A base da movimentação do figurante na proteção. Coordenadores: Marcio de Luna Cerqueira e Silvio Otávio Guimarães.



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Transcrição:

A base da movimentação do figurante na proteção. Coordenadores: Marcio de Luna Cerqueira e Silvio Otávio Guimarães. Todas as seções do schutzhund são uma arte. Nunca bastara a um condutor, figurante ou treinador saber somente uma das três seções. O competidor completo precisa além de conhecer o regulamento, saber também como treinar um cão nas três seções. Sendo assim, o treinamento de cães para o esporte vai muito além de nosso conhecimento. A busca por informações e métodos de treinamento dever ser contínua. Este esporte fará por nós o que muitos homens não conseguem ter por uma vida inteira. A cumplicidade que se cria em treinar cães é o que mantém este esporte tão maravilhoso. É uma parceria que se forma desde o nascimento do filhote, durante a sua juventude e velhice. Estes seres têm a capacidade de nos levar a outros mundos nunca antes visitados, o mundo da confiabilidade, amizade, amor incondicional e isto meus amigos nada paga, pois estas atitudes serão eternas enquanto durarem. Só nós somos capazes de estreitar cada vez mais estes laços de amizade entre o cão e nós mesmos. O trabalho de proteção é uma das artes e esta subdividido em várias partes e a que nós estudaremos aqui neste módulo é a base da movimentação do figurante. A primeira coisa a se fazer é conhecer totalmente o regulamento. Ninguém começa a treinar algum tipo de esporte sem antes conhecer as regras. Não adianta o figurante treinar um cão se ele não sabe a seqüência dos exercícios, para que servem os exercícios, como se aplicam os exercícios. Durante uma prova o figurante tem como papel auxiliar o juiz. É através de seu trabalho que o juiz terá condições de avaliar o cão que esta em prova, sendo assim é mais do que necessário o figurante conhecer o regulamento de prova de trabalho. São preciso muita dedicação, esforço, preparo físico e atenção durante o desenvolvimento dos treinamentos. A experiência de saber diferenciar o temperamento de um cão do outro, só virá com o tempo, sendo que quanto mais cães trabalharmos mais aprenderemos. Não tenham medo de errar, pois é errando que se aprende, mas não permaneçam no erro. Peçam para as pessoas mais qualificadas observarem seus movimentos, recepções, seja no lançado, fuga ou reataques, esteja sempre alerta para novas técnicas e desta forma tenho certeza que vocês terão muito sucesso na arte de figurar. O trabalho de proteção é um serviço pesado e exige certos cuidados por parte do figurante. Temos que tomar cuidado para não nos machucar. É totalmente viável usar protetores de coluna e de joelho e sempre procurar aquecer-se antes do trabalho e alongar-se após o trabalho. Como dissemos anteriormente a primeira coisa a se fazer é conhecer o regulamento no que diz respeito às regras de figuração. Segue abaixo uma copia do regulamento de figuração de cães de Trabalho.

ATUAÇÃO DO FIGURANTE Condições para atuação do Figurante na Seção C 1. As normas e regras referentes à atuação do Figurante conforme o regulamento devem ser obedecidas. 2. O Figurante será considerado assistente do Juiz para a seção C, no dia da prova. 3. Visando a segurança em geral o Figurante só poderá atuar, tanto nos treinos nos núcleos como também em provas e campeonatos, usando roupas especiais (calça, jaqueta e manga). 4. O calçado deve também ser compatível com as condições climáticas e solo, pelo ponto de vista de segurança. 5. Antes do início de sua atuação o Figurante deverá receber instruções do Juiz, que ele deve seguir estritamente. 6. O Figurante deve seguir as instruções do Juiz no que concerne a atividade de desarmamento após o ataque, que deve ser de acordo com o regulamento. O Figurante deve se posicionar de tal modo que permita o condutor se colocar na posição básica antes dos transportes lateral e de costas. 7. Em provas de núcleo pode-se trabalhar com um (1) Figurante somente. Provas com mais de sete (7) cães deve-se trabalhar com dois Figurantes. Em provas regionais, campeonatos, provas de qualificação, etc... Deve-se trabalhar com no mínimo 2 Figurantes. Princípios relativos ao comportamento do Figurante em atuações em provas 1. Geral No decorrer da prova o Juiz deverá avaliar o nível de treinamento e a qualidade do cão (por ex. intensidade dos impulsos, Resistência à pressão, segurança própria e conduzibilidade). O Juiz só pode avaliar objetivamente aquilo que ele acústica e visualmente presencia na prova. Nesse contexto, isso só pode acontecer, principalmente considerando o caráter esportista (isso é mesmas condições para todos os cães), caso o Figurante apresente na sua figuração ao Juiz um quadro claro, transparente e sem dúvidas no que concerne a uniformidade de atuação com todos os cães. Não se deve deixar à arbitrariedade do Figurante como ele atuará na sua figuração. Ele deverá obedecer a uma série de regras seguindo o regulamento. O Juiz deverá examinar nas provas os elementos mais importantes para os critérios de avaliação do cão nessa seção C. Esses são por ex. tenacidade, segurança própria, intensidade de impulsos, condutibilidade. Além disso, a qualidade da mordida deverá também ser avaliada especificamente. Assim, se a qualidade da mordida do cão terá que ser avaliada, o Figurante deverá dar ao cão a possibilidade de ter uma boa mordida, como também se a tenacidade do cão tiver que ser testada o Figurante deverá também atuar com a pressão devida para permitir essa avaliação.

