Prova de Aptidão Profissional



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Transcrição:

D. Manuel Rodríguez Suárez Prótese Total Removível Acrílica Bimaxilar 3809 Daniela Rodrigues 3822 Sara Isabel Silva Fonseca 28 de Maio de 2013

Prótese Total Removível Acrílica Bimaxilar Escola Europeia de Ensino Profissional D. Manuel Rodríguez Suárez Técnico Auxiliar Protésico 28 demaio de 2013 Professora orientadora: Joana Maciel Autores: 3809 Daniela Rodrigues 3822 Sara Isabel Silva Fonseca

Pensamento Não basta saber, é preciso aplicar, não basta querer, é preciso agir. Augusto Cury

Agradecimentos Começamos por agradecer a algumas pessoas que nos ajudaram a elaborar esta, visto que não seria possível sem a ajuda das mesmas. Fazemos um agradecimento especial, à nossa família, pelo esforço que fizeram para nos manter neste curso, e pelo apoio dado todos estes anos letivos. Seguidamente, agradecemos à Escola Europeia de Ensino Profissional, Dom Manuel Rodríguez Suárez pela sua disponibilidade e dedicação e todo o conhecimento gratificante fornecido durante estes anos letivos. Posteriormente, um agradecimento especial, à nossa coordenadora de PAP, Professora Joana Maciel, pelo seu empenho, pela sua disponibilidade e pela sua sabedoria, pois ajudou-nos sempre que necessário para que tivéssemos um bom resultado. Agradecemos ainda, ao laboratório Função & Estética, onde estagiamos que nos recebeu com satisfação, e nos forneceu apoio e ensino na execução das tarefas. Por último, um agradecimento aos nossos amigos, que nos ajudaram a obter um bom sucesso ao longo desta caminhada. Daniela Rodrigues & Sara Fonseca IV

Objetivos Nesta temos como objetivo dar a conhecer todo o processo da respetiva prótese acrílica. Portanto, nesta, vamos demonstrar como se procede para o processo da sua confeção e elaboração da mesma, como as suas respetivas funções de cada processo, imagens que foram fotografadas algumas retiradas da internet para demonstrar com mais destreza, para se tornar mais simples a compreensão dos mesmos, que são utilizados para todo o processo da prótese acrílica. Consiste também em explicar minuciosamente as suas vantagens e desvantagens, o que é bastante essencial para podermos defender todo este processo. Todos estes conhecimentos adquirimos durante o ano letivo, na escola, onde lecionamos a prótese acrílica com a maior eficiência. Daniela Rodrigues & Sara Fonseca V

Dificuldades e resolução Na realização da, deparamo-nos com algumas dificuldades. Devido a ter outras obrigações. A nível escolar, pois tínhamos de conciliar com os nossos testes de final de módulo, com o estudo e trabalhos semanais, pois é necessário gerir o tempo para conseguir desenvolver da. E a nível pessoal, devido à distância de habitação que temos uma da outra, o que não facilitou à nossa disponibilidade para conseguir a junção para a elaboração e debater sobre alguns conceitos da. Contudo conseguimos, com esforço e dedicação ultrapassar as dificuldades, fazendo aproveitar as aulas de apoio proporcionadas pela escola. Daniela Rodrigues & Sara Fonseca VI

Metodologia A metodologia utilizada para a elaboração da, foi no motor de busca, visto que nos auxiliou na pesquisa para conseguir obter conhecimento necessário. Preferimos ainda pela pesquisa bibliográfica em alguns livros de prótese dentária, onde se situam informação sobre o nosso respetivo tema. Daniela Rodrigues & Sara Fonseca VII

Experiência laboratorial Com a nossa experiência laboratorial adquirimos novos conhecimentos e novos métodos de trabalho. O estágio foi-nos gratificante para a nossa experiência Pessoal e Professional. Neste tivemos algumas oportunidades de trabalhar com casos reais, e perceber como funciona e alguma precisão mais concreta no mundo do trabalho, visto que durante o percurso das aulas teórico-práticas é um pouco reduzido à realidade. Arrecadamos novas técnicas de trabalho mais minuciosas e também enriquecedoras. Foi bastante rentável, pois o facto de sabermos que aquilo que estamos a elaborar proporcionará a alguém uma melhor qualidade de vida, levam-nos a desempenhar o nosso papel com maior dedicação. O Estágio é um período destinado à consecução de experiência prática e de formação profissional complementar e tem como objetivo habilitar o Técnico Auxiliar Protésico para a prática dos atos próprios da profissão. O estágio visa responder às necessidades de formação curricular e filamento no meu caso à prossecução dos objetivos imediatos de trabalho de entidade de acolhimento. Daniela Rodrigues & Sara Fonseca VIII

