Arbovírus: arthropod-born virus 400 vírus isolados 100 patógenos humanos. Febres indiferenciadas Encefalites Febres hemorrágicas
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- Thereza Cordeiro Cruz
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1 Arbovírus: Hospedeiro natural vertebrado arthropod-born virus 400 vírus isolados 100 patógenos humanos Vetor hematófago Hospedeiro vert. Vetor hemat. Febres indiferenciadas Encefalites Febres hemorrágicas Homem como hospedeiro acidental carreia virus para zona urbana Famílias: Flavivíridae Buniaviridae Arenaviridae Togaviridae Vetor urbano Homem Homem Vetor urbano
2 Ciclo dos Flavivírus Febre Amarela Brasil: Ciclo silvestre Ciclo urbano controlado pela vigilância epidemiológica Casos esporádicos geram campanhas de vacinação em massa Hae. janthinomys Sa. chloropterus AMÉRICAS Macacos Macacos Hae. janthinomys Sa. chloropterus Aedes albopictus? Dengue Brasil: Ciclo Urbano Homem Vírus RNA fita simples (+) Capsídeo icosaédrico Envelope glicoproteíco ; gpe tipo específica Aedes aegypti Homem Aedes aegypti
3 Febre Amarela Arbovírus flavivírus cuja origem reporta à Ásia Epidemias no Mundo Vetor Aedes albopictus : tigre asiático Vetor africano: Aedes aegypti - alta eficiência Tráfico de escravos x tráfico de especiarias x Colonialismo Brasil o vírus humano - identificado no Panamá Vírus não é veneno Campanhas de Oswaldo Cruz Erradicação
4 Patogênese e Manifestações Clínicas da Febre Amarela Replicação em monócitos, macrófagos, células endoteliais Lesão em fígado, endotélio vascular, medula óssea, baço Viremia x Transmissão Febre Prostração Cefaléia Náuseas e vômito Icterícia - morte de hepatócitos Baixa de fatores de coagulação Manifestações hemorrágicas: Vômito negro
5 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA FEBRE AMARELA NO BRASIL 2010 Surto: 1290 suspeitos (GO,MT,DF,PR,MG) 6 óbitos... Média de 50 a 100 casos/ano Todos os casos são considerados como resultado de Febre Amarela silvestre, mesmo aqueles que envolveram moradores de centros urbanos 2009 Casos no Paraguai e Argentina Prevenção e controle: Vacina atenuada Cepa 17D Erradicação do vetor urbano
6 DENGUE Família Flaviviridae, Gênero Flavivirus Causa doença infecciosa aguda febril de evolução majoritariamente benigna Dengue Clássico e Febre Hemorrágica da Dengue É um arbovirus transmitido por mosquitos Composto por RNA fita simples (+) Possui 4 sorotipos distintos (DENV-1, 2, 3, 4) Cada sorotipo confere imunidade sorotipo específica permanente e contra outros sorotipos por curto período Todos os sorotipos podem causar doença grave e fatal Variação genética dentro dos sorotipos Algumas variantes genéticas parecem ser mais virulentas e possuir maior potencial epidêmico
7 DENGUE HISTÓRICO Dinastia Chin (265 a 420 d.c.) - enfermidade ( veneno da água ), associando mosquitos voadores e água 1779/ primeiros relatos de epidemias na Ásia, Américas e África 1827/ palavra dengue introduzida na literatura médica durante epidemia ocorrida no Caribe 1906/ Aedes aegypti como vetor do dengue, causada por um agente filtrável Isolados os primeiros vírus dengue (DEN) durante a Segunda Guerra Mundial (Sabin) Primeira Epidemia de Dengue hemorrágico nas Filipinas Cerca de 3 bilhões de pessoas vivem em risco de contrais a doença nos países onde o dengue é endêmico Anualmente, 100 milhões de pessoas contraem a doença, sendo que 500 mil são hospitalizados, ocorrendo 25 mil óbitos
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10 Modo de Transmissão Vírus transmitido pela fêmea infectada, de hábitos domiciliares e diurnos. Ovoposição em recipientes artificiais de água limpa Após um repasto de sangue infectado, o mosquito fica apto a transmitir o vírus, após 8 a 12 dias de incubação. Período de Incubação médio de 5 a 6 dias. Período de Transmissão A transmissão ocorre no período de viremia. Este período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença. Patogênese Replicação em monócitos, macrófagos, células endoteliais, linfócitos B.. Lesão em endotélio vascular, medula óssea, baço e fígado
11 Replicação dos Vírus Dengue (monócitos, macrófagos, linfócitos B, células endoteliais e dendríticas) ENDOCITOSE ssrna(+) genômico Síntese de molde de ssrna (-) Progênies de ssrna (+) ADSORÇÃO Vírus Célula hospedeira via receptor celular Diminuição do ph Fusão da membrana do vírus Ptn E sofre mudança conformacional CITOPLASMA Nucleocapsídeo é liberado no citoplasma DESNUDAMENTO ssrna(+) TRADUÇÃO Mediada pelo CAP Helicase + RNA polimerase RNAdependente & Cofatores poliproteína MORFOGÊNESE VIRAL Ocorre no RER Proteínas Não-estruturais Proteases virais e celulares Proteínas Estruturais MONTAGEM do nucleocapsídeo LIBERAÇÃO Via secretora do Complexo de Golgi CITOPLASMA
