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Transcrição:

TERMO DE REFERÊNCIA CONTRATAÇÃO DE CONSULTOR PESSOA FÍSICA MODALIDADE PRODUTO Título do Projeto Função no Projeto Resultado Atividades Antecedentes (breve histórico justificando a contratação) DADOS DA CONSULTORIA EDITAL Consultor para Relatório sobre Desaparecimento Forçado da Rede Latino-Americana de Justiça de Transição Desenvolvimento de pesquisa e elaboração de relatório sobre as atividades da RLAJT no ano de 2016, na temática de Desaparecimento forçado: justiça e arquivos. Disseminação da informação e mobilização nos planos nacional e internacional. Mobilização de atores locais e internacionais que viabilizem a consecução de articulações necessárias da Rede Latino-Americana de Justiça de Transição, com foco na temática de Desaparecimento forçado: justiça e arquivos. Durante o biênio de 2014 e 2015, a Universidade de Brasília e a Universidade Federal do Rio de Janeiro sediaram o projeto da Secretaria e do Observatório da Rede Latino-Americana de Justiça de Transição. As duas instituições foram selecionadas a partir de edital de chamada pública lançado pela Comissão de Anistia/Ministério da Justiça, conforme resultado divulgado no DOU de 1.11.2013. Esses dois primeiros anos se mostraram um período de experiência e de preparação para o desempenho das atribuições de Secretaria Executiva da RLAJT. No primeiro momento, foi necessário ganhar familiaridade com a RLAJT, seus membros e instrumentos de ação. Ao mesmo tempo, buscou-se constituir e capacitar a equipe de pesquisadores/as responsável por conduzir o projeto, bem como inseri-lo da maneira mais adequada dentro dos desenhos institucionais das universidades. A Secretaria Executiva buscou se estruturar e se capacitar para atender seus objetivos principais de: i) compartilhar materiais e informações sobre os processos de justiça de transição na América Latina e de ii) promover e facilitar a comunicação entre os membros da RLAJT, bem como o seu fortalecimento e ampliação. No primeiro ponto, a Secretaria realizou a alimentação do sítio eletrônico da RLAJT e da sua página no facebook, com a divulgação de notícias, textos e eventos relacionados a justiça transicional no continente latino-americano. Também elaborou um Relatório que compila e sistematiza eventos relevantes sobre justiça de transição, referente a 2014, em cada país que conta com membro da RLAJT. No segundo ponto, a Secretaria organizou e promoveu encontros entre os membros da RLAJT, incluindo dois seminários internacionais realizados, respectivamente, em junho e novembro de 2015. Também foram realizados esforços para expandir a RLAJT, que resultaram na

incorporação de seis novos membros permanentes. Em assembleia da RLAJT realizada em novembro de 2015, deliberou-se pela transferência da secretaria da rede para UFMG, por meio do CJT, sendo a UFRJ substituída pela UnB. Assim, para o próximo biênio e, especialmente, para o ano de 2016, a Secretaria e o Observatório da RLAJT dependerão de uma equipe qualificada e experiente para o desenvolvimento das atividades. Justificativa A situação dos países da América Latina no que se refere à judicialização da Justiça de Transição não é homogênea, não raro caracterizada por inação e retrocessos. Há três situações: (i) países que não iniciaram juízos contra crimes cometidos durante a ditadura, como o Brasil; (ii) países que iniciaram juízos, e onde o processo se encontra consolidado, como a Argentina e o Chile; e (iii) países que iniciaram juízos, mas que sofreram retrocessos, como Uruguai e Guatemala. Por outro lado, para efetivar o direito à memória e a verdade, é fundamental preservar os arquivos relativos às graves violações de direitos humanos ocorridas em regimes de exceção, garantir acesso a eles e sua divulgação. Entretanto, isso nem sempre tem sido assegurado na região, a depender do tipo de transição e da profundidade do processo de reforma das instituições e das leis. Na assembleia da RLAJT ocorrida em novembro de 2015, foi possível perceber que os problemas da judicialização e dos arquivos permaneciam latentes e ainda demandariam avanços nas pesquisas e investigações, não obstante o sucesso desses relatórios publicados (Projeto BRA/08/021). Foi possível, contudo, delimitar ainda mais os eixos investigatórios, partindo-se para os temas específicos de Desaparecimento Forçado e Crimes Sexuais. O desaparecimento forçado é um crime contra humanidade que foi utilizado pelos regimes de exceção latinoamericanos em diferentes graus, mas com recorrência constante, podendo-se, inclusive, inferir sua manutenção pelos órgãos atuais de segurança pública. Daí a necessidade de uma discussão em termos comparados de referido crime, tanto na perspectiva da judicialização, quanto do tratamento dos arquivos. Propósito da Contratação As diferentes estratégias e formas de judicialização e de tratamento dos arquivos sobre desaparecimento forçado terão, portanto, impactos em todos os demais princípios da justiça de transição, seja na reparação das vítimas, seja na busca da verdade e da memória, seja na reforma das instituições. Analisar essas diferentes estratégias e suas implicações será o objetivo desta consultoria. A presente consultoria tem como objetivo realizar pesquisas a fim de gerar insumos para orientar políticas públicas na área, oferecendo subsídios para publicações e seminários acadêmicos na temática da judicialização e do tratamento de arquivos referentes aos crimes de desaparecimento forçado, especialmente como apoio às ações da Rede Latino Americana de Justiça de Transição (RLAJT), fundada em