Resumo da PAP As próteses dentárias removíveis acrílicas podem ser parciais ou totais. As parciais vão substituir a falta de um ou vários dentes. As totais são as próteses que vão substituir todos os dentes da arcada dentária. Estas próteses são fabricadas totalmente em material acrílico. Por vezes apresentam uma parte metálica chamada de gancho. O gancho serve para prender a prótese dentária a outros dentes adjacentes. Com o gancho metálico a estabilidade da prótese aumenta. As próteses dentárias removíveis convencionais podem apresentar alguns problemas de instabilidade embora em termos estéticos pareçam dentes naturais. São uma excelente opção para quem quer gastar pouco dinheiro. As próteses dentárias removíveis em acrílico são o tipo de prótese mais económica e também as mais usadas em Portugal. Por motivos económicos são muito utilizadas. O ideal é que estas, fossem apenas uma prótese provisória. As próteses dentárias acrílicas são aquelas que têm uma aparência de plástico e de cor rosa para imitar a cor da gengiva. A estética é geralmente bem conseguida pelo técnico de prótese dentária e não se distingue dos dentes naturais. Estas próteses dentárias são as mais usadas pelas pessoas idosas, sobretudo quando já não têm nenhum dente. As próteses acrílicas tem como vantagens no seu custo, pois são as mais baratas e de fácil reparação. Quando são estruturas incompletas adaptam-se sem dificuldade a acrescentos. Quando acontece a perda de um ou mais dentes é fácil acrescentar dentes. Tem também como desvantagens o seu volume e apresentarem palato (céu da boca). As próteses dentárias totais removíveis são normalmente em acrílico, ou seja, o material utilizado é o acrílico e destinam-se à substituição de todos os dentes. São suportadas pelos tecidos moles e estrutura óssea. Mantêm-se na boca devido à ação conjunta de pequenas retenções da anatomia do que resta do osso, da língua, dos Daniela Rodrigues & Sara Fonseca IX

músculos faciais. No caso de prótese dentária superior a retenção é feita pela ação conjunta do palato (céu da boca) e o efeito de vácuo da superfície interna da prótese. Quando existe elevada reabsorção do osso do maxilar a retenção pode apresentar alguma dificuldade. Daniela Rodrigues & Sara Fonseca X

Índice Agradecimentos... 4 Objetivos... 5 Dificuldades e resolução... 6 Metodologia... 7 Experiência laboratorial... 8 Resumo da PAP... 9 Introdução... 15 3. Vazamento de modelo... 33 3.1. Procedimento... 33 3.2. Funções do Modelo De Estudo... 34 4. Moldeira individual e sua utilidade... 35 4.1. Procedimento... 35 5. Ceras de mordida... 36 5.1. Respetivas linhas... 36 5.2. Procedimento... 37 6. Articuladores... 38 6.1. Tipos de articuladores... 38 6.2. Articuladores não ajustáveis... 38 6.3. Articuladores Semi-Ajustáveis... 39 6.4. Articuladores totalmente ajustáveis... 39 6.5. Montagem em articulador... 40 7. Tipos de mordida... 41 Mordida aberta:... 41 Mordida cruzada:... 41 Sobremordida:... 42 Topo a topo:... 42 Prognatismo:... 42 11

8. Oclusão dentária... 43 9. Montagem de dentes... 44 9.1. Procedimento... 44 10. Enceramento anatómico... 46 10.1. Procedimento... 46 11. Muflagem... 47 11.1. Constituição da mufla... 47 12. Derretimento de ceras... 49 12.1. Procedimento... 49 13. Acrilização... 50 13.1. Procedimento... 50 14. Desmuflagem... 51 15. Acabamento com brocas... 52 15.1. Tipos de brocas:... 52 16. Polimento e brilho... 53 16.1. Procedimento... 53 16.1.1. Polimento... 53 16.1.2. Brilho... 54 17. Anexos... 55 17.1. Reparações acrílicas com perda e sem perda de fragmentos... 55 Moldagem de arrasto (Concerto com perda de fragmentos)... 55 Concerto sem perda de fragmentos... 55 17.3 Curvas de compensação... 56 Conclusão... 58 Bibliografia... 59 12

