Aquisições de Micro, Pequenas e Médias Empresas no Brasil: um Estudo de suas Características de Gestão Financeira



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e Gestão de Pequenas Empresas - 2012 Aquisições de Micro, Pequenas e Médias Empresas no Brasil: um Estudo de suas Características de Gestão Financeira Eduardo Augusto do Rosário Contani UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO eduardocontani@gmail.com Alexssandro Augusto Pereira Correa de Mello UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO alexssan@terra.com.br José Roberto Ferreira Savoia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO jrsavoia@usp.br Florianópolis - Março/2012

Aquisições de Micro, Pequenas e Médias Empresas: um Estudo de suas Características de Gestão Financeira Resumo Ao contrário do que se imagina, Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) cuja gestão financeira é avaliada como positiva por seu administrador, tendem a ser menos procuradas para serem adquiridas. Este é um dos resultados da presente pesquisa, que se propôs a verificar quais as características que diferenciam grupos de MPMEs do Brasil em relação à grande quantidade de procura por seu negócio. O campo das aquisições têm crescido nos últimos anos, especialmente em MPMEs, o que suscita interesse nas variáveis envolvidas nesta procura. Por meio de aplicação e validação de 31 questionários a gestores de MPMEs e posterior aplicação de regressão logística, foi possível observar relevância na maturidade da empresa e de sua contabilidade. Outro resultado da pesquisa revela que MPMEs identificadas com boa contabilidade são mais propensas a receberem ofertas de aquisição. Palavras chave: MPME; regressão logística; fusões e aquisições Introdução É notória a importância de estudos sobre Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) como também é evidente a escassez de dados e estudos quantitativos nessa área. Este trabalho visa verificar conceitos de administração financeira e relacioná-las a aspectos mercadológicos, identificados pelo interesse de outras companhias em adquirir MPMEs consolidadas (com mais de cinco anos de existência). A presente pesquisa propõe-se a verificar quais as características que diferenciam dois grupos de MPMEs brasileiras: (i) as que já foram sondadas para serem adquiridas e (ii) as que não foram. O campo das aquisições tem crescido nos últimos anos, especialmente em MPMEs, o que suscita interesse nas variáveis envolvidas nesta procura. A caracterização de variáveis coletadas por meio da aplicação de Estatística Descritiva é um segundo objetivo deste trabalho. Foi utilizado um questionário aplicado a 33 gestores de MPMEs estabelecidos majoritariamente no Estado de São Paulo. Todas as empresas possuem mais de cinco anos de existência. O estudo de MPMEs no Brasil se mostra importante quando se observa a relevância econômica dessas empresas: particularmente as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) representam aproximadamente 99,7% das empresas brasileiras, e geram cerca de 18,5 milhões de empregos formais. O presente artigo está organizado em sete seções, sendo esta a primeira. Na segunda seção e terceira seções é realizada uma revisão da literatura acerca de características de MPMEs, fundamentos financeiros e aspectos mercadológicos referentes a aquisições. Em seguida é apresentada a metodologia e a análise de resultados. As conclusões finais e as referências encerram-no. Características gerais de Micro, Pequenas e Médias Empresas no Brasil As MPMEs são empresas assim categorizadas, por entidades governamentais, mediante o seu faturamento anual ou o seu número de funcionários. Porém, a designação qualitativa auxilia no entendimento da característica central desta tipologia empresarial. Teixeira (1979) identifica qualitativamente as MPEs como sendo aquelas nas quais os proprietários exercem diretamente funções de dirigentes (ou podem possuir parentesco 1

