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Operadora: Bom dia. Sejam bem-vindos à teleconferência da EcoRodovias referente aos resultados do 2T11 e 1S11. Conosco hoje presentes estão os senhores: Marcelino Seras, Diretor Presidente; Roberto Nakagome, Diretor de Relações com Investidores; Raquel Turano e Camilo Gomes, da área de Relações com Investidores. Informamos que a apresentação está sendo gravada e todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Empresa. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas exclusivamente para analistas e investidores da indústria, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de alguma assistência durante a conferência, por favor, solicite a ajuda de um operador, digitando *0. O áudio e os slides desta teleconferência estão sendo apresentados simultaneamente na Internet, no endereço www.ecorodovias.com.br/ri. Neste endereço, pode ser encontrada a respectiva apresentação para download, na plataforma do webcast, seção Relações com Investidores. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da EcoRodovias, projeções, metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da EcoRodovias e conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Roberto Nakagome, Diretor de Relações com Investidores, que fará os comentários sobre os resultados do 2T11 e 1S11. Por favor, Sr. Roberto, o senhor pode prosseguir. Obrigado, operadora. Bom dia a todos. Gostaria de agradecer por participarem da teleconferência de resultados da EcoRodovias referentes ao 2T11 e 1S11. Ressaltamos novamente que as nossas informações econômicas e financeiras consolidadas estão sendo apresentadas de acordo com as normas contábeis brasileiras, que seguem as normas do IFRS, International Financial Reporting Standards, e pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Neste momento de fortes turbulências nos mercados de capitais de todo mundo, causados pelos recentes acontecimentos econômicos nos Estados Unidos e União Europeia, acreditamos que, a exemplo da crise de 2008, o Brasil possui mecanismos de defesa que o colocam em uma posição mais confortável e que poderão minimizar os impactos desta nova crise. 1

No cenário econômico, medidas adotadas de contenção e restrição de crédito, começam a surtir efeitos, constatados nos dados divulgados pelo Banco Central sobre a produção industrial que, no 2T, demonstrou sinais de moderada desaceleração. No setor automotivo, o licenciamento de veículos novos, leves e pesados, no mês de julho cresceu 0,6% em relação a junho de 201, e no período de janeiro a julho de 2011 foi superior em 8,6% em relação ao mesmo período de 2010, conforme dados divulgados pela ANFAVEA. No setor portuário, dados divulgados pela CODESP, Companhia de Docas do Estado de São Paulo, demonstraram que o Porto de Santos encerrou o 1S11 com novo recorde de movimentação de cargas, atingindo 45,6 milhões de toneladas, 1,8% superior ao mesmo período de 2010. As importações participaram com 16,4 milhões de toneladas, representando 35,9% do total, 11,8% maior que o movimentado no mesmo período do ano passado. Por sua vez, as exportações movimentaram 29,2 milhões de toneladas, 64% do total movimentado, um decréscimo de 3,1% em relação ao ano passado. Entre as cargas mais movimentadas, estão as cargas gerais conteinerizadas, com crescimento de 15% em relação ao 1S10, totalizando 899.000 contêineres. Neste cenário, no setor de concessões rodoviárias, registramos no 2T a passagem de mais de 49 milhões de veículos equivalentes pagantes, o que representou um aumento de 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. No semestre, o aumento foi de 11,8%, considerando o ajuste da bidirecionalidade nos veículos de passeio na Ecopistas, de 1 de janeiro a 17 de fevereiro de 2010. O volume de tráfego em nossas rodovias em julho apresentou crescimento consolidado de 7,8%, ainda superior às nossas estimativas, mantendo o crescimento acumulado nos sete meses deste ano em 11,2%, conforme dados já divulgados pela Companhia e mostrados no slide cinco de nossa apresentação. No setor de logística, destaque para o aumento da margem de rentabilidade na movimentação de contêineres na zona primária de Santos. No 2T, destacou-se o crescimento expressivo na movimentação de contêineres nos serviços de REDEX e do CLIA Santos, aumento de 68,1% e 36,8% respectivamente, em relação ao 1T11, ambos com margens de