Índice de figuras Ilustração 1 Prótese Total Removível Acrílica... 17 Ilustração 2 Bases acrílicas fotopolimerizáveis... 18 Ilustração 4 Moldeiras Standart... 18 Ilustração 3 Fotopolimerizadora... 18 Ilustração 5 Alginato... 19 Ilustração 6 Espátula de gesso... 19 Ilustração 7 Tação... 20 Ilustração 8 Gesso tipo II (montagem em articulador)... 20 Ilustração 9 Gesso tipo III (vazamento de modelos)... 20 Ilustração 10 Medidor... 21 Ilustração 11 Espátula de cera... 21 Ilustração 12 Zhall... Erro! Marcador não definido.21 Ilustração 13 Placa de cera rosa... 22 Ilustração 14 Roletes de cera... 22 Ilustração 15 Vibrador... Erro! Marcador não definido.23 Ilustração 16 Bico de Busen... Erro! Marcador não definido. Ilustração 17 Máscara de Proteção... Erro! Marcador não definido.23 Ilustração 18 Articulador... Erro! Marcador não definido.24 Ilustração 19 Placa de dentes Inferiores... Erro! Marcador não definido.24 Ilustração 20 Placa de dentes Superiores... Erro! Marcador não definido.24 Ilustração 21 Isolante... Erro! Marcador não definido.25 Ilustração 22 Silicone... Erro! Marcador não definido.25 Ilustração 23 Catalisador... Erro! Marcador não definido.25 Ilustração 24 Monómero e polímero e godé... 26 Ilustração 25 Mufla... 26 Ilustração 26 Brida... 26 Ilustração 27 Prensa... 27 Ilustração 28 Placa de Aquecimento... 27 Ilustração 29 Derretimento de Ceras... 28 Ilustração 30 Termopolimerizadora... 28 Ilustração 31 Lixa... Erro! Marcador não definido.29 13

Ilustração 32 Conjunto de brocas... 29 Ilustração 33 Micromotor... 29 Ilustração 34 Pedra Pomes... 30 Ilustração 35 Polidora... 30 Ilustração 36 Pasta de Brilho... 31 Ilustração 37 Polidora... 31 Ilustração 38 Panela de Pressão... 32 Ilustração 39 Recortadora de modelos... 32 Ilustração 40 Vazamento de modelo- gesso tipo III... 33 Ilustração 41 Bases de Silicone basadas a gesso... 33 Ilustração 42 Modelo de Estudo... 34 Ilustração 43 Ceras de mordida... 36 Ilustração 44 Articulador não ajustável... 38 Ilustração 45 Articulador semi- ajustável... 39 Ilustração 46 Articulador totalmente ajustável... 39 Ilustração 47 Montagem em Articulador... 40 Ilustração 48 Mordida aberta... 41 Ilustração 49 Mordida cruzada... 41 Ilustração 50 Sobremordida... 42 Ilustração 51 Topo a topo... 42 Ilustração 52 Prognatismo... 42 Ilustração 53 Enceramento Anatómico... 46 Ilustração 54 Mufla... 47 Ilustração 55 Derretimento de ceras... 49 Ilustração 56 Acabamento com Brocas... 52 Ilustração 57 Polimento... 53 Ilustração 58 Brilho... 54 Ilustração 59 Curva de Spee... 57 Ilustração 60 Curva de Wilson... 57 14

Introdução No âmbito da (PAP), que tem como objetivo a aplicação de conhecimentos adquiridos ao longo destes três anos letivose também futuramente como local de pesquisa, no curso Técnico Auxiliar Protésico. Pretendemos assim, demonstrar todo o nosso trabalho sobre o tema que escolhemos, Prótese Acrílica, lecionamos no primeiro ano do nosso curso. Temos então, como objetivo desenvolver todo o seu processo de uma forma minuciosa. É uma prótese que no mundo real/profissional tem bastante saída, pois é à Prótese Acrílica que as pessoas optam e recorrem mais, por ser mais económica. Contudo achamos bastante enriquecedor para cada um. E neste projeto será bastante produtivo e também enriquecedor. O trabalho encontra-se estruturado em três partes: a introdução, onde é apresentado o projeto, as questões do projeto, onde constarão as questões às quais se foram dando resposta ao longo do curso e a conclusão, onde se tenta responder à questão que serve de mote ao projeto e se faz um comentário sobre a consecução dos objetivos inicialmente propostos, sobre as dificuldades e sobre os conhecimentos adquiridos. 15

Desenvolvimento 16

1. Prótese Total Removível Acrílica As próteses totais removíveis acrílicas são normalmente em acrílico e destina-se à substituição de todos os dentes. São facilmente removíveis e postas pelo próprio paciente, sem intervenção do Médico Dentista. São muco suportadas, isto é, suportadas por tecidos moles e estrutura óssea subjacente. Estas têm como função restabelecer as funções perdidas, tais como, função estética, fonética e mastigatória. Ilustração 1 Prótese Total Removível Acrílica 1.1.Vantagens Mais económicas; Não há necessidade de se submeter a uma intervenção cirúrgica; Por serem suportadas pela mucosa são mais instáveis. 1.2.Desvantagens Menor durabilidade; Os resultados obtidos em estética podem não satisfatórios; O paladar pode ficar prejudicado. 17