É primordial que a atuação do Figurante seja, na medida do possível, igual com todos os cães da prova, no intuito de possibilitar ao Juiz uma avaliação justa nessa seção. 2. Vigia e latido (graus 1 a 3) O Figurante coloca-se no esconderijo, com a manga sem movimento e ligeiramente inclinada e sem postura ameaçadora. A manga serve como proteção do seu corpo. Durante a vigia e o latido no esconderijo o Figurante permanece olhando para o cão sem atitude ameaçadora e sem estimulá-lo ou ajudá-lo a vigiar ou a latir. O bastonete é seguro em sua lateral apontado para o chão. 3. Impedimento de tentativa de fuga do Figurante (graus 1 a 3) Após a vigia e latido e por ordem do Juiz o Figurante sai do esconderijo em passos normais e coloca-se no lugar indicado pelo Juiz (posição de fuga previamente marcada). O posicionamento do Figurante deve ser tal que possibilite ao condutor colocar seu cão a uma distância de 5 passos do Figurante, lateralmente e direcionado para o lado em que a manga se encontra. A direção de fuga do Figurante deve ser claramente conhecida para o Condutor. Sob comando do Juiz o Figurante faz uma fuga em linha reta correndo rápida e energicamente, sem exagero e descontrole. Durante a fuga a manga não deve sofrer movimentos bruscos e o cão deve receber condições ótimas para mordida. O Figurante não deve, de maneira alguma, virar-se para o cão durante a fuga, podendo, entretanto olhá-lo com o canto dos olhos. Durante a fuga a manga não deve ser recolhida junto ao corpo pelo figurante. Após o cão morder o Figurante continua correndo em linha reta puxando a manga para junto de seu corpo. A distância da fuga será determinada pelo Juiz. O Figurante termina a fuga sob ordem do Juiz. A fuga deve ser feita com uma dinâmica tal que permita ao Juiz uma ótima possibilidade de avaliar o desempenho do cão. Não é permitida ajuda do Figurante como por ex. oferecimento exagerado da manga antes da mordida, estímulo ao cão com gritos ou ruídos, batidas com o bastonete no macacão antes e durante a fuga, segurar a manga sem tensão após a mordida, diminuição da velocidade de fuga, interrompimento da fuga autonomamente, sem ordem do Juiz, etc.... Para posicionamento do Figurante veja ponto 8 a seguir (válido para todos exercícios). 4. Defesa ao ataque após a fase de vigia (graus 1 a 3) Após a fase de vigia, e sob ordem do Juiz, o Figurante faz um ataque ao cão com movimentos ameaçadores realizados acima da manga, sem, entretanto bater no cão. A manga permanece junto ao corpo e movimentos adicionais ao natural com a manga devem ser evitados. O cão deve ser cão atacado frontalmente pelo figurante com a devida energia. Após a mordida o cão é posicionado durante o ataque lateralmente pelo Figurante que corre em linha reta iniciando-se assim a fase de Resistência à pressão. O Figurante deve correr na mesma direção com todos os cães. O Juiz se posicionará de tal modo permita-lhe avaliar em todos os cães, o desempenho do ataque, o comportamento na fase de Resistência à pressão, a qualidade da mordida, a largada após a luta e a fase de vigia. Não é permitido conduzir o cão na direção do condutor durante o ataque. As batidas com o bastonete devem ser desferidas na região dos ombros e da cernelha. A intensidade das batidas de ser igual para todos os cães. A primeira batida deve ser desferida após 4 a 5 passos do Figurante e a segunda após outros 4 a 5 passos. Após a segunda batida o Figurante deve continuar o ataque sem, entretanto bater no cão.

