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Transcrição:

Registro: 2015.0000163294 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 2022175-32.2015.8.26.0000, da Comarca de Praia Grande, em que é agravante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, são agravados CONDOMÍNIO FLOR DE LA PAMELA, MARIA JOSÉ BISPO, ARTEC PRAIA GRANDE CONSTRUTORA INCORPORADORA IMOBILIÁRIA ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA, FLAUZIO DOS SANTOS SANTANA, CRISTIANA FERREIRA DE SANTANA e MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. ACORDAM, em 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ALEXANDRE LAZZARINI (Presidente sem voto), PIVA RODRIGUES E GALDINO TOLEDO JÚNIOR., 10 de março de 2015 JOSÉ APARÍCIO COELHO PRADO NETO RELATOR Assinatura Eletrônica

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2022175-32.2015.8.26.0000 AGRAVANTE: O ESTADO DE SÃO PAULO AGRAVADOS: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, ARTEC PRAIA GRANDE CONSTRUTORA INCORPORADORA IMOBILIARIA E ADMINISTRAÇÃO DE BENS E CONDOMINIOS LTDA, FLAUZIO DOS SANTOS SANTANA e CRISTIANA FERREIRA DE SANTANA JUIZ: ANDRÉ ROSSI VOTO Nº 4.590 Agravo de Instrumento Ação Civil Pública Decisão que determinou à Fazenda Pública o custeio da prova pericial técnica requerida pelo Ministério Público Inconformismo do Estado - Face à isenção conferida ao Ministério Público, bem como à necessidade de remunerar o ofício do perito e ao descabimento da transferência aos réus do ônus de financiar as ações contra eles movidas, o referido encargo deverá ser suportado pela Fazenda Pública à qual se ache vinculado o parquet Aplicação, por analogia, da Súmula nº 232 do STJ Recurso desprovido. Vistos. Trata-se de Agravo de Instrumento interposto contra decisão proferida pelo MM. Juiz da 1ª Vara Cível da Comarca de Praia Grande, em Ação de Indenização por Danos Morais proposta por PRISCILLA GONÇALVES RODOVALHO DE OLIVEIRA e LUCAS MATEUS FIEL DE OLIVEIRA contra HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA JOANA S/A e FLAVIO JOSÉ ONOFRIO, que determinou à Fazenda Pública do Estado de que providenciasse o depósito dos honorários periciais provisórios arbitrados, no prazo de trinta dias. O agravante pugna pela reforma da decisão GI Agravo de Instrumento nº 2022175-32.2015.8.26.0000 - Praia Grande 2

agravada, alegando, basicamente, que não se pode imputar ao Estado, que não é parte no processo, o adiantamento dos honorários do perito judicial, devendo o Ministério Público, que é o beneficiário da prova e possui verba para tanto, ou os réus, custear a perícia requerida, que é incabível a aplicação da Súmula nº 232 do Superior Tribunal de Justiça, devendo o recurso ser provido. Foi indeferido o efeito suspensivo pleiteado. Dispensadas as informações judiciais, bem como a intimação dos agravados, pois o resultado não lhes causará prejuízos. É o breve relatório do necessário. O recurso não comporta provimento. Como bem determinado na decisão agravada, é impossível se exigir do Ministério Público o adiantamento de honorários periciais em ações civis públicas, em virtude da incidência plena do art. 18 da Lei nº 7.347/85, aplicada, por analogia, a Súmula nº 232 do Superior Tribunal de Justiça: A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito. Assim, face à isenção conferida ao Ministério Público, bem como à necessidade de remunerar o ofício do perito e ao descabimento da transferência aos réus do ônus de financiar as ações contra eles movidas, o referido encargo deverá ser suportado pela Fazenda Pública à qual se ache vinculado o parquet, qual seja a Fazenda Pública Estadual. O artigo 18 da Lei 7.347/85, expressamente estabelece que: (...) não haverá o adiantamento de custas, emolumentos, GI Agravo de Instrumento nº 2022175-32.2015.8.26.0000 - Praia Grande 3