2. Materiais utilizados para a confeção da Prótese Total Removível Acrílica Ilustração 2 Bases acrílicas fotopolimerizáveis Ilustração 3Fotopolimerizadora Ilustração 4MoldeirasStandart 18

Ilustração 5Alginato Ilustração 6 Espátula de gesso 19

Ilustração 7Tação Ilustração 8 Gesso tipo II (montagem em articulador) Ilustração 9 Gesso tipo III (vazamento de modelos) 20

Ilustração 10 Medidor Ilustração 11 Espátula de cera Ilustração 12Zhall 21

Ilustração 13 Placa de cera rosa Ilustração 14 Roletes de cera 22

Ilustração 15Vibrador Ilustração 16Bico de Busen Ilustração 17Máscara de Proteção 23

Ilustração 18 Articulador Ilustração 19Placa de dentes Inferiores Ilustração 20Placa de dentes Superiores 24

Ilustração 21 Isolante Ilustração 22 Silicone Ilustração 23Catalisador 25

Ilustração 24 Monómero e polímeroe godé Ilustração 25Mufla Ilustração 26 Brida 26

Ilustração 27 Prensa Ilustração 28Placa de Aquecimento 27

Ilustração 29 Derretimento de Ceras Ilustração 30Termopolimerizadora 28

Ilustração 31 Lixa Ilustração 32 Conjunto de brocas Ilustração 33Micromotor 29

Ilustração 34Pedra Pomes Ilustração 35Polidora 30

Ilustração 36Pasta de Brilho Ilustração 37 Polidora 31

Ilustração 38Panela de Pressão Ilustração 39Recortadora de modelos 32

3. Vazamento de modelo 3.1. Procedimento Num tação, coloca-se gesso tipo III e adiciona-se lentamente cerca de 20 ml de água; Com a ajuda de uma espátula, mistura-se até obter uma consistência homogénea; Coloca-se a moldeira em cima do vibrador, a uma baixa rotação, preenchendo minuciosamente os dentes, para não existira a possibilidade de criação de bolhas. Após os dentes estarem todos preenchidos, vai-se deitando o gesso até á extremidade; Espera-se aproximadamente 20 minutos e obtemos o modelo de estudo. Ilustração 40 Vazamento de modelo- gesso tipo III Ilustração 41 Bases de Siliconebasadas a gesso 33

3.2. Funções do Modelo De Estudo No articulador analisa as funções oclusais; Estuda a boca do paciente no geral; Análise no delineador; Confeção de moldeira individual; Meio complementar do exame bucal; Análise topográfica da arcada dentária; Ilustração 42 Modelo de Estudo 34

4. Moldeira individual e sua utilidade A moldeira individual é elaborada apenas para uma determinada pessoa. Esta, terá uma melhor adaptação à boca do paciente e conseguiremos obter uma impressão mais pormenorizada. Toda a força exercida sobre a moldeira vai ser uniformemente distribuída pelas zonas desdentadas. Para a obtenção de uma moldeira individual é necessário o modelo de estudo, adquirido anteriormente. É sobre ele, que se irá elaborar a moldeira individual. As moldeiras individuais são construídas num material mais rígido, como o truax ou acrílico. Sendo as acrílicas, auto ou fotopolimerizáveis. As mais usuais são as fotopolimerizáveis, o seu material tem como principal vantagem a sua dureza. Laboratorialmente é um material muito fácil de trabalhar, mas tem maior custo. 4.1. Procedimento Para a elaboração de uma moldeira individual é necessário delimitar com um lápis no modelo de estudo a área chapeável, à qual se dá o nome de linha de fundo sulco, que deve ser totalmente circundada pela moldeira individual; Seguidamente, isola-se o modelo e coloca-se uma placa de cera aquecida, devidamente adaptada, que tem a função de espaciador; Sobre esta base é colocada uma placa de acrílico fotopolimerizável, também devidamente adaptada; Com o zhall cortamos os excessos pela linha de fundo sulco; Elaboramos as pegas (também em acrílico), para se poder manobrar a moldeira livremente, onde para a mandíbula o curvamento tem que ter um ângulo de 90º e para a maxila tem de ter um ângulo de 45º; Perfuramos a moldeira com pequenos orifícios, onde posteriormente na impressão irão sair os excessos de alginato; Por fim, esta vai 15 minutos à fotopolimerizadora para endurecer. Depois de endurecida, trata-se o acrílico com brocas adequadas. 35