rentabilidade maiores que os serviços de DEPOT, que tiveram diminuição de 17,5% devido ao alto estoque existente e à disponibilização de áreas para as obras de ampliação do Ecopátio Cubatão. A receita consolidada, no 2T11, foi de R$441 milhões. Desconsiderando a receita de construção, a receita líquida atingiu R$387 milhões, conforme slide sete. No semestre, a receita líquida foi de R$864 milhões, crescimento de 22,5% em relação ao 1S10. Cabe ressaltar que a margem utilizada no reconhecimento da Receita de Construção é igual a zero, ou seja, a Companhia não reconhece nenhuma margem sobre o custo da construção, mantendo, desta forma, o mesmo valor entre ambas as contas. No setor de logística, os primeiros resultados do processo de integração das unidades da Columbia e EADI Sul e, sobretudo, a melhoria de suas gestões operacionais e 2

administrativas, começam a dar resultados. A receita líquida no 2T foi de R$70,7 milhões e a margem EBTIDA atingiu 17,7%. No slide nove, o EBTIDA consolidado com os efeitos do IFRS atingiu R$220 milhões no 2T11 e R$445 milhões no 1S, uma expansão de 12,2% e 14,6%, respectivamente. A margem EBITDA nestes períodos foi de 49,9% e 56,2%. Destaque novamente para a margem EBTIDA do setor de logística, de 17,7%. O EBITDA ajustado, excluindo a receita de construção do saldo da receita líquida e excluindo os custo de construção e a provisão para manutenção do saldo dos custos dos serviços prestados, foi de R$244 milhões, com margem de 63,2% no 2T11 e de R$493 milhões, com margem de 63,5% no 1S11. Em relação ao endividamento, como mostrado o slide dez, a dívida bruta somou R$1,666 bilhão em 30 de junho de 2011. Considerando o saldo de caixa e aplicações financeiras, a dívida líquida foi de R$966 milhões, apresentando uma relação dívida líquida/ebitda IFRS de 1,1x. Possuímos uma situação financeira sólida e confortável, com uma contínua geração de caixa por parte de nossos ativos, além de uma oferta de linhas de créditos abrangentes para fazer frente às nossas necessidades de investimentos. No slide 11, o CAPEX realizado no 2T11 atingiu R$97 milhões, totalizando R$145 milhões no semestre, o que representou 24% do CAPEX estimado para o ano de 2011. Diante deste percentual, apesar de termos demonstrado no release o guidance ainda do trimestre anterior, estamos revisando o CAPEX estimado de 2011 e 2012. Para concluir, salientamos o contínuo trabalho da Companhia com foco no crescimento, principalmente em novas aquisições, inclusão de novos investimentos nas concessões rodoviárias existentes, e a integração e melhoria nos resultados da área de logística. Agora que concluímos a nossa breve apresentação, gostaríamos de passar para a sessão de perguntas e respostas. Operadora, estamos prontos para iniciar a sessão para analistas e investidores. Obrigado. Taís Corrêa, Goldman Sachs: Bom dia a todos. Eu tenho duas perguntas, a primeira delas é a seguinte: na divisão de logística, vocês reportaram que a margem EBITDA atingiu quase 18% nesse trimestre, contra 13% no 1T. O que vocês conseguiram mudar na estrutura de custo? Vocês poderiam dar um pouco mais de detalhe sobre em qual das linhas de negócios vocês conseguiram esse ganho, ou se foi uma coisa em todas as linhas? Um pouco mais de detalhe nisso seria legal. Além disso, minha segunda pergunta é em relação aos futuros projetos. Temos ouvido muito no mercado que talvez a Tamoios venha este ano, mas sabemos que é uma estrada que terá muito investimento. Como vocês veem isso? Será que vocês se posicionariam sozinhos, ou talvez montassem um consórcio? Se pudessem também comentar um pouco sobre isso, seria bom. Obrigada. 3

Vou começar pela última pergunta. O projeto Tamoios é um projeto de interesse do Grupo. Estamos analisando já há alguns anos. Sentimos ainda que o Governo de São Paulo não tem uma definição exata sobre o modelo, nos parece que boa parte da obra será pública, justamente para tentar diminuir os valores dos investimentos. Temos ainda um pouco de receio quanto às projeções de demanda, em função da questão de importância, também, do Porto de São Sebastião para esse investimento, e acreditamos que a data mais provável seria para o início do ano que vem do que para o 2S11, qualquer definição por parte do Governo sobre de que maneira seria essa parceria, pública ou privada. Sobre parcerias, a EcoRodovias sempre procura ter parcerias em projetos quando ela nota