PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES

Documentos relacionados
PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES

PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA 11ª Classe

PROGRAMA DE FUTEBOL 10ª Classe

PROGRAMA DE GINÁSTICA 11ª Classe

PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DA GEOGRAFIA

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 12ª Classe

2014/2015. História da Cultura e das Artes ESCOLA SECUNDÁRIA DE AMORA. Curso Profissional de Técnico de Turismo 3º Ano

Projecto Anual com Escolas Ano lectivo 2010/2011

PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

PROGRAMAS DE METODOLOGIA DE ENSINO DO PORTUGUÊS

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular HISTÓRIA DA ARQUITECTURA Ano Lectivo 2014/2015

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 10ª e 11ª Classes

HISTÓRIA DAS ARTES 12º ANO. Curriculo e Avaliação

História da Cultura e das Artes

PROGRAMA DE HISTÓRIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 12ª Classe

Critérios Gerais de Avaliação

Autores: Adelaide Campos Adelina Figueira Anabela Almeida Esmeralda Martins Maria José Rodrigues Maria de Lurdes Amaral

DISCIPLINA DE: HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES código

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular HISTÓRIA DO CINEMA E DAS ARTES Ano Lectivo 2015/2016

MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO DOS ESTÁGIOS

PROJECTO DE REALIZAÇÃO

ÍNDICE PATRONATO DE SANTO ANTÓNIO INTRODUÇÃO... 2 I - OPÇÕES E PRIORIDADES... 3

Caracterização do Curso de Formação de eformadores

CRITÉRIOS DE AVALIACÃO

Metas de Aprendizagem Pré-escolar Expressões. Introdução

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 12ª Classe

Bilinguismo, aprendizagem do Português L2 e sucesso educativo na Escola Portuguesa

FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO

PROGRAMA DE METODOLOGIA DE ENSINO DE INGLÊS

Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma*

Proposta de reformulação da Pós-Graduação em Teatro e Comunidade ESMAE-IPP (aumento para 60 créditos)

PROGRAMA DE PSICOLOGIA DESPORTIVA 11ª Classe

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular DOCUMENTAÇÃO E INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO Ano Lectivo 2009/2010

OFICINA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM EMPREENDEDORISMO

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ECONOMIA PORTUGUESA E EUROPEIA Ano Lectivo 2015/2016

Artes Visuais Estudantis (AVE)

Departamento de Ciências da Educação Licenciatura em Educação de Infância 3º Ano

Educação Formação Avançada

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA

PROVA ESCRITA DE HISTÓRIA

Curso de Especialização Tecnológica em Aplicações Informáticas de Gestão (CET-AIG)

AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

Docente: Adriana Severino da Silva Ano: 2013

Nº 13 AEC - Papel e Acção na Escola. e-revista ISSN

Licenciatura em Gestão de Marketing (LMK)

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 7ª Classe

PROGRAMA DE HISTÓRIA. 10ª Classe

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR Ano Lectivo 2011/2012

PROGRAMA DE INFORMÁTICA

PROGRAMA DE MATEMÁTICA 11ª Classe

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva

NCE/14/01786 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

CURSO DE HISTÓRIA: EMENTAS DAS DISCIPLINAS NÍVEL I

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular TRABALHO FINAL DE CURSO Ano Lectivo 2015/2016

Regulamento de Estágio do Mestrado em Desporto 2009

Metas de Aprendizagem 1.º Ciclo Expressões Artísticas. Introdução

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

Projeto Pedagógico e de Animação Do Estremoz Férias 2015

PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL

UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA Escola Nacional de Saúde Pública REGULAMENTO E PLANO DE ESTUDOS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Ano Lectivo 2012/2013

Profitability Engineers

20º. COLÓQUIO DA ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES CATÓLICOS [APC] Os 20 anos dos Colóquios APC. Cristina Nobre: Duas décadas revisitadas

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE UDM DIRECÇÃO ACADÉMICA CURRÍCULO DA ÁREA DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE EMPRESAS AFAGE

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE

PLANO DE ESTUDOS 2º CEB. Introdução

Ficha de Unidade Curricular

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular CONTABILIDADE FINANCEIRA Ano Lectivo 2014/2015

