Este Informativo é uma publicação mensal, enviado para 21.625 Parceiros Rurais. Edição nº 20 - Setembro de 2015. Nesta Edição. Página 2.

Documentos relacionados
REGIONAL CENTRO-OESTE

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14

Página Rural. Página Inicial Notícias Artigos Entrevistas Feiras e Eventos Indicadores Leilões Multimídia Publicações Reportagens.

Alta do dólar eleva preços, atrasa aquisições de insumos e reduz poder de compra

BOLETIM CUSTOS E PREÇOS Abril de 2014

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Agosto/2015

Soja - Análise da Conjuntura Agropecuária. Novembro 2015 PARANÁ

Milho Período: 11 a 15/05/2015

ALGODÃO EM MATO GROSSO JULHO/15

IRRIGAÇÃO DO ALGODOEIRO NO CERRADO BAIANO. (ALGODÃO IRRIGADO NO CERRADO BAIANO) (ALGODÃO COM IRRIGAÇÃO COMPLEMENTAR NO CERRADO BAIANO) Pedro Brugnera*

Preço médio da Soja em MS Período: 06/03 á 11/03 de Em R$ por saca de 60 kg

MANUAL DE VENDAS SEGURO COLHEITA GARANTIDA

O homem transforma o ambiente

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Junho/2012

AGROMENSAL CEPEA/ESALQ Informações de Mercado

MARGENS ESTREITAS PARA O PRODUTOR DE ALGODÃO

INDICAÇÃO N o, DE 2015

Pedro Mizutani acredita que setor sucroenergético deve sentir uma recuperação mais acelerada da crise

ORIENTAÇÕES SOBRE SEGURO, PROAGRO E RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS

A balança comercial do agronegócio brasileiro

[Infográfico] As projeções de produção da cana, açúcar e etanol na safra 2023/2024

Mercado. Cana-de-açúcar: Prospecção para a safra 2013/2014

MILHO TRANSCÊNICO: CADA VEZ MAIS PRESE

1.6 Têxtil e Confecções. Diagnóstico

ALGODÃO EM MATO GROSSO AGOSTO/15

Produção de grãos na Bahia cresce 14,64%, apesar dos severos efeitos da seca no Estado

RELATÓRIO DE MERCADO JULHO DE 2015

TRIGO Período de 12 a 16/10/2015

Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957.

INTRODUÇÃO A SOJA CONTÉM

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt

ISS I N F O R M AT I VO Casa Rural. edição outubro Agricultura. Soja - Milho - Insumos Agrícolas

Soja: elevação dos preços da convencional/transgênica deve dificultar incremento da orgânica

Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana

Os desafios do agronegócio paulista e brasileiro

RELATÓRIO TÈCNICO. Técnico: João Adolfo Kasper. Período de Viagem:19/06/2005 á 25/06/2005

Edição 38 (Março/2014)

AGRÍCOLA NO BRASIL. Prefácio. resultados do biotecnologia: Benefícios econômicos da. Considerações finais... 7 L: 1996/ / /22...

CONJUNTURA MENSAL JUNHO

Transcrição da Teleconferência Q&A Resultados do 4T08 Fertilizantes Heringer (FHER3 BZ) 12 de março de 2009

BOLETIM ANUAL DO MERCADO DE GRÃOS: MILHO SAFRA 2008 / 2009 Maio de 2008

Logística do Agronegócio: Entraves e Potencialidades para o setor. Andréa Leda Ramos de Oliveira Pesquisadora Científica andrealeda@gmail.

INFORMATIVO MENSAL LAPESUI

ESCRITÓRIO ROBERT DANIEL

Milho Período: 16 a 20/03/2015

Mineração. Minério de ferro: Preços em queda e estoques crescendo. Análise de Investimentos Relatório Setorial. 22 de Maio de 2014

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA)

é de queda do juro real. Paulatinamente, vamos passar a algo parecido com o que outros países gastam.

Edição 39 (Março/2014)

CUSTO DE PRODUÇÃO DE GRÃOS EM LONDRINA-PR

Edição 24 (Novembro/2013) Cenário Econômico A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2013: UM PÉSSIMO ANO Estamos encerrando o ano de 2013 e, como se prenunciava, a

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA)

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Edição 40 (Março/2014)

Os Benefícios Econômicos da Biotecnologia Agrícola no Brasil: 1996/97 a 2010/11

Fabricantes de balas demitirão funcionários

A Suzano e o Fomento na Bahia

ALGODÃO 2ª SAFRA NA SAFRA 14/15 DEZEMBRO - ANO 6 - EDIÇÃO 67

150 ISSN Sete Lagoas, MG Dezembro, 2007

2.2 - SÃO PAULO, PARANÁ, ESPÍRITO SANTO, BAHIA E RONDÔNIA.