5. Ceras de mordida Após a obtenção do modelo de trabalho através do vazamento a gesso da moldeira individual, elabora-se as ceras de mordida. Nas ceras de mordida, que são colocadas na boca do paciente para este morder, ficam registados os elementos a ter em conta aquando da montagem de dentes. Esses elementos são: a linha do sorriso, a linha dos caninos, a linha média, a relação cêntrica e a dimensão vertical. Ilustração 43 Ceras de mordida 5.1. Respetivas linhas Relação cêntrica: é a relação entre a mandíbula e o maxilar; Linha dos caninos: é a linha onde se situam os caninos, que normalmente coincidem com as abas do nariz; Linha do sorriso: é a linha que delimita o sorriso do paciente; Linha média: é a linha que divide a boca em duas partes iguais; Dimensão vertical: é o espaço existente entre os dentes. 36

5.2. Procedimento 1º Isolar o modelo Anteriormente à elaboração das ceras de mordida, isola-se toda a área chapeável do modelo para posteriormente serem retiradas e enviadas para o clínico, a fim de ser elaborada a mordida do paciente 2º Elaboração da base para as ceras de mordida Aqui inicia-se por colocar a placa de cera por toda a área chapeável, até à linha de fundo de sulco. Seguidamente são retirados os excessos com o bisturi, é alisada a placa de cera com o auxílio da espátula e são também aliviados os freios, deve-se ter em atenção para que esta não fique com uma espessura fina e que fique bem adaptada ao modelo 3º Colocação do rolete de cera O rolete de cera, é o local onde irá ficar o registo da mordida do paciente. Este é colocado na linha da crista e é adaptado à base de cera com o auxílio da espátula de cera. Após este rolete estar bem colocado terá medidas específicas de largura e altura na parte anterior e posterior do rolete, medidas essas obtidas da seguinte forma: A altura é obtida acrescentando-se mais 1cm à altura da linha da crista. Na parte posterior, onde acaba o rolete, fazem-se umas rampas para que este ao ser colocado na boca do paciente não o magoe. 4º Alisar Aqui alisam-se as duas partes (base de cera e rolete) de modo a que fiquem homogéneas, ou seja, de modo a que não seja notória a transição da base para o rolete de cera. 37

6. Articuladores O articulador é um instrumento mecânico que representa a articulação temporo mandibular, a maxila e a mandíbula, na qual se pode adaptar modelos que representam as duas arcadas. O articulador regista as relações intermaxilares e reproduz os movimentos mandibulares de interesse protético. 6.1. Tipos de articuladores Articulador não-ajustável; Articulador semi-ajustável; Articulador totalmente ajustável. 6.2. Articuladores não ajustáveis Esse instrumento é considerado o mais simples dos articuladores. Ele só permite o movimento de bisagra e fechamento arbitrário. Não é possível nele reproduzir os movimentos excêntricos da mandíbula. Com este pequeno controlo da oclusão, o dentista irá perder muito tempo ajustando as próteses no paciente até que essa fique livre de interferências. Ilustração 44 Articulador não ajustável 38

6.3. Articuladores Semi-Ajustáveis Estes aparelhos foram projetados para reproduzir alguns dos movimentos mandibulares, auxiliando no diagnóstico, plano de tratamento e confeção de prótese. Estes articuladores permitem normalmente três tipos de ajuste: A distância Inter-condilar; A inclinação Condiliana; O ângulo de Bennet. Ilustração 45 Articulador semi-ajustável 6.4. Articuladores totalmente ajustáveis O articulador totalmente ajustável é o instrumento mais sofisticado para a reprodução dos movimentos mandibulares. Os registos são realizados com o uso de pantógrafos, que reproduzem graficamente os movimentosmandibulares mais importantes. Ilustração 46 Articulador totalmente ajustável 39

6.5. Montagem em articulador Faz-se fios de retenção no modelo; De seguida une-se as ceras de mordida (superior com inferior); Marca-se a linha média; Mistura-se gesso tipo II num tação com 40ml de água; Após obtermos uma mistura homogénea, coloca-se gesso na base inferior do articulador; De seguida coloca-se gesso na parte superior do articulador; Por último deixa-se endurecer o gesso durante 10 a 15 minutos, e retiram-se as ceras de mordida. Ilustração 47 Montagem em Articulador 40

