NOTA TÉCNICA Nº02/2015 SUVIGE/CPS/SESAP/RN. Assunto: Atualização sobre doença não esclarecida com exantema
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- João Pedro Castanho Pinheiro
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1 GOVERNO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE PÚBLICA COORDENADORIA DE PROMOÇÃO A SAÚDE SUBCOORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, 730, 5 andar CEP: Natal-RN Tel NOTA TÉCNICA Nº02/2015 SUVIGE/CPS/SESAP/RN Assunto: Atualização sobre doença não esclarecida com exantema Os profissionais das SMS dos municípios de Natal, Santana do Matos, Santana do Seridó, Currais Novos, Acari, Ceará-Mirim, Galinhos, Guamaré, Caicó, Pedro Avelino e Macau têm identificado, nos últimos três meses, e relatado a Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica SUVIGE/CPS/SESAP-RN, um aumento no número de atendimento médico de pacientes com doença não esclarecida com exantema. Desta forma, solicitamos aos profissionais de saúde, colaboração no sentido de estarem atentos a mudanças no padrão de ocorrência das doenças exantemáticas (aumento no número de atendimentos, suspeita de surto e óbitos) e imediatamente realizarem a notificação e a requisição do exame laboratorial para pesquisa de agentes etiológicos, como forma de elucidar o diagnóstico e subsidiar as medidas de controle cabíveis. DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO DE DOENÇA NÃO ESCLARECIDA COM EXANTEMA Indivíduo de todas as idades com exantema em parte ou em todo o corpo, associado a um ou mais dos seguintes sinais/sintomas: febre, dor articular, mialgia, conjuntivite, edema articular. Diante da indefinição do agente etiológico associado a esses casos de doença não esclarecida com exantema e da situação epidemiológica atual vivenciada no Brasil com aumento do número de casos de dengue em todo país e da Febre do Chikungunya (presente nos estados do: AP, RO, BA, MS, DF e GO), definiu-se que para todos os casos de doença não esclarecida com exantema deve-se proceder com as medidas descritas a seguir: CONDUTA FRENTE AOS CASOS SUSPEITOS: A) Assistência
2 Devido às semelhanças na sintomatologia entre Dengue e Chikungunya (febre de início agudo, dores articulares e musculares, cefaléia e exantema), assim como a persistência da circulação de quatro sorotipos de dengue já introduzidos no estado, recomendamos que nos casos de exantema e febre associados a artralgia e/ou mialgia, seja realizada a notificação do caso para Dengue. Considerando que a principal manifestação clínica que difere a Febre do Chikungunya da dengue são as fortes dores nas articulações, se o caso atender plenamente à definição da Febre do Chikungunya preconizada pelo Ministério da Saúde (Paciente com febre de início súbito maior que 38,5 C e artralgia ou artrite intensa de início agudo, não explicado por outras condições, podendo estar associada a cefaléia, mialgias e exantema, sendo residente ou tendo visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas), a notificação deverá ser realizada também para Febre do Chikungunya. FLUXO PARA NOTIFICAÇÃO DE CASOS SUSPEITOS: DENGUE E/OU CHIKUNGUNYA Paciente apresentando febre e exantema, associado a outros sintomas* realizar notificação para Dengue. Caso apresente além desses sintomas artralgia intensa notificar para Dengue e Chikungunya. DENGUE CHIKUNGUNYA FEBRE POR ATÉ 7 DIAS + EXANTEMA *podendo estar associados a: CEFALÉIA DOR RETROORBITÁRIA MIALGIA ARTRALGIA PROSTRAÇÃO Considerar ter estado em áreas de transmissão de dengue ou com presença de Aedes aegypti nos últimos 15 dias FEBRE POR ATÉ 7 DIAS + ARTRALGIA INTENSA podendo estar associados a: CEFALÉIA MIALGIAS EXANTEMAS Considerar história de deslocamento nos últimos 15 dias para áreas com transmissão de Chikungunya Periodicidade de notificação: Semanal Periodicidade de notificação: Imediata (até 24h)
3 A notificação à autoridade de saúde, tanto dos casos de dengue como os de Chikungunya, é obrigatória e deve ser realizada por médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, de acordo com a Portaria nº de 06 de junho de 2014 do Ministério da Saúde. Além da notificação, devem ser coletadas amostras clínicas, levando em consideração a data do inicio dos sintomas, seguindo as recomendações abaixo: Coleta de amostras para sorologia, isolamento viral e RT-PCR (diagnóstico molecular) Amostra: Soro ou sangue total (isolamento viral) Soro (sorologia/ diagnóstico molecular) Tempo de coleta Isolamento viral/diagnóstico molecular (RT-PCR): do 3º ao 5º dia do início dos sintomas. Sorologia: a partir do 20º dia até o 45º dia do início dos sintomas. Para a coleta de soro: Coletar assepticamente 8mL de sangue venoso em um tubo ou um frasco. Deixar o sangue coagular em temperatura ambiente e centrifugar a rpm para separação do soro. Coletar o soro em um frasco limpo e seco. Todas as amostras clínicas devem ser acompanhadas das informações clínicas eepidemiológicas dos indivíduos. Transporte das amostras: O transporte das amostras para o laboratório deve ser a 2 C-8 C (caixa térmica com gelo reciclável), o mais rapidamente possível. Em caso de sorologia, não congelar o sangue total, pois a hemólise pode interferir no resultado do teste de sorologia. Se mais de 24 horas de atraso ocorrer antes de amostras serem enviadas para o laboratório, o soro deve ser separado e armazenado em temperatura refrigerada. As amostras devem ser encaminhadas ao LACEN (aberto todos os dias, inclusive finais de semana e feriados das 07:00 às 17:00) de acordo com o fluxo de amostras estabelecido para o município de ocorrência, devendo as mesmas serem acompanhadas, obrigatoriamente, da Ficha de Notificação para Dengue (Anexo 1) e/ou Febre do Chikungunya (Anexo 2), contendo no mínimo as seguintes informações: número do Cartão SUS, data do início dos sintomas, data da coleta e se foi realizada alguma prova reumática (PCR). B) Vigilância Epidemiológica Considerando a necessidade da identificação do agente etiológico, é indispensável a notificação de todos os pacientes que se enquadrarem nos critérios para coleta de amostras clínicas, através do correto preenchimento da ficha epidemiológica de investigação (Anexo 1 e
4 2). A ficha epidemiológica será útil para obter dados de identificação e quadro clínico dos casos que procurarem o serviço de saúde. A vigilância epidemiológica municipal será responsável por acompanhar o processo de investigação de cada caso, bem como assegurar a digitação em tempo oportuno de todas as fichas de notificação de ocorrência em cada município. Se durante o atendimento no serviço de saúde não tiver sido realizada coleta de amostra, a vigilância epidemiológica municipal deverá fazer busca dos casos de modo a assegurar a realização da coleta dentro do tempo preconizado para cada método de análise a partir do início dos sintomas. TELEFONES PARA CONTATO: SUVIGE/SES-RN: (CIEVS-RN) Ligação Gratuita. (Disponível 24hs por dia, inclusive finais de semana e feriados) (Programa estadual de controle da dengue) LACEN-RN: / (Setor de coleta de amostras) (Direção técnica) Natal, 04 de março de Stella Rosa de Sousa Leal Subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica
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NOTA TÉCNICA Nº 01/2014- SUVIGE/CPS/SESAP-RN
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