Você atingiu o estágio: Recomendações. NOME: MUNICIPIO: Ipiranga Data de preenchimento do guia: Data de devolução do relatório:

Tabela 1. Raiz de mandioca Área colhida e quantidade produzida - Brasil e principais estados Safras 2005/06 a 2007/08

Revisão Mensal de Commodities

A RECUPERAÇÃO DA PRODUÇÃO DO ALGODÃO NO BRASIL. Joffre Kouri (Embrapa Algodão / joffre@cnpa.embrapa.br), Robério F. dos Santos (Embrapa Algodão)

Grãos: um mercado em transformação. Steve Cachia

Uma política econômica de combate às desigualdades sociais

Data: ABN. Cafés especiais do Brasil consolidam novos mercados

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Março/2015

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso

Banco ABC Brasil Relações com Investidores Transcrição da Teleconferência de Resultados do 1T13 03 de maio de 2013

110,0 105,0 100,0 95,0 90,0 85,0 80,0

Dicas para investir em Imóveis

O gráfico 1 mostra a evolução da inflação esperada, medida pelo IPCA, comparando-a com a meta máxima de 6,5% estabelecida pelo governo.

Desempenho da Agroindústria em histórica iniciada em Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA COMPRA DE TÍTULOS NO TESOURO DIRETO

Felipe Oliveira, JPMorgan:

Produção de Alimentos e Energia. Ribeirão Preto

Rodobens é destaque no website Infomoney

Mercado Externo. Preço do milho (ZCN5) Índice Dólar (DXY) Fonte: TradingView, CMEGroup

Novas perspectivas para o Comércio entre Brasil e China. Resenha Economia e Segurança

Mauro Savi. 8º presidente da Nelore MT 2013 a 2014

Biocombustíveis: Estudo de culturas adequadas à sua produção: um panorama da produção agrícola da cana de açúcar e da soja.

Intenções de Investimento

O MERCADO DE SOJA 1. INTRODUÇÃO

Preços agrícolas, tecnologia e segurança alimentar

Preço da soja pode cair ainda mais, afirma estudo do Rabobank -Agri...Página 1 de 10

Logística e infraestrutura para o escoamento da produção de grãos no Brasil

Sumário executivo. ActionAid Brasil Rua Morais e Vale, 111 5º andar Rio de Janeiro - RJ Brasil

Edmar W. Gervásio Administrador, especialista em Marketing e Agronegócio UFPR edmar.gervasio@seab.pr.gov.br Fone: (41)

PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE SOJA NO NORDESTE

Pedrão, o que é a SÍNDROME DO MÍOPE? Para quem não é míope, segue uma foto de como o míope (eu sou um deles) vê o mundo:

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO E COOPERATIVISMO SDC. Agricultura do Século XXI Agropecuária, Meio Ambiente, Sustentabilidade e Inovação.

30/09/2008. Entrevista do Presidente da República

Diversificação, sustentabilidade e. dinheiro no bolso

Suinocultura - Análise da Conjuntura Agropecuária

8 Cálculo da Opção de Conversão

Visão. O comércio entre os BRICS e suas oportunidades de crescimento. do Desenvolvimento. nº abr no comércio internacional

Transcrição:

I N F O R M A T I V O Este Informativo é uma publicação mensal, enviado para 21.625 Parceiros Rurais. Edição nº 20 - Setembro de 2015. Nesta Edição Agricultura Página 2 O Dragão está em xeque? Prezados amigos do campo, olha a gente aqui falando de China novamente... Entrevista do Mês Página 5 Jefferson Rodrigo de Oliveira da JR Agro Grain. Algodão Página 3 Estoque chinês é de 12 milhões de toneladas e torna mercado volátil.. Milho MS colhe a maior safrinha de milho de sua história. Página 4 Pecuária Página 4 Exportação de carne bovina recua 18%.