A duração da fase de Resistência à pressão do cão (ataque) é determinada pelo Juiz. Sob ordem do Juiz o Figurante interrompe o ataque. A fuga deve ser feita com uma dinâmica tal que permita ao Juiz uma ótima possibilidade de avaliar o desempenho do cão. Não é permitida ajuda do Figurante como por ex. oferecimento da manga antes da mordida, estímulo ao cão com gritos ou ruídos, batidas com o bastonete no macacão antes do início do ataque, segurar a manga sem tensão após a mordida durante a fase de Resistências à pressão, diferentes intensidades de pressão e das batidas durante a fase de Resistência à pressão, interrompimento do ataque por conta própria do Figurante devido à sensibilidade do cão na fase de Resistência à pressão etc.... Para posicionamento do Figurante veja ponto 8 a seguir (válido para todos exercícios). 5. Transporte pelas costas Após comando do Condutor o Figurante inicia o transporte pelas costas, em passos normais, com aprox. 30 passos. O percurso do transporte é determinado pelo Juiz. O Figurante não deve fazer movimentos bruscos durante o transporte. Tanto o bastonete como a manga deve ser posicionada de tal modo que não represente ameaça ou irritação para o cão. Principalmente o bastonete que deve ser conduzido de tal modo que o cão não possa vê-lo. O Figurante deve fazer o transporte na mesma velocidade para todos os cães. 6. Ataque ao cão durante o transporte pelas costas O ataque durante o transporte é realizado pelo Figurante sob ordem do Juiz. O ataque deve ser feito pelo Figurante através de uma volta dinâmica, pela direita ou pela esquerda, e um avanço com energia na direção do cão. O bastonete permanece acima da manga em movimentos ameaçadores. A manga permanece junto ao corpo e o ataque é realizado frontalmente na direção ao cão. Movimentos adicionais ao natural com a manga devem ser evitados. Após a mordida o cão é posicionado durante o ataque lateralmente pelo Figurante que corre em linha reta iniciando-se assim a fase de Resistência à pressão. O Figurante deve correr na mesma direção com todos os cães. O Juiz se posicionará de tal modo permita-lhe avaliar em todos os cães, o desempenho do ataque, o comportamento na fase de Resistência à pressão, a qualidade da mordida,, a largada após a luta e a fase de vigia. Não é permitido conduzir o cão na direção do condutor durante o ataque. A duração da fase de Resistência à pressão do cão (ataque) é determinada pelo Juiz. Sob ordem do Juiz o Figurante interrompe o ataque. O ataque deve ser feito com uma dinâmica tal que permita ao Juiz uma ótima possibilidade de avaliar o desempenho do cão. Não é permitida ajuda do Figurante como por ex. desviar-se exageradamente do ataque antes da mordida, oferecimento da manga antes da mordida, estímulo ao cão com gritos ou ruídos, batidas com o bastonete no macacão antes do início do ataque, segurar a manga sem tensão após a mordida durante a fase de Resistência à pressão, diferentes intensidades de pressão durante a fase de Resistência à pressão, interrompimento do ataque, por conta própria do Figurante, devido a sensibilidade do cão na fase de Resistência à pressão etc.... Para posicionamento do Figurante veja ponto 8 a seguir (válido para todos exercícios). 7. Ataque ao cão movimentando-se à distância (graus 1 a 3) Ataque lançado O Figurante sai do esconderijo que lhe foi previamente indicado pelo Juiz e cruza o campo em passos normais (grau 1) / ou correndo (graus 2 e 3) até à linha imaginária e Após os passos normais inicia a correr na direção do cão atacando o cão e o Condutor frontalmente com gritos e movimentos ameaçadores do bastonete (grau1). Sem interromper a corrida ataca o cão e o Condutor frontalmente com gritos e movimentos ameaçadores do bastonete (graus 2 e 3).

O cão deve ser recebido pelo Figurante com posicionamento elástico da manga sem que o Figurante pare. Ao receber o cão o Figurante deve - se necessário - fazer um rodopio no intuito de amortecer o impacto devido à velocidade do cão. O cão não pode em hipótese alguma receber uma lesa. Após a mordida o cão é posicionado durante o ataque lateralmente pelo Figurante que corre em linha reta iniciando-se assim a fase de Resistência à pressão. Aqui deve-se, de todos os modos, ser evitado um atropelamento do cão. O Figurante deve correr na mesma direção com todos os cães. O Juiz se posicionará de tal modo permita-lhe avaliar em todos os cães, o desempenho do ataque, o comportamento na fase de Resistência à pressão, a qualidade da mordida, a largada após a luta e a fase de vigia. Não é permitido conduzir o cão na direção do condutor durante o ataque. A duração da fase de Resistência à pressão do cão (ataque) é determinada pelo Juiz. Sob ordem do Juiz o Figurante interrompe o ataque. O ataque deve ser feito com uma dinâmica tal que permita ao Juiz uma ótima possibilidade de avaliar o desempenho do cão. Não é permitida ajuda do Figurante como por ex. diminuição da velocidade de ataque, recebimento do cão sem movimento (parado), desviar-se exageradamente do ataque antes da mordida, dar uma lesa no cão, oferecimento da manga antes da mordida, segurar a manga sem tensão após a mordida durante a fase de Resistência à pressão, diferentes intensidades de pressão durante a fase de Resistência à pressão, interrompimento do ataque, por conta própria do Figurante, devido a sensibilidade do cão na fase de Resistência à pressão etc.... Para posicionamento do Figurante veja ponto 8 a seguir (válido para todos exercícios). 8. Posicionamento do Figurante (todos os exercícios) O posicionamento do Figurante em todos os exercícios de ataque deve ser tal que o Juiz possa ver a qualidade da mordida, a largada após o ataque e a fase de vigia do cão (o Figurante não pode posicionar-se de costas para o Juiz, mas sim se manter em contato visual com ele). Após o término do ataque a pressão contra o cão deve ser diminuída assim como a ameaça contra ele interrompida, sem, entretanto deixar a manga totalmente sem pressão (tensão). A manga não deve ficar inclinada para cima, mas na mesma posição do exercício anterior. O bastonete não deve ser visível ao cão e deve ser mantido lateralmente direcionado para baixo. O Figurante não deve dar qualquer tipo de ajuda para motivar o cão a largar. Após o cão largar o Figurante continua a olhar o cão sem, entretanto ameaçá-lo ou dar qualquer outro tipo de ajuda. Caso o cão vigie o Figurante rodopiando em volta dele o Figurante pode também rodopiar, vagarosamente sem movimentos bruscos, no intuito de poder manter o contato visual com ele. 9. Insegurança e fraqueza do cão O cão que em um exercício de ataque não morde, ou na fase de Resistência à pressão fraqueja e larga deve ser reatacado pelo Figurante, até que o Juiz comande a interrupção do ataque. O Figurante não deve, nessa situação, prestar, de maneira alguma, ajuda ao cão ou interromper o ataque autônomamente. Cães que não largam não podem ser ajudados a largar pelo Figurante através de determinado posicionamento ou movimento do bastonete. Cães que na fase de vigia tendem abandonar o Figurante não podem ser motivados para manter-se com ele. O Figurante deve se comportar ativo ou neutro em todos os exercícios e nas suas partes individuais, conforme prescrito no regulamento. Caso o cão incomode ou morda o Figurante durante a fase de vigia o Figurante deve evitar movimentos de defesa. MATERIAIS UTILIZADOS NO TRABALHO DE PROTEÇÃO - Guia curta (1m ou 1,5m); - Guia longa (5m, 10m, 15m, 20m); - Lingüiça cizal, pedaço de couro, pano, bite pilow;