novembro de 2011, impulsionada pelo projeto BRA/08/021 Cooperação para o intercâmbio internacional, desenvolvimento e ampliação das políticas de Justiça Transicional do Brasil da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, e foi desenvolvida em parceria com o Centro Internacional para a Justiça de Transição (ICTJ) ao longo dos anos de 2010 e 2011. A Rede tem como objetivo facilitar e promover a comunicação e troca de conhecimentos no campo da Justiça de Transição na América Latina, além de tornar visíveis as experiências dos países da região, através de um site (www.rlajt.com) e de eventos de integração. A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça integra o comitê gestor da RLAJT e ocupa sua presidência até o final de 2017. Considerando que um dos produtos do Projeto de Cooperação BRA 08/021 é fomentar o intercâmbio de experiências institucionais, ou seja, de práticas e políticas exitosas de reparação, de verdade e de memória histórica, para que possam ser replicadas em outras esferas governamentais e sociais, esta consultoria vem ampliar o conhecimento no âmbito dos países da América Latina integrantes da RLAJT sobre iniciativas de judicialização e de tratamento de arquivos referentes aos crimes de desaparecimento forçado. O balanço gerado a respeito dessas estratégias de judicialização contribuirá para a promoção da Justiça de Transição no Brasil e na América Latina. Tendo em vista que os regimes autoritários da região cooperaram em diversas ações repressivas (das quais a Operação Condor é o melhor exemplo), a cooperação na temática dos desaparecimentos forçados é fundamental para a efetiva promoção do direito à memória, à verdade e à justiça na América Latina. A presente consultoria, de caráter temporário, envolve a aquisição de conhecimento técnico especializado e agregará novos tipos de conhecimentos, ainda não existentes na Comissão de Anistia e na Rede Latino-Americana de Justiça de Transição, e transmitirá conhecimentos especializados à estrutura administrativa do Estado. Descrição das Atividades Requisitos do candidato e qualificações profissionais Produzir pesquisa, aproveitando-se das metodologias teórica, empírica e exploratória, a respeito das iniciativas de judicialização e tratamento de arquivos referentes aos crimes de desaparecimento forçado nos países da América Latina integrantes da Rede Latino-Americana de Justiça de Transição (RLAJT), visando à promoção de insumos para fins de produção de relatório conclusivo. O/a consultor/a também deverá apoiar na formulação de programação e estrutura de seminário da RLAJT sobre a temática, a ser realizado em 2016. Esse trabalho exige a contratação de 1 (um) profissional com: I Requisitos obrigatórios (eliminatórios e classificatórios): a) formação mínima em nível de mestrado nas áreas de Ciências Humanas e Sociais; b) experiência profissional na elaboração de textos analíticos, estudos técnicos,

avaliação ou pesquisas; c) domínio do idioma português, escrito e oral. II Requisitos desejáveis (classificatórios): a) formação acadêmica em nível superior ao mestrado; b) experiência na temática de violações de direitos humanos; c) experiência na temática da Justiça de Transição; d) domínio dos idiomas espanhol e inglês. Insumos: Diárias e passagens para viagens, quando necessárias à realização do trabalho de campo, visando à consecução dos produtos, desde que devidamente justificadas e solicitadas com pelo menos 15 dias de antecedência. Nome do Supervisor e Cargo: Localidade do Trabalho: Data de início: Data final: 31/12/2016 Emilio Peluso Neder Meyer Professor Adjunto da FD/UFMG Coordenador do CJT/UFMG, coordenador da secretaria e do observatório da RLAJT Cidade de Belo Horizonte/MG Após o término do processo seletivo Consultor Pesquisador Judicialização e Arquivos dos Crimes de Desaparecimento Forçado Descrição Valor R$ Percentual Produto 01: Relatório 1, contendo (i). plano de trabalho, (ii). proposta de delimitação de escopo, (iii). cronograma da pesquisa e (iv). descrição da metodologia a ser utilizada no R$ 4.800,00 10,00 Mês previsto para entrega do produto Mês 1 (30 dias)