familiar muito próximo com estes dirigentes), o capital societário pertence a uma ou poucas pessoas, há um contato muito próximo entre o dirigente principal e os funcionários, não há dependência de grupos econômicos maiores e que possuem dificuldade na obtenção de capital e crédito. De Bortoli Neto (1980) identifica que as MPEs apresentam administração marcada, muitas vezes, pela centralização em poucas pessoas, podendo chegar muitas vezes em uma só pessoa administração do one-man e pelo relacionamento direto do dirigente não só com os funcionários, mas também com fornecedores e clientes. Devido a volumes baixos de compra, o poder de barganha com fornecedores e clientes é outro aspecto que limitam as ações de MPEs. Este estudo trata das empresas que se enquadram nas características qualitativas supracitadas, somando-se a empresas de médio porte. Com relação aos critérios quantitativos (receita bruta anual e número de pessoas empregadas), as MPMEs seguem a classificação mostrada no quadro 1. Quadro 1 Classificação de porte da empresa Classificação Receita operacional bruta anual Microempresa Pequena empresa Média empresa Média-grande empresa Grande empresa Menor ou igual a R$ 2,4 milhões Maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões Maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões Maior que R$ 300 milhões Fonte: BNDES (2011). A classificação do porte das empresas foi definida nas circulares nº 10/2010 e 11/2010, de 05 de março de 2010. Outro critério utilizado é o número de empregados. Com relação ao número de colaboradores empregados o SEBRAE (2005) adota os seguintes critérios: a) Microempresa: na indústria, até 19 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, até 09 pessoas ocupadas; b) Pequena empresa: na indústria, de 20 a 99 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, de 10 a 49 pessoas ocupadas; c) Média empresa: na indústria, de 100 a 499 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, de 50 a 99 pessoas ocupadas; d) Grande empresa: na indústria, acima de 500 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, acima de 100 pessoas ocupadas. Muitos estudos em MPMEs no Brasil visualizam a questão empreendedora para os sucessos dessas empresas. Esta visão é importante quando se trata de aquisições, pois às empresas adquirentes interessa uma empresa que possa produzir ganhos e eventuais sinergias com seu negócio atual. O Brasil participa anualmente da pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), publicação disponível no site do SEBRAE. Este estudo apresenta uma visão mundial sobre o tema de empreendedorismo. Um de seus indicadores é o TEA Taxa de Atividade Empreendedora. Em 2010 o Brasil apresentou seu índice TEA mais alto de todos os 11 anos de pesquisa, reforçado pelo índice de empreendedorismo de oportunidade ser o dobro do que o empreendedorismo por necessidade. 2

Empreendedores por necessidade são aqueles que iniciaram um empreendimento autônomo por não possuírem melhores opções para o trabalho e então abrem um negócio a fim de gerar renda para si e seus familiares. Empreendedores por oportunidade optam por iniciar um novo negócio, mesmo quando possuem alternativas de emprego e renda. (GEM, 2010) Dornelas (2003) evidencia a importância do empreendedorismo dizendo que este é um grande aliado do crescimento e desenvolvimento econômico, uma vez que grande parte das inovações vem destas iniciativas e as nações têm dado especial atenção a estas situações. Maximiano (2007) mostra que o empreendedor tem um perfil com quatro características básicas: criatividade e capacidade de implementação; disposição para assumir riscos; perseverança e otimismo; além de senso de independência. Apresentando como vantagens de ser empreendedor: autonomia, desafio, controle financeiro. E em contrapartida tendo como desvantagens: uma grande dose de sacrifício pessoal, sobrecarga de responsabilidades e pequena margem de erro. Ainda segundo Maximiano (2007), a empresa de sucesso deve ter um elevado desempenho financeiro, eficiência dos processos, qualidade dos produtos e serviços e desempenho das pessoas. Como grande agente de desenvolvimento das inovações, na maioria das vezes estas pessoas abrem uma empresa para poder comercializar este seu produto/serviço. Estudos mais recentes do SEBRAE (2011) mostram que são mais de 5,1 milhões de MPMEs em território nacional, o que evidencia a importância