- Coleira de couro, peitoral, colar de garra, colar de elos; - Coleira eletrônica; - Poste; - Macacão e colete; - Barracas (biombos); - Luva (manguim, filhote, intermediária e adulta); - Chuteira, bastão, chicote de estalo; TRABALHO DE CAÇA O trabalho de caça não oferece nenhum tipo de pressão sobre o cão. Toda a movimentação do figurante será feita para chamar a atenção do cão, mas sob o ponto de vista da caça (fazer o cão querer a caça). Nunca use todas as suas cartas em um único exercício, por exemplo: o cão não presta atenção na caça, então o figurante se movimenta mais ainda ou começa a fazer ruídos com a boca ou a jogar a caça de um lado para o outro. Quando isto acontece o cão começa a ficar reativo e nós não queremos isto, nós queremos que nosso cão seja ativo e para que isto aconteça, precisaremos primeiro prestar atenção com qual tipo de material o cão se identificou mais (salsicha, pano, pedaço de couro ou a própria luva). Tenha sempre um pedaço de corda ou guia (+ ou 1,5m), preso na alça dos materiais que você irá usar no decorrer do trabalho, (pano, salsicha, bite pilow, couro, manguim ou luva), pois desta forma criaremos várias situações durante o treinamento, como:

- Girar a caça por cima da cabeça do figurante; - Passar a caça por cima ou perto do cão, jogar a caça de um lado para o outro; - Roubar a caça se o cão a largar; - Estimular mais a caça sem que o figurante tenha que mexer o seu corpo; - O figurante tem como diminuir sua silhueta sem perder os movimentos de caça; - Testar o quanto o cão esta mordendo; - Aumentar a distância da pressão exercida sobre o cão; - Facilitar o transporte da caça para o cão; - Ajudar o condutor a acalmar seu cão. TRABALHO DE DEFESA No início nenhuma movimentação de defesa deverá ser apresentada sozinha, o figurante tem que ter a preocupação de apresentar um pouco de movimentação em caça e depois apresentar a defesa. É muito importante desde cedo o cão aprender a trocar de defesa para caça e de caça para defesa. Os exercícios que iremos aprender seguem uma lógica, pois nas provas de adestramento temos exercícios de caça (revista, fuga e lançado) e defesa (guardar o figurante, reataques e transporte). Existem vários níveis de defesa para ser colocado em um cão. Nem todo cão precisará sofrer estes níveis de defesa, geralmente só os cães mais fracos é que precisam deste tipo de trabalho. O quanto mais se trabalhar um cão em caça, melhor será a qualidade e o aproveitamento dos exercícios, pois a defesa envolve muita pressão para o cão e toda pressão gera conflito para o cão, que por sua vez nós é que teremos que resolver. Todo o trabalho é realizado para tornar o cão ativo durante a execução dos exercícios, ou seja, para saber se o trabalho esta dando certo basta ver como o cão se porta quando esta indo para o campo ou quando o mesmo vê o figurante. Outra forma de se avaliar o trabalho de proteção, é a forma que o cão morde, se ele demonstra nervosismo (masca a luva), rosnados (desconfiados), latidos muito finos, a expressão corporal do cão (arrepiado, tremendo, orelhas murchas, corpo retraído, tenta esconder-se atrás do condutor). Dentro do trabalho de defesa temos as seguintes fases (executar este trabalho com cães acima de 12 meses): 1- Encarar o cão, (caretas, mostrar os dentes, rosnar, movimentos quadrados, duros); 2- Mostrar-se grande (aumentar o volume do corpo, movimentos pesados); 3- Usar chicotes de estalo, bastão, esconder totalmente a caça; 4- Tocar no cão com a mão, chicote ou bastão, através de movimentos ameaçadores. Local de Treinamento O local de treinamento em geral deve ser o que o cão irá atuar no futuro. O campo ideal é aquele que contém todos os equipamentos necessários, desde biombos até os materiais de proteção descritos nos itens acima. O início do trabalho deverá ser executado em temperaturas amenas e deve-se iniciar o trabalho sempre pelos cães mais novos. Os cães sempre deverão estar no canil ou em caixa de transporte. Nunca poderão ficar assistindo ao treinamento e nem serem importunados com os barulhos dos treinamentos. Não se esqueçam que movimento estressa o cão.

