Índice. 1. Blocos Lógicos e Material Dourado - Continuação...3. 2. Séries e Sequências...4 3. Espaço e Forma...5. 1.1. Material Dourado...



Documentos relacionados
Há alunos que pensam que a disciplina foi feita sob medida para atormentálos, simplesmente.

Índice. 1. Frações e Decimais: As Representações dos Números Racionais Blocos Lógicos e Material Dourado...3

Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro 1º Ciclo. Critérios de Avaliação. Ano Letivo 2015/16 Disciplina MATEMÁTICA 3.º Ano

PLANIFICAÇÃO ANUAL MATEMÁTICA 3 DOMÍNIOS OBJETIVOS ATIVIDADES

Base Nacional Comum Curricular Lemann Center at Stanford University

Coordenadoria de Educação CADERNO DE REVISÃO Matemática Aluno (a) 5º ANO

0, OU COMO COLOCAR UM BLOCO QUADRADO EM UM BURACO REDONDO Pablo Emanuel

CURRÍCULO 1º ANO do ENSINO UNDAMENTAL LINGUAGEM

A IMPORTÂNCIA DO MATERIAL CONCRETO NA MULTIPLICAÇÃO

CADERNO DE ATIVIDADES E JOGOS: MATERIAL DOURADO E OUTROS RECURSOS

Canguru Matemático sem Fronteiras 2011

COLÉGIO VICENTINO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio Rua Rui Barbosa, 1324, Toledo PR Fone:

Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos

ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES MÓDULO 12

A educadora avalia a formação de nossos professores para o ensino da Matemática e os caminhos para trabalhar a disciplina na Educação Infantil.

Com uma coleção de figuras e de formas geométricas que mais parecem um jogo, mostre à turma que os números também têm seu lado concreto

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. VIEIRA DE CARVALHO 1º Ciclo Planificação Anual de Matemática 1º ano Ano Letivo 2015/2016

Aprendendo, de uma forma lúdica, o sistema monetário - Jogo da caixa C.E.I.PROFª DULCE DE FARIA MARTINS MIGLIORINI

A CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS NUMÉRICOS BÁSICOS NÃO DECIMAIS E OS SEUS MANEJOS NAS OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Trabalhando com Material Dourado e Blocos Lógicos nas Séries Iniciais Karen Daltoé Sueli Strelow Maria Montessori Maria Montessori ( ),

"SISTEMAS DE COTAGEM"

X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador BA, 7 a 9 de Julho de 2010

1 INTRODUÇÃO 1.1 CONCEITO DE PARADIGMAS DE LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO PARADIGMAS DE LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO

Justificativas para a Lista de Material Pedagógico Berçário 1

C minutos. Prova de Aferição de Matemática. 1.º Ciclo do Ensino Básico 8 Páginas. Matemática/2012. PA Matemática/Cad.

Sobre a atividade. Quais objetivos tenho que alcançar? Posso usar a atividade em outro momento?

Oficina de Matemática Fundamental I

PROPOSTAS DE TRABALHO PARA OS ALUNOS A PARTIR DE JOGOS 2º ANO. Adriana da Silva Santi Coordenação Pedagógica de Matemática

Mão na roda. Projetos temáticos

DEPARTAMENTO DE 1º Ciclo - Grupo 110. Planificação Anual / Critérios de avaliação. Disciplina: Matemática 2.º ano 2015/2016

Pré-Escola 4 e 5 anos

Domínio Subdomínio Conteúdos Metas

APRENDER A APRENDER CONTEÚDO E HABILIDADES APRENDER A APRENDER DINÂMICA LOCAL INTERATIVA MATEMÁTICA. Aula 1.2 Conteúdo: Sistema de numeração romano

CRITÉRIOS DE AVALIACÃO

Índice. 1. Tipos de Atividades O Trabalho com Leitura Estratégias de Leitura Grupo Módulo 7

1 COMO ENCAMINHAR UMA PESQUISA 1.1 QUE É PESQUISA

5 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Matemática Nome: Observe o gráfico a seguir e responda às questões propostas.

