A SITUAÇÃO DA DENGUE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Marilina Bercini Novembro de 2013



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Transcrição:

Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado de Saúde Centro Estadual de Vigilância em Saúde Divisão de Vigilância Epidemiológica A SITUAÇÃO DA DENGUE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Marilina Bercini Novembro de 2013

DENGUE COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

DENGUE Doença infecciosa febril aguda, de etiologia viral e evolução benigna na maioria das vezes Principal doença de transmissão vetorial na atualidade Grande impacto na morbi-mortalidade: 50 a 100 milhões de doentes/ano em mais de 100 países Dados de 2013: 390 milhões/ano 550 mil hospitalizações/ano 20 mil mortes/ano Letalidade média: 10% (20% sem tratamento e <1% com tratamento) Descoberta de novo sorotipo (Denv 5) na Malásia

Condições Ambientais Homem DENGUE Vírus Vetor Condições Sociais

u4 Dengue Mosquito Doença causada por vírus, com quatro sorotipos transmitida pela picada da mosquita infectada ocorre em áreas tropicais e subtropicais do mundo as epidemias ocorrem geralmente no verão, durante ou após períodos chuvosos

Slide 6 u4 Título Principal 2: fonte TAHOMA tamanho 28 cor VERMELHO Textol: fonte TAHOMA tamanho 20 cor CINZA user; 5/7/2009

DENGUE - VETORES São mosquitos do gênero Aedes. A espécie Aedes aegypti é a mais importante na transmissão da doença, e também pode ser transmissor da Febre Amarela Urbana O Aedes albopictus, presente nas Américas, é o vetor de manutenção da dengue na Ásia, não foi associado à transmissão da dengue nas Américas

FATORES AMBIENTAIS QUE FAVORECEM A INSTALAÇÃO DO VETOR Urbanização desordenada Rápido crescimento populacional nas áreas metropolitanas Falta de saneamento básico falta de água canalizada (leva ao armazenamento doméstico inadequado) Coleta de lixo inadequada ou ausente (lixo espalhado = criadouros) Aumento da produção de recipientes descartáveis industrializados (embalagens)

Pouco conhecimento e/ou envolvimento da população em relação à doença e ao controle do mosquito

FATORES QUE FAVORECEM A DISPERSÃO DO VETOR Intensificação das trocas comerciais entre países Maior rapidez e frequência de viagens, facilita a disseminação do vírus pelas pessoas infectadas Maior rapidez dos meios de transporte, facilita a dispersão do Aedes aegypti para lugares cada vez mais distantes Adaptação do Aedes aegyptiaos mais diversos lugares, (independente da topografia e clima) Mudanças climáticas

DENGUE: A DOENÇA

CASO SUSPEITO Parâmetros clínicos Doença febril aguda com de até sete dias associada a dois ou mais dos seguinte sintomas: cefaléia; dor retroorbitária; mialgias; artralgias; prostração ou exantema Associados ou não à presença de hemorragias, leucopenia e qualquer sinal de alarme Parâmetro epidemiológico Esteve nos últimos 15 dias em região com Aedes aegypti ou com transmissão do vírus dengue

Dengue clássico

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE NO BRASIL E RS

Casos notificados, confirmados importados e autóctones de dengue, RS, 1995-2013* 18 8 38 10 60 9 116 14 74 23 61 20 165 43 426 278 55 118 15 153 38 169 64 107 268 779 97 244 27 131 105 200 587 74 43 194 229 1.203 1384 1608 2243 3366 4922 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 Notificados Importados Autóctones

Série histórica do nºde municípios infestados pelo A. aegypti no RS, 1995-2013* Fonte: SISFAD/CEVS/SES-RS * até outubro

18

DENGUE RS 2013* 2.243 casos notificados 194 casos confirmados importados 229 casos confirmados autóctones (151 Porto Alegre, 48 Santa Rosa, 10 Ijuí, 6 Catuípe, 4 Viamão, 3 Ajuricaba, 2 São Nicolau, 1 Cândido Godoi, 1 Alvorada, 1 Bento Gonçalves, 1 Canoas e 1 Teutônia) Identificação dos sorotipos Denv 1, Denv 2 e Denv 4 em casos importados e autóctones Fonte: SINAN/CEVS/SES-RS * dados preliminares