que outros players tenham interesse, e procuramos sempre ter uma integração para poder gerar sinergias na participação de projetos, principalmente que envolvam um grande volume de investimentos, de tal maneira a não comprometer todas as nossas capacidades. Sobre a primeira pergunta, a parte de logística, para nós é um processo absolutamente natural. Falamos para vocês várias vezes, vocês sentirão isso trimestre a trimestre, esse crescimento da rentabilidade. Ele se deu agora nesse primeiro momento, no 1S, pela integração das atividades administrativas, contábeis, recursos humanos, informática, de praticamente três empresas em uma única. Foi o caso da Elog com o Ecopátio Cubatão; a Columbia, isolada, com ela existia, e a própria EADI Sul. Essa margem ainda não contempla uma margem real, porque ela tem ainda contaminado uma série de despesas não recorrentes que ocorreram para essa integração; a partir agora do 2S ele vem em um crescimento em linha com o que acreditamos chegar já na margem de 20% anualizada ao final desse ano, e o ramp up a partir do momento em que as construções dos armazéns novos alfandegários estejam prontos. Sobre isso, os armazéns alfandegários, tanto de Cubatão quanto da Imigrantes, estão em linha com o nosso cronograma, de até outubro e novembro estarem concluídos. E o de Viracopos, nós obtivemos já a licença prévia; estamos agora para atender as exigências para licença de instalação. Como tivemos um período de chuvas a partir do mês de novembro, e fazer investimentos em período de chuvas origina maiores gastos que são, a princípio, desnecessários, acreditamos que estaremos informando para vocês posteriormente uma data de conclusão do início dos investimentos nos armazéns no Ecopátio em Viracopos, que basicamente deve ser a partir do 1S do ano que vem. Por isso que o nosso CAPEX estará em revisão. O acumulado do ano de 2011 e 2012 permanecerá o mesmo, mas haverá mutações de investimentos entre um ano e outro, em períodos de trimestres entre um ano e outro para ter uma melhor visualização sobre os nossos investimentos. Só para complementar, um pouco mais de detalhe na questão do EBITDA de logística, é importante vocês notarem aí, isso vai ficar mais claro até nos próximos trimestres que está se criando uma curva de comparações na parte operacional da logística, o 4

incremento no giro de movimentações de contêineres no CLIA Santos, nos portos secos, quer dizer, houve um incremento no giro, não na estadia do contêiner, mas no giro em função da demanda, em função da eficiência operacional, o que trouxe também uma margem maior de rentabilidade. Vocês vão ver que o preço médio, a tarifa média na logística, se vocês fizerem as contas, ele foi superior ao trimestre anterior, ele vem crescendo. A queda no DEPOT não significa uma falta de contêineres vazios, muito pelo contrário. O contêiner vazio, administrando o DEPOT é operacional, é de gestão. Nós estamos liberando área porque estamos com a construção do galpão alfandegado, armazém alfandegado. E nós temos um estoque também alto de contêineres vazios, você tem balanço entre exportação e importação, e estamos regulando um pouco, e tem uma margem inferior à margem do REDEX e do CLIA mas que dentro da nossa estratégia de logística, dentro do pacote de se oferecer produtos e serviços, nós temos um equilíbrio dentro do serviço que está sendo prestado. Então, tudo isso que o Márcio nos disse, não só nas linhas operacionais, sejam de pessoas, seja da parte de terceiros, esse detalhe vai ficar muito mais fácil de visualizar, acreditamos nós, no 3T, com nove meses, onde inclusive nós deveremos apresentar a diferença entre o que foi a Columbia, EADI Sul e Elog no início desse ano, a passar dos nove meses exatamente como a Companhia vem se portando, a performance, e as margens de EBITDA, que vocês vão ver essa melhoria acontecendo. Taís Corrêa: E um pouco então desse não recorrente que o Marcelino mencionou está ligado com essa questão de estar ainda construindo, liberando área, incorporando as três companhias em uma só? Nós devemos esperar, então, que seja natural que ao longo dos trimestres vá diminuindo? Então, tem essa parte não recorrente, nós temos equipamentos alugados, estão chegando os equipamentos adquiridos que fazem parte do que está no CAPEX, no guidance de CAPEX. Então, nós temos um custo de aluguel desses equipamentos antigos, tem uma parte da manutenção