RELATÓRIO SOBRE A CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA. Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra 2009/2010



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Transcrição:

RELATÓRIO SOBRE A CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra 2009/2010 Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 1

Preâmbulo Decreto-Lei nº 107/2008, de 25 de Junho de 2008 A Faculdade de Farmácia apresenta o presente Relatório no cumprimento do Artigo 66.-A do Decreto-Lei nº 107/2008, de 25 de Junho de 2008, que exige que os estabelecimentos de ensino superior elaborem, anualmente, um relatório acerca da concretização dos objectivos do Processo de Bolonha. Este documento reúne um conjunto de informações cujo objectivo é avaliar a operacionalização do Processo de Bolonha na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, no ano lectivo 2009/2010. Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 2

ÍNDICE 1. Oferta educativa... 4 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. Licenciaturas... 4 Mestrado Integrado... 5 Mestrados... 5 Doutoramento... 6 2. Internacionalização e mobilidade... 6 3. Taxas de sucesso escolar... 8 4. Mudanças operadas no plano pedagógico... 9 5. Apreciação global do processo... 10 Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 3

1. Oferta educativa No ano lectivo de 2009/2010, a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) teve os seus cursos de 1º e 2º Ciclo adequados ao modelo de Bolonha. Quadro 1 2009/2010 - Cursos da FFUC Modelo de Bolonha Tipo Licenciatura Licenciatura Mestrado Integrado Nome Licenciatura em Ciências Bioanalíticas Licenciatura em Farmácia Biomédica Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas Mestrado em Biotecnologia Farmacêutica Mestrado em Análises Clínicas Mestrado em Farmacologia Aplicada Mestrado em Química Farmacêutica Industrial Mestrado em Design e Desenvolvimento de Fármacos Mestrado em Tecnologias do Medicamento 1.1. Licenciaturas A FFUC ministra dois Cursos de Licenciatura (Ciências Bioanalíticas e Farmácia Biomédica), ambos com 180 ECTS. Não tendo ainda atingido a sua maturidade, na medida em que são cursos recentes e que ainda não lançaram ninguém para o mercado de trabalho, é relativamente difícil fazer-se uma apreciação sobre o sucesso dos mesmos. Ainda assim, são cursos que têm preenchido todas as vagas colocadas à disposição dos interessados, tendo por parte da FFUC um acompanhamento especial no sentido de se irem corrigindo em tempo real todas as falhas que entretanto vão sendo detectadas. O Curso de Licenciatura em Ciências Bioanalíticas tem uma ampla gama de saídas profissionais devido ao aumento das exigências nacionais e europeias no âmbito do controlo de qualidade. Pela sua formação, os estudantes que venham a obter o Grau de Licenciado em Ciências Bioanalíticas vêem abrir-se um conjunto importante de oportunidades de trabalho (ex. indústria farmacêutica, química e alimentar), ao mesmo tempo que possuem uma formação base que lhes permite com facilidade aceder em boas condições a cursos de 2º ciclo onde poderão aprofundar os seus conhecimentos e desenvolver competências específicas no âmbito da bioanálise. Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 4

O Curso de Licenciatura em Farmácia Biomédica, apresenta uma oferta claramente disruptiva, mas absolutamente enquadrada na vanguarda daquilo que são actualmente áreas emergentes no âmbito das ciências da saúde (ex. ensaios clínicos, biotecnologia e assuntos regulamentares). Também relativamente a este curso, será importante realçar as perspectivas positivas em relação à empregabilidade, sendo no entanto necessário reconhecer que a necessidade de formação avançada se faz sentir mais nesta área do conhecimento do que na componente bioanalítica. No entanto, por outro lado, a possibilidade de acesso a uma carreira profissional mais aliciante e até de carácter internacional, faz com que este Curso de Licenciatura tenha uma boa procura por parte dos estudantes que ingressam na UC. 1.2. Mestrado Integrado O Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF) constitui-se como sendo a principal oferta formativa da FFUC. O MICF surge na sequência da tradicional Licenciatura em Ciências Farmacêuticas que, pelas suas características profissionalizantes e exigências formativas (a exemplo da Medicina, entre outros) fez parte desde o início do grupo restrito de cursos cuja adequação da Licenciatura se tinha de fazer através da criação de um Mestrado Integrado. O MICF possui 300 ECTS, tratando-se de um ciclo de estudos perfeitamente estabilizado e que se destaca pela elevada procura e empregabilidade absoluta. A FFUC tem desenvolvido todos os esforços ao seu alcance no sentido de aperfeiçoar todos os mecanismos que possam contribuir para o sucesso e imagem do MICF. 1.3. Mestrados A FFUC possuía no ano lectivo 2009/2010 seis Cursos de Mestrado, todos com 120 ECTS, sendo que, à excepção do Mestrado em Análises Clínicas, todos os restantes permitiam a obtenção de um diploma de pós-graduação correspondente à conclusão com aproveitamento da componente lectiva correspondente ao primeiro ano do curso. Por razões que se prenderam com algumas dificuldades de operacionalização, apenas funcionou no ano lectivo 2009/2010 o Mestrado em Análises Clínicas. No entanto, importa referir que, ultrapassadas algumas dificuldades organizacionais, a FFUC preparou o ano lectivo de 2010/2011 contando com o funcionamento em pleno dos restantes Curso de Mestrado (Biotecnologia Farmacêutica, Farmacologia Aplicada, Tecnologias do Medicamento, Química Farmacêutica Industrial, e Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 5