Casos confirmados de dengue por semana epidemiológica de início de sintomas, RS, até semana 45/2012-2013* 40 35 40 38 33 33 36 30 25 20 15 10 5 0 10 7 12 11 17 15 1 2 3 3 1 2 1 2 2 2 26 21 19 25 12 10 10 8 6 6 6 5 15 1615 10 8 66 5 4 3 2 2 2 2 2 2 1 0 1 2 2 1 1 1 1 1 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445 Confirmado 2012 Confirmado 2013 Fonte: SINAN/CEVS/SES-RS * dados preliminares

Casos de Dengue no RS,até semana 45/2011-2013* 2500 2243 2000 1500 1533 Notificados 1000 500 0 521 423 306 191 117 43 2011 2012 2013 229 Confirmados Autóctones Fonte: SINAN/CEVS/SES-RS * dados preliminares

AS BASES DO ENFRENTAMENTO DA DENGUE

Vigilância Ambiental - Atividades de Campo Reconhecimento Geográfico

Vigilância Ambiental - Atividades de Campo Pesquisa em Pontos Estratégicos

Vigilância ambiental atividades de campo Pesquisa em Armadilhas

Vigilância Ambiental - Atividades de Campo Levantamento de Índice

Vigilância Ambiental - Atividades de Campo Eliminação e Tratamento de focos (mecânico, químico, biológico)

Vigilância Ambiental - Atividades internas Identificação Larvária Digitação no Sistema de Informação

Indicadores de Risco Índices de Infestação Predial por Aedes aegypti IIP(%) < 1 = Satisfatório 1 a 3,9 = Alerta > 3,9 = Risco

Vigilância entomológica de Aedes aegypti Tiposde depósitos predominantes, 2011, RS D2 A2 D1 C B A1 - Depósito d água elevado ligado árede pública e/ ou sistema de captação, em poço A2 Depósitos ao nível do solo: tonel, tambor, barril, tinas, dep. em barro B Depósitos móveis: vasos, pratos, garrafas, bebedouros, pequenas fontes ornamentais C - Depósitos fixos: tanques em obras, borracharias e calhas, lajes e toldos em desnível, ralos D1 Passiveis de remoção/proteção: pneus e outros materiais rodantes D2 Lixo /PE: recipientes plásticos, vidros, latas, sucatas em pátios, ferro velhos entulhos de construção E Naturais: axilas de folhas (bromélias), buracos em árvores e rochas

Vigilância Epidemiológica Acompanhamento da situação epidemiológica: nºde casos por faixa etária, semana epidemiológica, município, autoctonia X importação, evolução Monitoramento e qualificação do banco de dados do SINAN ON LINE Organização do fluxo laboratorial com o Lacen/RS Identificação dos sorotipos circulantes Integração com VA e Assistência

Atenção àsaúde Un buen gerente de salud salva mas enfermos de dengue que un intensivista Dr. Eric Martínez Torres IPK Habana, Cuba

Atenção àsaúde Estruturação da rede de atendimento aos pacientes com suspeita de dengue porta de entrada deve ser a AB (85 a 90% casos) prever ponto(s) de atenção secundária 24/7 para hidratação EV e laboratório Referência hospitalar

Atenção àsaúde Sensibilização e capacitação dos profissionais de saúde (incluir recepção, vigilância e limpeza) Identificação casos suspeitos Protocolos de classificação de risco e manejo clínico Previsão de medicamentos e insumos, laboratório (2 hemogramas por paciente), RH

Atenção àsaúde Desafio: na triagem clinica identificar qual o paciente que vai complicar

Comunicação e Mobilização Social Divulgação de informações para profissionais de saúde e população em geral Rádio, TV, jornal, redes sociais Redes informais Canal de comunicação com a população em momento de crise A QUESTÃO DO PORTA VOZ Material educativo

