EVOLUÇÃO & PROGNÓSTICOS



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APRESENTAÇÃO POPULAÇÃO CARCERÁRIA BRASILEIRA O objetivo deste trabalho, elaborado pela Comissão de Monitoramento e Avaliação do DEPEN, é realizar um levantamento, de forma sucinta, sobre o quadro evolutivo da população carcerária brasileira nos últimos cinco anos, bem como apresentar um prognóstico de crescimento para os próximos anos. Almeja-se que estas informações possam apontar com maior precisão as reais causas para as evoluções constatadas, sejam elas positivas ou não, e que seja possível traçar ações baseadas nos dados aqui apresentados visando uma redução dos níveis excessivos de progressão encontrados. A Comissão de Monitoramento e Avaliação do DEPEN vem assessorando todos os estados na elaboração do Plano Diretor do Sistema Penitenciário. O referido Plano contém o conjunto de ações a ser implementado pelos estados, por um determinado período, visando o cumprimento dos dispositivos contidos na Lei nº 7.210/84 Lei de Execução Penal, bem como o fortalecimento institucional e administrativo dos órgãos de execução penal locais. O compromisso estabelecido por cada Estado visando o cumprimento das ações definidas a partir do Plano Diretor, e sua operacionalização, será de fundamental importância na verificação das conseqüências em futuros levantamentos sobre a população carcerária do Brasil. Pois, o que se espera, com a adoção desta política pré-definida, é uma gradativa redução do número de presos a médio e longo prazo, bem como uma significante melhoria na qualidade das vagas disponibilizadas através de ações efetivas de tratamento aos homens e mulheres encarcerados. JULIO CESAR BARRETO Presidente da Comissão de Monitoramento e Avaliação Assistente Técnico DEPEN/MJ 2

CONSIDERAÇÕES POPULAÇÃO CARCERÁRIA BRASILEIRA Os dados abaixo apresentam de forma sintética o crescimento da população carcerária nos últimos cinco anos no Brasil. As informações fazem parte do banco de dados do InfoPen, que tem como fonte os órgãos responsáveis pelo sistema penitenciário das 27 unidades federativas. Nestes, foram considerados os presos sob custódia da polícia e também os presos em regime aberto. Para esta verificação foram analisados três aspectos: Crescimento anual da população carcerária, no último qüinqüênio, iniciando em dezembro de 2003 a dezembro de 2007. Crescimento trimestral da população carcerária, no último ano, iniciando em dezembro de 2006 a dezembro de 2007. Crescimento do déficit de vagas nos últimos quatro anos, iniciando em dezembro de 2004 a dezembro de 2007. População carcerária por 100 mil habitantes em dezembro 2007. É importante verificar que os números apresentados foram repassados pelos estados, e que esse repasse vem sendo ampliado gradativamente nos últimos anos. A dificuldade no envio destas informações, em anos anteriores, era maior principalmente com relação ao quantitativo de presos custodiados pela polícia. O aumento no nível de envio de informações resulta em uma realidade mais fiel no que diz respeito à precisão dos dados que se referem ao total da população carcerária no país. Por este motivo, é fundamental que consideremos com maior confiabilidade os índices de crescimento da população carcerária dos últimos cinco anos, para que se possa realizar prognósticos mais precisos e condizentes com a realidade. 3

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA TOTAL GERAL CONCLUSÕES: Pôde ser constatado no último qüinqüênio um crescimento real da população carcerária brasileira de 37,00%. Isto representa uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 8,19%. No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, o crescimento foi de 5,27%. Crescimento este, que representa o menor dos últimos cinco anos. No mês de janeiro de 2008 a população passou para 427.134 presos, representando uma evolução de 1,08% com relação ao mês anterior. 4

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA SEXO MASCULINO CONCLUSÕES: Pôde ser constatado nos últimos quatro anos um crescimento real da população carcerária do sexo masculino de 24,87%. Isto representa uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 7,68%. No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, o crescimento foi de 4,86%. Crescimento este, que representa o menor dos últimos quatro anos. Os homens encarcerados representavam, em dezembro de 2007, 93,88% da população total de presos no Brasil. Obs.: Em dezembro de 2003 não foi informado o número de presos, do sexo masculino, sob custódia da polícia. 5

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA SEXO FEMININO CONCLUSÕES: Pôde ser constatado nos últimos quatro anos um crescimento real da população carcerária feminina de 37,47%. Isto representa uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 11,19%. No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, o crescimento foi de 11,99%. O crescimento da população feminina tem sido maior que a masculina e vem se mantendo em percentuais elevados nos últimos anos. As mulheres encarceradas representavam, em dezembro de 2007, 6,12% da população total de presos no Brasil. Obs.: Em dezembro de 2003 não foi informado o número de presos, do sexo feminino, sob custódia da polícia. 6