Design e Desenvolvimento de Fármacos). Para além disso, durante o ano lectivo 2009/2010 foi ainda preparada a criação de um novo Curso de Mestrado em Segurança Alimentar. Este novo curso, para além de corresponder a uma aspiração legítima da FFUC no sentido de aumentar a sua oferta educativa, corresponde também a uma visão estratégica que, entretanto, foi implementada na forma como a instituição se deve posicionar em relação à sua área de intervenção. 1.4. Doutoramento No ano lectivo 2009/2010 a FFUC não possuía nenhum Curso de Doutoramento enquanto tal. Todos os doutoramentos em vigor se encontravam numa formatação pré-bolonha. A confrontação com esta realidade foi um enorme choque para a actual Direcção da FFUC que envidou todos os esforços no sentido de ultrapassar essa situação. Actualmente a FFUC aguarda a confirmação por parte da A3Es da criação de um Curso de Doutoramento em Ciências Farmacêuticas. Não sendo uma situação agradável, importa salientar que a FFUC deitou mão de todos os recursos ao seu dispor no sentido de ultrapassar o constrangimento detectado minimizando o problema e encontrando soluções que protegessem todos os actores (estudantes e investigadores) e instituições (FFUC e UC) envolvidas. 2. Internacionalização e mobilidade A FFUC encontra-se fortemente comprometida com os esforços conjuntos e com a política da UC no sentido da internacionalização e aumento da mobilidade. Não obstante, dados os condicionalismos impostos pela tutela relativamente à duração do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (5 anos com estágio incluído por contraponto com os 5 anos lectivos mais estágio no formato pré-bolonha), torna-se cada vez mais difícil promover estas medidas junto dos alunos que em final de curso poderiam ir estagiar para outros locais ao abrigo dos programas de mobilidade. Ainda assim, têm sido desenvolvidas campanhas de sensibilização nesse sentido, sendo certo que existe uma preocupação crescente em motivar os estudantes a aproveitar estas oportunidades durante todo o seu percurso escolar e não apenas no último ano, como era hábito num passado recente. Por outro lado, a FFUC tem mantido uma política de total abertura e receptividade a estudantes provenientes das mais variadas origens. Embora seja um aspecto que deverá merecer a nossa maior atenção no sentido de melhorarmos os nossos índices de mobilidade e atractividade, estamos certos de que iremos encontrar as Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 6

soluções mais adequadas para a criação de condições ainda mais favoráveis à concretização deste desígnio. Como ser verificado nas tabelas que se seguem, no total a FFUC envolveu 44 estudantes em programas de mobilidade, sendo que 16 foram de mobilidade outgoing e 28 de mobilidade incoming. Outgoing Universidade de Origem Nº Estudantes enviados 2009/2010 Estudos Universitat de Barcelona - Espanha 1 Universidad de Granada - Espanha 3 Universidad Complutense de Madrid - Espanha 4 Universidad de Salamanca - Espanha 3 Universidad de Valencia - Espanha 2 Estágio King's College of London - Reino Unido 1 Charles University of Praha - República Checa 2 2009/2010 Incoming Universidade de Origem Nº Estudantes enviados Estudos Universidade de Passo Fundo UPF - Brasil 3 Universidade de São Paulo - Brasil 1 Universidade Federal de Juiz de Fora - Brasil 1 Universidade Presbiteriana de Mackenzie - Brasil 2 Universidade Estadual Paulista júlio Mesquita Filho - UNESP - Brasil 2 Universidad de Alcalá de Henares - Espanha 1 Universidad de Barcelona - Espanha 1 Universidad del País Vasco - Espanha 1 Universidad de Granada - Espanha 5 Universidad Complutense de Madrid - Espanha 2 Universidad de Santiago de Compostela - Espanha 2 Universidad de La Laguna - Espanha 1 Riga Stradins University - Letónia 1 Universidade de Lisboa - Portugal 1 Estágio Universidad Barcelona - Espanha 1 Universidad de Salamanca - Espanha 1 Université d'angers - França 1 Université d'aix-marseille II 1 Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 7