Gestão em Saúde Recursos humanos (agentes de campo, supervisores e coordenação) Estrutura material Plano de Contingência Estadual/Municipal

Gestão em Saúde Comitê Estadual/Municipal Ponto de Coleta de Pneus Leis municipais Ações intersetoriais: articulação com órgão de limpeza urbana, educação e outros órgãos e instâncias

Gestão em Saúde Recursos Financeiros Repasse Permanente Piso Fixo da Vigilância em Saúde da União para Estados e municípios para financiar todas as ações de vigilância epidemiológica e ambiental Repasses Variáveis fonte federal ou estadual, geralmente para municípios prioritários, nos meses que antecedem o verão

Gestão em Saúde Onde utilizar os recursos financeiros? Contratação de recursos humanos e insalubridade Materiais, equipamentos, uniformes, bolsas, EPIs Materiais educativos e atividades de educação e mobilização social Locação de veículos, carro de som Aquisição e manutenção de veículos, combustível Cursos, capacitações, participação em Congressos e Seminários

PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA DA DENGUE

CENÁRIO PARA CONSTRUÇÃO DE UM PLANO DE CONTIGÊNCIA DA DENGUE NO RS 118 municípios infestados (23,7% do total) 379 municípios não infestados 19 municípios já apresentaram circulação viral Porto Alegre registrando casos autóctones Possibilidade de transmissão viral sustentada nas regiões noroeste ampliada e metropolitana Risco de ocorrência de casos graves da doença Tecnologia simples para tratamento

Municípios Infestados pelo A. aegypti nos últimos12 meses, RS, 2013* Municípios Infestados pelo A. aegypti com circulação viral de dengue, RS, 2007-2013* N Municípios Infestados e com circulação viral Municípios Infestados 90 0 90 180 Km Fonte: SISPNCD e SINAN *Até outubro *Dados preliminares

Municípios com autoctonia para dengue, RS, 2007-2013* Região de CRS Saúde Município 2007 2010 2011 2012 2013* 2 10 PORTO ALEGRE SIM SIM SIM 2 10 VIAMÃO SIM 11 16 ERECHIM SIM 12 11 CERRO LARGO SIM 12 11 SANTO ANGELO SIM 12 11 SAO LUIZ GONZAGA SIM 12 11 SAO NICOLAU SIM SIM 14 14 CAMPINA DAS MISSOES SIM 14 14 CANDIDO GODOI SIM 14 14 GIRUA SIM 14 14 SANTA ROSA SIM SIM SIM SIM 14 14 TRES DE MAIO SIM SIM SIM SIM 14 14 TUPARENDI SIM SIM 17 13 AJURICABA SIM 17 13 CATUIPE SIM 17 13 CRISSIUMAL SIM 17 13 IJUI SIM SIM 19 15 TENENTE PORTELA SIM 19 15 TRES PASSOS SIM Fonte: SINAN/CEVS/SES-RS * dados preliminares

DENGUE: CIRCULAÇÃO VIRAL SEGUNDO TIPO, RS, 2007-2013* ANO DENV 1 DENV 2 DENV 3 DENV 4 2007 SIM SIM 2008 2009 2010 SIM SIM 2011 SIM SIM 2012 SIM SIM SIM 2013* SIM SIM SIM Fonte: Lacen/RS *Dados preliminares

Municípios com risco de epidemia de dengue segundo população e cenários, 2013, RS Região de Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 CRS Município POP 2012 Saúde (1% pop) (2% pop) (4% pop) 2 10 PORTO ALEGRE 1.416.714 14.167 28.334 56.669 2 10 VIAMÃO 241.190 2.412 4.824 9.648 11 16 ERECHIM 97.404 974 1.948 3.896 12 11 CERRO LARGO 13.384 134 268 535 12 11 SANTO ANGELO 76.205 762 1.524 3.048 12 11 SAO LUIZ GONZAGA 34.235 342 685 1.369 12 11 SAO NICOLAU 5.625 56 113 225 14 14 CAMPINA DAS MISSOES 5.982 60 120 239 14 14 CANDIDO GODOI 6.451 65 129 258 14 14 GIRUA 16.823 168 336 673 14 14 SANTA ROSA 69.127 691 1.383 2.765 14 14 TRES DE MAIO 23.665 237 473 947 14 14 TUPARENDI 8.409 84 168 336 17 13 AJURICABA 7.187 72 144 287 17 13 CATUIPE 9.191 92 184 368 17 13 CRISSIUMAL 13.919 139 278 557 17 13 IJUI 79.396 794 1.588 3.176 19 15 TENENTE PORTELA 13.625 136 273 545 19 15 TRES PASSOS 23.861 239 477 954