também. Você tem a questão do custo de desligamento de colaboradores. Você tem todo um custo não recorrente, que não faz parte do operacional da logística, e que em função de não ficarmos aqui, como todo mercado, tem custo não recorrente, a margem seria muito maior do que estamos mostrando ; nós estamos mostrando exatamente o que vem acontecendo com a logística, trabalhando dentro daquilo que foi dito para o mercado. Então, o EBITDA hoje do trimestre de 17,7% contempla um custo que a logística teve nesse trimestre, não necessariamente se repetirão determinados custos nos próximos trimestres ou semestres. E com a questão também do aumento da demanda que tem um giro, nós temos uma limitação de capacidade diária. E o que está se fazendo hoje? Girando o contêiner lá dentro. 5

Quer dizer, se eu tenho uma limitação de área, o que eu tenho que fazer é aumentar o meu serviço e o giro de contêineres lá dentro. Para vocês terem uma ideia, o centro de distribuição já atingiu sua capacidade máxima, os centros de distribuição estão com 100% de suas capacidades. Os locais agora, tudo que for possível de ser utilizado, está sendo utilizado, dentro de um rigor de proteção da mercadoria. Mas já se chega a 100%, e o ideal seria trabalhar com 85% da sua capacidade. Taís Corrêa: Está ótimo. Ficou claro. Obrigada, pessoal. Caio Dias, Santander: Bom dia a todos. Minha primeira pergunta vem específica aqui. Na página cinco do release, onde você tem o quadro da evolução das tarifas médias, eu queria fazer a reconciliação por que no texto está dizendo que Ecovias Imigrantes a tarifa média cresceu 4,2% e o quadro está 0,3%. Queria entender se teve alguma mudança, algum ajuste. E fora isso, eu tive um problema de conexão e perdi a parte do CAPEX. Caiu minha conexão e voltei. Será revisado o CAPEX nos próximos trimestres? Queria entender melhor essa parte de novo. Oi, Caio, bom dia. Em relação à tarifa no quadro na página cinco, é o seguinte: o 4,2% é o reajuste da tarifa que ocorreu no ano passado, em julho. E o crescimento da variação da tarifa média, nós estamos comparando esse 2T com o 2T do ano anterior. Caio Dias: Está certo. Faz sentido. E o CAPEX, você poderia repetir, por favor, porque eu perdi essa parte do call? Caio, na parte do CAPEX, separado unidade por unidade, elas têm um condão de obedecer ao contrato de concessão, e também ao próprio andamento que esses projetos têm com relação às liberações do poder concedente. Então, na parte de concessões rodoviárias, algumas liberações de investimentos, por motivos administrativos, têm atrasado essas liberações. Então, isso propicia um atraso no início de alguns investimentos, que são contratuais. Isso não afeta os marcos contratuais de finalização desses investimentos. Então, pode ser que ocorram algumas mutações de semestres ou de passagem de um ano para o outro, mas respeitando sempre, infelizmente, essa burocracia que existe para você liberar esses investimentos. Eu aproveito essa oportunidade, e também na parte de logística, o meu caso em especial é o caso de Viracopos, cuja LP já foi emitida, agora a licença de LI deve sair agora dentro dos próximos 60 dias, e aí se iniciam as obras. Minha única preocupação é que peguem períodos de chuvas, e as obras fiquem um pouco mais caras. Então, 6

talvez seja importante atrasar o início, porque são obras de terraplanagem no início, para poder construir as instalações, e talvez seja melhor aguardar um período de seca para poder ter um melhor resultado do investimento e menos custo. Mas aproveito a sua pergunta para também informar a todos vocês que estamos em negociação com os poderes concedentes sobre relevantes investimentos em nossas concessionárias. Eu faço essa observação porque, em especial em São Paulo, é provável que nos próximos dias saiam notícias por parte do Governo do Estado conclamando a Ecovias, em especial, para fazer investimentos importantíssimos na região da Baixada Santista. Isso se dará através do instrumento que vocês já começaram a se acostumar, o famoso fluxo de caixa marginal, em que estamos em negociação e em discussão com o poder concedente. Para o fluxo de caixa marginal, o que nos resta e ao poder concedente, não só é a definição da taxa como também das responsabilidades e dos riscos envolvidos por essa taxa. De outra maneira, se a taxa for, por exemplo não é isso, mas apenas para extremar de 8%, uma taxa interna de retorno, obviamente