NOME OFICIAL DO PARTICIPANTE: BRASIL MENSAGEM TEMÁTICA DO BRASIL: Diversidade, tecnologia e a jovialidade (reinventando o modo de produzir e de consumir alimentos) TEMA: Brasil: alimentando o mundo com soluções CONCEITO E PROPOSTA EDUCACIONAL Foco Evidenciar a capacidade tecnológica do Brasil de ampliar a produção de alimentos e, por conseguinte, suas exportações atendendo às necessidades da sociedade global, sem depreciar o seu maior ativo, ou seja, a sua riqueza biológica imprescindível para o equilíbrio do Planeta. Aliado a isso, o Brasil se apresentará como um país jovem, estimulado pelo sentimento de oportunidade e de responsabilidade universal, que leva à construção de um mundo moderno e democrático. Meta O tema da Exposição Universal de Milão 2015, Feeding the Planet, Energy for Life, oferece ao Brasil uma ótima oportunidade de apresentar o seu modo pluralista de praticar a pesquisa, a produção e o consumo de alimentos. As características territorial, biológica, climática e cultural do país fundamentam o sucessivo aprimoramento de cultivares adaptadas a condições diversificadas. Somada a essa realidade, o contínuo crescimento econômico do Brasil nos últimos 20 anos tem sido, também, fator de inovação tecnológica. Inovação que acompanha o aumento do consumo interno, da produção, das exportações de alimentos e da riqueza acumulada. No Brasil, o setor do agronegócio representa, indiscutivelmente, o poder da inovação. Houve avanços significativos em temas como nanotecnologia, gestão ambiental e territorial, agricultura conservacionista, agroenergia e, principalmente, melhoramento genético de plantas visando à adaptação às variadas condições de solo e clima do país. O Brasil se aperfeiçoou na tropicalização de culturas variadas. Tais condições impulsionaram as exportações de produtos alimentícios e agropecuários, que hoje chegam a 200 países.
A alta produtividade agropecuária do Brasil é reconhecida, mas não a capacidade tecnológica que sustenta esse vigor. Dessa forma, o objetivo geral da participação brasileira se guiará por 3 pontos: Tecnológico evidenciar a eficácia da tecnologia tropical desenvolvida no Brasil e a confiabilidade do país como parceiro de negócios eficaz e inovador: 80% das espécies utilizadas na agricultura brasileira são originárias de outras regiões do Globo, adaptadas ao plantio em solo nacional, fator crucial para enfrentar desafios do presente e do futuro, como a crescente demanda mundial por alimentos, o alto custo e a urgência por uma abordagem inovadora; Cultural consolidar a pluralidade do país, que se estende de forma produtiva e harmônica também no campo alimentar, cuja diversidade é evidenciada pelos produtos provenientes de várias partes do mundo e pela forma como tais alimentos se harmonizam; Social multiplicar experiências bem sucedidas na democratização alimentar que se traduz pela disseminação da pesquisa e do conhecimento, pela prática do plantio e consumo sustentável, e pela receptividade a alimentos de todos os cantos do Planeta, uma atitude oportuna e apropriada para garantir acesso universal à alimentação. A meta é que tais informações sejam assimiladas pelo público visitante: tanto por aqueles que irão ao espaço físico, quanto pelo público do Cyber Expo, favorecendo a ampliação das discussões e considerações para os desafios comuns nos campos da agricultura, nutrição, desenvolvimento sustentável, bem-estar social e políticas públicas de incentivo e acesso. Itinerários Temáticos O país apresentará experiências factíveis de integrarem os Itinerários Temáticos que cobrem os variados aspectos do tema geral da Exposição: Feeding the Planet, Energy for Life. Ao demonstrar como tem avançado no caminho de administrar, com seriedade, a sua riqueza ecológica a despeito de promover uma revolução no agronegócio, que representa 22,4% do PIB, ou 180 milhões de toneladas/ano de produção de alimentos o Brasil disponibilizará conteúdo informativo que exiba experiências na mistura de sabores, no desenvolvimento sustentável, na educação alimentar, na evolução do cultivo e na transformação de atitudes.
