FLORESTA NACIONAL DE BRASÍLIA (Como preservá- la para as presentes e futuras gerações?)

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Transcrição:

FLORESTA NACIONAL DE BRASÍLIA (Como preservá- la para as presentes e futuras gerações?) Promotor de Jus,ça do MPDFT Promotoria de Defesa do Meio Ambiente (PRODEMA) Dr. PAULO LEITE Audiência Pública dia 17/03/2014 - Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado Federal 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 1

SUMÁRIO O que é Unidade de Conservação? O que é a espécie Floresta Nacional? CaracterísOcas da Floresta Nacional de Brasília. Atuação do MPDFT na preservação. Desafios! 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 2

CONCEITO Unidade de conservação é espécie de espaço territorial (área) especialmente protegido (art. 225, 1, Inciso III da CF foi regulado pelo SNUC Lei 9985/2000). São legalmente insotuídas por ato do Poder Público. Art. 2 o Para os fins previstos nesta Lei, entende- se por: I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com caracterísocas naturais relevantes, legalmente insotuído pelo Poder Público, com objeovos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garanoas adequadas de proteção; No âmbito federal são geridas e fiscalizadas pelo InsOtuto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 3

COMO SE CRIA E EXTINGUE/ALTERA UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO? Cria- se por um ato do poder execuovo (pode ser decreto, pode ser lei)! É necessário estudo técnico e consulta pública. Estação Ecológica e Reserva Biológica basta o requisito de estudo técnico. (Exceção) ExOngue- se e altera- se só por uma lei específica (art. 225, parágrafo 1, Inciso III) FLONA(BSB) cria por Decreto Presidencial em 10 de Junho de 1999! Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Lei Complementar n. 140/2011 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 4

Ministério do Meio Ambiente Criação do ICMBio Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007 Art. 1º Das finalidades do ICMBio I - executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às atribuições federais, relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União; II - executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e ao apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável instituídas pela União; 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 5 5

Ministério do Meio Ambiente Criação do ICMBio Lei nº 11.516/2007 III - fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e de educação ambiental; IV - exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União; e V - promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos, programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades sejam permitidas. 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 6 6

SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação Lei nº 9.985/00 Ministério do Meio Ambiente MULTI-FUNCIONAL Permite diferentes níveis de intervenção nos ecossistemas. Diferentes tipos de Unidades de Conservação MULTI-ESPACIAL Protege a biodiversidade em diferentes regiões do território nacional. FLONA(BSB) - Cerrado PARTICIPATIVO Possibilita a gestão das UC em conjunto com a sociedade. Flona(BSB) possui Conselho Gestor. 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 7 7

SNUC ESPÉCIES DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Lei nº 9.985/00 PROTEÇÃO INTEGRAL (5 espécies) Manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferencia humana, admitindo apenas o uso indireto dos seus atributos naturais uso indireto= não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos ( naturais USO SUSTENTÁVEL (7 espécies) Exploração do Ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justo e economicamente viável (Perenidade= manutenção ( constante 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 8 8

Níveis de manejo Restrição ao uso RB EE P RVS MN RPPN RDS RE FLO/FAU APA/ARIE A B Nível de interferência C D 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 9 9 E F G A - Pesquisa básica B - Pesquisa experimental C - Educação ambiental D - Visita contemplativa E - Visita lazer F - Extrativismo G - Manejo de recursos

UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL Categorias UC Dominialidade Desapropriação Observação Conselho Atividades Área de Proteção Ambiental Área de Relevante Interesse Ecológico É constituída por terras públicas ou privadas - - Disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente - Podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada Floresta Nacional Reserva Extrativista Reserva de Desenvolvimento Sustentável É de posse e domínio públicos Decreto da FLONA(BSB) autoriza a União a aceitar doação de imóveis que menciona para criar a Floresta Nacional TAC firmado em 4 de maio de 1998(MPF e MPDFT) As áreas particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas É permitida a permanência de populações tradicionais que habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da Unidade (Contrato de Concessão de Direito Real de Uso) Conselho Consultivo Conselho Deliberativo Conselho Deliberativo São estabelecidas normas e restrições de uso no Plano de Manejo da unidade elaborado pelo órgão responsável por sua administração 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) A visitação pode ser permitida, 10 Reserva de Fauna - - desde que compatível com o manejo da unidade

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL São aquelas cujo objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais. Elas visam a conciliar a exploração do ambiente com a garantia de perenidade dos recursos naturais renováveis considerando os processos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável. Constituem este grupo as seguintes categorias: Área de Proteção Ambiental (APA), Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), Floresta Nacional (FLONA), Reserva Extrativista (RESEX), Reserva de Fauna (REFAU), Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 11