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA REGIME FECHADO CONCLUSÕES: Pôde ser constatado no último qüinqüênio um crescimento real da população carcerária em cumprimento de regime fechado de 13,05%. Isto representa uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 3,11%. No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, houve uma redução da população carcerária de 4,03%. 7

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA REGIME SEMI-ABERTO CONCLUSÕES: Pôde ser constatado no último qüinqüênio um crescimento real elevado da população carcerária em cumprimento de regime semi-aberto de 89,75%. Isto representa uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 17,37%. No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, o crescimento foi de 40,63%. Crescimento este, que representa o maior dos últimos cinco anos. 8

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA REGIME ABERTO CONCLUSÕES: Pôde ser constatado nos últimos três anos um crescimento real da população carcerária em cumprimento de regime aberto de 143,20%. Isto representa uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 55,95%. No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, o crescimento foi de 4,57%. O valor referente a dezembro de 2005 não reflete, em tese, a realidade do mês de referência. Pois os níveis de preenchimento do quantitativo de presos em regime aberto, por parte dos estados, somente se tornaram satisfatórios a partir de dezembro de 2006. Não foram informados pelos estados o número de presos, no regime aberto, em dezembro de 2003 e dezembro de 2004. 9

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA MEDIDA DE SEGURANÇA (TRATAMENTO E INTERNAÇÃO) CONCLUSÕES: Pôde ser constatado no último qüinqüênio um crescimento real da população em cumprimento de medida de segurança de 40,93%. Isto representa uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 8,96%. No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, o crescimento foi de 4,59%. 10

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA PRESOS PROVISÓRIOS CONCLUSÕES: Pôde ser constatado no último qüinqüênio um crescimento real do número de presos provisórios de 88,84%. Isto representa uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 17,23%. No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, o crescimento foi de 13,75%. Em dezembro de 2007 o número de presos provisórios era equivalente a 30,19% da população carcerária do país. 11

CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA CUSTODIADOS PELA POLÍCIA CONCLUSÕES: Pôde ser constatada no último qüinqüênio uma redução real da população de presos custodiados pela polícia de 17,75%. Isto representa uma taxa média de redução anual de aproximadamente 4,77%. No último ano, no período de dezembro de 2006 a dezembro de 2007, a redução foi de 9,15%. A explicação para a redução do número de presos custodiados pela polícia seria que em alguns estados os órgãos responsáveis pelo sistema penitenciário estão tomando para si a responsabilidade por estes presos. 12

COMPARATIVO DE EVOLUÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA MASCULINA E FEMININA (QUANTITATIVO ANUAL DEZ/2003 DEZ/2007) Obs.: Em dezembro de 2003 não foi informado o número de presos, do sexo masculino e feminino, sob custódia da polícia. 13

COMPARATIVO DE EVOLUÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA MASCULINA E FEMININA (EVOLUÇÃO ANUAL DEZ/2003 DEZ/2007) Obs.: Em dezembro de 2003 não foi informado o número de presos, do sexo masculino e feminino, sob custódia da polícia. 14

COMPARATIVO DE EVOLUÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA MASCULINA E FEMININA (QUANTITATIVO TRIMESTRAL DEZ/2006 DEZ/2007) 15

COMPARATIVO DE EVOLUÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA MASCULINA E FEMININA (EVOLUÇÃO TRIMESTRAL DEZ/2006 DEZ/2007) 16

COMPARATIVO DE EVOLUÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA DOS DIFERENTES REGIMES (QUANTITATIVO ANUAL DEZ/2003 DEZ/2007) Obs.: O número de presos em cumprimento de regime aberto, em dezembro e 2003 e dezembro de 2004, não foi informado. O valor referente a dezembro de 2005 não reflete, em tese, a realidade do mês de referência. Pois os níveis de preenchimento do quantitativo de presos em regime aberto, por parte dos estados, somente se tornaram satisfatórios a partir de dezembro de 2006. 17

COMPARATIVO DE EVOLUÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA DOS DIFERENTES REGIMES (EVOLUÇÃO ANUAL DEZ/2003 DEZ/2007) Obs.: O número de presos em cumprimento de regime aberto, em dezembro e 2003 e dezembro de 2004, não foi informado. O valor referente a dezembro de 2005 não reflete, em tese, a realidade do mês de referência. Pois os níveis de preenchimento do quantitativo de presos em regime aberto, por parte dos estados, somente se tornaram satisfatórios a partir de dezembro de 2006. 18

COMPARATIVO DE EVOLUÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA DOS DIFERENTES REGIMES (QUANTITATIVO TRIMESTRAL DEZ/2006 DEZ/2007) 19

COMPARATIVO DE EVOLUÇÃO ENTRE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA DOS DIFERENTES REGIMES (EVOLUÇÃO TRIMESTRAL DEZ/2006 DEZ/2007) 20

SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA DEZ/04 DEZ/05 DEZ/06 DEZ/07 POPULAÇÃO CARCERÁRIA 336.358 361.402 401.236 422.373 VAGAS EXISTENTES 211.255 215.910 242.294 275.194 DÉFICIT DE VAGAS 125.103 145.492 158.942 147.179 EVOLUÇÃO ANUAL DO DÉFICIT 16,30% 9,24% - 7,40% CRIAÇÃO DE VAGAS ASSISTÊNCIA JURÍDICA ASSISTÊNCIA AO EGRESSO PENAS ALTERNATIVAS APLICADAS 275.194 VAGAS AUMENTO DA CRIMINALIDADE AÇÃO REPRESSIVA DA POLÍCIA MANDADOS DE PRISÃO CUMPRIDOS 422.373 PRESOS DÉFICIT DE 147.179 VAGAS DEZEMBRO/2007 21

POPULAÇÃO CARCERÁRIA POR 100 MIL HABITANTES DEZEMBRO/2007 PRESOS CUSTODIADOS PELO SISTEMA PENITENCIÁRIO DOS ESTADOS UF Nº de presos/ 100 mil hab. MA 47,79 AL 49,95 BA 58,66 PI 86,86 AM 96,71 PA 98,70 RN 98,75 MG 111,83 SE 114,42 TO 126,16 RJ 148,19 CE 148,88 GO 155,96 ES 178,84 SC 186,06 PR 201,44 PE 221,98 PB 222,55 RS 241,92 DF 315,48 AP 318,40 MT 323,75 RR 328,76 RO 352,74 Fonte: IBGE e InFopen (dezembro de 2007) SP 355,56 AC 366,65 MS 410,72 Total 194,07 22

PRESOS CUSTODIADOS PELO SISTEMA PENITENCIÁRIO E PELA POLÍCIA UF Nº de presos/ 100 mil hab. AL 58,94 MA 86,62 PI 86,86 RN 98,75 BA 98,85 AM 112,35 PA 123,61 CE 148,88 TO 155,35 SE 159,33 GO 170,43 RJ 172,00 SC 186,06 MG 193,81 PE 221,98 PB 222,55 RS 241,92 ES 258,32 PR 280,54 AP 318,40 DF 319,56 MT 323,75 RR 328,76 RO 353,64 AC 366,65 SP 384,30 Fonte: IBGE e InFopen (dezembro de 2007) MS 479,54 Total 229,57 23

CONCLUSÕES FINAIS E PROGNÓSTICOS POPULAÇÃO CARCERÁRIA TOTAL NO PRÓXIMO QÜINQÜÊNIO (DEZEMBRO DE 2012), CONSIDERANDO UMA TAXA MÉDIA DE CRESCIMENTO ANUAL DE 8,12%, TEREMOS UMA POPULAÇÃO CARCERÁRIA DE APROXIMADAMENTE 626.083 PRESOS. ISTO REPRESENTARÁ UM CRESCIMENTO DE 32,54% COM RELAÇÃO AO QÜINQÜÊNIO ANTERIOR. HOMENS E MULHERES ENCARCERADOS OS HOMENS ENCARCERADOS REPRESENTARÃO 92,35% DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA TOTAL DO PAÍS (ATUALMENTE REPRESENTAM 93,88%). AS MULHERES ENCARCERADAS REPRESENTARÃO 7,65% DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA TOTAL DO PAÍS (ATUALMENTE REPRESENTAM 6,12%). PRESOS EM REGIME SEMI-ABERTO DESDE DEZEMBRO DE 2003 O NÚMERO DE PRESOS EM CUMPRIMENTO DE PENA NO REGIME SEMI-ABERTO VEM AUMENTANDO SIGNIFICATIVAMENTE, PRINCIPALMENTE QUANDO COMPARADO A OUTROS REGIMES. DE DEZEMBRO DE 2003 A DEZEMBRO DE 2007 HOUVE UM CRESCIMENTO DE 89,75%. PRESOS CUSTODIADOS EM DELEGACIAS EM DEZEMBRO DE 2012, CONSIDERANDO UMA TAXA MÉDIA ANUAL DE REDUÇÃO DE 4,77%, TEREMOS 43.870 PRESOS CUSTODIADOS EM DELEGACIAS (ATUALMENTE SÃO 56.014 PRESOS). SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA HOUVE UMA REDUÇÃO DE 7,40% NO DÉFICIT DE VAGAS DETECTADO EM DEZEMBRO DE 2007 COM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR. A TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL, COM RELAÇÃO AO DÉFICIT, VEM DIMINUINDO NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS. 24

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL COMISSÃO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Bloco T, Anexo II, 6º Andar Sala 635 Esplanada dos Ministérios 70.064-900 Brasília-DF E-Mail: julio.barreto@mj.gov.br 25