Nesse aspecto, o Brasil instigará os visitantes a pensar alimento como uma forma de motivar e obter a desejada harmonia entre crescimento e desenvolvimento, ou seja, alcançar o bem estar individual e coletivo. Ao considerar sabor como uma forma de conhecimento, o Brasil vai além: percebe o alimento como modo único de integração social, política, econômica e científica. Este pensamento unificador será apresentado no Pavilhão do país por meio de recursos multimídia e, também, ações e atividades que cobrirão os seis meses de Exposição. O Brasil salientará a eficácia de sua tecnologia tropical como um instrumento de conservação ambiental, de preservação cultural e de desenvolvimento sustentável. Nessa mesma linha será possível não apenas se envolver, mas também engajar o visitante no reconhecimento da relação entre segurança alimentar sustentável e um mundo equitativo e justo. Novamente, Este pensamento unificador será apresentado no Pavilhão do país por meio de recursos multimídia e, também, ações e atividades que cobrirão os seis meses de Exposição. Clusters Das nove Áreas de Exibição dedicadas aos Clusters, o Brasil prevê a sua participação nos seguintes temas: Frutas o Brasil se encontra entre os três maiores produtores de frutas do mundo. Junto à China e à Índia, responde por 43,6% do total mundial, conforme estatísticas de 2009 do IBGE. Atualmente o país tem uma produção superior a 40 milhões de toneladas, o que gera seis milhões de empregos diretos. Entre as principais frutas produzidas no país estão laranja, banana, uva, abacaxi e maçã. No entanto, o melão, o limão e a manga são as mais exportadas. A União Europeia respondeu por 81,6% do volume das vendas externas do Brasil no setor. O Brasil também se destaca pela ampla aceitação das suas nozes e castanhas tropicais. Café o Brasil é o primeiro produtor e exportador de café do mundo. Em 2012 alcançou a safra recorde de café beneficiado de 50,8 milhões de toneladas, resultado do aumento nos investimentos realizados pelos produtores. O consumo per capita/ano no país é de aproximadamente 5 kg, acima do consumo na Itália, França e EUA, segundo a ABIC. Esse crescimento é resultado direto da melhoria na qualidade. O país instituiu um Selo de Pureza e um Programa de Qualidade, considerado o mais abrangente do mundo, monitorando cafés gourmet de alta qualidade e maior valor agregado. Com isso, o país tornou-se referência em certificação do produto.
Arroz O cultivo de arroz em terras altas (arroz de sequeiro) tem sido feito há muito tempo no Brasil e representa 43% dos arrozais (2012), segundo a Conab. O avanço no campo tecnológico no país, que está entre os 10 maiores produtores do Planeta, apresenta possibilidades de alcançar um alto patamar de produtividade. Estudos realizados pela Fapesp indicam que somar à irrigação natural, com base na água de chuva, o sistema de irrigação por aspersão nos períodos secos, garante um aumento de produtividade superior a 50%. A pesquisa iniciada no Brasil atende a necessidade de preservar um dos mais preciosos recursos atualmente: a água. O cultivo tradicional do arroz (irrigação por inundação) consome de 24% a 30% de toda a água doce disponível no mundo. Um fator adicional contribuiu para o êxito do experimento: a alta qualidade do arroz brasileiro, resultante de várias décadas de melhoramento por seleção genética. Cacau O Brasil ocupa o 6º lugar entre os maiores produtores de cacau (2012, Organização Internacional do Cacau) e o 4º maior consumidor, o que reflete o aumento da renda da população que coloca o produto em sua dieta e, consequentemente, suscita um aumento de investimentos por parte da indústria nacional em novas tecnologias e qualificação dos funcionários. Entre 2007 e 2012, a produção no país cresceu 30% (Ceplac). Houve, ainda, um aumento no número de produtores auditados e certificados pela UTZ Certified cocoa beans. Somado a isso, o cacau brasileiro se destaca em premiações, como a do Salon Du Chocolat, em Paris, o mais importante evento do setor, e o International Cocoa Awards.