o Governo terá que assumir todos os riscos daquele investimento. Ou seja, desapropriações, remoções, remanejamentos etc., valores que possam ultrapassar; não é isso que estou me referindo como a taxa que está sendo negociada, mas as taxas refletem exatamente que riscos que a Companhia assume com relação a esse investimento e o que o Estado também assume dentro desses relevantes investimentos. Estamos falando de obras complexas, de obras extremamente importantes, que possivelmente serão feitas com a rodovia viva, ou seja, terão muitos trabalhos noturnos para poder ser desenvolvido, não são obras baratas, isso já está no preço. Mas para que tenhamos uma taxa interna de retorno no fluxo de caixa marginal que possa ser de comum acordo entre as duas partes, o que se discute hoje é exatamente a assunção por parte do Estado de todos os riscos inerentes a esses investimentos, e que proteção nós temos em relação a isso. Isso demandará para nós, então, investimentos que são absolutamente hoje fundamentais e essenciais para o aumento da fluidez das nossas rodovias, e com isso, sem dúvida nenhuma, do nosso tráfego e da nossa receita, até porque vivemos de caminhão parado em congestionamento, mas caminhão passando pelas nossas praças de pedágio, tendo fluidez, e ao mesmo tempo originará uma melhor percepção quanto ao crescimento do Porto de Santos, estamos preparados para a explosão que estamos desenhando na região da Baixada Santista, assim que a parte de óleo e gás começar a se instalar e começar a ter as atividades de petróleo na costa paulista. Caio, só complementando então, um pouco mais claro, quer dizer, a questão da revisão do CAPEX tem essa primeira parte. Vamos dividir a questão de eventuais atrasos de obras, uma movimentação de obras entre 2011 e 2012, faltam praticamente cinco meses para terminar o ano. É lógico que se dentro dessa revisão for fechado esses acordos, quer dizer, novos investimentos em função da necessidade das rodovias principalmente aqui em São 7

Paulo, então o CAPEX poderá contemplar também esses lugares desses novos investimentos. A princípio nós estamos trabalhando em uma revisão do que foi divulgado, daquilo que vocês possuem hoje, e nós estaremos nos próximos meses divulgando um novo guidance sem esses novos investimentos. Se os novos investimentos ocorrerem nesse período eles serão incluídos nessa nova projeção. E eu só concluo dizendo que também em outros estados, no Paraná e no Rio Grande do Sul, ocorre o mesmo movimento, ou seja, há negociações oficiais ocorrendo, cronogramas importantes de atividades do poder concedente, e das concessionárias já formuladas, em especial no Paraná, uma das obras fundamentais para o estado no aspecto econômico e social é a duplicação do trecho Cascável/Foz do Iguaçu cujo andamento também dessas negociações se dá baseado muito no que está sendo feito aqui em São Paulo, e o que também se tem de informações sobre o Governo Federal. Caio Dias: Está OK. Excelente. Muito obrigado. Vitor Mizusaki, UBS: Bom dia. Marcelino, apesar de você ter falado que esse 8% não seria a taxa que está sendo negociada, considerando que o Governo assuma todo esse risco de desapropriação, outros eventuais riscos com relação à construção, com relação ao investimento, 8% seria uma taxa atraente para vocês ou não? Vitor, a resposta é não. Eu fiz apenas um exercício, poderia ter falado X, mas aí poderia confundir com alguma empresa, se eu falar Y poderia ser outra empresa também. Então, queria pedir desculpas quanto ao exemplo que eu tomei. Não, não é uma taxa que nos atraia, e nesse caso que eu poderia considerar de fato, estamos falando de range entre 10% a 12%, muito mais próximo da curva superior do que da curva inferior. Ao nosso desejo, obviamente, ela é muito maior, mas com todas essas negociações acabamos encontrando soluções políticas e institucionais que eram importantes, e ao mesmo tempo, ao fechar essa operação nós vamos demonstrar a vocês todos, ao mercado e aos analistas, o excepcional negócio que está sendo feito pela Companhia, justamente por uma série de riscos envolvidos nessa operação deixaram de existir e se existirem eles só vem o beneficio de mais prazo para a concessionária. Então, tentamos achar uma solução ao mesmo tempo política, e ao mesmo tempo excepcional, boa, excelente para os nossos acionistas. O exemplo que eu dei foi apenas para chamar a atenção de vocês, mas não teve o condão, se você me falar se eu aceito 10%, não, 10,5%, não, 11%, não. A partir daí, de 12%, é algo que estamos avaliando justamente se o Estado tiver essa capacidade de, que ele está tendo, de assumir uma série de riscos. Estou falando de riscos, na verdade estes são custos que podem existir e que só serão mensurados de fato quando vier a execução da obra. 8