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 9ª Classe

NORMAS REGULADORAS DOS ESTÁGIOS INTEGRADOS NOS CICLOS DE PÚBLICA E EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EMPRESARIAL

Serra do Saber. Noções básicas de infância

Projeto de Música Pop e Rock

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE PLANO DE ENSINO

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL. Saída(s) Profissional(is): Operador de Fotografia (nível 2)

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO LABORAL

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO AVANÇADA EM SERVIÇO SOCIAL Ano Lectivo 2012/2013

HABILIDADES CONTEÚDO METODOLOGIA/ESTRATÉGIA HORA/ AULA

Ementário do curso de Design de Moda Grade 2008/1

CRITÉRIOS e INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Departamento das expressões - 3º ciclo - ano lectivo Domínios Parâmetros Instrumentos % Peso

Avaliação De Desempenho de Educadores e de Professores Princípios orientadores

PROGRAMA DE QUÍMICA 10ª CLASSE. Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010)

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS Ano Lectivo 2011/2012

ESTRUTURA COMUM DE AVALIAÇÃO CAF 2006 DGAEP 2007

FACCAMP FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA COORDENADORIA DE EXTENSÃO E PESQUISA

PROGRAMA DE QUÍMICA 12ª Classe. Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário

Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel

REGULAMENTO INTERNO DA BIBLIOTECA ESCOLAR / CENTRO DE RECURSOS. ESCOLA SECUNDÁRIA QUINTA do MARQUÊS

Departamento das Educação Pré-escolar

Desde 1995, tem sido desenvolvido no Centro Municipal de Juventude, um espaço no âmbito da dança contemporânea, através da ESCOLA DE DANÇA.

Curso DESIGN. Turma: 4º DSGN-1 Número de Créditos Teórica Prática Total Teórica Prática Total 1 h 1 h 2h 18 h 18h 36h 2

AVALIAÇÃO NAS DISCIPLINAS CURRICULARES

FILOSOFIA. 1. TURNO: Vespertino HABILITAÇÃO: Licenciatura. PRAZO PARA CONCLUSÃO: Mínimo = 4 anos

Transcrição:

PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES 11ª Classe 2º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL Área de Artes Visuais

Ficha Técnica Título Programa de História das Artes - 11ª Classe Editora Editora Moderna, S.A. Pré-impressão, Impressão e Acabamento GestGráfica, S.A. Ano / Edição / Tiragem / N.º de Exemplares 2013 / 2.ª Edição / 1.ª Tiragem / 2.000 Ex. E-mail: geral@editoramoderna.com 2013 EDITORA MODERNA Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito da editora, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autor.

ÍNDICE Introdução Geral à Disciplina no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral ---- 4 Objectivos Gerais da Disciplina no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral -- 5 Objectivos Gerais da Disciplina na 11ª Classe --------------------------------- 6 Conteúdos Programáticos ------------------------------------------------------ 7 Sugestões de Abordagem Metodológica -------------------------------------- 10 Avaliação ----------------------------------------------------------------------- 12 Bibliografia --------------------------------------------------------------------- 13 3

11ª CLASSE INTRODUÇÃO GeraL à Disciplina no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral O programa de História da Arte tema duração de três anos e destina-se a ser executado nas 10ª, 11ª e 12ª classes da Área Artística do 2º ciclo do Ensino Secundário. A disciplina tem carácter obrigatório e integra a área temática da Formação Específica, pressupondo um horário semanal de duas horas na 10º classe e de três horas na 11ª e na 12ª classes. Utilizaram-se como principal quadro de referência para este programa os enunciados de objectivos e perfis terminais da Área Artística do 2º ciclo do Ensino Secundário Geral, sob os quais se fundamentam as opções técnico-científicas e formativas/pedagógico-didácticas deste programa. A saber: Fornecer uma base de dados geral e ampla sobre a evolução das produções artísticas nas sociedades em que os alunos geográfica e culturalmente se inserem: a sociedade africana e ocidental, num plano mais vasto; a sociedade angolana, de modo mais directo; Perspectivar formas de enquadramento e de comparação dessa evolução com outros modelos a nível mundial. E fazê-lo, sobretudo, através das metodologias adaptadas; Permitir a aquisição de capacidades e competências específicas deste curso e da disciplina (ver, adiante, objectivos gerais das classes deste programa); Desenvolver um posicionamento consciente, crítico e responsável perante fenómenos artísticos culturais; Contribuir para a formação pessoal desenvolvendo a imaginação, a criatividade, o sentido estético e o espírito crítico. Foi em função destes propósitos que se optou por uma estrutura programática flexível e diversificada para os três anos da disciplina, permitindo uma articulação vertical elaborada no sentido do desenvolvimento progressivo dos conhecimentos e das capacidades específicas dos alunos e da sua autonomia na construção da aprendizagem. 4

PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES Objectivos Gerais DA DISCIPLINA no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral Desenvolver as capacidades de percepção, interpretação e crítica das produções artísticas. Promover a compreensão dos fenómenos estéticos na sua dimensão pessoal, social e histórica. Desenvolver a imaginação e a sensibilidade estética. Proporcionar a aquisição de atitudes de inovação e de intervenção fundamentada e responsável em relação aos fenómenos estéticos. Valorizar o património artístico das sociedades como testemunho e expressão do sentido universal da humanidade. 5

11ª CLASSE Objectivos Gerais DA DISCIPLINA NA 11ª CLASSE Conhecer os critérios para definir e avaliar diferentes acepções do conceito de Arte. Conhecer e aplicar terminologias técnicas aplicáveis à pintura, à escultura, à arquitectura e ao design. Compreender o contributo das produções artísticas de cada época para a evolução da Arte através da história e na actualidade. Relacionar os conceitos de Arte e História. Descobrir o(s) significado(s) da arte no contexto cultural das sociedades. Melhorar a capacidade de análise, leitura e interpretação da obra de arte. Desenvolver o crescimento da autonomia pessoal do aluno tendo em vista a sua capacidade de intervir de modo responsável e crítico no meio. Desenvolver valores estéticos pessoais. Revelar curiosidade e interesse pelos fenómenos artísticos. Frequentar locais de encontro com a Arte (museus, galerias, entre outros). Valorizar as expressões artísticas independentemente de adesões ou gostos pessoais. 6

PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES Unidade 1 - Introdução. CONTEÚDOS programáticos Subunidade 1 - A Arte e as artes: Unidade e diversidade. 1.1. As artes de cavalete e as artes ditas menores. 1.2. O papel do artesanato, ontem e hoje. 1.2.1. O artesanato africano. O estatuto do artesão africano. 1.2.2. Arte popular e Arte erudita. 1.3. O património artístico. 1.3.1. Conceito de património. 1.3.2. Conservação/inovação. 1.3.3. A Arte como documento histórico. 1.4. Entre o artista e o operador estético: a revolução conceptual da actividade artística. 1.4.1. A Arte como realidade autónoma. 1.4.2. A Arte como atitude: visual e mental. 1.4.3. A Arte como intervenção. Unidade 2 - O Classicismo. Subunidade 1 - O Classicismo na Arte europeia do período moderno. 2.1. O Individualismo, o Humanismo e o Racionalismo no quadro político-económico da Europa em expansão (do séc. XV ao séc. XVIII). 2.2. A origem: do Gótico ao Renascimento italiano. 2.3. A Renascença clássica. O conceito de Renascimento e condições gerais dos séculos XV e XVI na Europa. 2.4. Itália: centro do Renascimento e condições específicas para o seu surgimento. A situação do artista. 7