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL Floresta Nacional (FLO) Área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas, criadas com o objetivo básico de uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e pesquisa científica, voltada para a descoberta de métodos de exploração sustentável destas florestas nativas. É permitida a permanência de populações tradicionais que habitam a área, quando de sua criação, conforme determinar o plano de manejo da unidade. A visitação pública é permitida, mas condicionada às normas especificadas no plano de manejo. A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do Instituto Chico Mendes. Ex: Lei 11.284/2006 Exploração de Floresta Nacional (Produtos e Serviços) 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 12

O que é um plano de manejo? Depois de criar a unidade de conservação em até 5 anos deve insotuir um plano de manejo: normas que regem a unidade de conservação o que pode e o que não pode fazer; poligonal; zona de amortecimento. Art.2,XVII(SNUC) - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objeovos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas qsicas necessárias à gestão da unidade; 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 13

FUNDAMENTOS LEGAIS: LEI FEDERAL Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000 Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos. 1º O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos de uma unidade de conservação. 2º Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivas normas de que trata o 1º poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou posteriormente. 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 14

FUNDAMENTOS LEGAIS: LEI FEDERAL Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000 Art. 27. As unidades de conservação devem dispor de um Plano de Manejo. 1º O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de conservação, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas. Art. 28. São proibidas, nas unidades de conservação, quaisquer alterações, atividades ou modalidades de utilização em desacordo com os seus objetivos, o seu Plano de Manejo e seus regulamentos. 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 15

FUNDAMENTOS LEGAIS: LEI FEDERAL Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000 Art. 42. As populações tradicionais residentes em unidades de conservação nas quais sua permanência não seja permitida (Estação Ecológica,Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural, Refúgio de Vida Silvestre) serão indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo Poder Público, em local e condições acordados entre as partes. 1º O Poder Público, por meio do órgão competente, priorizará o reassentamento das populações tradicionais a serem realocadas. 2º Até que seja possível efetuar o reassentamento de que trata este artigo, serão estabelecidas normas e ações específicas destinadas a compatibilizar a presença das populações tradicionais residentes com os objetivos da unidade, sem prejuízo dos modos de vida, das fontes de subsistência e dos locais de moradia destas populações, assegurando-se a sua participação na elaboração das referidas normas e ações. 3º Na hipótese prevista no 2º, as normas regulando o prazo de permanência e suas condições serão estabelecidas em regulamento. 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 16

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FLONA(BSB) = 4 áreas Possui 9346 hectares divididos em 4 areas: Duas localizadas na região AdministraOva de TaguaOnga; (Área 1 e 2) Duas na Região AdministraOva de Brazlândia; (Área 3 e 4) 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 19

FLONA1 3353,18 ha Ribeirão das Pedras, localiza- se entre o Córrego Currais, BR070 e a DF001. Reflorestamentos com variedades de Eucaliptus e Pinus. Dentro da APA do Descoberto. 60% do abastecimento da capital. Área cercada pela CAESB. Fitofisionomias de cerrado em área de preservação permanente envolvendo as nascentes dos Córregos Currais e Pedras 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 20

FLONA2 996,48 ha Localizada entre a DF080 e os Córregos Cana do Reino, Cabeceira do Valoe e Poço D Água. Encontra- se tomada por assentamento denominado 26 de Setembro 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 21

FLONA3 3071 ha Localizada entre a BR080/DF180, em frente a Brazlândia e o Rio Descoberto, por meio do qual faz limite com o Estado de Goiás. Situa- se em seu perímetro os Córregos Chapadinha e Zé Pires. É dividida em talhões com chácaras na parte conhecida como Capãozinho e invasões na parte sul conhecida como Maranata, bem como integrantes da FETRASTES Federação dos Trabalhadores Acampados e Assentados de Teodoro Sampaio. 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 22

FLONA4 1925,62 ha Localizada entre a DF435 e DF415, envolvendo os córregos Capão da Onça, Barrocão, Jatobá e Guariroba. Representa a segunda área mais conservada da Flona depois da área 1. 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 23

ATUAÇÃO DO MPDFT NA PRESERVAÇÃO DA FLONA de BSB Responsabilização Penal e Civil; TAC da Usina de Lixo de Resíduos Hospitalares de Ceilândia; Suspensão do Processo e Condições a serem atendidas. Crimes Ambientais e de Parcelamento de Solo. Fiscalizar a Responsabilização AdministraOva; Terracap, Agefis, SEOPS; Integração/Cooperação com o MPF. 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 24

DESAFIOS DA PRESERVAÇÃO Transferência de domínio prevista no Decreto de 10 de Junho de 1999! Doação TERRACAP para a União!!! Elaboração e implementação do Plano de Manejo. Maior fiscalização da área próximas a núcleos urbanos. Evitar o parcelamento do solo. Diálogo com o DF. Promover o uso da área para Educação Ambiental na recuperação das nascentes. Importância da área para a proteção dos mananciais do DF. 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 25

PROMOTOR DE JUSTIÇA PAULO JOSÉ LEITE FARIAS OBRIGADO 17/03/14 Promotor Paulo José Leite Farias (MPDFT) 26