ATUALIZAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO URBANA NA CIDADE CONTEMPORÂNEA: RECORTE SALVADOR



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UFBA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - FACULDADE DE ARQUITETURA DEPARTAMENTO III - DISCIPLINA: ARQ 042: ATELIÊ V - PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL Docentes: Paola Berenstein Jacques e Thais de Bhanthumchinda Portela Tirocínio docente: Carolina Érika Santos, Rosa Ribeiro Monitoria: Flávia Araújo Professor convidado: Alessia de Biase (Ecole d Architecture de Paris-Belleville) 1. EMENTA: A problemática do Planejamento Urbano e Regional no desenvolvimento urbano, centrada na formulação de diretrizes e propostas espaciais de natureza urbanística, com ênfase nos aspectos ambientais e físicoterritoriais. 2. TEMA: ATUALIZAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO URBANA NA CIDADE CONTEMPORÂNEA: RECORTE SALVADOR Hoje no campo do urbanismo e do planejamento urbano o termo participação foi tão banalizado e, com isso, vulgarizado, que nos parece ter perdido a sua força e poder originais de buscar uma construção realmente coletiva das cidades. O termo foi incorporado, com sentidos por vezes contraditórios, nos mais variados discursos: de adeptos do planejamento estratégico ou do neo-urbanismo, de empresas multinacionais privadas, de municipalidades das mais distintas cores políticas, do próprio ministério das cidades (estatuto da cidade), de organizações do 3 o setor (ONGs), dos bancos (mundial, interamericano de desenvolvimento etc). Este Atelier busca tentar problematizar a questão da participação urbana e, sobretudo, atualizar este termo tão desgastado. Por que será que sempre se fala em participação no momento de urbanização de áreas carentes (em geral auto-construídas e por isso mesmo já participativas) e quase nunca se fala em participação para as intervenções do resto da cidade dita formal (sobretudo nas áreas mais abastadas)? No caso das favelas ou outras áreas informais, o morador também é, em vários casos, o construtor de seu próprio espaço, ou seja, a própria idéia de ação, ou melhor, de participação dos habitantes, já é evidente. Ao contrário dos espaços quase estáticos e fixos (planejados, projetados e acabados) da cidade dita formal, nas favelas o dito usuário do espaço, geralmente passivo (espectador), se torna quase sempre ator (e/ou co-autor) e participante. Buscaremos outras formas de intervenção na cidade contemporânea considerando que diante de sua atual complexidade, a maioria dos métodos tradicionais da arquitetura e do urbanismo já não funciona há muito tempo. Tentaremos trabalhar com outro tipo de ação urbana, que incorpora o outro (o morador-usuário), mostra outros meios de agir, interagir e intervir nessas situações contemporâneas, nas quais os procedimentos usuais não abrangem mais toda sua complexidade, principalmente quando formalidade e informalidade se mesclam. Essa ação pode se inspirar na informalidade para contaminar a formalidade e/ou vice-versa. Tentaremos incorporar, através desse tipo de ação, os mais variados desejos, situações, acontecimentos, experiências e subjetividades urbanas. Buscaremos propor trocas e negociações entre os mais diversos atores urbanos, tentando possibilitar a coexistência de diferentes vontades urbanas, promovendo uma possibilidade de participação de habitantes e uma construção mais coletiva da cidade. 1