desenvolvimento da pesquisa, indicando as fontes selecionadas, inclusive bibliográfica, e técnicas de pesquisa a serem empregadas, assim como a estratégia para sistematização e análise das informações coletadas. Produto 02: Relatório 2, contendo sistematização e análise do histórico da judicialização e do tratamento de arquivos sobre desaparecimento forçado nos países indicados; R$ 19.200,00 (pagos em parcelas de R$ 4.800,00) 40,00 Mês 6 (180 dias) Produto 03: Relatório 3, contendo análise crítica, a partir das informações colhidas e conhecimento acumulado no relatório 2, das características identificados no Produto 2. R$ 24.000,00 (pagos em parcelas de R$ 4.800,00) 50,00 Mês 9 (270 dias) TOTAL: R$ 48.000,00 Número de parcelas: 10 Observação Todos os produtos deverão ser entregues respeitando a norma culta da língua portuguesa e as normas técnicas da ABNT. Critérios de Seleção Os candidatos serão selecionados por meio de análise curricular e apresentação de trabalho escrito, em processo composto por duas fases. Fases da Seleção 1ª Fase Análise de Currículo (eliminatório/classificatório) I - Critérios obrigatórios (eliminatórios) 1. Serão considerados válidos os currículos que atenderem aos seguintes requisitos: a) formação mínima em nível de mestrado, na área de Ciências Humanas e

Sociais; b) experiência profissional na elaboração de textos analíticos, estudos técnicos, avaliação ou pesquisas; c) domínio do idioma português, escrito e oral. II Critérios classificatórios (atribuição de pontuação) 1. Formação acadêmica em nível superior ao mestrado (não cumulativos): a) doutorado: 3 pontos b) doutorado na área das Ciências Humanas e Sociais: 4 pontos. c) pós-doutorado na área de Ciências Humanas e Sociais: 5 pontos 2. Experiência na temática de violações de direitos humanos: a) de 1 a 2 anos: 5 pontos b) de 3 a 4 anos: 6 pontos c) mais de 4 anos: 7 pontos 3. Experiência na temática da Justiça de Transição: a) de 1 a 2 anos: 5 pontos b) de 3 a 4 anos: 6 pontos c) mais de 4 anos: 7 pontos 4. Domínio do idioma espanhol: a) Sim: 2 pontos b) Não: sem pontuação 5. Domínio do idioma inglês: a) Sim: 2 pontos b) Não: sem pontuação Pontuação máxima: 40 pontos Serão consideradas como experiência profissional apenas as atividades desenvolvidas após o término da graduação. Requisitos para recebimento dos currículos: a) Os currículos devem ser preenchidos no modelo que se encontra neste Termo de Referência, em atenção ao disposto no Manual de Contratação de Consultorias da Controladoria-Geral da União, a fim de contribuir para a transparência e objetividade do processo seletivo. b) Os Currículos devem ser COLADOS NO CORPO DO E-MAIL. Não serão aceitos currículos em anexo. Os candidatos que não observarem esses critérios serão automaticamente desclassificados.