ARQUITETURA E TECNOLOGIA A seleção do projeto da participação brasileira na Exposição de Milão 2015 terá como diretrizes a inovação na experiência sensorial do visitante e a sustentabilidade no processo de construção, operação e desmontagem. Continuidade exterior-interior: A integração dos espaços deve refletir a continuidade da experiência do visitante entre as áreas livres da EXPO (a circulação coberta da World Avenue e o Decumanus), a área livre do pavilhão brasileiro, com tratamento paisagístico adequado, e a área expositiva coberta. Tratamento paisagístico da área externa: Elementos arquitetônicos para sombreamento, pergolados, integrados à vegetação, conforme as condições climáticas da cidade, proporcionando espaços confortáveis para as áreas de espera e estar. O tratamento paisagístico agregará mobiliário urbano, tratamento dos pisos, vegetação, água e iluminação, áreas de estar junto aos espaços de espera e de alimentação na sombra das árvores. Espaço expositivo interno: O espaço expositivo interno coligará salas para debates, para conferências e apresentações, para lançamento de livros, ou pequenas performances musicais (acústicas) e demais atividades previstas ao longo do período da EXPO. As áreas expositivas apresentarão, de forma panorâmica e instigante, a visão do Brasil em relação ao tema Feeding the Planet, Energy for Life, com ênfase na capacidade tecnológica brasileira de pesquisa e de produção de alimentos de diversas origens. A interligação do conteúdo expositivo físico do pavilhão brasileiros com o conteúdo virtual permitirá aprofundar temas específicos daquilo que o Brasil irá exibir. Virtual Expo / Smart City: O uso de novas mídias e tecnologias, tal como ocorre em museus e exposições, possibilitará (e favorecerá) tratar conjuntamente aspectos de entretenimento relativos ao tema, sem deixar de disponibilizar ao público informações técnicas e práticas em profundidade. Tal conceito está em consonância com o de Smart City criado pela EXPO 2015. A concepção de Cidade Inteligente, inclusive, está em desenvolvimento em Búzios, cidade brasileira de quase 28 mil
habitantes, localizada no estado do Rio de Janeiro. A proposta é torná-la referência no uso de tecnologias inteligentes e integração de sistemas, visando à eficiência energética. Sustentabilidade e acessibilidade: A busca de eficiência energética e de qualidade ambiental em espaços internos, ou seja, o uso de materiais, de tecnologias e de recursos ambientalmente corretos são pré-requisitos observados atualmente nas construções no Brasil que criou, em 2003 o programa de Etiquetagem de Edificações. As soluções de controle bioclimático são tradicionalmente utilizadas no país, que ocupa o quarto lugar no ranking de construções sustentáveis com certificação LEED. No quesito acessibilidade, o Brasil seguirá os parâmetros de circulação e acessibilidade para todos os visitantes, inclusive Portadores de Necessidades Especiais. A intenção é tornar a edificação (pavilhão brasileiro) num meio de disseminar as inovações tecnológicas e métodos tradicionais de sustentabilidade. Serviços de alimentação: Os serviços de alimentação serão desenvolvidos em estreita observância ao tema central da Exposição de Milão, com empenho em formas inovadoras de apresentação de alimentos, seguindo as práticas de Design Food (arte feita com comida), e oferecendo alimentos típicos das diferentes regiões do Brasil. No plano de construção estão previstos um restaurante, para refeições mais elaboradas, e uma cafeteria, para lanches rápidos. A proposta é que tais áreas tenham acesso independente com o intuito de permanecerem abertas durante o período da Expo by Night.
CONTEÚDO ATIVO E EXPOSITIVO O Brasil reconhece o caráter educacional das Exposições Universais, assim como a sua importância como espaço para debates, para a exibição de avanços técnico-científicos, troca de ideias e projetos, tanto de cunho tecnológico quanto comercial, assim como sendo um ambiente propício ao exercício coletivo da construção de relações interpessoais e de novas realidades. Somado a esse entendimento e ao fato de o Brasil se encontrar na posição de grande produtor e consumidor de alimentos, bem como a sua notável diversidade cultural, a proposta é utilizar o espaço da Exposição para contribuir, de maneira criativa, na ampliação da consciência sobre o tema Feeding the Planet, Energy for Life, uma busca permanente pela reinvenção do modo de produzir e de consumir alimentos. Nesse aspecto, o Brasil norteará o seu conteúdo expositivo no sentido de proporcionar ao visitante, experiências que o envolvam com a realidade brasileira, para a qual o alimento é fator de união, de combinações e inventividade. Também propiciará ao público um melhor conhecimento sobre os motivos que levam o país a ocupar lugar entre os maiores produtores agrícolas do mundo. E, lógico, sua atuação como parceiro de diversos países no suprimento às necessidades por alimentos, comercializando mercadorias com qualidade e preços competitivos. O conteúdo ativo seguirá a linha argumentativa do conteúdo expositivo, combinando o lado científico-educacional do evento com experiência recreacional, proporcionando diversão e satisfação ao público presente. A proposta é permitir uma melhor assimilação das diversas informações apresentadas sobre o tema através do uso dos sentidos. Dessa forma, o Brasil, ao longo dos seis meses de Exposição, se dispõe a realizar performances artísticas (como concertos musicais ou espetáculos de dança), aulas de culinária, eventos de degustação, atividades cinematográficas, exposições culturais-artísticas, seminário de negócios, fashion shows, debates técnicos, atividades recreativas orientadas para estudantes e atividades de promoção para públicos-alvo sempre com experiências degustativas. Sempre que possível o Brasil organizará atividades de conteúdo ativo envolvendo representantes brasileiros e italianos (ou europeus) do segmento em questão, cujo intuito será o de fortalecer parcerias e mostrar, na prática, a pluralidade alimentar que caracteriza o panorama brasileiro. Igualmente, é intenção do Brasil disponibilizar, na medida do possível, o conteúdo ativo apresentado fisicamente na Exposição ao Cyber Expo system.