Livro de actas do XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente Certificação Ambiental e Responsabilização Social nas Organizações 20 e 21 de Maio de 2011 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Campo Grande, 376 Lisboa Organização
20 e 21 de Maio de 2011 ULHT, Lisboa J. Guedes a ; R. Brito a ; C. Teixeira a ; C. Barbosa a ; H. Ribeiro a ; V. Novais a. a Ecoinside Soluções em Ecoeficiência e Sustentabilidade Ambiental. Rua Júlio Dinis, nº561, 7º andar, sala 702, 4050-325 Porto 226173343 Email: cristianateixeira@ecoinside.pt 3 Artigo apresentado no XI CNEA Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente, subordinado ao tema Certificação Ambiental e Responsabilização Social nas Organizações, que decorreu na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia (Lisboa), nos dias 20 e 21 de Maio de 2011. Citar como: Guedes, J.; Brito, R.; Teixeira, C.; Barbosa, C.; Ribeiro, H. e Novais, V. (2011). Responsabilidade Ambiental nas Empresas: Uma Nova Oportunidade de Negócio. XI CNEA Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente. Lisboa.
Guedes et al. RESUMO Os principais agentes do desenvolvimento económico de um país são as suas empresas. Os avanços tecnológicos e a capacidade de geração de recursos inovadores fazem com que cada vez mais empresas incrementem acções cooperativas e integradas, onde possam desenvolver processos que têm por objectivo a Gestão Ambiental e a Responsabilidade Social. Em Portugal, o Decreto-Lei nº 147/2008, relativo à responsabilidade ambiental, veio assegurar a reparação dos danos causados ao meio ambiente, tendo como base a responsabilização dos operadores, através da constituição de garantias financeiras para responder aos seus eventuais custos. Este instrumento legal, em vigor desde 1 de Agosto de 2008 transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva Comunitária nº 2004/35/CE. Contudo, mesmo com a entrada em vigor da obrigatoriedade de constituição de uma garantia financeira em Janeiro de 2010, ainda têm sido apontadas diversas lacunas na aplicação do regime de responsabilidade ambiental, nomeadamente a ausência de metodologias estandardizadas para a avaliação de riscos ambientais que permitam uniformizar os critérios dentro do país e a inexistência de guidelines técnicos e de procedimentos conducentes à aplicação do supra referido diploma. Atenta em permanência às necessidades do mercado, além de fruto da sua origem procurar sempre desafios de vanguarda e produtos/serviços de futuro, a ecoinside - soluções em ecoeficiência e sustentabilidade, Lda. (empresa pioneira em Portugal, cujo core business é a disponibilização de soluções globais de ecoeficiência e sustentabilidade às empresas, dedicando-se, também, à criação e gestão de projectos de conservação da natureza e biodiversidade), pretende disponibilizar inovadores serviços no processo de análise, avaliação, aconselhamento e contratação de coberturas de riscos ambientais, e desse modo possui, em fase de desenvolvimento, uma metodologia geral própria de avaliação de riscos ambientais. 4 A metodologia para a avaliação dos riscos ambientais está, naturalmente, ligada à actividade desenvolvida pelo operador e sujeita a adaptações específicas perante cada caso em concreto. Numa visão geral, podemos descrever as linhas de actuação deste processo da seguinte forma: a) Caracterização das actividades desenvolvidas e de cenários de risco ambiental, através da recolha, tratamento e análise de informação sobre a actividade da empresa (actividades, diagramas de produção, produtos utilizados, efluentes, resíduos, etc.); levantamento in loco dos riscos de ocorrência de danos e respectiva caracterização; b) Caracterização do estado inicial (para as áreas em que há riscos identificados) através da recolha da melhor informação disponível investigações académicas, avaliações de impacte ambiental, normativos legais, etc. ; c) Avaliação e quantificação do risco de ocorrência de danos (cenários de risco); d) Definição de medidas possíveis de prevenção / rectificação /recuperação de acidentes e respectivos custos; e) Estimativa de custos perante a ocorrência dos referidos cenários de problemas ambientais; f) Elaboração de um Plano de Actuação e Responsabilidade Ambiental. Dentro desta metodologia em desenvolvimento serão avaliados os danos aos recursos hídricos, aos solos e ao património natural nomeadamente às espécies e habitats como contempla o Decreto-Lei nº 147/2008. A avaliação do risco ambiental associado à biodiversidade é um desafio complexo, uma vez que é particularmente difícil quantificar o dano ambiental causado ao património natural pela laboração de uma empresa, mas, por outro lado, a contabilização dos
20 e 21 de Maio de 2011 ULHT, Lisboa prejuízos causados às espécies e aos habitats na gestão ambiental das empresas torna-se uma mais-valia; a preocupação com as questões da biodiversidade oferece novas oportunidades para as empresas melhorarem o seu desempenho financeiro e promoverem a sustentabilidade e desse modo saírem a ganhar. PALAVRAS-CHAVE Responsabilidade Ambiental, Gestão Ambiental, Responsabilidade Social, Danos Ambientais, Riscos Ambientais, Empresas, Biodiversidade, Garantia Financeira. 5