7. Tipos de mordida Mordida aberta:alteração da relação vertical entre a maxila e a mandíbula; os dentes anteriores não se aproximam, existe um espaço entre eles; pode ser na região anterior ou posterior e é causada por maus hábitos (interposição lingual, sucção digital ou da chupeta). Ilustração 48 Mordida aberta Mordida cruzada:alteração da relação transversal entre a maxila e a mandíbula; o arco dentário superior é estreito e com dimensões menores que as do inferior, ou seja, os dentes superiores ocluem por dentro dos inferiores. Esta mordida pode ser anterior, posterior unilateral ou bilateral. Ilustração 49 Mordida cruzada 41

Sobremordida:sobreposição dos dentes inferiores anteriores pelos superiores em mais de um terço; em alguns casos os dentes inferiores quase não aparecem podendo chegar a tocar no palato. Geralmente são devidas a uma deficiência do crescimento das bases ósseas no sentido vertical. Ilustração 50Sobremordida Topo a topo:ocorre quando as faces incisais ou oclusais dos dentes superiores ocluem com as faces incisais ou oclusais dos dentes inferiores. Ilustração 51 Topo a topo Prognatismo: ocorre quando a mandíbula é maior que a maxila, obrigando os dentes anteriores e posteriores a ocluirem. Ilustração 52 Prognatismo 42

8. Oclusão dentária O incisivo central superior,oclui com o incisivo central inferior e metade da face mesial do incisivo lateral inferior; Incisivo lateral superior,oclui com metade distal do incisivo lateral superior e metade mesial do canino inferior; Canino superior oclui no espaço interdentário entre o canino e o 1º pré-molar inferior; 1º Pré-molar superior oclui no espaço interdentário entre o 1º e o 2º pré-molar inferior; 2º Pré-molar superior,oclui no espaço interdentário entre o 2º pré-molar e o 1º molar inferior: 1º Molar superior oclui com as cúspides mésio-palatinas na fossa do 1º molar inferior, e com a cúspide disto-palatina no espaço interdentário entre o 1º e o 2º molar inferior; 2º Molar superior, oclui com a cúspide mésio palatina na fossa do 2º molar inferior e a cúspide disto palatina na zona distal do 2º molar. 43

9. Montagem de dentes A montagem de dentes será escolhida, tendo em conta as orientações dadas pelo médico dentista, onde se irá ver ao pormenor a cor e o tamanho do dente para a elaboração da prótese. Os dentes naturais servem para dar um aspeto mais natural e apropriado ao paciente. 9.1. Procedimento 1º Etapa: Começa-se por colocar os incisivos centrais tendo em conta a linha média, estes têm que ficar junto do freio central da boca. Os dentes devem tocar no planooclusaltodos de igual modo. 2ºEtapa: Coloca-se os incisivos laterais, seguidos e alinhados pelos centrais, ligeiramente mais altos que os centrais, estes não podem tocar no plano oclusal e ficam uns milímetros acima dos incisivos centrais. 3ºEtapa: Os caninos são colocados seguidamente aos incisivos laterais, mas ligeiramente inclinados para mesial, os caninos tocam no plano oclusal com o seu vértice. 4ºEtapa: Os pré-molares, também tocam no plano oclusal e seguem o alinhamento dos caninos, os dentes são colocados acima da linha da crista. 5ºEtapa: Os primeiros molares tocam com a cúspide disto-palatina no plano oclusal, as restantes ficam 2mm acima do plano. 44

6ºEtapa: Os segundos molares não tocam no plano oclusal, do seu lado mésio-vestibular ficam a 1.5mm do plano, do lado disto-vestibular fica a 2mm do plano oclusal. 45

10. Enceramento anatómico 10.1. Procedimento Consiste em fazer na cera a anatomia da gengiva marginal da boca. Elabora-se depois da montagem de dentes. Para fazer-se o enceramento põem-se cera sobre as superfícies vestibulares e palatinas até esta obter a espessura adequada. A cera deve ir até ao ponto de contacto dos dentes para evitar a acumulação de alimentos na prótese. Como no enceramento se utilizam materiais aquecidos é importante ter cuidado para não deslocar os dentes do sítio. Na finalização do enceramento passa-se a cera pela chama para retirar imperfeições e passa-se a escova de dentes pelos espaços interdentários, se necessário a meia de vidro para alisar toda a estrutura em cera. Ilustração 53 Enceramento Anatómico 46

11. Muflagem É importante muflar uma prótese para que fique registado a impressão dos dentes do paciente e o enceramento anatómico, para posteriormente derretermos ceras e colocar o acrílico. 11.1. Constituição da mufla A mufla é constituída por três partes, a base, a contra- mufla e a tampa. Ilustração 54Mufla 47