Todo desgaste de energia desnecessário fará falta no campo de treinamento. O cão que fica latindo ou puxando a guia querendo entrar no campo, emite vários comportamentos que na grande maioria das vezes não consegue reproduzi-los novamente quando chegada a sua vez de treinar. Então é muito importante o cão estar descansado, assim como também é muito importante que após o cão ter trabalhado, o mesmo tenha um local calmo para descansar e ficar em paz longe de qualquer tipo de distração. Temperaturas Os cães trabalham muito melhor em temperaturas baixas do que em temperaturas altas. Nós temos que nos esforçar para treinar os cães em qualquer tipo de clima, inclusive quando esta chovendo (forte ou fraco) e também em temperaturas elevadas (verão). Não podemos esquecer que as provas de adestramento ocorrem durante todo o ano e o cão terá que estar apto para participar independente do clima. Nas temperaturas muito altas podemos molhar o pêlo do cão para que amenize um pouco o calor da estação. Quanto mais confortável o cão estiver, melhor será o trabalho por ele realizado. POSIÇÕES DO TRABALHO DE FIGURAÇÃO 1 Posição do Late e Revista O figurante deverá ficar totalmente parado dentro da barraca (biombo), com seu corpo paralelo a entrada da barraca e com a luva em frente ao seu corpo levemente levantada e protegendo o genital. A barra de mordida da luva, sempre deverá estas formando um ângulo de 45º em relação ao solo. É muito importante a luva estar de acordo, pois sempre o figurante deve oferecer a melhor condição de mordida possível ao cão. O bastão tem que ficar do lado da perna do figurante sem nenhum sinal de ameaça. As pernas deverão estar com uma base sólida (um pé na frente do outro e levemente afastados), sendo que o braço que estiver segurando a manga faz par com a mesma perna e desta forma cria-se toda uma estrutura de apoio e sustentação do corpo, como demonstra a foto abaixo. O movimento de premiação sempre deverá ser o mais rápido possível e após a mordida é extremamente recomendável que o cão lute um pouco para poder obter a caça. A primeira coisa que se mexe quando o figurante vai premiar o cão é o bastão. A movimentação do bastão deve ser igual a que o cão terá na prova, porém o figurante não precisa desferir as bastonadas. Assim que o cão morder a manga o figurante fará movimentos de caça, para que desta forma o cão acalme sua mordida e aprenda a canalizar a sua mordida e a pressão do treinamento em caça.

2 Movimentando a luva em caça (Vídeo) Toda caça sempre se movimentará para traz e em movimentos redondos. O bastão e o chicote podem ser usados porém o que mais deve aparecer na movimentação é a caça (pano, luva, bite pilow...). Após a mordida a movimentação do figurante deverá sempre ser como ondas. O figurante deve mexer seus braços de um lado para o outro, como se estivesse colocando um neném para dormir. Toda a movimentação em caça deve se desenrolar sutilmente. Neste momento não se usa o bastão e muito menos o chicote. Veja abaixo seqüências de trabalho em caça. Trabalhando caça com pedaço de couro:

Trabalhando caça com lingüiça de pano: Trabalhando caça com luva:

Movimentação em caça Os movimentos realizados em caça pelo figurante são totalmente redondos, ou seja, não existe nenhum tipo de ameaça na movimentação. O ideal é fazermos a movimentação sempre em diagonal ao cão, movimentando-se de um lado para o outro, porém sempre em diagonal ao cão, como ilustra o desenho abaixo. Figurante Biombo Passagem Condutor c/ o cão 3 Trabalho de poste É muito difícil para uma pessoa inexperiente saber a hora correta de premiar ou frustrar um cão. A maneira mais fácil de iniciar um trabalho de proteção é colocando o cão no poste através de uma guia e um colar de elos travado.

O poste da uma sensação de poder ao cão, pois o mesmo teve sua área de proteção reduzida, devido ao tamanho da guia. A guia neste caso nunca deverá ultrapassar a medida de 2m. Com o cão preso ao poste o figurante tem pelo menos uma área de 180º para estar trabalhando e consegue através da guia que esta segurando o cão, trabalhar a mordida e sempre estar verificando se o cão esta realmente mordendo com vontade. Desta forma também fica a critério do figurante quando esticar e afrouxar a guia. Outras informações importantes também são tiradas através da guia que o cão esta preso. Geralmente se a guia esta esticada e tensa, é sinal que o cão esta em caça, pois ele se movimenta de um lado para o outro para perseguir o figurante, quando a guia esta mais frouxa é sinal que o cão entrou ou esta entrando em defesa, pois o figurante deve ter parado de se movimentar e nesta hora o cão esta procurando o momento certo de morder. Observe na seqüência de fotos abaixo que o condutor continua ao lado de seu cão, elogiando e acalmando-o após a mordida.

