ANEXO VI. Senhor Secretário Municipal de Saúde,
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- Luciana Casado da Costa
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1 ANEXO VI Ofício nº 000 /2015. MODELO Goiânia, xx de xxxx de Senhor Secretário Municipal de Saúde, A par de cumprimentá-lo, servimo-nos do presente para SOLICITAR a V. Exa. informações acerca da atuação, planejamento e execução das ações de controle e combate à DENGUE no município, preconizadas no Programa Nacional de Controle da Dengue no art. 2º da Portaria 29/2006 SVS Ministério da Saúde. Neste sentido, o Ministério Público de Goiás, no uso de suas atribuições legais, vem REQUISITAR e RECOMENDAR a V.Exa., o que se segue: AÇÕES ESTRUTURANTES: 1 Estruturar as Equipes de Rotina, formadas por Agentes de Combate às Endemias ACEs, tendo como referência um agente para cada 800 a 1000 imóveis, para que realizem entre 20 e 25 visitas domiciliares por dia, com carga horária de 8 horas, conforme Lei Federal /2014, com o fim de identificar e eliminar todos os tipos de
2 criadouros, além de informar e orientar a população sobre as medidas preventivas de eliminação dos criadouros; Obs.: O agente de rotina realiza ações educativas, identifica criadouros e informa os moradores sobre as providências preventivas a serem tomadas. Na execução do seu trabalho, o agente de rotina utiliza bolsa, prancheta, caneta, pescador de larvas, picola e larvicida. 2 - Estruturar as Equipes de Bloqueio, formadas por Agentes de Combate às Endemias ACEs, com capacitação e utilização de bombas costais motorizadas nos trabalhos de bloqueios químicos dos casos suspeitos. A referência indica dois agentes para operar cada bomba costal para cada a imóveis. Todo caso suspeito deve ser bloqueado. Obs.: O agente de bloqueio ou contingência faz o combate dos focos de dengue identificados (num raio de até 150 metros), bem como, a pulverização com bomba costal e demais providências de contenção. O agente utiliza os seguintes equipamentos individuais de proteção: máscara facial completa, luva nitrílica e avental impermeável. 3 Determinar às Unidades de Saúde, incluindo as particulares, a notificar o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do município sobre os casos suspeitos de dengue identificados, conforme Portaria n 1.271, de 6 de junho de QUESTIONAMENTOS SOBRE ORGANIZAÇÃO DAS VISITAS:
3 a) Os Agentes Comunitários de Saúde ACS, responsáveis pelas visitas domiciliares da Estratégia de Saúde da Família também foram capacitados para as ações de combate à Dengue? b) Os ACS realizam trabalho integrado com os Agentes de Combate às Endemias ACEs (identificar criadouros e vistoriar domicílios)? c) Os Agentes Comunitários de Saúde ACS estão promovendo reuniões com o fim de mobilizar a comunidade para as ações de prevenção e combate à Dengue? d) Os ACS estão encaminhando os casos suspeitos de Dengue às Unidades Básicas de Saúde UBS para serem notificados? e) Os gestores municipais estão se reunindo regularmente com os ACSs e ACEs para planejamento de ações conjuntas e compartilhamento de informações? f) Os profissionais (ACS/ACE) têm acesso aos manuais de controle da Dengue enviado pelas regionais ou Secretaria Estadual de Saúde? QUESTIONAMENTOS SOBRE MANEJO CLÍNICO DO PACIENTE: a) Os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (enfermeiros, técnicos etc) foram capacitados para as ações da Dengue?
4 Saúde? b) Os profissionais utilizam os protocolos clínicos do Ministério da QUESTIONAMENTO SOBRE DISPONIBILIDADE DE LABORATÓRIOS a) Há disponibilidade de laboratório ou posto de coleta para exame inespecífico (hemograma) todos os dias da semana, por 24 horas, inclusive sábado, domingo e feriado? RECOMENDAÇÕES AOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE 1 - Orientar os ACS a entrar nos domicílios com a permissão dos moradores para verificar sua situação interna e externa, observando a destinação do lixo, presença de materiais descartáveis e existência de entulhos. Na existência de água parada em recipientes, esvaziar e substituir por areia. Caso o ACS não tenha permissão para entrar nas residências, acionar o ACE e havendo resistência do morador, comunicar o supervisor de endemias do município para tomar providências; 2 - Orientar o ACS, nos casos de identificação de pessoa com suspeita de dengue (febre até 7 dias e mais dois sintomas: dor de cabeça, dor nos olhos, dor muscular, dor nas juntas, fraqueza, vermelhidão de pele e sangramentos), a iniciar imediatamente a hidratação oral e encaminhar o paciente à unidade de saúde mais próxima.
5 Obs.: O grupo especial (criança/idoso/gestante/comorbidade) é mandatória a realização do hemograma completo, com contagem de plaquetas, mesmo sem sangramento e sinais de alarme; 3 - Os ACS devem realizar o acompanhamento dos pacientes que foram à unidade de saúde para consulta sobre Dengue e que retornaram para tratamento em domicílio, bem como, verificar a evolução dos sintomas e acompanhar os que receberam alta hospitalar. 4 - A unidade de saúde de atenção básica deve notificar todos os casos suspeitos de Dengue e encaminhar diariamente a notificação ao Núcleo de Vigilância Epidemiológica do município. Casos com sinais de alarme devem ser notificados imediatamente. Obs.: Conforme a Portaria 1.271, de , em caso de óbito, o prazo de encaminhamento para notificação é de 24 horas; 5 - Os insumos farmacêuticos (soro de reidratação oral/soro fisiológico 0,9%) e material instrutivo serão disponibilizados pela Regional de Saúde. 6 - O município que não tem laboratório para realização de exames deve pactuar com o município próximo que tenha laboratório conveniado. Caso o município tenha interesse na abertura de posto de coleta, as orientações sobre processo de capacitação/abertura deverão ser repassadas para a Coordenação de Atenção à Saúde/Sala de Gerenciamento de Crise/SES, via Regional de Saúde.
6 7 - Verificar se o município tem Plano de Contingência da Dengue de acordo com o que dispõe as Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue do Ministério da Saúde. Essa questão pode ser melhor esclarecida em contato com a Regional de Saúde. Atenciosamente. Promotor de Justiça
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