11ª CLASSE 2.5. Características gerais e especificidades regionais na arquitectura, na escultura e na pintura. 2.6. O Renascimento fora de Itália. 2.7. O Maneirismo. 2.7.1. O conceito de Maneirismo. A necessidade de uma linguagem plástica e o reflexo da crise do séc. XVI nos seus valores clássicos. O Maneirismo como estilo internacional e aristocrático. 2.7.2. Características gerais na arquitectura, na escultura e na pintura. 2.8. Do Barroco ao apogeu rocal. 2.8.1. O estilo Barroco: seu conceito, condições socioeconómicas e culturais que originaram este estilo. 2.8.2. Arquitectura, pintura e escultura barrocas. 2.8.2 A permanência do Classicismo renascentista na actualidade. 2.8.4. A arte da Antiguidade em África. A descoberta da Arte Negra. Função e significado da Arte na vida do povo africano. Unidade 3 - O Século XIX. Subunidade 1 - O limiar da época contemporânea: a Arte entre as revoluções (liberalismo e industrialização). 3.1. Do antigo regime à dominação burguesa: principais alterações estruturais. Do Iluminismo ao cientismo realista. 3.2. Os caminhos da Arte no séc. XIX. 3.2.1. Do Neoclassicismo ao Romantismo: na arquitectura (ecletismo e revivalismos) e nas artes plásticas. 3.3. A Arte europeia na viragem do século. 3.3.1. A industrialização e as novas concepções arquitectónicas e urbanísticas. 3.3.2. O aparecimento da fotografia e as suas consequências para a pintura: Realismo e Impressionismo. 3.3.3. Os novos caminhos da pintura no final do século: Pós-Impressionistas; Simbolismo e Pré-Rafaelistas. 8

PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES 3.3.4. A escultura de Rodin. 3.3.5. O movimento Arts and Crafts : renovação do gosto em Inglaterra. 3.4. Do Classicismo ao Naturalismo. 3.5. A arte em África: As artes tradicionais; A multiplicidade de estilos. Unidade 4 - Primeiras décadas do século XX. Subunidade 1 - As grandes linhas definidoras das artes plásticas da primeira metade do séc. XX. 4.1. O quadro histórico da Europa e do mundo durante a primeira metade do séc. XX. 4.2. A evolução da fotografia e do cinema e suas repercussões nas artes plásticas: Da fotografia ao cinema: o primeiro passo; Evolução técnica e estética do cinema: o som e a cor. 4.3. A pintura. 4.3.1. Da Expressão à Abstracção: os ismos do séc. XX: Fauvismo, Expressionismo, Cubismo/Orfismo, Futurismo, Abstraccionismo lírico e geométrico, Construtivismo. 4.3.2. O revelador do inconsciente: Dada, pintura auto-física e Surrealismo. 4.3.3. O Neoclassicismo. 4.4. A influência da pintura na busca de novas formas escultóricas. 4.5. A influência da Arte africana. 4.6. Arte contemporânea africana. 9

11ª CLASSE SUGESTÕES DE ABORDAGEM METODOLÓGICA De carácter geral A correcta consecução dos objectivos propostos por este programa depende essencialmente da maneira como, no terreno, ele for concretizado. Será, pois, determinante para o seu bom êxito o tratamento pedagógico/didáctico que lhe derem os professores que o vão aplicar. Esta convicção leva-nos a explanar algumas linhas metodológicas que consideramos básicas e necessárias para o cumprimento total do programa nas suas duas vertentes essenciais: a da formação cientifico-tecnológica, específica; e da formação pessoal e social, comum a todos os programas. Assim, consideramos como metodologia básica do programa uma metodologia centrada no aluno, que lhe proporcione uma progressiva autonomia no seu processo de aprendizagem. Isso significa que, através de métodos semi-directivos e activos, o professor deverá conceber e planificar as aulas como esboço de trabalho efectivo para os alunos, onde os diversos saberes e experiências adquiridos por um e outros se reconstroem e organizam em novos saberes e competências, sob sua orientação e tutela pedagógico/didáctica. A função do professor será, então, de uma crescente responsabilidade. Cabe-lhe: 1) Fazer chegar aos alunos, através da simples exposição didáctica ou da documentação de trabalho que criteriosamente para eles seleccionou, a informação científica actualizada, necessária à formação dos saberes científicos; 2) Planificar e executar estratégias e actividades diversificadas e pertinentes, adequadas à construção dos saberes e também ao desenvolvimento da capacidade, da competência e dos valores pretendidos; 3) Utilizar métodos pedagógicos e didácticos ajustados, quer à consecução das estratégias e actividades propostas, quer à transmissão dos saberes; 4) Assumir uma relação pedagógica aberta e interpessoal, baseada no respeito mútuo e na tolerância. 10

PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES Deste modo, e atendendo à especificidade das aulas desta disciplina, propõemse aulas activas em que os alunos sejam confrontados com tarefas diversificadas e motivadoras que, através do trabalho individual e de grupo, lhes permitam: O contacto directo com as fontes da Historia da Arte em visitas a estações arqueológicas, museus, galerias e outras manifestações artísticas; O manuseamento de diversos materiais pedagógicos/didácticos, como a imagem em gravura, o slide, a fotografia ou o vídeo, os mapas e cronologias, os testes historiográficos e as críticas de arte; A experimentação e aquisição progressiva de métodos de análise, interpretação e crítica das diversas obras de arte; A organização correcta dos dados obtidos através da prática de exercícios de consulta bibliográfica e da síntese pessoal; O confronto de opiniões na prática constante do diálogo múltiplo; O constante relacionamento entre os saberes teóricos e práticos numa perspectiva transdisciplinar. Enfim, uma metodologia que dê ao aluno a real dimensão e complexidade dos fenómenos artísticos, temática em que o trinómio indivíduo-sociedadenatureza se interliga de forma inseparável, mas que lhe proporcione também o correcto desenvolvimento de capacidades e competências, e o ajude na sua construção pessoal. Na abordagem específica dos temas programáticos, salientamos a necessidade de incluir genéricas contextualizações civilizacionais e culturais que favoreçam a compreensão da interdependência entre Arte e História. É importante também que, estimulando o raciocínio crítico e a compreensão do aluno, se estabeleçam constantes relações analógicas, bem como perspectivas, que construam a ligação entre o passado e o presente. Atenção: Ao planificar as aulas para o desenvolvimento das diferentes unidades/ subunidades do programa, consultar o manual História das Artes 11ª Classe, da consultoria Científica e Pedagógica de Jorge Gumbe. 11

11ª CLASSE AVALIAÇÃO De acordo com as sugestões metodológicas propostas e os objectivos enunciados, sugerimos uma avaliação eminentemente formativa e à base de critérios, orientada no sentido da verificação do progressivo desenvolvimento das capacidades e competências dos alunos. Deste modo, o professor deverá pôr em prática estratégias, técnicas e instrumentos de hetero e auto-avaliação, diversificados e frequentes, permitindo um contínuo feedback do processo de ensino/aprendizagem. Nos vários momentos de avaliação, consignados nos documentos oficiais, a classificação a atribuir deve reflectir os seguintes critérios: Utilização de um vocabulário técnico; Aquisição dos conhecimentos básicos para cada unidade didáctica, com ênfase naquelas que o programa dá maior destaque; Desenvolvimento de competências e capacidades mínimas para a disciplina; Assumpção de competências e valores significativos para este nível educacional e para o curso artístico. 12

PROGRAMA DE HISTÓRIA DAS ARTES BIBLIOGRAFIA BENEVOLO, Leonardo - História da Arquitectura Moderna, 5ª edição ampliada, Gustavo Gili, Barcelona, 1982. DROSTE, Magdalena - Bauhaus, 1919-1933, Benedikrtascheu, Colónia, 1994. JANSON, H. W. - História da Arte, 2ª edição, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1982. SHORT, Robert - Dada & Surrealism, Laurence King, Londres, 1994. MENNA, Filiberto - A Linha Analítica da Arte Moderna, Barcelona, 1977. DORFLES, Gillo - Tendências da Arte de Hoje, Arcádia, Lisboa, 1964. ARGAN, G. C. - Arte e Crítica de Arte, Lisboa, Ed. Estampa. ARGAN, G. C. - L Art Moderne, Lisboa, Ed. Estampa. HUNTER, S. - Arte do Séc. XX. MVENG, Engelbert - L Art et L Artisanat Africains. BASTIN, Marie Louise - Introduction aux Arts D Afrique Noire. OBENGA, Théophile - Les Peuples Bantu, édition du CICIBA, 1989. 13