socioeconômica deste segmento. Gestão Financeira e Aquisições de MPMEs Parte dos estudos sobre MPMEs no Brasil aborda o aspecto da gestão financeira. Teixeira e Pereira (2001) discutem a gestão financeira de curto prazo em Pequenas e Médias Empresas (PMEs) no Brasil, por meio de uma pesquisa qualitativa, sob a ótica do planejamento financeiro como instrumento de gestão financeira. Foram contextualizados os níveis de planejamento, sua execução, controle e adoção efetiva. O estudo apresenta uma vertente quantitativa ao projetar balanços a partir de um determinado exercício. Já Muniz, Schwarz e Siqueira (2008) avaliam que a produção acadêmica de finanças aplicadas a micro e pequenas empresas (MPEs) no período de 2000 a 2007, concluiu que pouco se tem pesquisado nesta área. Abordando o tema de capital de giro, Ferreira e Macedo (2007) realizam estudo exploratório sobre MPEs no Brasil, no qual indicam que o bom gerenciamento de capital de giro é fator relevante para seu sucesso. Identificam, ainda, que é preciso uma ligação forte do capital de giro com a estratégia, para que exista um fortalecimento de seu fluxo de caixa, diminuindo a mortalidade das MPEs e consequentemente aumentando sua maturação. Outros trabalhos identificam, na situação financeira das empresas, características semelhantes entre diversos grupos. Gimenes e Gimenes (2008) investigam a origem dos recursos para a cobertura de necessidades líquidas de capital de giro em cooperativas agropecuárias de oito estados brasileiros, entre 1999 e 2004 e concluem que houve necessidade de captação de recursos onerosos de curto prazo para complementar o financiamento de seu ciclo financeiro. Santos (2005) ao estudar um caso de cooperativa entre 2001 e 2004, identifica por meio do modelo de Fleuriet que existe uma situação financeira em que recursos de longo prazo foram suficientes para financiar as necessidades de capital de giro. O estudo de capital de giro também é ressaltado por Santos e Wagner (2005), em que pesquisas do SEBRAE realizadas no final da década de 1990 indicam a falta de capital de giro 3

e a falta de conhecimento pelo dirigente dos conceitos e instrumentos da gestão administrativa. Com relação à atividade de contas a receber, Mattos e Barbosa (2003), ao analisarem MPEs e a análise de crédito, verificam a importância do orçamento financeiro e a melhor coordenação do sistema de gestão e clientes. Ressaltam ainda que o responsável pelos aspectos financeiros da empresa deve assumir o valor de contas a receber, a partir do momento da aprovação dos pedidos de venda. Há uma lacuna a ser preenchida com relação aos estudos científicos acerca de fusões e aquisições em MPMEs no Brasil. Empiricamente, observa-se que nas MPMEs acontecem grande parte das inovações econômicas. Assim sendo, elas são, para as grandes empresas, excelente fonte de desenvolvimento de novos produtos e entrada em novos mercados. Um notório caso é a aquisição da Miss Daisy pela Sadia, possibilitando a entrada da Sadia no mercado de doces congelados. Metodologia No presente trabalho, realizado entre maio e junho de 2011, foram aplicados 33 questionários a fundadores e principais dirigentes de micro, pequenas e médias empresas do Brasil, notadamente do estado de São Paulo (94% da amostra). Para o presente estudo, foram consideradas 12 variáveis, que fazem parte do questionário original (quadro 2). O questionário original totaliza 34 variáveis. As 22 variáveis descartadas para este estudo dizem respeito a aspectos de estratégia e outros dados que não foram objeto para esta análise. Quadro 2 Variáveis utilizadas no estudo Variável Significado Hipótese de pesquisa Porte da empresa pelo faturamento N/A portefat (critério BNDES para micro, pequena e média empresa) Porte da empresa pelo número de N/A portefunc funcionários (critério SEBRAE para micro, pequena e média empresa) idade Tempo de existência de empresas MPMEs mais antigas tendem a serem sondadas com mais frequencia setor Setor econômico de atuação da empresa N/A estado Estado em que fica a sede da empresa N/A creceber adotacg moperacima contab gfinadeq sondada12 Indica o grau de conhecimento do gestor em seu contas a receber Indica qual