Data 23/01/2008. Guia do Professor. Introdução

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ABEL SALAZAR

Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Exatas. Departamento de Matemática

Matemática. Prova a de Aferição de. 1.º Ciclo do Ensino Básico. A preencher pelo aluno (não escrevas o teu nome): idade sexo: F M.

3 - CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS

Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico

Estudos da Natureza na Educação Infantil

Desenvolvimento de uma Etapa

Conselho de Docentes do 1.º Ano PLANIFICAÇÃO Anual de Matemática Ano letivo de 2015/2016

Conteúdo Programático 2º ano Ensino Fundamental I

Qualidade é o grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos. ISO 9001:2008

Tanto neste nosso jogo de ler e escrever, leitor amigo, como em qualquer outro jogo, o melhor é sempre obedecer às regras.

CADERNO DE ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO

ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS Nome: N.º Turma / /201

08/05/2009. Cursos Superiores de. Prof.: Fernando Hadad Zaidan. Disciplina: PIP - Projeto Integrador de Pesquisa. Objetivos gerais e específicos

Projeto Matemática 5º ano 4ª série. Objetivos

Desenhando perspectiva isométrica

Conteúdo Programático ano

Gabriela Zilioti, graduanda de Licenciatura e Bacharelado em Geografia na Universidade Estadual de Campinas.

Informação n.º Data: Para: Direção-Geral da Educação. Inspeção-Geral de Educação e Ciência. AE/ENA com ensino secundário CIREP

Tabelas vista de estrutura

Exposição Matemática Viva (piso 0)

MATEMÁTICA - 3 o ANO MÓDULO 14 PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO E PERMUTAÇÕES

REPRESENTAÇÕES DE AFETIVIDADE DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Deise Vera Ritter 1 ; Sônia Fernandes 2

DAS5102 Fundamentos da Estrutura da Informação

Administrando um curso em Moodle (1.6.5+)

Palavras-chave: Educação Matemática. Materiais Manipuláveis. Sistema Numérico Decimal. Operações Fundamentais.

WebQualis 3.0 MANUAL CAPES/MEC. Diretoria de Avaliação - DAV

INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DO ENSINO BÁSICO

REVISTA DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

REQUISITOS DE SISTEMAS

Plano Curricular de Matemática 3.º Ano - Ano Letivo 2015/2016

Élida Tamara Prata de Oliveira Praça JOGOS MATEMÁTICOS COM CONTEÚDOS DE 7 ANO APLICADOS A UM ALUNO AUTISTA

INFORMATIVO 2015 II UNIDADE 3 ano LÍNGUA PORTUGUESA

1. Sistemas de numeração

OS MEMORIAIS DE FORMAÇÃO COMO UMA POSSIBILIDADE DE COMPREENSÃO DA PRÁTICA DE PROFESSORES ACERCA DA EDUCAÇÃO (MATEMÁTICA) INCLUSIVA.

Orientações Gerais para Elaboração de Projeto 4º Prêmio CISER de Inovação Tecnológica

MINHA HISTÓRIA, MINHA VIDA

Contas. Osni Moura Ribeiro ; Contabilidade Fundamental 1, Editora Saraiva- ISBN

TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z

alemão; espanhol; francês; inglês Dezembro de 2013

Setor de Educação de Jovens e Adultos FUNDAÇÃO BRADESCO

Language descriptors in Portuguese Portuguese listening - Descritores para a Compreensão do Oral em História e Matemática

Tema, Problema e Hipóteses

Planejamento Anual. Componente Curricular: Matemática Ano: 6º ano Ano Letivo: 2015 OBJETIVO GERAL

NOTAS EXPLICATIVAS. 1. Considerações gerais

BLOCOS LÓGICOS NO ENSINO DE MATEMÁTICA

EIXO/TEMA IV - TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Descritor 27 Ler informações e dados apresentados em tabelas.