4 Trabalhos em fuga e reataques Sempre após a mordida o figurante poderá trabalhar exercícios de fuga (caça) ou reataques (defesa), porém para que o cão aprenda a trocar de caça para defesa e vice-versa é preciso que o figurante mostre isto para o cão durante pelo menos de 7 a 10 passos, ou seja, se o figurante premiou o cão e quiser fazer uma fuga (caça), ele terá que percorrer no mínimo de 7 a 10 passos para poder voltar em um reataque (defesa) que também deverá cumprir esta quantidade de passos. O figurante premia o cão após um late e revista e assim que o cão morde a luva o figurante saiu em fuga (caça) e logo após os passos previstos o figurante volta executando um reataque (defesa) seguidos de gritos e movimentos de bastão. 5 Posicionamento para fuga O figurante deverá ficar como se fosse apostar uma corrida, com uma perna à frente e outra atrás. A luva ficara ao lado do seu corpo e colada no mesmo. Lembrando que a barra de mordida sempre deverá estar 45º com relação ao solo. O bastão permanece imóvel ao lado do corpo e apontado para baixo. A mão que esta segurando o bastão poderá se mexer no movimento natural assim que o figurante começar a correr, porém a luva deve permanecer imóvel ao lado do corpo do figurante. Desta forma possibilitamos uma mordida melhor ao cão e também fica muito mais fácil e seguro para o figurante. 6 Posicionamento para receber o cão no lançado O lançado é um dos exercícios mais complicados, pois envolve desde a desenvoltura do figurante até os diferentes tipos de cães. O que nós iremos aprender aqui, são técnicas para se recepcionar cães tanto pelo lado esquerdo quanto pelo lado direito. A melhor maneira de se começar a trabalhar cães no lançado é ficar parado esperando pelo cão. Estes lançados devem ser curtos, no máximo 20 passos, pois o foco aqui é treinarmos a recepção do figurante. A manga deve estar posicionada de forma reta na frente do peito do figurante, tendo uma pequena distancia do mesmo e com uma inclinação de 45º em relação ao solo. As pernas do figurante deverão estar paralelas ao solo.

Para recepcionar um cão girando para esquerda, o figurante após a mordida do cão deverá dar um passo para trás com a perna esquerda e deixar que a própria força da entrada do cão na luva faça-o girar, desta forma o impacto da entrada é absorvido e automaticamente gira o figurante. Para recepcionar um cão girando para direita, o figurante após a mordida do cão deverá dar um passo para trás com a perna direita e deixar que a própria força da entrada do cão na luva faça-o girar, desta forma o impacto da entrada é absorvido e automaticamente gira o figurante. A movimentação da perna para trás (perna esquerda ou direita) é muito importante, pois desta forma o cão não irá bater na perna que foi colocada para trás, possibilitando assim a continuação do exercício sem que venha a machucar o figurante ou o cão. TODO E QUALQUER EXERCÍCIO SEMPRE DEVERÁ COMEÇAR DE MANEIRA FÁCIL E CLARA. O FIGURANTE NÃO PODE IMPRIMIR O MESMO TIPO DE TRABALHO PARA TODOS OS CÃES, MESMO PORQUE NÃO EXISTEM CÃES IGUAIS. SENDO ASSIM, SEMPRE ANTES DE INICIAR UM TRABALHO, FAÇA UMA REUNIÃO COM O CONDUTOR E DETERMINE EM CONJUNTO QUAL O TIPO DE TRABALHO SERÁ REALIZADO DURANTE O TREINAMENTO. NORMAS PARA FIGURAÇÃO extraída do Regulamento de provas de Trabalho. a) Condições para atuação como Figurante na Seção C 1. As normas e regras referentes à atuação do Figurante, conforme o regulamento, devem ser obedecidas; 2. O Figurante será considerado assistente do Juiz para a seção C, no dia da prova ; 3. Visando a segurança em geral, o Figurante só poderá atuar, tanto nos treinos nos núcleos como também em provas e campeonatos, usando roupas especiais (calça, jaqueta e manga); 4. O calçado deve, também, ser compatível com as condições climáticas e solo, pelo ponto de vista da segurança; 5. Antes do início de sua atuação, o Figurante deverá receber instruções do Juiz, as quais deverá seguir, estritamente; 6. O Figurante deve seguir as instruções do Juiz no que concerne às atividades de desarmamento após o ataque, que deve rá ser de acordo com o regulamento. O Figurante deve se posicionar de tal modo que permita ao Condutor colocar-se na posição básica antes dos transportes lateral e frontal. 7. Em provas de núcleo pode-se trabalhar com 1 (um) Figurante somente. Em provas com mais de 7 (sete) cães, deve-se trabalhar com 2(dois) Figurantes. Em provas regionais, campeonatos, provas de qualificação, etc... deve-se trabalhar com, no mínimo, 2(dois) Figurantes. b) Princípios relativos ao comportamento do Figurante atuante em provas 1. Geral No decorrer da prova, o Juiz deverá avaliar o nível de treinamento e a qualidade do cão (por ex. intensidade dos impulsos, resistência à pressão, auto-segurança e obediência). O Juiz só pode avaliar objetivamente aquilo que ele sonora e visualmente presencia na prova. Nesse contexto, isto só poderá acontecer, principalmente considerando o caráter esportivo (ou seja, mesmas condições para todos os cães), caso o Figurante apresente, na sua figuração, ao Juiz um quadro claro, transparente e sem dúvidas no que concerne a uniformidade de

