S. MEDEIRO S, C.M. VALVERD E, L.P. O estágio supervisionado na licenciatura matemática: possibilidades de colaboração O estágio supervisionado dos cursos de formação de professores de matemática da Universidade Estadual de Goiás: uma prática reflexiva? Estágio supervisionado: uma influência na constituição dos saberes e do professor de matemática na formação inicial A experiência do estágio supervisionado para alunas de um curso normal: algumas contribuições para a formação de educadores 2008 Ms Educação em Ciências e Matemáticas 2010 Ms Educação em Ciências e Matemática 2010 Ms Educação em Ciências e Matemáticas 2005 Ms Ensino, Filosofia e História das Ciências UFPA UFG UFPA UFBA/U ESB Quadro 1 Pesquisas em Estágio Supervisionado em Matemática das regiões N, NE e CO (2005 2010) Destes cinco trabalhos, apenas um deles resultou numa tese de doutoramento. Apesar dessa estreita produção, os mesmos, conseguem trazer um pouco da realidade das três regiões aqui elegidas. Todos apresentam abordagem qualitativa, além de convergirem em alguns aspectos, os quais elencaremos a seguir: - o estágio favorece o desenvolvimento profissional e a constituição de saberes; - a reflexão/reflexividade é considerada fundamental na prática docente e para o desenvolvimento profissional; - reconhecem o trabalho colaborativo como possibilidade de troca de experiências, evitando a hierarquização do conhecimento entre professores, formadores e estagiários; - a dificuldade conceitual dos estagiários para trabalhar com os conteúdos matemáticos e a maneira de abordá-los; Livro 2 - p.006788

8 - a falta de conhecimento da realidade da escola no momento de assumir-se como professor; - a necessidade de olhar para as políticas como um meio de mudanças no próprio campo de atuação. Salientamos que apenas uma dissertação focaliza as contribuições do Estágio em um Curso Normal, as demais são focadas nas Licenciaturas em Matemática. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Este artigo nos permitiu apresentar um breve panorama das pesquisas em Educação Matemática que tratam de Estágio na Formação de Professores, nas três regiões brasileiras neste período de 2005 a 2010. A escolha desse período se deve ao fato de que o PNPG (2005-2010) já apontava assimetrias em relação ao crescimento dos cursos de Pós-Graduação nessas regiões. Isso se torna mais evidente, quando olhamos para as pesquisas, principalmente em relação ao Estágio. Se considerarmos que estes estudos foram defendidos a partir de 2005, levando em conta que a lei entrou em vigor a partir de 2002 (Resolução do Conselho Nacional de Educação- CNE/CP 2/2002, art. I, 2) percebemos que mesmo diante desse fato, ainda são poucas as pesquisas que tem explorado esse objeto de investigação Estágio na formação inicial do futuro professor de matemática. Também, com essa tímida produção, observamos que há um distanciamento entre a universidade e escola, o que implica diretamente na prática docente do professor escolar, estagiário e professor formador e, a falta de entrosamento entre esses sujeitos e instituições. Diante do foi apresentado, acreditamos que esse artigo revela a necessidade de futuras pesquisas que aprofundem e discutam sobre o tema de Estágio na formação inicial do professor de matemática, podendo levar uma aproximação entre teoria e prática e; universidade e escola. Livro 2 - p.006789