c) Os candidatos interessados devem enviar currículo completo até o dia 6 de março de 2016 para o correio eletrônico: cjtufmg@gmail.com, indicando no assunto Candidatura Pesquisador Judicialização Arquivos Desaparecimento Forçado - 2016. Após a análise dos currículos serão chamados, por ordem de classificação, até 10 candidatos para a fase seguinte. Observação Os dez candidatos que obtiverem as melhores pontuações deverão apresentar documentação comprobatória da experiência profissional e da formação acadêmica exigida na primeira fase em momento oportuno a ser solicitado pela RLAJT, sob pena de ELIMINAÇÃO da seleção. As experiências profissionais deverão ser comprovadas mediante apresentação de documentação que explicite o TEMPO e as ATIVIDADES desenvolvidas: contrato de trabalho, declaração do empregador, certificados, portfólios e demais comprovantes. 2ª Fase Apresentação de trabalho escrito (classificatória e eliminatória) Os candidatos chamados para a segunda fase receberão, por correio eletrônico, uma questão-chave, que deverá ser respondida em até 2 dias úteis, na forma de um texto dissertativo de no máximo 4 laudas, observando as normas da ABNT. A resposta será utilizada para avaliar os seguintes aspectos: a) Redação, correção ortográfica e gramatical: 10 pontos b) Clareza e objetividade na transmissão de idéias-chave: 10 pontos c) Análise feita na resposta da questão: 10 pontos Pontuação máxima: 30 pontos. 3ª Fase - Entrevista (classificatória) Serão convocados para a entrevista os candidatos mais bem pontuados no limite de até 5 candidatos. Nesta fase o candidato deverá: a) Discorrer sobre os conhecimentos prévios dos trabalhos desenvolvidos pela Rede Latino-Americana de Justiça de Transição. b) Apresentar os motivos que o levaram a participar deste processo seletivo. c) Explicitar de que forma suas experiências prévias de trabalho poderão ser aplicadas na presente consultoria. d) Falar sobre suas expectativas com o trabalho a ser realizado.

e) Argumentar como seu trabalho poderá contribuir para implementação de reformas institucionais e ao fortalecimento das democracias recém recuperadas. A Comissão avaliadora buscará verificar os seguintes aspectos: a) Capacidade de boa expressão oral: 10 pontos b) Capacidade de resposta analítica às questões formuladas sobre os desafios da do trabalho da consultoria: 10 pontos c) Argumentação sobre resultados da experiência profissional prévia do candidato: 10 pontos Pontuação máxima: 30 pontos Resultado A classificação da seleção será a soma das notas obtidas na 1ª e 2ª Fases. Os candidatos serão chamados por ordem de classificação. Desempate Em caso de empate, terá prioridade aquele candidato com melhor nota na Fase 02. Persistindo empate, aquele mais bem classificado na Fase 01. Considerações gerais para contratação: Os pagamentos serão feitos por meio de contratação através de regime definido e realizado pela FUNDEP Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa da UFMG. O Decreto 5.151/2004 prevê a vedação de contratação de servidores ativos da Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municípios, seja da Administração Direta ou Indireta, bem como empregados de suas subsidiárias controladas, ressalvado o que dispõe o art. 18 da Lei nº 12.919, de 24 de dezembro de 2013, a qual permite a contratação de professor universitário que possua vínculo com o Serviço Público, observados os critérios previstos na referida legislação. A Portaria MRE nº 717/2006 veda a contratação de consultor que já esteja cumprindo contrato de consultoria por produto vinculado a projetos de cooperação técnica internacional. Segundo essa Portaria, a contratação, nesses casos, fica condicionada ao cumprimento dos seguintes interstícios: a) 90 dias para contratação no mesmo projeto; b) 45 dias para contratação em projetos diferentes, executados pelo mesmo órgão ou entidade executora; e c) 30 dias para contratação em projetos executados em diferentes órgãos ou entidades executoras.

MODELO DE CURRÍCULO A omissão do mês/ano de início e término das atividades acarretará em sua desconsideração do cômputo de tempo para comprovação da experiência profissional Nome Completo: Endereço: Telefone: E-mail: Data de Nascimento: Estado Civil: I - Requisitos obrigatórios (eliminatórios e classificatórios): 1. Formação acadêmica, mínimo Mestrado, nas áreas de Ciências Humanas a) Instituição: b) Data de início (mês/ano): c) Data de Conclusão (mês/ano): 2. Experiência profissional, de no mínimo 3 anos, em elaboração de textos analíticos, estudos técnicos, avaliação ou pesquisas; (serão consideradas como experiência profissional apenas as atividades desenvolvidas após o término da graduação) a) Descrição das Atividades: b) Data de início (mês/ano): c) Data de Conclusão (mês/ano): 3. Domínio do idiomas português, escrito e oral II Requisitos desejáveis (classificatórios): 1. Formação acadêmica em nível superior ao mestrado a) Instituição: b) Data de início (mês/ano): c) Data de Conclusão (mês/ano): 2. Experiência na temática de violações de direitos humanos a) Descrição das Atividades: b) Data de início (mês/ano):

c) Data de Conclusão (mês/ano): 3. Experiência na temática da Justiça de Transição a) Descrição das Atividades: b) Data de início (mês/ano): c) Data de Conclusão (mês/ano): 4. Domínio do idioma espanhol e inglês a) Instituição: b) Nível: III- Informação adicional relevante que aproxime o candidato à atividade proposta pela consultoria.