atuação com todos os cães. Não deve-se deixar o arbítrio do Figurante, como ele atuará na sua figuração. Ele deverá obedecer uma série de regras, seguindo o regulamento. O Juiz deverá observar, nas provas, os elementos mais importantes para os critérios de avaliação do cão nessa seção C. Estes são por ex.: tenacidade, auto confiança, intensidade de impulsos, obediência. Além disso, a qualidade da mordida deverá também ser avaliada especificamente. Assim, se a qualidade da mordida do cão tiver que ser avaliada, o Figurante deverá dar ao cão a possibilidade de ter uma boa mordida, como, também, se a tenacidade do cão tiver que ser testada, o Figurante deverá, igualmente, atuar com a pressão devida para permitir essa avaliação. É primordial que a atuação do Figurante seja, na medida do possível, igual para todos os cães da prova, no intuito de possibilitar ao Juiz uma avaliação justa nessa seção. 2. Vigiar e latir (graus 1 a 3) O Figurante coloca-se no esconderijo, com a manga parada e ligeiramente inclinada e sem postura ameaçadora. A manga serve como proteção do seu corpo. Durante a vigilância e o latido no esconderijo, o Figurante permanece olhando para o cão, sem atitude ameaçadora e, sem estimulá-lo ou ajudá-lo a vigiar ou a latir. O bastão regulamentar é seguro lateralmente e permanece apontado para o chão. 3. Impedimento de fuga do Figurante (graus 1 a 3) Após a vigilância e latido e, por ordem do Juiz, o Figurante sai do esconderijo em passos normais e coloca-se no lugar indicado pelo Juiz (posição de fuga previamente marcada). O posicionamento do Figurante deve ser tal que possibilite ao Condutor colocar seu cão a uma distância de 5 passos do Figurante, lateralmente e direcionado para o lado em que a manga se encontra. A direção de fuga do Figurante deve ser claramente conhecida pelo Condutor. Sob comando do Juiz, o Figurante empreende uma fuga em linha reta, correndo rápida e energicamente, sem exagero e descontrole. Durante a fuga, a manga não deve sofrer movimentos bruscos e o cão deve receber condições ótimas para a mordida. O Figurante não deve, de maneira alguma, virar-se para o cão durante a fuga, podendo, entretanto, olhá-lo com o canto dos olhos. Durante a fuga, a manga não deve ser recolhida junto ao corpo pelo figurante. Após o cão morder, o Figurante continua correndo em linha reta puxando a manga para junto de seu corpo. A distância da fuga será determinada pelo Juiz. O Figurante termina a fuga sob ordem do Juiz. A fuga deve ser feita com uma dinâmica tal, que permita, ao Juiz, uma ótima possibilidade de avaliação do desempenho do cão. Não é permitida ajuda do Figurante, como por ex.: oferecimento exagerado da manga antes da mordida, estímulo ao cão com gritos ou ruídos, batidas com o bastão no macacão, antes e durante a fuga, segurar a manga sem tensão após a mordida, diminuição da velocidade de fuga, interrupção da fuga autônomamente, sem ordem do Juiz, etc. Para posicionamento do Figurante, veja ponto 8, a seguir (válido para todos exercícios). 4. Defesa de ataque durante a vigilância (graus 1 a 3) Após a fase de vigilância, e sob ordem do Juiz, o Figurante empreende um ataque ao cão com movimentos ameaçadores realizados acima da manga, sem, entretanto, bater no cão. A manga permanece junto ao corpo e movimentos adicionais com ela devem ser evitados. O cão deve ser, então, atacado frontalmente pelo figurante, com a devida energia.tendo firmado a mordida, o cão é posicionado, durante o ataque, lateralmente pelo Figurante, que se movimenta em linha reta, iniciando-se, assim, a fase de Resistência à Pressão. O Figurante deve se locomover na mesma direção com todos os cães. O Juiz se posicionará de modo a poder avaliar, adequadamente,

todos os cães, quanto ao desempenho no ataque, o comportamento na fase de Resistência à Pressão, a qualidade da mordida, o largar após a luta e a fase de vigilância. Não é permitido ao Figurante conduzir o cão na direção do Condutor durante o ataque. As batidas com o bastão devem ser desferidas na região dos ombros e da cernelha. A intensidade das batidas deve ser igual para todos os cães. A primeira batida deve ser desferida após 4 a 5 passos do Figurante e, a segunda, após outros 4 a 5 passos. Após a segunda batida, o Figurante deve continuar o ataque, sem entretando, bater no cão. Para posicionamento do Figurante, veja ponto 8, a seguir (válido para todos exercícios). 5. Transporte frontal Após comando do Condutor, o Figurante inicia o transporte frontal, em passos normais, por aproximadamente 3 0 passos. O percurso do transporte é determinado pelo Juiz. O Figurante não deve fazer movimentos bruscos durante o transporte. Tanto o bastão, como a manga, devem ser posicionados de tal modo que não representem estímulo adicional para o cão. Principalmente o bastão, deve ser conduzido de tal modo que o cão não possa vê-lo. O Figurante deve fazer o transporte na mesma velocidade, para todos os cães. 6. Ataque ao cão durante o transporte frontal O ataque, durante o transporte, é realizado pelo Figurante, sob ordem do Juiz. O ataque deve ser feito pelo Figurante através de uma volta dinâmica, pela direita ou pela esquerda, com um avanço enérgico na direção do cão. O bastão permanece acima da manga em movimentos ameaçadores. A manga permanece junto ao corpo e o ataque é realizado, frontalmente, na direção ao cão. Movimentos adicionais com a manga devem ser evitados. Após a mordida, o cão é posicionado lateralmente durante o ataque pelo Figurante, que corre em linha reta, iniciando-se, assim, a fase de Resistência à Pressão. O Figurante deve correr na mesma direção, com todos os cães. O Juiz se posicionará de modo a permitir-lhe avaliar, em todos os cães, o desempenho no ataque, o comportamento na fase de Resistência à Pressão, a qualidade da mordida, o largar após a luta e a fase de vigilância. Não é permitido conduzir o Cão na direção do Condutor durante o ataque. A duração da fase de Resistência à Pressão do Cão (ataque) é determinada pelo Juiz. Sob ordem do Juiz, o Figurante interrompe o ataque. O ataque deve ser feito com uma dinâmica tal, que permita ao Juiz uma ótima possibilidade de avaliar o desempenho do cão. Não é permitida a ajuda do Figurante, como por ex.: desviar-se exageradamente do ataque antes da mordida, oferecimento da manga antes da mordida, estímulo ao cão com gritos ou ruídos, batidas com o bastão no macacão antes do início do ataque, segurar a manga sem tensão após a mordida durante a fase de Resistência à Pressão, diferentes intensidades de pressão durante a fase de Resistência à Pressão, interrupção do ataque por conta própria do Figurante devido a sensibilidade do cão na fase de Resistência à Pressão, etc. Para posicionamento do Figurante, veja ponto 8, a seguir (válido para todos exercícios). 7. Ataque ao cão à distância (graus 1 a 3) Ataque lançado O Figurante sai do esconderijo, que lhe foi previamente indicado pelo Juiz, e cruza o campo em passos normais (grau 1) ou correndo (graus 2 e 3) até à linha central imaginária e:. Após os passos normais, inicia a movimentação na direção do cão, atacando-o e ao Condutor, frontalmente, com gritos e movimentos ameaçadores do bastão (grau1);. Sem interromper a corrida, ataca o cão e o Condutor, frontalmente, com gritos e movimentos ameaçadores do bastão (graus 2 e 3); O cão deve ser recebido pelo Figurante, com posicionamento elástico da manga, sem que o