o nível de adoção de políticas de capital de giro Indica a percepção do gestor na margem operacional acima da média de seu mercado Indica se o gestor acredita que sua empresa possui boa contabilidade Indica qual o nível de adequação da gestão financeira da empresa (variável dependente no estudo) Indica se a MPME foi sondada nos últimos 12 meses para ser adquirida MPMEs que possuem alto conhecimento em contas a receber tendem a geri-lo melhor e, por conseguinte, atrair a atenção de outras empresas. MPMEs que adotam políticas de capital de giro são mais procuradas para aquisição MPMEs com percepção de margem operacional acima da média de mercado são mais propensas a serem sondadas MPMEs com boa contabilidade são mais propensas a receberem ofertas de aquisição MPMEs cujos próprios dirigentes acreditam terem bom nível de gestão financeira são mais procuradas para serem adquiridas É a variável de interesse no estudo, confrontada com as demais 4

Variável Significado Hipótese de pesquisa acompmerc Indica qual é a percepção do gestor em seu acompanhamento do mercado (setor), como transações e indicadores relevantes Não há relação entre MPMEs que acompanham o mercado e a procura por sua aquisição O quadro 3 identifica os objetivos, as técnicas e as variáveis utilizadas no presente estudo. Para o objetivo principal deste estudo, sondada12 é a variável de interesse. Ela foi transformada em dummy, sendo o valor 1 para empresas que foram sondadas nos últimos 12 meses e valor 0 para empresas que não foram. A transformação desta variável permite realizar a regressão logística para distinguir as características do grupo de MPMEs que foram sondadas recentemente das que não foram. Quadro 3 Objetivos, técnicas e variáveis utilizadas no estudo Objetivo Técnica Variáveis Geral: Verificar quais as características de MPMEs que diferenciam as empresas que são sondadas das que não são. Específico: Caracterizar as variáveis coletadas Regressão Logística Estatística Descritiva Variável sondada12 como dependente, transformada em dummy: valor 1 para empresas que foram sondadas nos últimos 12 meses e valor 0 para empresas que não foram. Variáveis explicativas: idade, moperacima, contab, acompmerc, adotacg, creceber e gfinadeq. Todas As variáveis explicativas utilizadas foram: idade, moperacima, contab, acompmerc, adotacg, creceber e gfinadeq. Todas elas são candidatas a explicar as diferenças nos dois grupos (sondadas nos últimos 12 meses e não sondadas), denotando conhecimento em contas a receber (creceber), a percepção de que sua gestão financeira é adequada (gfinadeq) e que sua contabilidade é boa (contab); se o gestor de MPME acompanha o mercado (acompmerc) e, por fim, se adota políticas de capital de giro (adotacg). Neste estudo foram respeitadas premissas da técnica de regressão logística. Apesar desta técnica não exigir normalidade das variáveis, recomenda-se o mínimo de 5 observações por variável explicativa, o que foi atendida ao utilizar-se seis variáveis. Da mesma forma, verificaram-se os valores de Hosmer-and-Lemeshow e o R² ajustado. Por fim, apesar de não ser objetivo deste artigo prever um comportamento das variáveis dependentes ou um modelo que seja capaz de identificar se uma determinada MPME é propensa a ser sondada; verifica-se a significância das variáveis, observando a matriz de classificação da técnica. Análise dos Resultados Por meio de estatística descritiva, é possível caracterizar a amostra e indicar as médias das notas de cada uma das variáveis. A média de idade das MPMEs estudadas é de 21,6 anos. A maioria das empresas (42,2%) é situada como microempresa pelo critério de faturamento. Pelo critério de número de funcionários, verifica-se que 52% das empresas são consideradas pequenas. Pelos dois critérios mais de 78% das empresas da amostra foram consideradas micro ou pequenas. 5