Capítulo 13 Pastas e Arquivos

INFORMÁTICA BÁSICA. Word. Professor: Enir da Silva Fonseca

SEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia Av Luiz Viana Filho, 435-4ª avenida, 2º andar CAB CEP Salvador - Bahia Tel.

compreensão ampla do texto, o que se faz necessário para o desenvolvimento das habilidades para as quais essa prática apresentou poder explicativo.

Gênero no processo. construindo cidadania

Compreendendo o espaço

Programação em papel quadriculado

BIBLIOTECA VIVA: CONHECENDO O MUNDO ATRAVÉS DOS LIVROS RESUMO


PLANO SEMANAL

Prof. Me. Marcos Echevarria

Agora é só com você. Geografia - 131

Guia para apresentação do trabalho acadêmico:

Transcrição:

GRUPO 5.4 MÓDULO 17

Índice 1. Blocos Lógicos e Material Dourado - Continuação...3 1.1. Material Dourado... 3 2. Séries e Sequências...4 3. Espaço e Forma...5 2

1. BLOCOS LÓGICOS E MATERIAL DOURADO - CONTINUAÇÃO 1.1. MATERIAL DOURADO O material dourado pode servir como recurso facilitador na compreensão do valor posicional dos algarismos pelos alunos. O material dourado foi criado pela médica italiana Maria Montessori (1870-1952), inicialmente para ajudar crianças que apresentavam distúrbios de aprendizagem na aquisição de novos conceitos, depois foi utilizado e divulgado por outras escolas comuns, as chamadas escolas montessorianas. A origem do nome material dourado se deve ao fato de sua confecção original ser de plástico transparente na cor dourada. Atualmente, pode ser feito em madeira, EVA ou de outro material. É composto de cubo, placa, barra e cubinho. Uma barra equivale a dez cubinhos, uma placa equivale a dez barras ou cem cubinhos, um cubo equivale a dez placas ou cem barras ou mil cubinhos. Fonte: http://casadamatematica.blogspot.com/2008/08/materialdourado.html. O material dourado pode ser utilizado pelo professor e facilita a compreensão do sistema de numeração decimal posicional e operações matemáticas de uma forma concreta. Trabalho com agrupamentos e trocas: Marília Toledo e Mauro Toledo (1997, p. 64) afirmam que a ideia-chave do sistema decimal é utilizar o valor posicional dos algarismos para agrupar e trocar. Podemos exemplificar os agrupamentos e trocas a partir do material dourado. Se tiver dez cubinhos que representam uma unidade, posso trocálos por uma barra que equivale a uma dezena ou dez cubinhos. Posso trocar dez barras ou cem cubinhos por uma placa ou uma centena, e assim por diante. Esse agrupamento e a troca facilitam a compreensão das operações matemáticas, numa subtração, por exemplo, em vez de ensinarmos 3

empréstimos, trocamos uma dezena por dez unidades para efetuarmos a conta. 2. SÉRIES E SEQUÊNCIAS A seriação, como a classificação, é uma operação lógica que visa a organizar a realidade que nos cerca. Seriar é ordenar a partir da análise das diferenças dos objetos com a sua quantificação e ordenação crescente ou decrescente. Em relação aos números, podemos dizer que a série numérica é o resultado da seriação de classes de conjuntos. Portanto, se considerarmos a ordem crescente de quantidade de elementos, qualquer conjunto de três elementos que imaginarmos, estará colocado depois de qualquer conjunto de dois elementos e antes de qualquer conjunto de quatro elementos (Toledo; Toledo, 1997, p. 51). Se observarmos uma série de objetos, podemos identificar que um elemento se compara com seu antecessor ou sucessor em ordem crescente ou decrescente; portanto, podemos inverter a ordem, porque a ordem de comparação também será invertida. A sequência considera as diferenças de natureza qualitativa e não permite, portanto, ordenação crescente ou decrescente. Uma sequência repetitiva apresenta um motivo que se repete formando uma sequência. Exemplo: Uma sequência recursiva apresenta um motivo a cada novo grupo mediante uma regra repetitiva aplicada ao grupo anterior. Exemplo: Marília Toledo e Mauro Toledo (1997, p. 53) esclarecem que algumas sequências são incorporadas pela nossa tradição cultural. Um dos exemplos é o nosso alfabeto. No conjunto dos números naturais, por exemplo, 0,1,2,3,4,5,6 e etc, segundo os autores, encontramos tanto sequências repetitivas quanto recursivas. Repetitivas porque o motivo inicial reaparece a cada nova dezena; por exemplo: 0,1,2,3,4,5... 10, 11, 12, 13, 14,15... 30, 31, 32, 33, 34,35... Recursivas porque aparece o mesmo motivo inicial quando passamos de uma ordem para a outra. Exemplo: 4