Agricultura O Dragão está em xeque? Prezados amigos do campo, olha a gente aqui falando de China novamente... Depois dos fatos das últimas semanas onde esse gigante asiático foi o protagonista das capas de revistas, jornais e noticiários no mundo inteiro, devido às dúvidas sobre a real força dessa economia e o processo de desaceleração pela qual o país passa, nossos comentários vem no sentido de confirmar sim que as coisas não estão às mil maravilhas como foi nos últimos anos, mas que a China continua sim sendo um agente fundamental para o nosso segmento de negócio. Em momentos de desaceleração os segmentos que mais sofrem são os segmentos de bens supérfluos. A construção desacelera, o segmento imobiliário desaquece, vede-se menos carros e compra-se menos roupas e eletrodomésticos. Este não é o caso do agronegócio. Como dito em situações anteriores, a população chinesa continua crescendo (ainda mais com a regulamentação sobre o segundo filho por família), a classe média ganhando corpo e fortalecendo os hábitos de consumo que eram inexistentes no nível da pobreza. O Brasil tem e continuará a ter importantíssimo papel como celeiro fornecedor para esse país. Os chineses desvalorizaram sua moeda frente ao dólar para dar maior competitividade às suas exportações e apostam forte na força do seu próprio consumo interno também. Vamos continuar acompanhando e torcendo para que o dragão do oriente ainda tenha muito combustível para queimar. Nos últimos anos o mundo se tornou dependente de sua economia pujante e agressiva. Equipe Parceiro Rural

Milho Estoque chinês é de 12 milhões de toneladas e torna mercado de algodão volátil. A China mantém um estoque de quase 12 milhões de toneladas de algodão, volume que tem crescido ano a ano. Já o estoque mundial alcançou 21,8 milhões de toneladas em 2014/2015, e, segundo José Sette, diretor-executivo do Icac (International Cotton Advisory Committee), composto de 34 países, e sediado em Washington (EUA), a expectativa é de 20,4 milhões de toneladas para a safra 2015/2016. Sette lembra que há cinco anos os estoques mundiais somavam 8 milhões de toneladas. Esses grandes volumes são prejudiciais para o cotonicultura, disse Sette durante o 10º Congresso Brasileiro de Algodão, que está sendo realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná. Enquanto a China, principalmente, não desovar os seus estoques, a tendência é de os preços ficarem deprimidos. "Mas não há previsão nenhuma de quanto isso irá ocorrer. A volatilidade continuará", afirma. Sette adianta alguns números: a previsão do Icac para a safra mundial de algodão de 2015/2016 é de 23,7 milhões de toneladas. "Deve ficar abaixo, portanto, dos 26,2 milhões de toneladas da safra 2014/2015. Do total, 88% são produzidos no Hemisfério Norte. Os maiores produtores mundiais são a China e a Índia, com 25% cada um. O Brasil é o quinto maior produtor, com 6%, segundo Sette. "A produtividade do algodão no mundo mais que dobrou por conta do uso de fertilizantes, inseticidas e agora de biotecnologia. Foi de 300 quilos por hectare na década de 1960 para os atuais 780 quilos", informa Sette. Apesar de possuir os estoques mais elevados de algodão, é a China o maior consumidor de todo o mundo. O país asiático também é o que mais importa, pois precisa de algodão de alta qualidade. As exportações globais foram de pouco mais de 7,5 milhões de toneladas na safra 2014/2015. José Sette deixa um aviso para os próximos anos: a queda nos preços do petróleo aguça a competição das fibras sintéticas com o algodão. Fonte: Globo Rural

Milho MS colhe a maior safrinha de milho de sua história. O Mato Grosso do Sul colheu no ciclo 2014/2015 a maior safrinha de milho de sua história, 9,040 milhões de toneladas. Os trabalhos foram encerrados no fim de agosto em todo o estado, segundo o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), da Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja/MS). De acordo com o Siga, a produção cresceu 8,9% em relação ao ciclo anterior, quando o estado havia colhido 8,302 milhões de toneladas. Já em relação a área, houve um incremento de aproximadamente 5% na comparação das duas safrinhas, passando de 1,615 milhão de hectares para 1,700 milhão de hectares. Quanto a produtividade, na relação entre a safrinha 2013/2014 e a 2014/2015, foi registrado uma queda da média do estado, de 96,1 sacas por hectare para 95,7 sacas por hectare, mas houve um crescimento da chamada média ponderada, quando é considerada na avaliação a época do plantio e também o Zoneamento Agroclimático do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de 85,68 sacas por hectare para 88,6 sacas por hectare. O título de maior produtor de milho safrinha continuou neste ciclo com Maracaju. Os produtores do município cultivaram a mesma área que na temporada anterior, 232,5 mil hectares mas houve um incremento de produtividade e a produção, na comparação das suas safrinhas, cresceu 8,1%, passando de 1,171 milhão de toneladas para 1,266 milhão de toneladas. Fonte: G1