Verifica-se um conhecimento grande de contas a receber, tendo média 7,5 em uma escala que varia de 0 a 10. Com relação à adoção de políticas de capital de giro, a maioria dos gestores não concordaram ou discordaram de que teriam. Para atender o objetivo principal dessa pesquisa, a regressão logística com o método forward Wald foi aplicada, sendo a variável dummy de sondada12 como dependente. Foram obtidos os coeficientes e significâncias a partir do valor da estatística de Wald para as seis variáveis explicativas (tabela 1). O modelo foi obtido no terceiro passo da regressão stepwise. Tabela 1 Regressão logística com a dummy de sondada12 como variável dependente Coeficiente Erropadrão Wald Sig. contab 1,285,521 6,089,014 idade -,169,078 4,703,030 gfinadeq -,956,436 4,800,028 moperacima adotacg creceber Não foi significante Não foi significante Não foi significante -,215,643-1,466,226-3,001,083 O modelo obtido a partir da regressão logística indicou três variáveis que diferenciam os grupos das MPMEs sondadas nos últimos 12 meses: a boa contabilidade, gestão financeira adequada e idade, em ordem de significância pelo valor da estatística Wald. As outras três variáveis aplicadas não tiveram coeficiente significativo, portanto, não entraram no modelo. O Quadro 4 apresenta um resumo dos resultados obtidos para cada variável utilizada no presente estudo. Quadro 4 Resultados para as hipóteses de cada variável utilizada no estudo Variável Hipótese de pesquisa Resultados idade creceber adotacg moperacima contab MPMEs mais antigas tendem a serem sondadas com mais frequência MPMEs que possuem alto conhecimento em contas a receber tendem a geri-lo melhor e, por conseguinte, atrair a atenção de outras empresas. MPMEs que adotam políticas de capital de giro são mais procuradas para aquisição MPMEs com percepção de margem operacional acima da média de mercado são mais propensas a serem sondadas MPMEs com boa contabilidade são mais propensas a receberem ofertas de aquisição Hipótese rejeitada pelo coeficiente negativo e significante, pode-se inferir que quanto mais jovem a MPME, maior é a probabilidade de a mesma estar no grupo das que foram sondadas nos últimos 12 meses. Não são conclusivos os coeficientes não foram estatisticamente significativos Não são conclusivos os coeficientes não foram estatisticamente significativos Não são conclusivos os coeficientes não foram estatisticamente significativos Hipótese confirmada 6

Variável Hipótese de pesquisa Resultados gfinadeq acompmerc MPMEs cujos próprios dirigentes acreditam terem bom nível de gestão financeira são mais procuradas para serem adquiridas Não há relação entre MPMEs que acompanham o mercado e a procura por sua aquisição Hipótese rejeitada pelo coeficiente negativo e significante, pode-se inferir que quanto menor a percepção de gestão financeira adequada por parte do dirigente, maior é a probabilidade de a mesma estar no grupo das que foram sondadas nos últimos 12 meses. Não são conclusivos uma primeira análise identificou que não há significância estatística a variável não foi utilizada na regressão logística As duas hipóteses de pesquisa rejeitadas (variáveis gfinadeq e idade) permitem indicar suas possíveis causas: (i) as empresas que desejam adquirir as MPMEs tendem a escolher empresas que estejam com uma gestão financeira inadequada, pois vão atuar nos ganhos de sinergia e melhoria de gestão; (ii) as empresas que são as mais procuradas tendem a serem mais críticas com a percepção de sua administração financeira, rebaixando-a após os primeiros contatos; (iii) MPMEs mais antigas dificilmente recebem propostas de aquisição e (iv) MPMEs mais novas tendem a despertar a atenção de concorrentes e possíveis compradores para o negócio. A hipótese confirmada (variável contab) possibilita traçar possíveis causas: (i) gestores de MPMEs deram mais valor à contabilidade após serem sondadas e (ii) a boa contabilidade tende a facilitar o processo de aquisição por parte. Desta forma, MPMEs que foram sondadas nos últimos 12 meses são mais jovens, possuem uma percepção interna de boa contabilidade e de gestão financeira inadequada. A percepção dos gestores para a margem operacional acima da média não teve influência na sondagem, bem como seu conhecimento em contas a receber e na adoção de políticas de capital de giro. Com relação às estatísticas da técnica, tem-se que foi obtido um R² de Nagelkerke de 0,658 e um Hosmer and Lemeshow de significância 0,888; indicando proximidade com a tabela de contigência. A matriz de classificação indica a freqüência relativa de acertos do modelo logístico, utilizando os coeficientes das três variáveis significantes, para prever se a empresa estaria no grupo das que foram sondadas ou das que não foram (tabela 2). A matriz de classificação indica que os grupos estavam desbalanceados (12 no grupo 1 e 19 no grupo 0, e 2 variáveis missing). A regressão logística não pressupõe normalidade multivariada das variáveis, porém foi respeitada a regra prática de no mínimo cinco observações (respondentes) por variável. 7