3. Taxas de sucesso escolar Para a obtenção da taxa de sucesso escolar num curso procedeu-se da seguinte forma: Obteve-se o número de estudantes inscritos, avaliados e aprovados por unidade curricular; Para cada curso somaram-se estes valores; Dividiu-se a soma dos estudantes aprovados pela soma dos estudantes avaliados e obteve-se a taxa de sucesso no curso. O Quadro 2 mostra os resultados apurados, podendo ainda ser observada a classificação média e a percentagem de alunos não avaliados para cada curso. O caminho seguido para obter estes dados foi idêntico ao descrito para as taxas de sucesso. Partiu-se dos resultados em cada unidade curricular e chegou-se ao valor global para cada curso. Deve ter-se presente que os números globais indicados por curso não correspondem ao número de estudantes por curso. Por exemplo, ao dizer-se que há 11.660 inscrições no Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas e apenas queremos dizer que há este número de inscrições no total das unidades curriculares do curso. Cada estudante estará, naturalmente, inscrito em várias unidades curriculares. Quadro 2 2009/2010 Taxas de sucesso escolar e classificação média nos 1º e 2º ciclos Ciclo Nome Inscritos Avaliados Aprovados Nota média Taxa sucesso % Não aval. / Inscritos 1º Licenciatura em Ciências Bioanalíticas 608 608 537 13,79 0,88 0% 1º Licenciatura em Farmácia Biomédica 475 475 377 13,35 0,79 0% Total 1º ciclo 1.083 1.083 914 13,57 0,84 0% MI Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas 11.660 11.653 9.498 13,14 0,82 0,06% 2º Mestrado em Análises Clínicas 254 253 159 13,64 0,63 0,4% Total 1º +2º ciclo+ Mestrado Integrado 12.997 12.989 10.571 13,45 0,76 0,23% Os cursos para os quais os dados disponíveis não permitem calcular as taxas de sucesso não são referidos no Quadro 2. Numa análise sucinta podemos concluir que os valores globais das taxas de sucesso nos primeiros ciclos (0,84) e mestrado integrado (0,82) são superiores à do Mestrado em Análises Clínicas (2º ciclo), que apresenta uma taxa de sucesso de 0,63. Também se pode igualmente concluir que a percentagem estudantes não avaliados, em relação aos inscritos, é meramente residual. No que respeita às notas médias por curso, verifica-se uma grande consistência com o valor médio global, próximo dos 13,5 valores. Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 8

4. Mudanças operadas no plano pedagógico Durante o ano lectivo 2009/2010, a actual Direcção da FFUC operacionalizou um conjunto de medidas que, no seu global, acreditamos terem sido muito positivas e cujos reflexos se irão certamente reflectir nos próximos anos lectivos. Entre essas medidas destacam-se: 1. Reformulação completa dos horários das aulas. Esta medida veio permitir uma maior racionalização dos recursos humanos e materiais da FFUC, ao mesmo tempo que potenciou a possibilidade dos estudantes gerirem o seu tempo de uma forma mais optimizada (todos os horários passaram a ter pelo menos três períodos livres manhãs/tardes). 2. Implementação de uma política de comunicação e divulgação da oferta educativa, quer ao nível dos estudantes que irão aceder ao ensino superior, como daqueles que pretendam vir a frequentar Cursos de 2º e 3º Ciclo. 3. Revisão e actualização do Regulamento Pedagógico da Faculdade de Farmácia, em linha com o recentemente aprovado Regulamento Pedagógico da Universidade de Coimbra. 4. Investimento nos espaços lectivos proporcionando melhores condições de trabalho a docentes e discentes. 5. Criação de um Regulamento de Exames que transformou de forma profunda todo o sistema de avaliação da FFUC (ex. inscrições, lançamento das notas, detecção de fraudes, etc.). 6. Investimento avultado na aquisição de equipamento de cariz pedagógico no sentido de melhorar a qualidade das aulas laboratoriais. 7. Lançamento de uma agenda cultural que tem permitido a realização de várias iniciativas que envolvem docentes e discentes, criando um clima mais positivo e uma união em torno de desígnios comuns. 8. Estreita articulação com o Núcleo de Estudantes de Farmácia (NEF) no sentido de os envolver em actividades conjuntas (ex. presença em feiras, visitas a escolas, dias temáticos, etc.). 9. Reuniões sectoriais por ano/semestre/curso entre Coordenadores de Curso e representantes das Comissões de Curso no sentido de se encontrarem as melhores soluções relativamente ao cronograma a adoptar para a avaliação contínua. 10. Reuniões sectoriais por ano/semestre/curso entre Coordenadores de Curso e os docentes envolvidos para que se estabeleçam as regras relativamente ao sistema de avaliação e respectiva articulação entre as diferentes unidades curriculares. Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 9