3. METODOLOGIA DE TRABALHO: Este Atelier V será experimental em vários sentidos. Em primeiro lugar tentaremos variar os diferentes conteúdos ao longo do curso para evitar concentrar e separar os debates de história e teoria dos trabalhos práticos de percepção/apreensão do espaço ou do projeto propriamente dito. Além disso, trabalharemos este ano com uma variação de conceitos próprios, buscando um caminho alternativo ao diagnóstico tradicional (percepção, contaminação, interação, encarnação e incorporação), e também estaremos em colaboração direta com a École d Architecture de Paris-Belleville, com o Atelier (Studio) coordenado pela professora Alessia de Biase, que já está utilizando uma metodologia semelhante (sobretudo para buscar uma outra forma de diagnóstico e para o projeto do 2 o semestre) em Paris (o que será alvo de comparações e trocas ao longo do curso). Algumas experiências nesse sentido já foram realizadas, sobretudo entre o Atelier Parisien d Urbanisme (APUR) e o laboratório Arquitecture/Anthropologie (LAA), e resultaram em uma publicação (Tranche de Ville, novembro de 2005): O território de estudo é um recorte sobre a cidade de Paris de oeste a leste, com um total de 13 kms com uma largura de 1.3 kms. Esse recorte da cidade (tranche de ville) é ainda recortado aleatoriamente em quadrados de 1.3 km de lado. (...) Este estudo permitiu o aprimoramento de uma metodologia interdisciplinar e aplicável a outros territórios distintos. Esta poderia se tornar assim uma ferramenta de comparação da qualidade de vida urbana entre um território e outro, e assim, em uma ajuda para decisões de realizações ou análises de políticas urbanas públicas. 4. CONTEÚDOS: 4.1. DEBATES TEORIA/HISTÓRIA: (em todos os módulos) Debate texto/filme: discussão de textos históricos e teóricos do urbanismo e do planejamento urbano com leituras obrigatórias e projeção, em sala de aula, de filmes relacionados. 4.2. MÓDULO 1 : PERCEPÇÃO Oficina Corpo/Espaço: Objetivos: Estimular a percepção do espaço através do corpo; Aguçar os outros sentidos do corpo além da visão. Oficina percepção/expressão: Objetivos: Trabalhar as possibilidades de percepção do espaço da cidade Exercitar formas de representação e de expressão de uma narrativa urbana 2

Travessia Salvador: Objetivo: Travessia em um percurso, o mais curto possível, de um lado a outra da cidade pelo meio de um recorte aleatório no mapa de Salvador (de 9 kms com 9 quadrados de 1km² cada), sendo o objetivo da travessia o percorrer todos os quadrados observando as realidades distintas da cidade. Percepção-Recortes: Objetivo: Exercícios de percepção (a partir do trabalho iniciado nas oficinas de percepção) de recortes prédeterminados (quadrados) da cidade de Salvador (seguindo metodologia do grupo de Paris). 4.3. MÓDULO 2 : Contaminação Contaminação-Recortes: Exercícios de contaminação (contaminação= percepção + contaminação do espaço pela experiência de percorrê-lo) de recortes pré-determinados (quadrados) da cidade de Salvador. Obs: os exercícios serão detalhados em cada módulo. 4.4. MÓDULO 3 : Interação Interação-Recortes: Exercícios de interação (interação= contaminação + comunicação direta com habitantes/usuários através de entrevistas) nos recortes pré-determinados (quadrados) da cidade de Salvador Obs: os exercícios serão detalhados em cada módulo. N.B: A partir da 5 a semana a turma será dividida em grupos que trabalharão nos diferentes quadrados em todos os módulos. O recorte geral da cidade será dado pelos professores no início do curso assim como os quadrados aleatórios. Faremos um sorteio para a divisão dos quadrados entre os grupos. Os grupos são escolhidos pelos estudantes. O número de grupos terá que corresponder ao número de quadrados a serem estudados. 3