Tabela 2 - Matriz de Classificação do modelo obtido a partir da regressão logística Passo 1 Passo 2 Passo 3 Observado Previsto dsondada12 Correto,00 1,00 (em %) dsondada12 0 19 0 100,0 1 12 0,0 Total 61,3 dsondada12 0 16 3 84,2 1 6 6 50,0 Total 71,0 dsondada12 0 16 3 84,2 1 4 8 66,7 Total 77,4 A matriz de classificação indica um acerto de 77,4% dos grupos previstos e observados. Ou seja, 16 observações cujas características atentavam para que não fossem empresas sondadas pelo mercado, foram classificadas corretamente. Oito empresas foram classificadas corretamente no grupo 1 e sete empresas não foram (nem no grupo 0, nem no grupo 1). A classificação ao acaso dos grupos indica que poderia-se obter um acerto de 61,3% se identificássemos todas no mesmo grupo. Acrescentando 25% a este valor, obtém-se o número de 76,6%, que é um critério restritivo. O acerto de 77,4% indica aceitação do modelo logístico obtido nesta pesquisa para previsão. Conclusão O presente estudo aplicou métodos quantitativos para a busca de respostas em uma área de grande relevância econômica. A partir da aplicação dos questionários, obteve-se uma percepção dos dirigentes de MPMEs e inferiu-se empiricamente alguns resultados. Três variáveis revelaram-se significativas para explicar a ocorrência ou não de interesse em aquisição de MPMEs. As duas hipóteses de pesquisa rejeitadas (variáveis gfinadeq e idade, porém com validade estatística) têm como possíveis causas: (i) empresas que desejam adquirir as MPMEs tendem a escolher aquelas que estejam com uma gestão financeira inadequada, pois vão atuar nos ganhos de sinergia e na melhoria de gestão; (ii) as MPMEs mais procuradas tendem a serem mais severas com a própria percepção de sua administração financeira; (iii) MPMEs mais antigas dificilmente recebem propostas de aquisição e (iv) MPMEs mais novas tendem a despertar a atenção de concorrentes e possíveis compradores para o negócio. A hipótese confirmada (variável contab) possibilita traçar possíveis causas: (i) gestores de MPMEs dão mais valor à contabilidade após suas empresas serem sondadas e (ii) a boa contabilidade tende a facilitar o processo de aquisição. O conhecimento em contas a receber, a adoção de políticas de capital de giro e margem operacional acima da média são variáveis que, em teoria, poderiam atrair a atenção de outras empresas. No entanto, elas não foram conclusivas no presente estudo. Além disso, empresários de MPMEs que acompanham o mercado não necessariamente são de empresas que foram sondadas nos últimos 12 meses. 8

O modelo obtido a partir da regressão logística das variáveis contab, gfinadeq e idade, tendo a variável dsondada12 como dependente atendeu aos critérios de classificação (77,4% de acertos na matriz de classificação). A extrapolação de todos os resultados para a população de MPMEs brasileiras requer uma análise detalhada, porém este primeiro resultado indica quais são as variáveis que podem ser utilizadas em pesquisas futuras e com maior número de empresas. Bibliografia BNDES. Porte das empresas. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/sitebndes/ bndes/bndes_pt/navegacao_suplementar/perfil/porte.html. Acessado em 09/07/2011. DE BORTOLI NETO, A., Tipologia de problemas das pequenas e médias empresas, Dissertação (Mestrado), FEA - Fac de Economia Administração e Contabilidade - São Paulo, 1980. DORNELAS, J.C.A. Empreendedorismo Corporativo. Rio de Janeiro: Elsevier: 2003 FERREIRA, C.C.; MACEDO, M.A.S. Micro e Pequenas Empresas no Brasil e a Questão do Capital de Giro: um estudo exploratório. X SEMEAD, 2007. GIMENES, R.M.T. & GIMENES, F.M.P. Aplicabilidade da análise dinâmica do capital de giro como instrumento de avaliação da gestão financeira em cooperativas agropecuárias. Revista Economia Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 129-150, jan./abr. 2008 MATTOS, E.C.A.; BARBOSA, R. Análise de crédito para as micro e pequenas empresas. Revista científica eletrônica de Ciências Contábeis, ano I, n. 2, 2003. MAXIMIANO, A.C.A. Administração para Empreendedores São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007 MUNIZ, N.P; SCHWARZ, M.O.M; SIQUEIRA, J.R.M. Finanças Aplicadas a Micro e Pequenas Empresas: um levantamento na produção acadêmica do ENANPAD no período de 2000 A 2007. XI SEMEAD, 2008. SANTOS, L.P.; WAGNER, R. Imposição a Micro Empresa de capital de giro pelo mercado. II Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia SEGET, 2005 SANTOS, E. Decisões financeiras em uma cooperativa agropecuária: uma análise pelo modelo Fleuriet. Congresso Sober, 2005. SEBRAE. Boletim Estatístico de Micro e Pequenas Empresas 2005. SEBRAE. MPEs em números. Disponível em http://www.sebraesp.com.br/ TenhoUmaEmpresa/Biblioteca/OutrosConteudos/EstudosEPesquisas/MPEsEmNumeros/P aginas/mpesemnumeros.aspx acessado em 09/07/2011 TEIXEIRA, H. J. Descrição e analise do trabalho de dirigentes de pequenas e médias empresas. Dissertação (Mestrado), FEA - Fac de Economia Administração e Contabilidade - São Paulo, 1979. TEIXEIRA, A.S.; PEREIRA A.C. Planejamento financeiro de curto prazo como ferramenta de gestão na PME. UNOPAR Cient., Ciênc. Juríd. Empres., Londrina v.2 n.2, p.31-49, set 2001. 9

Variáveis e respectivas perguntas do Questionário Eletrônico Variável Significado Questionário portefat portefunc Porte da empresa pelo faturamento (critério BNDES para micro, pequena e média empresa) Porte da empresa pelo número de funcionários (critério SEBRAE para micro, pequena e média empresa) Em qual faixa de faturamento anual sua empresa apresenta? Menor ou igual a R$ 2,4 milhões Maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões Maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões Maior que R$ 300 milhões Quantos funcionários sua empresa possui? Menos que 19 Entre 20 e 99 Entre 100 e 499 Mais que 500 idade Tempo de existência de empresas Qual a idade de sua empresa? (em anos) setor Setor econômico de atuação da empresa Qual é o setor de atuação de sua empresa? estado Estado em que fica a sede da empresa Em que estado brasileiro fica sua empresa? creceber adotacg moperacima contab gfinadeq sondada12 acompmerc Indica o grau de conhecimento do gestor em seu contas a receber Indica qual o nível de adoção de políticas de capital de giro Indica a percepção do gestor na margem operacional acima da média de seu mercado Indica se o gestor acredita que sua empresa possui boa contabilidade Indica qual o nível de adequação da gestão financeira da empresa (variável dependente no estudo) Indica se a MPME foi sondada nos últimos 12 meses para ser adquirida Indica qual é a percepção do gestor em seu acompanhamento do mercado (setor), como transações e indicadores relevantes Como você avalia seu grau de conhecimento sobre os seguintes aspectos da administração de sua empresa, sendo 0 para nenhum conhecimento e 10 para conhecimento pleno? Contas a receber Avalie de 0 a 10 seu grau de concordância com as seguintes afirmações, sendo 0 discordo totalmente e 10 concordo. Minha empresa adota políticas de capital de giro. Avalie de 0 a 10 seu grau de concordância com as seguintes afirmações, sendo 0 discordo totalmente e 10 concordo. Minha empresa apresenta margem operacional acima da média de mercado. Avalie de 0 a 10 seu grau de concordância com as seguintes afirmações, sendo 0 discordo totalmente e 10 concordo. Minha empresa possui uma boa contabilidade. Avalie de 0 a 10 seu grau de concordância com as seguintes afirmações, sendo 0 discordo totalmente e 10 concordo. Considero a gestão financeira da minha empresa adequada. Responda às seguintes questões: (SIM ou NÃO) Nos últimos 12 meses, sua empresa já foi sondada para ser adquirida? Avalie de 0 a 10 seu grau de concordância com as seguintes afirmações, sendo 0 discordo totalmente e 10 concordo. Acompanho compra e venda de empresas no meu setor. 10