12 Manifestações do Dengue INFECÇÃO POR DENGUE ASSINTOMÁTICA SINTOMÁTICA FEBRE INDIFERENCIADA SÍNDROME DA FEBRE DO DENGUE FEBRE DO DENGUE HEMORRÁGICO COM HEMORRAGIA HEMORRAGIA INCOMUM SEM CHOQUE SÍNDROME DO CHOQUE POR DENGUE
13 Manifestações Clínicas do Dengue Clássico (DC) Febre bifásica Prostração Cefaléia, Dor retro-orbital Artralgia e mialgia Náuseas e vômito Anorexia Rash (exantema) Manifestações hemorrágicas Hemorragias na pele (petéquias) Gengivorragia Sangramento nasal Sangramento gastrointestinal Hematúria Fluxo menstrual aumentado
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15 Classificação da gravidade da FHD segundo a OMS, 1987 Plaquetas abaixo de /mm 3 Grau 1 Febre acompanhada de sintomas inespecíficos. A única manifestação hemorrágica é o teste de torniquete positivo. Grau 2 Manifestações do Grau 1, além de sangramento espontâneo. Grau 3 Insuficiência circulatória manifestada por pulso rápido e fraco, redução da pressão do pulso ( < 20mmHg) ou hipotensão, com a pele pegajosa e fria) Grau 4 Choque profundo com pressão arterial e pulso não detectáveis Existem diferentes classificações: Brasil adota estratégia própria
16 Síndrome do Choque por Dengue Teoria da Infecção sequencial: Exacerbação imunológica CDC Anticorpos de memória heterotípicos formam complexos-imunes com novo tipo infectante, geram fagocitose sem destruição do complexos, que com a baixa do ph do vacúolo digestivo, permitem aos vírus fundirem e passarem ao citoplasma onde iniciam sua replicação... Anticorpo ajuda o vírus a infectar sua célula-alvo... Superinfecção com destruição maciça das células susceptíveis e forte reação inflamatória : aumento súbito da permeabilidade vascular, hemoconcentração, plaquetopenia, choque. Teoria da Virulência da Cepa Variantes de alta virulência promovem superinfecção Teoria integral - admite os dois fenômenos ocorrendo simultaneamente.
17 Exacerbação mediada por anticorpos heterotípicos
18 Introdução dos Vírus Dengue no Brasil 1846: Rio de Janeiro, Bahia; 1890: Paraná; 1917: Rio Grande do Sul; 1923: Rio de Janeiro; 1904: Campanha Brasileira de erradicação do mosquito Aedes aegypti Roraima DENV-1 e DENV-4 Belém DENV-2 Caso Importado Rio de Janeiro DEN DEN DEN DEN 4
19 Diagnóstico do Dengue Dificuldades para o controle do vetor Falta de vacina para aplicação em larga escala Diagnóstico Laboratorial: Principal ferramenta para a vigilância epidemiológica Diagnóstico diferencial de doenças exantemáticas Influenza, Sarampo, Rubéola Malária, Febre Tifóide,Leptospirose Meningococemia,Rickettsia Outras febres hemorrágicas
20 Diagnóstico Laboratorial do Dengue Isolamento Viral ( 0 a 5 dias) Cultura de células de mosquito A. albopictus clone C6/36 Inoculação intratoráxica de mosquitos Toxorhynchites Detecção de ácido nucléico viral (0 a 5 dias) RT-PCR, Real Time PCR Sorologia ( 6 dias...) Mac-ELISA Inibição de hemaglutinação (HI), IgG-ELISA Histopatologia Imunohistoquímica
21 IgG-ELISA Título IgG Dias após o início dos sintomas < 5 dias 6 9 dias < 160 > 160 < 10,240 > 10,240 > 10 dias < 40,960 > 40,960 Resposta Imune Primária Secundária
22 Níveis de anticorpos Resposta Imune IgG Vírus IgM Vírus IgM Infecção Primária Infecção Secundária
23 Situação epidemiológica da Dengue circulação do DEN 3 Epidemia com surtos anuais 2008 ressurgimento do DEN 2 Zona Oeste Co-circulação de dois tipos de alta virulência 2010 recirculação de DEN 1: MS, SP, GO, MG casos suspeitos / confirmados Entrada de DEN 4 Verão de 2011 co-circulação DEN1 e 4 = casos / 350 óbitos Casos graves com Infecção e reinfecção próximos ou afastados Casos graves em infecções primárias Infecções atípicas Principal sintoma é dor abdominal Óbitos frequentes (50%) em crianças de 1 a 12 anos (7/8 anos) É preciso acompanhar o paciente com hemograma diário O Choque é irreversível
24 Prevenção e Controle contra a dengue Tratamento sintomático. Reposição hidroeletrolítica oral ou venosa. Proibido o uso de salicilatos : aumento da permeabilidade e risco maior de choque. Não há uma vacina licenciada no momento. Uma vacina eficiente tem que ser tetravalente. Uma vacina atenuada tetravalente está sendo avaliada... Uma vacina efetiva, segura e de baixo preço não estará disponível num futuro imediato
25 Prevenção e Controle da Dengue Vacina Sanofi-Pasteur Quimera atenuada
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