DIREITOS DO TRABALHADOR COM DEFICIENCIA. PALAVRAS-CHAVES: Deficiência, Trabalho, Proteção Legal.



Documentos relacionados
Portadores de necessidades especiais: trabalhando com saúde. Lailah Vasconcelos de Oliveira Vilela

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A LEGISLAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Atualizadas pela Lei Brasileira de Inclusão da PCD (Lei 13.

DIREITO FUNDAMENTAL À ACESSIBILIDADE NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE O TEMA

ACESSIBILIDADE E DIREITOS DOS CIDADÃOS: BREVE DISCUSSÃO

Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO

Prefeitura Municipal de Chácara Rua: Heitor Candido, 60 Centro Chácara Minas Gerais Telefax: (32) ;

A EMPREGABILIDADE DOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS E SUAS IMPLICAÇÕES NA CIDADE DE LINS

PROJETO DE LEI N O, DE 2004

Considerações sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE ACESSIBILIDADE. - Não seja portador de Preconceito -

A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Ana Carolina de Freitas Psicóloga Serviço de Formação e Inserção ao Mercado de Trabalho

PESSOA COM DEFICIENCIA VISUAL E EDUCAÇÃO A DISTANCIA: POSSIBILIDADES E ADVERSIDADES

Carta de Princípios dos Adolescentes e Jovens da Amazônia Legal

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

DESAFIOS DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM PARINTINS-AM.

AS RELAÇÕES DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO REGULAR INCLUSIVO

Carta Aberta aos Estudantes e Trabalhadores dos Cursos de Graduação a Distância em Serviço Social no Brasil

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

A APAE E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

PROGRAMA EU SORRIO PARA O APRENDIZ

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: DA EDUCAÇÃO BÁSICA AO ENSINO SUPERIOR

EDUCAÇÃO INFANTIL E LEGISLAÇÃO: UM CONVITE AO DIÁLOGO

ACESSIBILIDADE NO BRASIL: UMA VISÃO HISTÓRICA

Educação Patrimonial Centro de Memória

EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Profª Drª Sonia Maria Rodrigues

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os

INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Jefferson Aparecido Dias *

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE

LEVANTAMENTO SOBRE A POLÍTICA DE COTAS NO CURSO DE PEDAGOGIA NA MODALIDADE EAD/UFMS

Tema: evasão escolar no ensino superior brasileiro

INCLUSÃO ESCOLAR. Desafios da prática. Bianca Mota de Moraes

Direito à Educação. Parceria. Iniciativa. Coordenação Técnica. Apoio

RESOLUÇÃO N 008/2015. A Diretora Geral da Faculdade Unilagos, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Legislação em vigor, RESOLVE

Processo Seletivo. Para atuar em Equipe do Consultório na Rua. Vaga em Aberto e Formação de Cadastro Reserva

VIII Jornada de Estágio de Serviço Social. Prática profissional de Serviço Social na APROAUT - Associação de Proteção aos Autistas

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

PROJETO DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL N.º, DE 2011 (Da Sra. Rosinha da Adefal)

EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA: DIREITO À DIVERSIDADE

Profª. Maria Ivone Grilo

Iniciando nossa conversa

PARECER COREN-SP 029/2013 CT PRCI n e Ticket nº

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NUMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA: DA TEORIA À PRÁTICA

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no

DIREITOS DO IDOSO: VIDA, ALIMENTOS, TRANSPORTE.

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

1º SEMINÁRIO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR COM DEFICIÊNCIA NA INDÚSTRI DA CONSTRUÇÃO PESADA

PROFESSORA ESP.: JOCELI MOTA CORREA DA ROCHA

Ensino Religioso no Brasil

Pesquisa. A participação dos pais na Educação de seus filhos

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO ESPECIAL: uma experiência de inclusão