Figurante pare o movimento. Ao receber o cão, o Figurante deve, se necessário, fazer um meio giro no intuito de amortecer o impacto devido à velocidade do cão. O cão não pode, em hipótese alguma, ser rodopiado. Após a mordida, o cão é posicionado, lateralmente, pelo Figurante, que se desloca em linha reta, iniciando-se, assim, a fase de Resistência à Pressão. Aqui, deve, de todos os modos, ser evitado o atropelamento do cão. O Figurante deve e deslocar na mesma direção com todos os cães. O Juiz se posicionará de modo a permitir-lhe avaliar, em todos os cães, o desempenho no ataque, o comportamento na fase de Resistência à Pressão, a qualidade da mordida, o largar após a luta e a fase de vigilância. Não é permitido conduzir o cão na direção do Condutor durante o ataque. A duração da fase de Resistência à Pressão do cão (ataque) é determinada pelo Juiz. Sob ordem do Juiz, o Figurante interrompe o ataque. O ataque deve ser feito com uma dinâmica tal que permita ao Juiz uma ótima possibilidade de avaliar o desempenho do cão. Não é permitida ajuda do Figurante, como por ex.:diminuição da velocidade de ataque, recebimento do cão sem movimento de amortecimento (parado), desviar-se exageradamente do ataque antes da mordida, oferecimento da manga antes da mordida, segurar a manga sem tensão após a mordida e durante a fase de Resistência à Pressão, diferentes intensidades de pressão durante a fase de Resistência à Pressão, interrupção do ataque por conta própria do Figurante devido a sensibilidade do cão na fase de Resistência à Pressão, etc. Para posicionamento do Figurante, veja ponto 8, á seguir (válido para todos exercícios). 8. Posicionamento do Figurante ( em todos os exercícios) O posicionamento do Figurante, em todos os exercícios de ataque, deve ser tal que o Juiz possa ver: a qualidade da mordida, o largar após o ataque e a fase de vigilância do cão (o Figurante não pode posicionar-se de costas para o Juiz, e sim, manter-se em contato visual com ele). Após o término do ataque, a pressão contra o cão deve ser diminuída, assim como a ameaça contra ele deve ser interrompida, sem entretanto, afrouxar a tensão da manga, que não deve ficar inclinada para cima e sim, na mesma posição do exercício anterior. O bastão não deve ser visível ao cão e deve ser mantido lateralmente e direcionado para baixo. O Figurante não deve dar qualquer tipo de ajuda para motivar o cão a largar. Após o cão largar,o Figurante continua a olhar para o cão, sem entretanto, ameaçá-lo ou dar qualquer outro tipo de ajuda. Se o cão vigiar o Figurante rodeando a sua volta, o Figurante poderá acompanhar o movimento, vagarosamente, sem movimentos bruscos, no intuito manter o contato visual com o cão. 9. Insegurança e fraqueza do cão. O cão que, em um exercício de ataque, não morde, ou na fase de Resistência à Pressão, fraqueja e larga, deve ser reatacado pelo Figurante, até que o Juiz comande a interrupção do ataque. O Figurante não deve, nessa situação, prestar, em hipótese alguma, ajuda ao cão ou interromper o ataque autônomamente. Cães que não largam não podem ser ajudados a largar pelo Figurante, através de determinado posicionamento ou movimento do bastão. Cães que, na fase de vigilância, tendem a abandonar o Figurante, não podem ser motivados para manter-se junto a ele. O Figurante deve se comportar ativo ou neutro, em todos os exercícios e nas suas partes individuais, conforme prescrito no regulamento. Se o cão incomodar ou morder o Figurante durante a fase de vigilância, o Figurante deverá evitar movimentos de defesa.