Pecuária Exportação de carne bovina recua 18% em agosto. mês passado (US$ 416,5 milhões) e 24,3% menor que os US$ 534,1 milhões de agosto de 2014. O preço médio por tonelada também sofreu retração, de 1,64%, passando de US$ 4.599,8 em julho a US$ 4.524,3 em agosto. Ante o mesmo mês do ano passado, em que a média foi de US$ 4.880,9, a queda foi de 7,3%. Os embarques vinham aumentando desde janeiro, mas estagnaram em julho e caíram no mês passado. As vendas externas de todos os tipos de carnes registraram queda em agosto na comparação com julho, tanto em volume quanto em faturamento, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No caso das carnes de frango e de suíno, os volumes embarcados continuam a superar os resultados de igual período de 2014, mas o faturamento caiu, como um reflexo dos menores preços médios por tonelada. Já os produtos de origem bovina registraram queda em todos os comparativos. A exportação de carne bovina in natura totalizou 89,3 mil toneladas em agosto, queda de 1,3% em relação às 90,5 mil toneladas registradas em julho. Os embarques vinham aumentando mensalmente desde janeiro, mas estagnaram em julho e inverteram o sentido no mês passado. No comparativo anual, as vendas externas caíram 18,4% em agosto, dadas as 109,4 mil toneladas registradas em igual mês de 2014. O faturamento foi de US$ 404,2 milhões no período, montante 2,95% inferior ao do Acumulado - A exportação de carne bovina segue abaixo dos níveis recordes verificados em 2014. Entre janeiro e agosto de 2015, as vendas totalizaram 670,6 mil toneladas, abaixo das 825 mil toneladas em igual período do ano passado (queda de 18,8%). Já o faturamento caiu a US$ 2,908 bilhões, resultado 21% menor que os US$ 3,681 bilhões dos primeiros oito meses de 2014. As vendas externas de carne de frango in natura continuam a superar os volumes registrados em 2014. De janeiro a agosto foram vendidas 2,551 milhões de toneladas, alta de 8,2% ante as 2,357 milhões de toneladas de igual período do ano passado. O faturamento somou US$ 4,219 bilhões, ante US$ 3,942 bilhões nos mesmos meses de 2014, com avanço de 7%. Os embarques de carne suína avançaram a 290,6 mil toneladas, de 270,7 mil toneladas nos primeiros oito meses de 2014, alta de 7,35%. Já receita cambial totalizou US$ 753,9 milhões no período, queda de 15,5% ante os US$ 892,6 milhões obtidos entre janeiro e agosto de 2014. Fonte: Estadão Conteúdo

Entrevista Jefferson Rodrigo de Oliveira da JR Agro Grain POR PARCEIRO RURAL O Parceiro Rural entrevistou neste mês Jefferson Rodrigo de Oliveira, proprietário da JR Agro Grain, empresa que atua na intermediação e corretagem de grãos, venda de insumos como gesso, calcário e adubos na região do Oeste Baiano. Qual a sua experiência profissional? Sou paulista, quando eu estava no interior de São Paulo, vendia defensivos e insumos para revendas, oferecendo também assistência técnica nas áreas de citros e fruticulturas. Isso foi durante 1997 a 2004. Chegando na região do Oeste Baiano em 2004, para trabalhar com vendas de químicos agrícolas e vendas de maquinas agrícolas. em 2005 entrei para o ramo de compras de grãos. Hoje, minha experiência resume se em vendas de máquinas agrícolas, compras de grãos para mercado interno e exportação (Soja, Milho, Milheto, Sorgo, Suporte Logístico, Intermédio de Vendas de Gesso, Calcários e Adubos. Nos conte sobre a história da empresa e o que a JR Agro Grain oferece a seus clientes? Jefferson Rodrigo de Oliveira da JR Agro Grain Em 2012 ao perceber que o mercado no oeste da Bahia tinha espaço para uma empresa como a JR Agro Grain, que une a demanda com oferta de forma séria e transparente, resolvi investir e iniciei uma sociedade com mais dois sócios. A um ano, fizemos uma cisão na empresa, e resolvi seguir voo solo, buscando outros mercados além da comercialização de grãos, hoje a empresa atua no segmento de comercialização de gesso, calcário e adubos formulados, tudo por intermédio de grandes parceiros. No momento estamos finalizando uma parceria para estruturar uma filial em Luis Eduardo Magalhães da Fex Trading, dando mais uma opção para os produtores rurais em nossa região para venderem seus produtos destinados à exportação.