PLANO ESTADUAL DE CONTINGÊNCIA Cinco componentes das diretrizes nacionais para a prevenção e controle de epidemias de dengue: Assistência Vigilância Epidemiológica Controle Vetorial Comunicação e Mobilização Social Gestão

Recursos extras estaduais: ASSISTÊNCIA Unidades de Referência Ambulatorial (24/7): Plano Estadual de Contingência da Dengue Quando ultrapassar a capacidade operacional do município Equipe e laboratório próprios ou parceria com município Localização definida de acordo o município Transporte sanitário para referências hospitalares Equipamentos jáadquiridos: poltronas hospitalares, cadeiras, outros móveis e insumos Registro de preço de medicamentos: SF, SG, paracetamol

ASSISTÊNCIA Recursos extras estaduais/ MAC Plano Estadual de Contingência da Dengue Repasse de recursos financeiros para municípios e hospitais em caso de epidemia Contrato com empresa terceirizada para montagem de leitos de UTI se necessário Processo de compra de 4 tendas infláveis para uso em Eventos de Massa, podendo ser usadas em epidemias de dengue

Plano Estadual de Contingência da Dengue ASSISTÊNCIA Recursos extras estaduais 2013 / AB Recurso do PIES (100 milhões em 2013) Parceria com Telessaúde equipes de ESF Encontro com Macrorregionais e municípios prioritários para capacitação dos profissionais de saúde da rede de atenção em dezembro/2013 metodologia do Dengue em 15 minutos

Plano Estadual de Contingência da Dengue VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Realização de sorologia para dengue em amostras descartadas para sarampo e rubéola (Lacen/RS) Descentralização do diagnóstico sorológico da dengue para laboratórios públicos e privados se necessário Acompanhamento da situação epidemiológica para detectar mudanças e orientar as medidas de controle Criação da Sala de Situação de acordo com o cenário

Plano Estadual de Contingência da Dengue CONTROLE VETORIAL Construção da Unidade de Armazenagem Distribuição e Processamento de Praguicidas (Central de UBV) Projeto na Região Metropolitana em andamento, com área definida e projeto elaborado

Plano Estadual de Contingência da Dengue Área Prevista para Central de UBV Região Metropolitana

Plano Estadual de Contingência da Dengue CONTROLE VETORIAL Aquisição de 07 equipamentos de UBV pesado e processo de compra de outras 03 Aquisição de 30 bombas costais para apoio aos municípios Capacitação das 19 CRS para uso de UBV costal e pesado Terceirização da equipe de manutenção e calibragem dos equipamentos de UBV

Plano Estadual de Contingência da Dengue CONTROLE VETORIAL Elaboração e aplicação de Instrumento de Supervisão às CRS e Municípios Ampliação do número de Laboratórios de Entomologia municipais e intermunicipais no Estado (de 58 para 92 em 2013) Capacitação para CRS e municípios no SISPNCD novo sistema de informação do Programa Nacional de Controle da Dengue Boletim Informativo do PEVAa - bimestral

COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL Campanhas anuais de mídia, na entrada do verão Plano Estadual de Contingência da Dengue Informações na página da SES: www.saude.rs.gov.br banner RS CONTRA DENGUE Boletim semanal dos casos do RS na temporada de verão Disque vigilância 150

Plano Estadual de Contingência da Dengue COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL Entrega de kits dengue às CRS para apoio das ações dos municípios: 2 barracas, fantasia de mosquita, banner, faixa e lupa de mesa Operação Verão Numa Boa: barracas itinerantes nas praias com folheteria e materiais educativos