5. CRONOGRAMA: CALENDÁRIO DE ATIVIDADES ATELIER V 2007.1 TERÇAS QUINTAS Introdução 01 27/02 apresentação geral 01/03 debate participação MÓDULO 1 Percepção 02 06/03 oficina corpo/espaço 08/03 oficina corpo/espaço 03 13/03 oficina percepção/expressão 15/03 oficina percepção/expressão 04 20/03 travessia salvador 22/03 travessia salvador 05 27/03 introdução recortes (Alessia-video) 29/03 debate texto/filme 1 06 03/04 percepção recortes 1 05/04 percepção recortes 2 07 10/04 percepção recortes 3 12/04 seminário convidados (mastaba) 08 17/04 seminário percepção 1 19/04 seminário percepção 2 MÓDULO 2 Contaminação 09 24/04 contaminação recortes 1 26/04 debate texto/filme 2 10 01/05 FERIADO DIA DO TRABALHO 03/05 contaminação recortes 2 11 08/05 contaminação recortes 3 10/05 debate texto/filme 3 12 15/05 seminário contaminação 1 17/05 seminário contaminação 2 MÓDULO 3 Interação 13 22/05 interação recortes 1 (anpur) 24/05 interação recortes 2 (anpur) 14 29/05 interação recortes 3 31/05 debate texto/filme 4 15 05/06 interação recortes 4 07/06 FERIADO CORPUS CHRISTI 16 12/06 interação recortes 5 14/06 debate texto/filme 5 17 19/06 interação recortes 6 21/06 interação recortes 7 18 26/06 interação final 28/06 debate texto/filme 6 6. AVALIAÇÃO: Como critério de avaliação, a equipe de professores entende que a participação nos trabalhos propostos em cada módulo e o processo de trabalho são mais importantes que trabalho final, já que a qualidade desse reflete a qualidade e o envolvimento do aluno no processo de trabalho. As notas serão somadas e divididas por média aritmética, tanto nos exercícios do primeiro como no segundo semestre. DEBATES TEORIA/HISTÓRIA - nota 01 Participação em sala de aula; Resenha de cada debate. MÓDULO 1 : Percepção - nota 02 Oficina Corpo/Espaço Participação na oficina; Resenha sobre a oficina. 4

Oficina percepção/expressão Participação na oficina. Elaboração da primeira página do carnê de bordo. Travessia Salvador Participação no exercício. Memórias da experiência no carnê de bordo. Percepção-Recortes Participação exercícios de percepção. Carnê de bordo individual. Seminário:participação e apresentação do trabalho em grupo MÓDULO 2 : Contaminação nota 03 Participação nos exercícios de contaminação. Carnê de bordo individual. Seminário: participação e apresentação do trabalho em grupo MÓDULO 3 : Interação nota 04 (termina no início do 2º semestre) Participação exercícios de interação. Carnê de bordo individual. Seminário: participação e apresentação do trabalho em grupo 7. CONTEÚDOS: Bibliografia e filmografia dos debates e oficinas, em ordem cronológica. 01/03 - debate participação REVISTA AU. Como aumentar a participação dos cidadãos na discussão sobre espaços urbanos? Dezembro/2006. 06/03- oficina corpo/espaço JACQUES, Paola Berenstein. Elogio aos errantes: a arte de se perder na cidade. In: JEUDY, Henri Pierre e JACQUES, Paola Berenstein (org.). Corpos e cenários urbanos. Salvador: Edufba, 2006. 13/03 oficina percepção/expressão PENNA, Alicia Duarte. Uma aula inaugural. In: REVISTA IH, Belo Horizonte, s/data. 5

29/03 - debate texto/filme 1- Pré-moderno SITTE, Camillo. A construção das cidades segundo seus princípios artísticos. São Paulo: Editora Ática, 1992. (Tradução da quarta edição alemã, de 1909 e original de 1889) WAGNER, Otto. La arquitectura de nuestro tiempo. Madri: El Croquis Editorial, 1993. Filme: Sinfonia de Berlim de Thomas Schadt, 2001. CHOAY, Françoise. O urbanismo: utopias e realidades: uma antologia. São Paulo: Editora Perspectiva, 1979. SHORSKE, Carl E.. Viena fin-de-siècle: política e cultura. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. 12/04 - debate texto/filme 2 - Moderno CONGRESOS INTERNACIONALES DE ARQUITECTURA MODERNA. La Carta de Atenas. El urbanismo de los Cia,. s/ data. SERT, José Luis. Can our cities survive? Londres: The Harvard University Press, 1944. REVISTA ARCHITECTURAL DESIGN. Ciam Team 10. Maio/1960. DOORN MANIFESTO. In: Architecure Culture 1943-1968. A documentary anthology. New York: Columbia Books of Architecture, s/data. CHOAY, Françoise e outros. Le sens de la ville. Paris: Éditions du Seuil, s/data. Filme: Playtime de Jacques Tati, 1967. FONDATION LE CORBUSIER. In: www.fondationlecorbusier.asso.fr NAIPUBLISHERS. In: http://www.naipublishers.nl/architecture/team10_e.html SERT, José Luis. Can our cities survive? Londres: The Harvard University Press, 1944. 26/04 - debate texto/filme 3 - Pós-moderno ROSSI, Aldo. A arquitetura da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1995. VENTURI, Robert e outros. Aprendiendo de Las Vegas. El simbolismo olvidado de la forma arquitectónica. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, S.A., s/data. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000. Filme: Koyaanisqatisi de Francis Ford Coppola, 1983. ALDO ROSSI. In: http://www.darc.beniculturali.it/ita/appuntamenti/mostre/aldo_rossi/ 6

