Perguntas Frequentes. Pilhas e Acumuladores. 1. Qual é a legislação nacional em vigor em matéria de Pilhas e Acumuladores?
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- Luzia Esteves Estrela
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1 Perguntas Frequentes Pilhas e Acumuladores 1. Qual é a legislação nacional em vigor em matéria de Pilhas e Acumuladores? É o Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro, que estabelece o regime de colocação no mercado de pilhas e acumuladores e o regime de recolha, tratamento, reciclagem e eliminação dos resíduos de pilhas e acumuladores, que transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/66/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Setembro, relativa a pilhas e acumuladores e respectivos resíduos, que revoga a Directiva nº 91/157/CEE, do Conselho, de 18 de Março. O Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro, revoga o Decreto-Lei n.º 62/2001, de 19 de Fevereiro e as Portarias nºs 571/2001 e 572/2001, de 6 de Junho. 2. Quais os tipos de Pilhas e Acumuladores que o Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro distingue? O Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro, estabelece a divisão entre três tipos de Pilhas e Acumuladores: i) pilha ou acumulador portátil; ii) bateria ou acumulador industrial; iii) bateria ou acumulador para veículos automóveis. 3. A que se refere a designação de «Pilha ou acumulador portátil»? Qualquer pilha, pilha-botão, bateria de pilhas ou acumulador que seja fechado hermeticamente, possa ser transportado à mão e não seja uma bateria ou acumulador industrial nem uma bateria ou acumulador para veículos automóveis. Exemplos de pilhas ou acumuladores portáteis são, além das pilhas-botão, as seguintes:
2 pilhas constituídas por um elemento único (pilhas AA e AAA); pilhas e acumuladores utilizados em telemóveis, computadores portáteis, ferramentas eléctricas sem fios, brinquedos e aparelhos domésticos. 4. A que se refere a designação de «Pilha-Botão»? Pequena pilha ou pequeno acumulador cilíndrico portátil de diâmetro superior à altura, utilizado para fins especiais, como: aparelhos auditivos; relógios; pequenos aparelhos portáteis e dispositivos de alimentação de reserva. 5. A que se refere a designação de «Bateria ou acumulador para veículos automóveis»? Bateria ou acumulador utilizado para fornecer energia ao motor de arranque, para as luzes ou para a ignição. 6. A que se refere a designação de «Bateria ou acumulador para industrial»? Bateria ou acumulador concebido exclusivamente par fins industriais ou profissionais ou utilizados em qualquer tipo de veículos eléctricos. São exemplos de baterias ou acumuladores industriais os seguintes: utilizados como fonte de energia de emergência ou de reserva nos hospitais, aeroportos ou escritórios; concebidos exclusivamente para terminais de pagamento portáteis em lojas e restaurantes, e para leitores de códigos de barras em lojas; utilizados em instrumentação ou em diversos tipos de aparelhos de medição;
3 utilizados em ligação com aplicações de energias renováveis como os painéis solares; utilizados em veículos eléctricos (carros, cadeiras de rodas, bicicletas, veículos utilizados nos aeroportos e veículos automáticos de transporte). 7. Quem é produtor, segundo o Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro? Qualquer pessoa num Estado Membro que, independentemente da técnica de venda utilizada, nomeadamente através da comunicação à distância, coloque pela primeira vez no mercado no território desse Estado-Membro, no âmbito da sua actividade profissional, pilhas ou acumuladores, incluídos os incorporados em aparelhos ou veículos. 8. O que se entende por colocação no mercado? É o fornecimento ou disponibilização de um produto a terceiros, a título oneroso ou gratuito, incluindo a importação para o território nacional. 9. Um importador é considerado um produtor, segundo o Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro? Sim, visto que é a pessoa que coloca pela primeira vez no mercado nesse Estado- Membro as pilhas ou acumuladores. 10. Todas as pilhas e acumuladores (P&A) podem ser colocados no mercado? Não. O decreto-lei proíbe a colocação no mercado de todas as P&A, incorporados ou não em aparelhos, que contenham um teor ponderal de Mercúrio superior a 5 ppm (excepção às pilhas-botão com um teor ponderal não superior a ppm) e de P&A portáteis, incorporados ou não em aparelhos, com um teor ponderal de Cádmio superior a 20 ppm (excepção aos utilizados em: i) sistemas de alarme e de emergência, incluindo iluminação de emergência, ii) aparelhos médicos e iii) ferramentas eléctricas sem fios).