11.2. Prognatismo Inicialmente isola-se a base e fazemos gesso tipo II, enchemos a base da mufla com gesso e colocamos o modelo, quando se trata do modelo inferior, inclinamos ligeiramente o modelo para cobrir de gesso os triângulos que se encontram posteriormente. É importante a elaboração deste passo no modelo inferior para que os triângulos não partam e não criem retenção. Continuamos o processo de muflagem colocando gesso até à linha de fundo de sulco. Montamos a contra-mufla na base e colocamos gesso. A mufla deverá ser colocada em cima do vibrador para não criar bolhas de ar. Posteriormente, continuamos a preencher a contra-mufla, colocando em primeiro lugar com cuidado gesso nos dentes para não danificar as cervicais, colocando por fim o resto do gesso até a extremidade. Para finalizar o processo de muflagem, a mufla é levada à brida (a 200 bars) onde é feita alguma pressão sobre esta, para que o excesso de gesso seja retirado e seja melhor selada. 48

12. Derretimento de ceras O derretimento de ceras é o processo que se elabora seguidamente à muflagem. Este é importante, pois vai derreter a cera que foi colocada no enceramento anatómico para posteriormente passar para acrílico. 12.1. Procedimento Coloca-se a mufla numa panela com água em ebulição para derreter a cera; Com as ceras já derretidas, retiramos a mufla com a ajuda da pinça da panela e separa-se a base da contra-mufla com a faca de gesso; Com o jacto a vapor, remove-se os vestígios de cera ainda existentes; Com a mufla ainda quente, isola-se os modelos, para aderir melhor. Ilustração 55 Derretimento de ceras 49

13. Acrilização O processo da acrilização é muito importante pois ele visa a substituir aquilo que anteriormente se encontrava em cera, por um material mais resistente, com melhor estética e funcionalidade. Torna-se também mais semelhante aos tecidos vivos (gengiva), dando assim um aspeto mais natural. 13.1.Procedimento O processo de acrilização inicia-se realizando as retenções mecânicas. As retenções mecânicas são pequenos orifícios que elaboramos nos dentes com ajuda da broca de tungsténio esférica. Estas retenções têm um importante papel, pois assim o acrílico vai aderir melhor aos dentes. Depois das retenções realizadas, limpamos os orifícios nos dentes e isolamos todo o que é gesso, tendo cuidado para não isolar os dentes, pois se isto acontece-se o isolante ia-se tornar uma barreira para o acrílico e não teríamos uma boa adesão. Seguidamente procede-se à mistura do acrílico, esta é realizada com a junção de dois componentes, sendo eles o polímero (pó) e o monómero (líquido). Misturamos estes dois componentes no godé com a ajuda da espátula de cera até ficar uma mistura homogénea. Depois iremos colocar o acrílico. Esta colocação consiste em adaptarmos o acrílico ao espaço anteriormente deixado pela cera, pressionando. Fechamos a mufla, colocamos a mufla na brida e levamos à prensa a 200bars. Esta ajuda-nos a fechar melhor a mufla e a retirar os excessos de acrílico existentes. Logo de seguida colocamos a mufla na termopolimerizadora, para polimerizar o acrílico durante 45 minutos, após a água entrar em ebulição, assim o processo de acrilização dá-se por finalizado. 50

14. Desmuflagem O processo de desmuflagem consiste em retirar a prótese que esta envolvida em gesso. Em primeiro retiramos a tampa da mufla com a ajuda da faca de gesso, de seguida, com o martelo batemos com força na parte central entre a base da mufla e a contra-mufla, separando-as. Quando a base e a contra-mufla já estiverem separadas, temos que bater com o martelo nas partes laterais da base da muflapara que o gesso se solte. Após o gesso se soltar, com um alicate de gesso, retiramos o gesso da prótese já acrilizada, encontrando assim a prótese pronta para o acabamento com brocas. 51

15. Acabamento com brocas Com a desmuflagem da prótese esta fica sempre com alguns vestígios de gesso e algumas imperfeições que necessitam ser retiradas. Então com a ajuda das brocas procederemos ao acabamento da respetiva prótese, para que esta fique com uma boa estética, uma melhor adaptação e proporcione mais conforto ao paciente. 15.1. Tipos de brocas: Broca de tungsténio; Broca de goma cinzenta/silicone; Broca de retenções; Broca das cervicais; Broca de gesso; Broca de acrílico. Ilustração 56 Acabamento com Brocas 52