SAÚDE MENTAL E UMA RELEITURA DA TEORIA DAS INCAPACIDADES NO DIREITO PRIVADO

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

PROJETO DE LEI N o, DE 2008

TÍTULO: AUTISMO INFANTIL: UM ESTUDO DA LEGISLAÇÃO ACERCA DA INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL


DECLARACAO UNIVERSAL dos Direitos Humanos

SÍNDROME DE DOWN E A INCLUSÃO SOCIAL NA ESCOLA

DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM DOSE UNITÁRIA - OPINIÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM SOBRE AS MUDANÇAS NO PROCESSO DE TRABALHO

A NECESSIDADE DA PESQUISA DO DOCENTE PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA, PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E NO TRABALHO COM AUTISTAS

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015

PEDAGOGO E A PROFISSÃO DO MOMENTO

Título do Case: Diversidades que renovam, transformando novas realidades

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891

EXMO. SR. DR. PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA DA 1ª REGIÃO. Assunto: Leitos Psiquiátricos nos Hospitais Públicos Federais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 269, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Nº 07 / 13 TEMA: As Crianças em Goiás

Cartilha do ALUNO EMPREENDEDOR POLITÉCNICA

O papel do estado no urbano

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

Educação Online: um caminho para inclusão de Pessoas com Deficiência na sociedade. Janae Gonçalves Martins 1 Andréa Miranda 2 Fernando José Spanhol 3

Trajetória das Pessoas com Deficiência ao Longo da História. D...do extermínio à Inclusão...

Universidade Metodista de São Paulo

LIBRAS: A INCLUSÃO DE SURDOS NA ESCOLA REGULAR

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2009

Prefeitura Municipal de Santos

A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NOS PROJETOS SOCIAIS E NA EDUCAÇÃO - UMA BREVE ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DO PROJETO DEGRAUS CRIANÇA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

O Dep. Pastor Frankembergen pronuncia o seguinte discurso: Dia Mundial da Saúde. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados.

EIXO II EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS PROPOSIÇÕES E ESTRATÉGIAS

Viva Acessibilidade!

VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO PERÍODO DA DITADURA NO BRASIL: E A COMISSÃO DA VERDADE

XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE

MELHORIA DA INFRAESTRUTURA FÍSICA ESCOLAR

A inclusão de pessoas portadoras de deficiências nas organizações como oportunidade para o desenvolvimento local

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida

FACULDADE UNA DE SETE LAGOAS

A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR OS VALORES NA EDUCAÇÃO

COMPORTAMENTO ÉTICO NA PROFISSÃO CONTÁBIL

Transcrição:

DIREITOS DO TRABALHADOR COM DEFICIENCIA Acimarney Correia Silva Freitas¹, Cecília Grabriela Bittencourt², Érika Rocha Chagas 3, Maria do Rosário da Silva Ramos 4 ¹Orientador deste Artigo e Professor de Direito - IFBA. E-mail: acimarney@gmail.com ²Discente de Segurança do Trabalho - IFBA. E-mail: ceciliacecigabi@hotmail.com ³Discente de Segurança do Trabalho - IFBA. E-mail: kiinharchagas@gmail.com 4 Discente de Segurança do Trabalho - IFBA. E-mail: ramosbdo@hotmail.com Resumo: Este trabalho apresenta uma pesquisa a respeito das dificuldades que enfrentam os portadores de deficiências dentro da sociedade, algo que vem sendo observado desde a antiguidade e permanece evidente nos dias atuais. Essas pessoas com deficiência são comumente vistas como inúteis e incapazes de praticar um trabalho ou receber responsabilidades, em especial no âmbito profissional, devido a esse conceito irrealista sobre o deficiente físico, entre outros fatores, a fim de minimizar o preconceito e garantir a acessibilidade e os direitos individuais dos cidadãos foram criadas as proteções legais para trabalhadores portadores de deficiência. O trabalho aponta o contexto histórico e as principais legislações estabelecidas na constituição sobre regras de proteção e integração social. PALAVRAS-CHAVES: Deficiência, Trabalho, Proteção Legal. 1. INTRODUÇÃO Têm-se notícias de que os povos antigos até mesmo os povos indígenas tinham o costume de tirar a vida dos recém-nascidos com alguma deficiência física. Os Espartanos levavam suas crianças recém-nascidas para serem analisadas por anciãos, os bebês com deficiência eram jogadas de um abismo. Os romanos matavam seus filhos deficientes ou os abandonavam, as crianças que eram acolhidas tornavam-se mendigos ou escravos. Na idade média, os deficientes eram tidos como aberrações da natureza ou pessoas que foram amaldiçoadas por demônios; achava-se que o mal neles era contagioso e que se permanecessem vivos ou entre as outras pessoas iriam transmitir esse mal, isolando-os assim do resto da sociedade. Ainda hoje, existe preconceito para com os portadores de deficiência. Algumas pessoas pensam que os deficientes são pessoas infelizes, ou diferentes, há também àqueles