5. Apreciação global do processo Não obstante estarmos perante um processo ainda a dar os seus primeiros passos, é nosso entendimento que, para a FFUC, a implementação do processo de Bolonha teve mais aspectos positivos do que negativos. Pontos positivos: 1. Incorporação de um sistema de avaliação contínua na maioria das unidades curriculares (com destaque para a componente laboratorial do MICF e nos casos em que o número de estudantes é relativamente reduzido, como acontece com os Cursos de Licenciatura e Mestrados de Especialização Avançada), o que implica uma distribuição mais harmoniosa da carga de trabalho dos estudantes melhorando o processo de aprendizagem. 2. Com a avaliação contínua estimula-se um processo de aquisição de competências de inestimável valor para a vida profissional (ex. capacidade de comunicação, utilização de meios de busca de informação, utilização de ferramentas informáticas para cálculo e para apresentação de resultados, treino de línguas, etc.). 3. Aumentou claramente a disponibilidade e abertura dos docentes no sentido de adoptar métodos inovadores de ensino, de apoio individualizado e de avaliação. 4. Passou a haver uma utilização muito mais acentuada da Web-On-Campus (WOC) para distribuição de meios de estudo e/ou referências bibliográficas que permitam o estudo autónomo das matérias e como meio de apoio não presencial ao estudante. 5. A existência de uma coordenação efectiva dos cursos prevista nos novos Estatutos da FFUC (Coordenador de Curso) constituiu um importante passo em termos da qualidade no processo de ensino/aprendizagem. 6. Aumento do número de estudantes envolvidos em actividades de investigação, maioritariamente devido à transformação do processo de ensino/aprendizagem. 7. Aumento do fluxo de informação académica e pedagógica à comunidade escolar em geral e em particular aos estudantes. 8. Adopção de um Sistema de Gestão da Qualidade Pedagógica. Pontos negativos: 1. Embora os estudantes sejam os primeiros a reconhecer o lado positivo da existência de avaliações contínuas, reconhecendo a sua contribuição para um maior sucesso nos exames, importa no entanto ter presente que muitos apontam como excessivo o esforço Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 10

que lhes está a ser pedido, quando se referem ao conjunto de todas as unidades curriculares de cada semestre. 2. A avaliação contínua é, por vezes, mal aplicada, privilegiando a avaliação do conhecimento obtido por memorização a curto prazo sobre a avaliação do conhecimento interiorizado e aprofundado que apenas se consegue com o raciocínio estruturado. 3. Nota-se alguma dificuldade de adaptação de muitos estudantes, especialmente os dos últimos anos (habituados a uma realidade diferente), que parecem não ter interiorizado a sua responsabilidade no processo de ensino/aprendizagem como dinamizadores do próprio estudo. 4. O desconhecimento do real significado de ECTS dificulta a compreensão do esforço que é necessário dedicar ou exigir para cada unidade curricular. 5. Para alguns cursos/unidades curriculares, o número de horas de contacto é desajustado relativamente aos conhecimentos/competências a transmitir/adquirir. 6. A implementação do processo de Bolonha acarretou um aumento da carga de trabalho para os docentes, de modo a garantir a efectiva adopção de metodologias mais eficientes de transmissão de conhecimentos e de avaliação de competências, em detrimento das suas outras actividades de investigação, transferência de conhecimentos e gestão universitária. 7. Continua a haver turmas laboratoriais com um número excessivo de alunos, o que no caso da FFUC se fica a dever fundamentalmente à escassez de recursos humanos (docentes e não-docentes). Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra Coimbra, 31 de Dezembro de 2010 Relatório sobre a concretização do processo de Bolonha 11