9 REFERÊNCIAS ANDRÉ, M.E.D.A. Formação de professores no Brasil (1990-1998). Brasília: MEC/Inep/Comped, 2002. (Série Estado do Conhecimento, n. 6) BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação Qualitativa em educação. (1ed. 1991) Trad. Maria J. Alvez, Sara B. dos Santos e Telmo M. Baptista. Porto: Porto Editora, 1994. BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. RESOLUÇÃO CNE/CP 2/ 2002 - Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. BRASIL. Plano Nacional de Pós-Graduação 2005-2010. Brasília: MEC/CAPES, 2004. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/capes>. Acesso em: 21 mar. 2005. BRASIL. Plano Nacional de Pós-Graduação 2011-2020. Brasília: MEC/CAPES, 2010. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/capes>. Acesso em: 01 mar. 2010. BRZEZINKI, I.; GARRIDO, E. Estado da Arte sobre a Formação de Professores nos Trabalhos apresentados no GT 8 da ANPEd, 1990-1998. In: Programas e Resumos da 22ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação, ANPEd. Caxambu (MG), 1999. BRZEZINSKI, I. (Org.). Formação de profissionais da educação (1997-2002). Brasília: MEC/Inep/Comped, 2006. (Série Estado do Conhecimento, n. 10) CRUZ, M.A.S. Uma proposta metodológica para a realização do Estágio Supervisionado em um curso de formação inicial de professores de Matemática: limites e possibilidades. 2010. 235p. Tese (Doutorado em Educação) Departamento de Educação, Centro de Ciências Humanas e Sociais, UFMS, Campo Grande (MS), 2010. FERREIRA, A. C. Um olhar retrospectivo sobre a pesquisa brasileira em formação de professores de matemática. In: FIORENTINI, Dario. Formação de professores de matemática: explorando novos caminhos com outros olhares. Campinas: Mercado de Letras, 2003, p.19-55. FIORENTINI, D. et al. Formação de Professores que ensinam matemática: um balanço de 25 anos da pesquisa brasileira. Educação em Revista Dossiê: Educação Matemática, Belo Horizonte, UFMG, n. 36, p. 137-60, 2002. FIORENTINI, D. O Estado da Arte da Pesquisa Brasileira sobre Formação de Professores que Ensinam Matemática. In: I SEMINÁRIO NACIONAL DE LICENCIATURAS EM MATEMÁTICA, Anais..., Salvador: UCSAL, 2003. GATTI, B.A.; BARRETO, E.S.S.; ANDRÉ, M.E.D.A. Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília: UNESCO, 2011, 300p. Livro 2 - p.006790

10 LIMA, J.I. O estágio supervisionado na licenciatura matemática: possibilidades de colaboração. 2008. 105p. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas) Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica, UFPA, Belém (PA), 2008. MAGALHÃES, A.P.A.S. O estágio supervisionado dos cursos de formação de professores de matemática da Universidade Estadual de Goiás: uma prática reflexiva? 2010. 232f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) UFG, Goiânia (GO), 2010. MEDEIROS, C.M. Estágio supervisionado: uma influência na constituição dos saberes e do professor de matemática na formação inicial. 2010. 105f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas) Instituto de Educação Matemática e Científica, UFPA, Belém (PA), 2010. MELO, M. V. Três décadas de pesquisa em Educação Matemática: um estudo histórico a partir de teses e dissertações. 2006. 288p. Dissertação (Mestrado em Educação: Educação Matemática) Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas (SP), 2006. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/? down=vtls000383650>. Acesso: 01/11/2011. NACARATO, A. et al. Um estudo sobre pesquisas de grupos colaborativos na formação de professores de matemática. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 2., 2003, Santos, SP. Anais..., Sociedade Brasileira de Educação Matemática, 2003. CD-ROM. PASSOS, C.B. et al. Prática e indicadores do desenvolvimento profissional do professor de matemática revelados por investigações acadêmicas. In: CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES, 2005, Águas de Lindóia, SP. Anais..., Águas de Lindóia, SP: Universidade Estadual Paulista, 2005. et al. Desenvolvimento Profissional do Professor que Ensina Matemática: uma meta-análise de estudos brasileiros. Quadrante, Lisboa: APM, 2006. PASSOS, M.M. O professor de matemática e sua formação: análise de três décadas da produção bibliográfica em periódicos na área de educação matemática no Brasil. 2009. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência) Unesp, Bauru, 2009. PEREIRA, P. S. A concepção de prática na visão de licenciandos de Matemática. Tese (Doutorado em Educação Matemática) Unesp, Rio Claro, 2005. VALVERDE, L.P. A experiência do estágio supervisionado para alunas de um curso normal: algumas contribuições para a formação de educadores. 2005. 129p. Dissertação (Mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências) Instituto de Física, UFBA/Departamento de Ciências Exatas, UEFS, Feira de Santana, 2005. Livro 2 - p.006791