4 11. Quais são as obrigações dos Produtores de Pilhas e Acumuladores (P&A)? Os produtores têm a obrigação de assegurar a recolha selectiva, o tratamento, a reciclagem e a eliminação dos resíduos de P&A que colocam no mercado, suportando os custos líquidos destas operações e das operações intermédias de transporte, armazenagem e triagem. Os produtores podem optar por assumir estas obrigações de gestão de resíduos a título individual, designando-se de Sistema Individual, ou submeter a gestão dos resíduos a um Sistema Integrado (colectivo) em que transferem esta responsabilidade para uma Entidade Gestora, licenciada nos termos do artigo 20º do Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro. Até 26 de Setembro de 2009, todos os produtores são obrigados a aderirem a um Sistema individual ou a um Sistema Integrado. 12. Como é que um Produtor adere a um sistema de integrado de gestão de resíduos? A adesão de um produtor a um sistema integrado efectua-se através de um contrato escrito com a entidade gestora, mediante o qual ocorre a transferência da sua responsabilidade pela gestão dos resíduos para esta entidade, e do qual constam os seguintes elementos: i) características das P&A abrangidos; ii) previsão da quantidade dos resíduos recolhidos anualmente pela EG; iii) acções de controlo a desenvolver pela EG para verificar o cumprimento das condições do contrato e iv) prestações financeiras devidas à entidade gestora e a sua forma de actualização. 13. Quais são as obrigações dos utilizadores finais das baterias ou acumuladores industriais e para veículos automóveis? Os utilizadores finais estão obrigados a proceder à entrega dos resíduos de baterias ou acumuladores industriais e para veículos automóveis que produzam ou detenham, sem quaisquer encargos associados, em pontos de recolha selectiva destinados para o efeito.
5 14. Os distribuidores de baterias e acumuladores industriais estão obrigados a aceitar a devolução dos respectivos resíduos? Sim, estão obrigados a aceitar a devolução dos respectivos resíduos pelos utilizadores finais, independentemente da sua composição química e da sua origem. 15. Os distribuidores de baterias e acumuladores para veículos automóveis estão obrigados a aceitar a devolução dos respectivos resíduos? Não estão obrigados, embora o possam fazer. 16. Quais são as obrigações relativamente ao acondicionamento dos resíduos baterias e acumuladores industriais e para veículos automóveis? Os resíduos de baterias e acumuladores recolhidos selectivamente devem ser acondicionados em recipientes estanques, com uma composição que não reaja com os componentes dos referidos resíduos, e armazenados com o líquido no seu interior e na posição vertical, com aberturas fechadas e voltadas para cima. 17. Todas as baterias e acumuladores industriais e para veículos automóveis depois de recolhidas têm que ser tratadas e recicladas? Sim. É proibida a eliminação destes resíduos por deposição em aterro ou por incineração. Além disso, os operadores de gestão de resíduos devem observar o requisito mínimo de extracção de todos os fluidos e ácidos, realizada em instalações, incluindo as de armazenagem temporária, com superfícies e cobertura impermeáveis adequadas ou em contentores adequados. A operação de reciclagem tem que cumprir rendimentos mínimos, constantes da alínea b) do n.º 2 do Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro. 18. Os produtores de Pilhas e Acumuladores têm de se registar?
6 Sim, de acordo com o 23º do Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro, os produtores são obrigados a registar-se junto de entidade de registo licenciada para o efeito e a comunicar as seguintes informações: i) o tipo e a quantidade de pilhas e acumuladores colocados no mercado anualmente; ii) Indicação do sistema de gestão por que optaram em relação a cada tipo de pilha e acumulador. 19. Quem constitui a entidade de registo? Os produtores e as entidades gestoras dos sistemas integrados de gestão de resíduos de P&A são obrigados a constituir uma entidade responsável pela organização do registo de produtores. A actividade de registo carece de licença da Agência Portuguesa do Ambiente e depende da sua capacidade técnica. A entidade gestora do fluxo em causa poderá proceder ao registo dos produtores, cuja responsabilidade pela gestão dos resíduos tenha sido transferida para esta entidade a título provisório. Para estes efeitos a entidade gestora está sujeita à obtenção de licença.
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