Vitor Mizusaki: OK. Marcelino, você já teria alguma ideia de quanto estamos falando de investimento se colocarmos todos esses projetos que estão sendo negociados? Nesse primeiro pacote, são vários pacotes sucessivos, nesse primeiro pacote que eu chamo sempre que é a porta de entrada, alguém precisa abrir a porta, estamos falando algo entre R$300 milhões a R$400 milhões. Vitor Mizusaki: OK, obrigado. Caio Dias, Santander: Oi, Marcelino, Roberto. Só mais uma pergunta, então essa nova estrutura negociação dos aditivos contratuais de fluxo marginal deve ser adotado aqui pelo Governo de São Paulo em todas as novas negociações, ou vai ser caso a caso e eventualmente se adote uma nova estrutura? E como estão acontecendo as negociações nos outros estados, no Paraná e no Rio Grande do Sul, também em cima dessa estrutura de fluxo marginal, uma tira especifica para o novo projeto ou ainda baseado na tira original do projeto para o fluxo total do projeto? Caio, essa discussão está ocorrendo em todos os lugares, e todos têm o mesmo caminho de solução, que seria esse fluxo de caixa marginal. Ele só vale para novos investimentos não contratuais e não previstos, ou que estavam previstos para que o poder concedente os fizesse, como o poder concedente, em boa parte dos casos, ou não tem recursos ou tem uma ineficiência para se fazer as licitações, demora, prazos, então a iniciativa privada está sendo chamada, com certeza está sendo chamada, pois as obras estão dentro das suas rodovias. Qualquer investimento atual que seja porventura antecipado, que seja porventura feita alguma modificação, ele obedece os mesmos critérios da taxa interna de retorno de projeto. Não alterou nada. Exatamente o efeito sob o contrato original não existe, o caso que vocês viram agora sobre a mudança de índices demonstra isso. Simplesmente é feito uma contabilidade ao final do mês, ao final do ano, sob a diferença entre PCA e VPN sobre o tráfego real, e aí é feito o ajuste por meio de prazo de concessão, operação de uma linha. No caso de fluxo de marginal também, é uma linha a mais. O que eu disse várias vezes para vocês é que nós, com essas taxas e com esses investimentos, ao final das contas estamos muito mais próximos da taxa original do 9

projeto, na sua somatória, na sua combinação, do que a taxa mais baixa, o que não seria razoável e não seria aceita pela Companhia se não fosse assim. Sobre taxas internas de retorno, eu clamo apenas uma afirmação que foi feita em um seminário por parte do secretário de transportes de São Paulo, que foi público, centenas de pessoas que ouviram, e ele disse, investimentos que tenham menor complexidade, que tenham menor risco, terão uma taxa mais baixa, aquelas que terão uma complexidade maior terão uma taxa mais alta. Bom, nós estamos dentro do range superior, nós estamos discutindo o range superior dessa taxa, nesse momento o Governo do Estado de São Paulo deve adotar taxas internas de retorno diferenciadas para alguns tipos de investimentos que não sejam tão complexos ou que envolvam e a concessionária aceite esse tipo de renumeração. O nosso caso, todos os investimentos que estão no nosso pipeline, que estão previstos são de alta complexidade, são de altos recursos de engenharia e todos eles, sem dúvida nenhuma, terão uma taxa interna de retorno que vai o top que é aquilo que o Governo do Estado, junto conosco e os demais, estará pactuando. Caio Dias: Está certo, muito obrigado. Operadora: Encerramos nesse momento a sessão de perguntas e respostas. Agora gostaria de passar a palavra ao senhor Roberto Nakagome para suas considerações finais. Senhores, se alguém ainda tiver dúvidas, por favor, sinta-se à vontade para contatar o nosso Departamento de Relação com Investidores, estamos aqui disponíveis. Muito obrigado novamente por acompanharem a nossa conferência. Tenham todos um bom dia. Operadora: Obrigada. Encerramos neste momento a conference call do EcoRodovias, agradecemos a participação de todos. Tenham um bom dia. Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 10