10, 20, 30, 40, 50,... 90. 100, 200, 300,... 900. Multiplica-se por dez os elementos do grupo anterior. 3. ESPAÇO E FORMA Conhecemos a nossa realidade porque nos relacionamos com as pessoas, com os lugares e com os objetos no espaço. Segundo César Coll e Ana Teberosky (2002, p. 165), as pessoas utilizam o próprio corpo para ter contato com os objetos a sua volta e localizar pessoas e coisas que as rodeiam, sendo que a área de conhecimento que trata desse assunto é a geometria. Marília Toledo e Mauro Toledo (1997, p. 221) explicam que os conceitos geométricos fazem parte do currículo de matemática no ensino fundamental porque permitem compreender, descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que se vive. Usamos nosso corpo como ponto de referência para encontrar um lugar, ou dar alguma informação: à direita, à esquerda; frente, atrás; para nos referirmos a objetos: para cima, para baixo; para frente, para trás. César Coll e Ana Teberosky (2002, p. 179) explicam que os mapas dos atlas ou das cidades são desenhados sobre um papel quadriculado. Observar o desenho do quadriculado pode nos ajudar a localizar ruas ou cidades. O professor pode trabalhar noções de direção, desenhos de mapas e maquetes para ajudar o aluno, não somente a se expressar, mas a se informar e direcionar os caminhos possíveis por meio de indicações e consultas. Os autores justificam o trabalho com formas geométricas porque elas estão presentes na natureza e nos objetos. Apontam também para a necessidade de nomeá-las, organizá-las, relacioná-las entre si e descrevê-las, de forma a construir modelos físicos de vários tipos e com a abordagem de diferentes aspectos, com o intuito de transformá-las, cortando-as, agrupando-as e decompondo-as para depois reconhecer as formas obtidas. Afirmam que o que facilita esse estudo é que o aluno identifique as formas geométricas em objetos do mundo real. O professor pode trabalhar com seus alunos a observação da natureza, as formas geométricas encontradas e, a partir dessa observação, trabalhar as formas geométricas: triângulos, quadrados, retângulos, trapézio, pentágono, hexágono, que são polígonos; e os círculos ou formas de circunferências, que não são polígonos. O professor não pode trabalhar apenas com o traçado das formas geométricas, mas deve trabalhar também com situações-problema criadas e que têm por objetivo dar condições aos alunos para que calculem a área 5

desenhada, o perímetro, etc., construam modelos de várias dimensões, não somente as planas, leiam, interpretem e registrem listas e tabelas. Segundo Marília Toledo e Mauro Toledo (1997, p. 53), o ensino da geometria na escola contribui para a aprendizagem de números e medidas porque estimula o aluno a observar, a perceber as semelhanças e as diferenças, a identificar regularidades do mundo em que vive. Os autores propõem aos professores, no trabalho com a geometria, não só observar e explorar objetos observados do mundo físico, mas obras de arte, pinturas, desenhos, esculturas e artesanato, permitindo ao aluno estabelecer conexões entre a matemática e as outras áreas do conhecimento. 6