honorários periciais e quaisquer outras despesas (...). Referido dispositivo pretende viabilizar o ajuizamento de ação civil pública sempre que houver danos morais e patrimoniais a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, nos termos do artigo 1º, inciso III, do mesmo diploma legal. Por outro lado, é cediço que o perito não deve exercer seu trabalho sem a respectiva remuneração. Dessa forma, a atribuição de quem de direito pelo adiantamento dos honorários periciais tem se revelado questão delicada a ser resolvida, conforme se depreende de trecho de Acórdão proferido pela Egrégia Câmara Reservada ao Meio Ambiente deste Tribunal: Ao autor cabe a prova dos fatos alegados, conforme o art. 333 I do CPC; se a perícia é necessária, pois pedida na inicial e reiterada por ocasião do saneamento do processo, pode-se presumir que sem ela os fatos narrados não serão provados e a ação estará fadada ao insucesso. Carrear o ônus ao réu implica em entregar-lhe o sucesso do pedido do autor; o não pagamento prejudicará a perícia e o resultado será aquele perseguido pelo requerido, a improcedência da demanda pela falta da prova dos fatos alegados. O juiz não tem outro meio de coerção que o interesse da parte e a única sanção processual é dar a prova por prejudicada; determinar que o réu produza a prova de interesse do autor contraria os interesses do requerente, não do requerido. Faz do réu o árbitro da prova do autor. (AI nº GI Agravo de Instrumento nº 2022175-32.2015.8.26.0000 - Praia Grande 4

0184162-19.2012.8.26.0000, Rel. Torres de Carvalho, j. 27/09/2012) Todavia, em casos similares, o Colendo Superior Tribunal de Justiça tem se posicionado, em aplicação analógica da Súmula nº 232, no sentido de que a perícia deva ser custeada pelo Estado, haja vista que cabe a ele prover os meios necessários à eficiente atuação do Ministério Público. Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. HONORÁRIOS PERICIAIS. ADIANTAMENTO PELA FAZENDA PÚBLICA A QUE ESTIVER VINCULADO O PARQUET. APLICAÇÃO ANALÓGICA DA SÚMULA N. 232/STJ. PRECEDENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO DESTA CORTE. 1. A Primeira Seção do STJ ostenta entendimento uníssono no sentido de que o encargo financeiro para a realização da prova pericial deve recair sobre a Fazenda Pública a que o Ministério Público estiver vinculado, por meio da aplicação analógica da Súmula n. 232/STJ. Precedente: EREsp 981.949/RS, Relator Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, DJe 15/8/2011. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1295942/CE, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 21/03/2014) ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADIANTAMENTO DE HONORÁRIOS GI Agravo de Instrumento nº 2022175-32.2015.8.26.0000 - Praia Grande 5

PERICIAIS. NÃO CABIMENTO. INCIDÊNCIA PLENA DO ART. 18 DA LEI N. 7.347/85. ENCARGO TRANSFERIDO À FAZENDA PÚBLICA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 232/STJ, POR ANALOGIA. 1. Trata-se de recurso especial em que se discute a necessidade de adiantamento, pelo Ministério Público, de honorários devidos a perito em Ação Civil Pública. 2. O art. 18 da Lei n. 7.347/85, ao contrário do que afirma o art. 19 do CPC, explica que na ação civil pública não haverá qualquer adiantamento de despesas, tratando como regra geral o que o CPC cuida como exceção. Constitui regramento próprio, que impede que o autor da ação civil pública arque com os ônus periciais e sucumbenciais, ficando afastada, portanto, as regras específicas do Código de Processo Civil. 3. Não é possível se exigir do Ministério Público o adiantamento de honorários periciais em ações civis públicas. Ocorre que a referida isenção conferida ao Ministério Público em relação ao adiantamento dos honorários periciais não pode obrigar que o perito exerça seu ofício gratuitamente, tampouco transferir ao réu o encargo de financiar ações contra ele movidas. Dessa forma, considera-se aplicável, por analogia, a Súmula n. 232 desta Corte Superior ("A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos honorários do perito"), a determinar GI Agravo de Instrumento nº 2022175-32.2015.8.26.0000 - Praia Grande 6