VENTURI, SCOTT BROWN and ASSOCIATES, INC. In: http://www.vsba.com/ (site oficial) JANE JACOBS. In:http://bss.sfsu.edu/pamuk/urban/ e http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha121.asp e http://www.newyorker.com/talk/content/articles/040517ta_talk_gopnik?040517ta_talk_gopnik 10/05 - debate texto/filme 4 - Neo-moderno KOOLHAAS, Rem. The generic city. In: S, M, L, XL. New York: The Monacelli Press, 1995. KROLL, Lucien. Poner los relojes em hora. Valência: s/editora, 1995. Filme: Dogville de Lars Von Trier, 2003. REM KOOLHAAS. OFFICE for METROPOLITAN ARCHITECTURE. In: http://www.oma.nl/ e http://www.pucsp.br/artecidade/novo/koolhaas.htm LUCIEN KROLL. ATELIER KROLL. In: www.homeusers.brutele.be/kroll/ e http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp106.asp 24/05 - debate texto/filme 5 - Planejamento estratégico BORJA, Jordi. As cidades e o planejamento estratégico: uma reflexão européia e latino-americana. In: FISCHER, T. (org.). Gestão contemporânea, cidades estratégicas e organizações locais. Rio de Janeiro: FGV, 1996. VAINER, Carlos B. Pátria, empresa e mercadoria. Notas sobre a estratégia discursiva do Planejamento Estratégico Urbano. In: ARANTES, Otília e outros. A cidade do pensamento único: desmanchando consensos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. Filme: En Construccion de José Luis Guerin, 2001. CIDEU. CENTRO IBEROAMERICANO de DESARROLLO ESTRATÉGICO http://www.cideu.org/site/ URBANO. In: 14/06 - debate texto/filme 6 - Neo-urbanismo FERNANDES, Ana. Consenso sobre a cidade? In: BRESCIANI (org.). Palavras da cidade. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2001. Principles of New Urbanism. In: http://www.newurbanism.org Filme: Show de Truman de Peter Weir, 1998. THE CELEBRATION COMPANY. In: http://www.celebrationfl.com/ e SEASIDE. In: http://www.seasidefl.com/ e 7

ALPHAVILLE. In: http://www.alphaville.com.br/modules/index.php?id=salvador 28/06 - debate texto/filme 7 - Participação SANTOS, Carlos Nelson F. dos e outros. Quando a rua vira casa. São Paulo: Projeto, 1985. RIBEIRO, Ana Clara Torres. Presenças recusadas: territórios populares em metrópoles brasileiras. In:NUNES, Brasilmar Ferreira (org.). Sociologia de capitais brasileiras: participação e planejamento urbano. Brasília: Líber Livro Editora, 2006. Filme: Quando a rua vira casa de Carlos Nelson Ferreira dos Santos e Tetê Morais, 1980. SANTOS, Carlos Nelson F. Movimentos sociais urbanos no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981.. A cidade como um jogo de cartas. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda., 1988. CRONOLOGIA DO URBANISMO. In: www.cronologiadourbanismo.ufba.br/welcome2.html 8