que os imaginam inúteis ou doentes, e ainda os que pensam que os portadores de deficiência possuem todas essas qualidades ao mesmo tempo. Porém nenhuma dessas definições são verdadeiras, pois os portadores de deficiências são pessoas capazes, mas que possuem alguma ou algumas limitações físicas ou mentais. Com o fim das grandes guerras e as de menor porte, que ocorreram em vários países do mundo, os soldados sobreviventes retornavam muitas vezes mutilados, ou com quadros de doenças mentais consequentes dos traumas vividos nos campos de batalha. Viu-se então a necessidade de subsidiar estes cidadãos. Foram criados sistemas de cotas para mutilados, militares ou não, e asilos para deficientes. Como afirmava certo filósofo é mais fácil ensinar um aleijado a desempenhar uma tarefa útil do que sustentá-lo como indigente. A partir desse cenário pós-guerra e da criação dos direitos humanos e com a promulgação da constituição foram elaboras as leis de proteção para os deficientes. Este trabalho tem por objetivo comentar e apresentar essas leis. 2. METODOLOGIA Este artigo foi construído a partir do levantamento de dados encontrados na literatura já existente. Foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros e por meio de artigos e informações existentes na Web e em sites especializados. 3. O MERCADO DE TRABALHO O trabalho se constitui um dos meios para viabilizar o processo de inclusão. A Lei n 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas, foi criada para ampliar o acesso de pessoas com deficiência ao mundo do trabalho. No entanto, a inserção profissional favorecida pela lei está longe de ser a ideal. A Declaração Universal dos Direitos Humanos declara, em seu Artigo 23, que: toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do seu trabalho e a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego. A Constituição Federal do Brasil, em seu Artigo 7º, proíbe a discriminação na remuneração e nos critérios de admissão dos trabalhadores com deficiência. Em seu artigo 37, garante a reserva de vagas na administração pública para pessoas com deficiência. Atualmente o número de deficientes no mercado de trabalho vem crescendo, porém não se sabe ao certo se o aumento destes profissionais é apenas pela legislação em vigor que

determina que uma organização deva contratar esses profissionais, ou se a população caminha para uma sociedade mais inclusiva. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) é estimado que no mundo haja 610 milhões de portadores de deficientes, sendo que por volta de 80 % destes deficientes vivam em países em desenvolvimento, e por viverem em países subdesenvolvidos há uma maior barreira de inserir estes profissionais no mercado de trabalho. (Instituto ETHOS, 2002). Ninguém esta imune ao desconforto, medo, insegurança, frente ao desconhecido e, ate segunda ordem a deficiência ainda é bastante desconhecida da população em geral. (AMARAL, 1994). Conforme se atenta para a inclusão do portador de deficiência no mercado de trabalho a partir dos dados registrados, podemos perceber a proporção que ela vem crescendo constantemente, segundo dados do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE): Em 2009, do total de 41,2 milhões de vínculos de emprego ativos em 31 de dezembro, 288,6 mil foram declarados como pessoas com deficiência, representando 0,7% do total de vínculos empregatícios. Em 2010, dos 44,1 milhões de vínculos ativos em 31 de dezembro desse ano, 306,0 mil foram declarados como pessoas com deficiência, representando 0,7% do total de vínculos empregatícios percebe-se que foi mantido esse peso relativo de trabalhadores com deficiência, representando um aumento de 6% no número de deficientes físicos com empregos formais. 4. OS DIREITOS E A INSERÇÃO DO DEFICIENTE NO MERCADO DE TRABALHO A lei n 8.213, artigo 93, de 1991 institui a obrigatoriedade de reserva de postos em Empresas com 100 ou mais empregados que devem reservar de 2 a 5% dos seus cargos a pessoas com deficiência física, fixando os seguintes percentuais: a) Empresas com até 200 empregados devem cumprir uma cota de 2% b) De 201 a 500 empregados, a cota é 3%. c) Até 1000 empregados, cota de 4%. d) Acima de 1000 empregados, 5%.