que a Fazenda Pública ao qual se acha vinculado o Parquet arque com tais despesas. Precedentes: EREsp 981949/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/02/2010, DJe 15/08/2011; REsp 1188803/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/05/2010, DJe 21/05/2010; AgRg no REsp 1083170/MA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/04/2010, DJe 29/04/2010; REsp 928397/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/09/2007, DJ 25/09/2007 p. 225; REsp 846.529/MS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/04/2007, DJ 07/05/2007, p. 288. 4. Recurso especial parcialmente provido. Acórdão submetidoao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ n. 8/08. (REsp 1253844/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 17/10/2013) PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. HONORÁRIOS PERICIAIS. ADIANTAMENTO. PERÍCIA REQUERIDA POR AMBAS AS PARTES. ISENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. ÔNUS DA FAZENDA PÚBLICA. 1. A Primeira Seção desta Corte firmou o entendimento de que o encargo financeiro para a realização da prova pericial deve recair sobre a Fazenda GI Agravo de Instrumento nº 2022175-32.2015.8.26.0000 - Praia Grande 7

Pública a que o Ministério Público estiver vinculado, por meio da aplicação analógica da Súmula 232/STJ. 2. Requerida a perícia por ambas as partes, cabe ao autor (Fazenda Pública) o pagamento dos honorários do perito, na dicção do art. 33 do Código de Processo Civil. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1280441, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJe 18/06/2013) Em igual sentido, têm-se os julgados deste Egrégio Tribunal de Justiça: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação Civil Pública. Decisão agravada que determina a realização de perícia e adiantamento dos honorários periciais a cargo do Fundo Especial de Defesa de Reparação de Interesses Difusos. Decisão mantida por esta C. Turma Julgadora. Interposição de Recurso Especial. Necessidade de adequação da fundamentação, nos termos do art. 543-C, 7º, do CPC. Impossibilidade de se exigir do Ministério Público o adiantamento de honorários periciais em ações civis públicas, em virtude da incidência plena do art. 18 da Lei nº 7.347/85, aplicada, por analogia, a Súmula nº 232 do STJ. Encargo da Fazenda Pública à qual está vinculado o "parquet". Precedentes. Recurso provido. (0045482-20.2013.8.26.0000 Agravo de Instrumento / Meio Ambiente - Relator(a): Marcelo Semer - Órgão julgador: 10ª GI Agravo de Instrumento nº 2022175-32.2015.8.26.0000 - Praia Grande 8

Câmara de Direito Público - Data do julgamento: 26/01/2015) AGRAVO DE INSTRUMENTO - Ação civil pública Honorários periciais - O artigo 18 da Lei nº 7.347/85 dispensa o autor da ação civil pública do adiantamento dos honorários do Expert, no entanto, que deve ser remunerado? Perícia requerida por ambas as partes - O Ministério Público é órgão estatal de, recaindo sobre a Fazenda Estadual o ônus do pagamento, na dicção do art. 33 do Código de Processo Civil - Ônus transferido para a Fazenda Pública - Aplicação por analogia da Súmula 232 do STJ? Decisão que declarou preclusa a prova pericial, diante da ausência de recolhimento dos honorários pelos réus, reformada? Recurso provido. (2219752-52.2014.8.26.0000 Agravo de Instrumento / Parcelamento do Solo - Relator(a): Marcelo L Theodósio - Órgão julgador: 11ª Câmara de Direito Público - Data do julgamento: 10/02/2015) Ante o exposto, nego provimento ao recurso. Na hipótese de apresentação de embargos de declaração contra o presente acórdão, ficam as partes intimadas a se manifestar, no próprio recurso, a respeito de eventual oposição ao julgamento virtual, nos termos do art. 1º da Resolução nº 549/2011 do Órgão Especial deste E. Tribunal, entendendo-se o silêncio como concordância. JOSÉ APARÍCIO COELHO PRADO NETO Relator GI Agravo de Instrumento nº 2022175-32.2015.8.26.0000 - Praia Grande 9