MATERIAIS EDUCATIVOS Arte disponível no site www.saude.rs.gov.br

GESTÃO Plano Estadual de Contingência da Dengue Plus Dengue Resolução CIB 506/13: repasse financeiro estadual no total de R$ 3,5 milhões para 157 municípios infestados por A. aegypti em 2013, de fronteira internacional ou com variação populacional sazonal (incluindo municípios de litoral) Compra de equipamentos e insumos diversos Apoio aos municípios na elaboração do PC Comitê Estadual da Dengue (ações intersetoriais) Previsão de instalação de Gabinete de Crise, sob a coordenação da SES/RS

Planos de Contingência Municipais Metodologia de trabalho indicada: criação de GT para elaboração do Plano de Contingência Municipal com participação das várias áreas da SMS Aprovação pelo CMS Referências de acordo com PDR Comitê Municipal de Dengue Gabinete de Crise

Planos de Contingência Municipais Aspectos fundamentais na área da Assistência: Avaliação e organização da rede de atenção à saúde Suporte laboratorial Medicamentos Capacitação dos profissionais de saúde Divulgação dos protocolos clínicos Regulação de leitos Divulgação de informações aos gestores, profissionais e população

Planos de Contingência Municipais CONCEITOS IMPORTANTES NA ÁREA DA ASSISTÊNCIA Implantação da classificação de risco e manejo do paciente com suspeita de dengue Atenção Primária capacitada para atender casos de dengue de sua área de abrangência Aquisição de insumos e equipamentos para o atendimento dos casos

PARÂMETROS DE REFERÊNCIA DAS NECESSIDADES DE LEITOS E INSUMOS PARA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM DENGUE Número de casos de dengue estimados: população do município x 1% (cenário 1), população do município x 2% (cenário 2) e população do município x 4% (cenário 3) distribuídos em 6 meses Previsão de necessidades de leitos: Leitos para hidratação: nº de estimado de casos de dengue x 15% Leitos de enfermaria: 7% dos casos de dengue estimados por mês (considerar uma taxa média de internação de 4 dias) Leitos de UTI: 0,7% dos casos de dengue estimados (considerar uma taxa média de internação de 5 dias) Fonte: Diretrizes para a organização dos serviços de saúde em situação de aumento de casos de dengue ou epidemia de dengue

PARÂMETROS DE REFERÊNCIA DAS NECESSIDADES DE LEITOS E INSUMOS PARA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM DENGUE Pacientes em acompanhamento ambulatorial e em observação Hemograma: nº de casos de dengue estimados no período x 2 Sais de reidratação oral: nº de casos de dengue estimados no período x 2 x 3 (2 sachês/dia para 3 dias de hidratação) Soro fisiológico 0,9%: 15% de casos de dengue estimados no período x 8 frascos de 500 ml Medicamentos: Dipirona / Paracetamol: nº de casos previstos no período x 3g (dose diária) x 3 dias (período febril) Fonte: Diretrizes para a organização dos serviços de saúde em situação de aumento de casos de dengue ou epidemia de dengue

PARÂMETROS DE REFERÊNCIA DAS NECESSIDADES DE LEITOS E INSUMOS PARA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM DENGUE Cartões de acompanhamento: nº de casos de dengue estimados no período x 2 Cadeiras de hidratação: 15 % dos casos estimados de dengue por dia (considerar para o planejamento a média diária de casos no pico de atendimento) Fonte: Diretrizes para a organização dos serviços de saúde em situação de aumento de casos de dengue ou epidemia de dengue

Conduta

Cartão do usuário

www.saude.rs.gov.br banner RS CONTRA DENGUE 69

www.saude.rs.gov.br banner RS CONTRA DENGUE

www.saude.rs.gov.br banner RS CONTRA DENGUE

Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde PEVAa - 51 3901-1105 / 3901-1159 dengue@saude.rs.gov.br Divisão de Vigilância Epidemiológica Antropozoonoses - 51 3901-1160 Disque Vigilância 150