Segundo o artigo 8 da lei 7.853/89 são crimes previstos: a) Recusar, suspender, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, porque é portador de deficiência. b) Impedir o acesso a qualquer cargo público, porque é portador de deficiência. c) Negar trabalho ou emprego, porque é portador de deficiência. d) Recusar, retardar ou dificultar a internação hospitalar ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar ou ambulatorial, quando possível, porque é portador de deficiência. Todas as pessoas portadoras de necessidades especiais, segundo a lei, têm os mesmos direitos que o individuo sem deficiência alguma, direito à educação, ao trabalho, ao lazer, à segurança, de ir e vir com acessibilidade garantida e tantos outros que são assegurados ao ser humano. A constituição da republica federativa do Brasil em vários de seus artigos a exemplo dos artigos 7 item XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência, cuidar da saúde e assistência pública. Artigo 23 item II - da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. Artigo 37 item VII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. Muitas são as leis brasileiras que fazem esses direitos valerem para o deficiente. a) Lei nº 8.213 de 25 de julho de 1991 que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência e dá outras providências a contratação de portadores de necessidades especiais. b) Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989 que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. c) Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000 que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

d) A CLT Consolidação das leis do trabalho que estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho. Nela os deficientes têm seus direitos nas relações trabalhistas garantidos e estes em alguns casos dispõem de condições especiais de acordo com as suas necessidades ou em razão delas. 5. CONCLUSÃO Com base nas informações encontradas em relação ao assunto sobre Deficiência no Ambiente de Trabalho, podemos observar sobre a inserção do deficiente físico no mercado de trabalho, vendo que a inclusão do portador de necessidades especiais vem crescendo constantemente. O deficiente físico é uma pessoa incapaz de assegurar, por sim mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas. Todas as empresas têm que de alguma maneira, buscar formas de ingressar o portador de deficiência no ambiente de trabalho proporcionando um local saudável e um bom espaço de locomoção a depender da sua deficiência para poder desempenhar suas atividades. O primeiro passo dado nesta direção foi a criação da reserva de vagas no art. 93, da Lei nº 8.213/91 - Lei de Cotas. Com a regulamentação da Lei 7.853/89 e a instituição da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e o Decreto 3.298/99, dez anos depois, que se concretizaram, em nosso ordenamento jurídico, os princípios de não discriminação e igualdade de oportunidades, baseados em conceitos amplos de inclusão social, visando dar apoio e suporte ao portador de deficiência para a vida em comunidade. 6. REFERÊNCIAS COSTA, F. P. A inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12085&revista_ca derno=25>. Acesso em: 09 de dez. de 2013. MP (RS) - Ministério público do Rio Grande do Sul. O portador de deficiência no mercado formal de trabalho. Disponível em: <http://www.mprs.mp.br/dirhum/doutrina/id249.htm>. Acesso em 10 de dez. de 2013.

SANTOS, A. T.; TRAVELIN, A. T. C. Inserção do portador de deficiência no mercado de trabalho. Disponível em: <http://www.centropaulasouza.sp.gov.br/pos-graduacao/workshop-depos-graduacao-e-pesquisa/007-workshop-2012/workshop/trabalhos/gestneg/insercao-do-portador.pdf > Acesso em: 09 de dez. de 2013. SIVC Sistema integrado de vagas e currículos para pessoas com deficiência. Resumo dos direitos trabalhistas das pessoas com deficiência. Disponível em: <http://www.selursocial.org.br/direitos.html>. Acesso em: 11 de dez. de 2013.