16. Polimento e brilho O polimento e brilho é o último processo da realização de uma prótese total acrílica bimaxilar. Aqui dá-se os últimos retoques à prótese através do uso da pedra pomes e da pasta de brilho utilizando para isso as escovas e a polidora. 16.1. Procedimento 16.1.1. Polimento Inicia-se por fazer a mistura da pedra-pomes em pó com água, de modo a obter a pasta pretendida e proceder à aplicação desta no acrílico, para assim serem retiradas todas as imperfeições da prótese de uma forma mais precisa. Devemos ter em atenção o manuseamento da mesma, para que esta não se danifique. Ilustração 57 Polimento 53

16.1.2. Brilho Por último outorgamos os retoques finais na prótese para que esta fique brilhante. Para isso é utilizada a pasta de brilho e a escova de feltro, onde é colocada na prótese passando a mesma com movimentos circulares namesma, finalizando assim a realização de uma prótese total acrílica. Ilustração 58 Brilho 54

17. Anexos 17.1. Reparações acrílicas com perda e sem perda de fragmentos Moldagem de arrasto (Concerto com perda de fragmentos) reparação utilizada quando a prótese se parte perdendo alguns fragmentos (perda de alguns pedaços). Sendo assim será necessário voltar a uni-los os que possível de modo a completar de novo a prótese. Para este tipo de casos e necessário pedir uma nova impressão da boca do paciente ao médico dentista, onde iremos vazar novamente o modelo e sobre ele proceder-mos-emos à reparação da prótese. Concerto sem perda de fragmentos- reparação utilizada quando a prótese se parte num lugar apenas (sem perda de fragmentos). Sendo assim, unem-se as extremidades fraturadas com super cola 3, isola-se a base da prótese e fazemos um suporte em gesso tipo II ou em silicone. Retira-se a prótese do suporte e descolam-se as partes da prótese unidas anteriormente. Em seguida, procedese ao desgaste em rampa (rampas em bisel) de ambas as extremidades que foram fraturada. Isolamos o suporte, preparamos acrílico autopolimerizável e vertemos o conteúdo sobre a fissura. Alisamos e levamos á panela de pressão a 1.5 bars. 55

17.2 Rebasamento O rebasamento é efetuado quando existe reabsorção óssea e como consequência a prótese não adapta corretamente à mucosa do paciente. Para a sua elaboração é necessário uma nova impressão da boca do paciente. Utiliza-se acrílico autopolimerizável e coloca-se na superfície basal e esta sobre o modelo. Coloca-se na panela de pressão a 1,5 bars, durante 10 minutos. Posteriormente procede-se ao acabamento, com polimento e brilho. 17.3 Curvas de compensação As cursas de compensação podem ser divididas em duas partes: Ântero-posterior (Curva de Spee) Látero-lateral (Curva de Wilson) A combinação das curvas de Spee e de Wilson com a curva traçada pelas bordas incisivas dos incisivos inferiores constituem a curva oclusal. Possuem aproximadamente quatro polegadas de raio. 56

Curva de Spee Começa no vértice do canino inferior seguindo o vértice das cúspides vestibulares inferiores dos pré-molares e molares. É determinada pela inclinação mesiodistal dos dentes posteriores inferiores. Durante o exame oclusal é importante verificar a sua regularidade. Ilustração 59 Curva de Spee Curvos de Wilson - Noplano frontal os dentes estão dispostos seguindo uma curvatura com cavidade superior chamada Curva de Wilson. A inclinação lingual dos posteriores e a mandíbula colocam as cúspides vestibulares dos dentes inferiores num plano mais elevado do que os linguais inferiores. A curva imaginária traçada no plano frontal que passa pelo vértice das cúspides vestibulares e linguais dos molares de cada lado, descreve a Curva de Wilson. Este inter-cruzamento harmonioso entre os dentes superiores e inferiores permitem uma movimentação lateral Suave. Ilustração 60 Curva de Wilson 57

Conclusão Nesta, concluo que teve como principal função transmitir conhecimentos acerca das diferentes etapas para a elaboração de uma prótese total removível acrílica bimaxilar. Este já foi referido a que a prótese visa a substituir a perda total ou parcial de dentes e tem como principal função restabelecer as funções mastigatória, fonética e estética. Este relatório, é constituído por texto e imagem, para que facilite o entendimento e melhor compreensão. Para concluir este relatório é necessário que a Humanidade preserve a sua cavidade bocal, pois os dentes naturais, são extremamente primordiais para a nossa vida quotidiana. 58

Bibliografia Prótese acrílica. Acedido em: Maio de 2013, em: http://www.protesesdentariasprotesedentaria.com/p/o-que-sao-proteses-dentarias-removiveis.html 59