Entrevista De que forma o agronegócio foi afetado com a crise mundial e quais os impactos sobre a região oeste? A crise brasileira atual apenas reflete uma crise que o produtor rural do oeste baiano vive a longos 4 anos, os custos logísticos estão muito acima do previsto o que eliminou quase toda a margem comercial em cima do orçado e realizado, quando não deixou o resultado negativo. Os bancos estão retraídos quanto a linhas de créditos, aumentando ainda mais os critérios para liberação de financiamentos e os poucos recursos liberados estão muito a baixo da necessidade dos produtores. Hoje a intenção dos produtores é de reduzir a área plantada ou diminuir a tecnologia no campo, faltando menos de 60 dias do inicio do plantio, muitos produtores ainda não conseguiram comprar gesso e calcário, que são fundamentais nesse período antes do plantio. Com o crédito escasso, quais as alternativas do produtor rural? Como exemplo no fertilizante para o Milho, temos o MAP (commodities importado), que devido ao câmbio em alta, já está valendo algo próximo a R$ 2.000,00 a ton. Sendo que seu preço histórico eram em média de R$ 1.650,00 posto fazenda em nossa região, hoje com essa alta, muitos estão optando por Uréia e Super Triplo, para viabilizar custos finais das lavouras. Com essa nova realidade acreditamos que os produtores poderão utilizar menos adubo por hectare, isso provavelmente irá diminuir a produtividade na região. Jefferson Rodrigo de Oliveira da JR Agro Grain e o produtor Cacio Kichel. Alguns produtores deixarão de plantar milho e algodão para investir no plantio de soja, que tem custos mais baixos principalmente se aproveitando do residual de reservas de nutrientes deixados no solo pelas culturas de algodão. Quais as dificuldades com o escoamento da safra em função das estradas da região? O escoamento não foi afetado pelo estado das estradas no geral, mesmo tendo alguns trechos que estão bem ruins em lugares localizados. Atualmente o que está deixando o mercado muito preocupado foi o aumento explosivo, subindo entre R$ 15,00 a R$ 20,00 em alguns casos a mais do que o orçado dos valores do frete rodoviário, além do valor, outro problema é a falta de caminhões que tivemos nessa safra, em alguns casos mesmo aumentando o valor do frete não se consegue carregar pela simples ausência de veículos. Este ano choveu muito nos portos da Bahia, o que atrapalhou também os descarregamentos das cargas.

Entrevista Qual a perspectiva para a produção agrícola no Oeste da Bahia nos próximos anos? Soja: Expectativa de que deve aumentar o plantio em torno de uns 40.000 a 50.000 há, já que a área anterior foi estimada de 1.400.000 há na safra 2014/15, trabalham com uma média de colheita em torno de 48 sacas por hectare no total estimado pelas tradings, os custos ficaram em média de R$ 1.900,00 a R$ 2.400,00 dependendo da tecnologia aplicada por cada produtor e somando mais R$ 600,00 para quem arrenda terras, isso na safra 2014/15. Para a safra 2015/16 com os custos altos que estão no momento, está chegando média de R$ 2.400,00 a R$ 3.000,00. Se plantar soja nas áreas de algodão a soja poderá render margem melhor de produtividade de no mínimo 10%. Milho: É uma cultura que além de um custo de produção mais elevado que a soja, tem um período necessita de chuvas, principalmente na momento do florescimento boneca quando se define a quantia de grãos, desta forma a área deve diminuir, a expectativa é de 10.000 a 20.000 hectares. Na safra 2014/15 foi plantado um total na safra passada de 240.000 há com produtividade de 120 sacas em média no ano passado (problemas com secas) e esse ano uma média de 140 sacas por hectares ( mas tivemos uma quantia melhor, mas com qualidades baixas, com excesso de chuvas). Custos 2014/2015 entre R$ 2.500,00 a R$ 3.000,00 há. Safra 2015/2016 estima-se de R$ 2.700,00 a R$ 3.300,00. Algodão: Esta cultura poderá perder uns 40.000 há para o próximo ano, decorrentes de custos bem elevados. Na safra 2014/15 a área plantada foi de 300.000 há, chegou a uma média de custos por hectares entre R$ 7.200,00 a 7.500,00. Isso dependendo da tecnologia aplicada. A safra 2014/15 prevê uma média de 260 a 270@/há contra 280@ safra 2013/14. Número não finalizado até o momento. Essa média de colheita veio devido a queda de qualidade nos baixeiros, por termos em alguns pontos excesso de chuvas quando as maçãs estavam abertas diminuindo qualidade e ataques severos de pragas (bicudo). Estimativa de custos para 2015/16, especialistas no ramo preveem custos acima de R$ 8.000,00 por há. Essa área prevista na diminuição do plantio poderá migrar quase que 100% pra plantio de soja.

Seja você um Parceiro Rural Acesse www.parceirorural.com.br Cadastro Gratuito Receba o Informativo Parceiro Rural. www.parceirorural.com.br contato@parceirorural.com.br